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52 | Caos e Liberdade

Eu sei que você está em algum lugar lá fora

Em algum lugar longe

Eu quero você de volta

À noite, quando as estrelas iluminam
o meu quarto

Me sento sozinho

Conversando com a Lua

Tentando chegar até você

Na esperança de que você esteja do outro lado

Conversando comigo também

Ou eu sou um tolo que fica sentado sozinho

Conversando com a Lua?

Eles dizem que fiquei louco

É, eu fiquei louco

Mas eles não sabem o que eu sei

Porque quando o Sol se põe

Alguém está falando de volta...

Talking to the Moon; Bruno Mars

𖤍 T a l i s s a 𖤍

Caronte pareceu muito impressionado ao ver Hades. E assim que nós dois subimos ao barco, ele começou a remar, tomando o caminho inverso que fizera comigo, retornando para a gruta. Hades estava bastante quieto e calado. Talvez fosse o mesmo medo que o meu. O de falhar. De não conseguir ser bom o suficiente para defender nosso mundo.

Isso estava me fazendo ter uma visão diferente das coisas. Hades realmente havia se preocupado em ajudar. Havia pensado estrategicamente e planejado coisas. Diferentemente de Zeus que só esteve concentrado em usar todos os cavalos do rei para defender o tártaro e se esconder no Olimpo.

Suspirei ao perceber que já havíamos retornado para a saída. Desci do barco e Hades veio logo atrás de mim. Hades disse algo para Caronte que foi inaudível para mim, e logo subimos as escadarias, retornando para a superfície.

Respirei, inflando os pulmões e soltei com calma, finalmente sem sentir o cheiro de enxofre lá de baixo. Percebi que o silêncio descomunal que se encontrava era por causa dos olhares temerosos de Hades para Poseidon. Um desacreditado da presença do outro ali.

— É, eu consegui. Vamos? — Chamo a atenção dos dois e começo a andar na direção da praia, a fim de retornar para o barco.

— Veio de bom grado? Isso é novidade. — Poseidon atiça.

— Não abusa. Estando aqui, para voltar é rapidinho. — Hades ameaça.

— Ok, ok. É bom te ver. Com boas intenções ainda mais. — Poseidon diz, aparentemente sincero, mas em tom brincalhão.

— Eu juro que até chegar no Olimpo eu queimo esses seus cabelos, Peixinho Dourado.

— Tenta.

— Olha, eu não vou servir de babá de vocês dois não. Se começarem a brigar eu abro minhas asas e vou voando sozinha. — Digo, tomando a frente e descendo com pressa.

Os dois finalmente ficam quietos e calados, e logo chegamos ao barco de Poseidon. Subimos no mesmo e entramos na parte coberta, agora que o sol de fim de tarde estava bem acima de nós. Tomamos rumo de volta para o acampamento, e Poseidon ia controlando o barco. Eu sabia que não daria para subir ao Olimpo hoje, e precisava saber como convencer Hades a esperar a noite passar.

A noite chegou rápido, e o céu escuro pairou sobre nós antes de chegarmos ao acampamento. Eu já estava sonolenta, exausta do dia. Os dois chatos ainda não haviam trocado mais palavras, o que era bom e ruim. Ao menos não haviam mais se provocado, fazendo eu querer arrancar meus ouvidos.

— Onde vamos dormir? Sei que não vai subir hoje. — Hades pergunta. Sempre sábio.

— Estamos instalados num lugar. Ficaremos lá até a manhã.

— E quem está lá? Sua mãe, Ártemis...

— E as caçadoras de Ártemis.

— Ninguém mais?

— Não que eu saiba. Os outros se isentaram. Não querem perder ou sofrer as consequências de Zeus por debandarem do Olimpo. Fora os que lutam ao lado dele.

— Imaginei que o Peixonauta aí estivesse com ele. — Hades solta a farpa, e Poseidon rola os olhos.

— Ele acha que estou. — Responde, encarando o mar a nossa frente.

— Sei, agente duplo. Vai demorar ô, Passarinha? Estou com fome. — Questiona, brincando com chamas azuladas nas pontas dos dedos. Rolo os olhos e encaro a janela, já vendo o acampamento ao nosso lado.

