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|Prólogo|

P.O.V Narradora

Charlie Swan nunca imaginou que voltaria a se apaixonar depois de sua separação de Renée, que levara sua filha Bella para longe de Forks. A solidão parecia um companheiro constante até que ele conheceu Aurora Blossom, uma jovem de 25 anos que iluminou sua vida de maneira inesperada. Apesar da diferença de idade, havia algo em Aurora que despertava um sentimento novo e profundo em Charlie. Em apenas seis meses, ele já sabia que não poderia viver sem ela, ele estava de aliança no dedo, casado com ela

Era uma sexta-feira 13 de 1992, quando Aurora deu à luz a primeira filha do casal, Beatrix Swan. No quarto do hospital, Aurora segurava a recém-nascida nos braços com um brilho nos olhos, enquanto Charlie, emocionado, observava cada movimento da pequena menina.

—Ela é perfeita, Aurora—Charlie disse com a voz embargada, olhando para sua esposa e a filha angelical que descansava tranquila em seu colo. Aurora sorriu cansada, mas cheia de amor.—Parece que puxou você, amor— continue ele—Esse nariz, esses olhos... nossa pequena Beatrix.

Antes que ela pudesse responder, a porta do quarto se abriu, e Sue Clearwater entrou com os filhos. Leah, que ainda era pequena, corria em volta de sua mãe, enquanto Sue segurava o bebê Seth nos braços. Charlie fez sinal para que entrassem.Sue se aproximou de Aurora e olhou encantada para o bebê.

—Ela é linda, Aurora. Parabéns.— disse ela