Mais alguns minutos no barco e então, liberdade. Poseidon atracou na costa do lado, já entrando direto para o seu chalé, em um silêncio mortal. Segui com Hades para o chalé principal, e recebi o olhar julgador de minha mãe sobre nós dois. Ela não teceu comentários. E nós dois nos sentamos a mesa, começando o jantar.

O clima não estava leve, mas era necessário passarmos por isso. Muitas vidas estavam em jogo para ficarmos de picuinhas e ódio gratuito, agindo como crianças mimadas.

Finalizamos o jantar e eu acompanhei Hades até o quarto que ele passaria a noite. Após me certificar de que ele não seguiria sem nós amanhã, fui para o meu, fechando a porta ao entrar. Deixei minha armadura de lado após me despir e pendurei meu escudo e espada. Entrei na banheira, observando o brilho cinza da lua pela janela no teto e fechando rapidamente os olhos.

— Para as pessoas que olham para as estrelas e desejam, Loki...

Meus pensamentos me levaram a ele, inconscientemente. Não fazia ideia de como ele estava. Se havia comido, se estava bem. Esperava que sim, e que não demorasse a ter notícias suas. Olhava para a Lua na esperança de que ele estivesse olhando de volta, pensando em mim também. Poderia parecer drama, ou sentimentos demais. Mas era saudade. Só isso.

४ L o k i ४

Eu estava livre. Finalmente livre. Fora daquela cela úmida e quieta demais para mim. Odin havia ido lá pessoalmente. Se desculpou mais uma vez e me levou de volta para a sala do trono, retirando as minhas acusações de traição e, finalmente, dando ordem para que minha cela fosse fechada.

Não tive sequer a oportunidade de retornar ao meu quarto pois Thor se aproximou do trono. Veio junto à minha mãe e Heimdall, e nenhum dos três tinham feições boas. Fiquei preocupado, talvez fosse algo que envolvesse Lis. Por falar nela, porque ela não estava ali? Queria vê-la.

— Odin, Heimdall tem algo à lhe dizer. Peço que seja paciente e escute com cautela. — Minha mãe pede, olhando para o velhote.

— O que aconteceu?

— Meu rei... Quando questionou-me sobre a paternidade de Talissa, pode ter percebido que hesitei falar, e nada disse de forma direta. Entenda, eu precisava deixar as coisas acontecerem como as linhas do destino pediam.

— Onde quer chegar com isso, Heimdall? Seja objetivo.

— O que quero dizer, e com todas as letras desta vez, é que o pai de Talissa sou eu. Me envolvi com Atena centenas de anos atrás, dias depois dela ter conhecido Surtur. Os dois não tiveram nenhum contato senão um aperto de mãos e boas conversas. Nós, no entanto, nos encontramos diversas vezes. Peço desculpas por isso, mas sempre estive a postos de Asgard e das necessidades do Reino. Atena nunca esteve aqui, eu quem ia visitá-la. — Heimdall se explica.

— Eu entendo. E não peça desculpas. Você se interessou por ela, respeitou seu dever e seu reino. Foi uma união que mudou as linhas do destino de todos nós, mas claramente para o bem. Talissa fez muito por Asgard, mais até do que nós mesmos poderíamos ter feito. — Odin diz, extremamente receptivo às notícias. — A menina já sabe?

— Já sim, vossa majestade.

— E onde ela está?

— De volta à Midgard. — Heimdall diz, e eu o encaro incrédulo. Ja imaginava, mas ainda tinha esperanças de que ela pudesse estar aqui. — Foi requisitada e sua profecia pedia por ela em seu lar.

— Estou certo de que fez o que era necessário, de novo.

— Sim senhor.

— Ótimo. Era isso?

— Sim senhor.

— Agradeço por ter contado, Heimdall. Pode ir.

— Sempre a disposição, senhor.

Heimdall se despediu, caminhando para a saída da sala. Encarei minha mãe, percebendo que seus olhos já procuravam os meus, estava preocupada. Era normal que estaria. Eu também estava. Não poderia controlar a minha própria mente, minha maior inimiga. E já começava à pensar em formas de ir para Midgard.

O que poderia acontecer se eu fosse?

Será que Heimdall me deixaria usar a Bifrost?

— Está bem, irmão? — Thor chamou, atraindo minha atenção. Assinto, quieto, e ele sorri leve. — Vamos subir. Tem algo para ver no seu quarto.

Acompanhei Thor até o corredor dos nossos quartos. Ele me esperou de pé, na porta, e eu entrei no meu cômodo. Tudo estava organizado, limpo e arrumado, sem nenhum sinal de presença de Talissa. Diferente de como estava dias atrás.

A única coisa que chamou minha atenção foi um papel bem dobrado sobre a cama, próximo aos travesseiros. Tinha as letras dela, escrito "Para Loki", e uma de suas penas ao lado, envolta em um brilho natural vermelho vivo. Me fez sentir mais falta dela. Abri a carta e sentei-me na cama, me preparando para o que iria ler.

“Oi, amor. É, sou eu.

Estou escrevendo isso enquanto tomo café, pronta para ir embora de Asgard. Não imaginei que retornar para o meu mundo seria tão difícil, mas fora de sua companhia, tudo é.

Eu já havia tomado a decisão de ir embora há algum tempo, mas agora que está chegando o momento, não sei exatamente se me sinto pronta.

Heimdall me convenceu de que você sairia logo da prisão, e isso deu ainda mais certeza aos meus achismos. Não vou dizer o que penso, nem sobre o que. Esperarei que tome a decisão certa, sozinho, e me conte tudo o que tiver para contar quando achar que é o meu momento de saber.

É difícil saber que estou indo e te deixando, ainda mais depois de tudo o que aconteceu, querido. De tudo o que tivemos e tudo o que perdemos. É ruim olhar para trás e perceber que você também já faz parte de uma parte de meu passado, agora que não o tenho mais aqui comigo. Ao menos não fisicamente.

Eu realmente espero que possamos nos encontrar depois. A esse momento eu já devo ter contado a minha mãe sobre você. Sobre nós. E ela provavelmente não gostou, mas depois irá ceder. Eu sei que irá. Então não se preocupe quando um dia precisar encontrar com ela. Ela irá gostar de você.

Digo isso porque eu pedi que Thor me prometesse uma coisa. Mas sei como ele é facilmente convencido por você, e já imagino o que vá acontecer.
Acho que estou aprendendo a prever o futuro...

Bom, eu não vou dizer palavras bonitas, ou abrir o meu coração aqui. Não gosto de despedidas e não quero que isso seja uma, afinal ambos sabemos que iremos nos ver novamente. Então guarde essa carta como um “até logo”, porque é isso que ela significa. :)

Olhe para as estrelas
Olhe como elas brilham para você
E tudo o que você faz
Sim, elas eram todas amarelas
Eu vim de longe
Eu escrevi uma canção para você
E todas as coisas que você faz
E foi chamada de “Amarelo”
Então eu esperei minha vez
Oh, que coisa para se fazer
E era tudo amarelo
Sua pele
Oh, sim, sua pele e ossos
Transformaram-se em algo bonito
Você sabe
Você sabe que eu te amo tanto?

PS. Eu sabia que iria me arrepender se não dissesse que te amo. Te amo ♡

Lis.”

Minhas mãos tremiam em ansiedade e curiosidade. Meu coração palpitava, e meu sangue fervia em nervosismo. Eu queria tanto vê-la agora. Poder acalmar o seu coração. Poder lhe abraçar e dizer que tudo vai ficar bem, que vamos ganhar essa luta. Queria poder lhe confortar e dizer que ela estava certa com suas suspeitas. Que eu havia mentido para o seu bem. Para ela poder voltar para casa e ser a heroína que estava predestinada a ser.

Eu nunca, nunca havia sentido tamanha confusão mental. Era isso o que Talissa fazia comigo. Eu perdia totalmente a minha sanidade quando se tratava dela. Eu não conseguia raciocinar, não conseguia nem ao menos montar um plano de escape. Porque sim, eu iria sair de Asgard e ir atrás dela. Não me interessa quem ousasse me impedir. Minha deusa precisa de mim, e eu preciso ainda mais dela. Meu lugar é com ela, onde ela estiver. Sendo feliz.

— Tem certeza de que vai ficar bem, irmão? — Thor me questionou, encarando o papel em minhas mãos com certa preocupação no olhar.

— Vou, eu só... Só preciso pensar.

— Hmm... E qual saída irá usar?

— Como?

— Não poderá sair pela Bifrost, sabe disso. Heimdall não permitiria. Por onde pretende sair?

— Do que está falando?

— Não vamos brincar de adivinha, Loki. Consigo ouvir sua cabeça fervilhando daqui, pensando em como fará para ir para Midgard. Me conte.

— Qual foi a promessa que fez a Lis?

Na-ham. Eu perguntei primeiro.

— Então eu não respondo.

— Nem eu.

— Ótimo.

— Ótimo.

Ficamos calados, nos olhando. Parados um de frente para o outro, sem mover um músculo sequer, como se fôssemos um espelho.

— Eu prometi a ela que não o deixaria ir. Não sem antes saber que tudo estava bem por lá. — Thor cede.

— Eu sou seu irmão, deveria me ajudar.

— Tenho que enlouquecer muito antes de te ajudar assim, Loki. — Thor diz, se afastando da porta, saindo do quarto. — Ficará no quarto, apenas por garantia de que não fará nenhuma loucura. Quando, e se for necessário, eu lhe solto e iremos juntos para Midgard, ajudar Talissa.

— Como vai me prender no meu próprio quarto, gênio?

Thor parece se divertir com meu questionamento, e logo passa a mão em um leitor mágico na porta do quarto. Em segundos, a porta e todas as janelas são revestidas com a mesma magia das celas das masmorras.

Eu estava preso.

De novo.

— Não pense por um segundo sequer que eu gosto ou queria isso, mas é necessário. Nós dois sabemos o que você é capaz de fazer e não é a melhor das situações para se agir com impulsividade, Loki. Não agora que nosso pai está finalmente depositando uma confiança verdadeira em você, e Lis também. Espero que isso não dure muito. A convergência final e abertura dos portais é em um dia. Até lá, trarei as notícias de Heimdall sobre como ela está. Depois estará livre. Para sempre. E isso é uma promessa, irmão.

Permaneço quieto, calado, apenas digerindo suas palavras e tudo o que acabara de acontecer. Vendo meu silêncio, Thor sai. Uso minha magia para fechar a porta, e impulsivamente para destruir tudo no quarto, como uma bomba.

No meu peito, mais uma vez o ódio tentava se instalar. Tentava romper as barreiras e tomar conta de mim. Eu não permitiria. Ainda não. Mesmo que não pensasse com coerência e nem me sentisse calmo ou feliz agora, tudo o que eu fizesse de ruim seria momentâneo e só iria me afetar. Me machucar.

Sentei-me no chão, encostando a cabeça próximo à uma das maiores janelas, observando o céu. A lua brilhava firme e cinzenta. O céu estava encoberto de estrelas muito aparentes. Parecia um brilho mágico que emanava de cada uma delas. Me dava calma. Fazia a raiva se dissipar de mim, pouco a pouco. Me fazia lembrar dela, pensar nela.

— Para as estrelas que escutam e os sonhos que são respondidos... Eu preciso ter minha pequena de volta.

◦◦◦◦ ◎ ◦◦◦◦

AHOY!

Mais um capítulo grande para vocês não reclamarem, ok? Ok.

E , o que acharam?

Euzinha estou mais que apaixonada pelo Hades, e mais uma vez com dó do pobre coitado do Loki. Mas é um mal necessário... (Quantas vezes falei isso? Não sei mais). Thor deixou de ser lerdo uma vez na vida e cumpriu a promessa com classe! Estou orgulhosa da nossa Barbie Thundercat.

1. Essa referência na última fala de Lis e Loki é de ACOMAF. É a fala do Rhys e da Feyre, e eu não poderia deixar passar a oportunidade, mesmo que fora do contexto do livro. Sou apaixonada nessa saga.

2. Sim, a música cartãozinho da Lis pro Loki é Yellow, Coldplay. Mais uma pra a playlist de vocês :D

É isso, não pretendo demorar para postar o próximo, que vem com o início da guerra, então se preparem!

Beijoss, se cuidem 💚💚

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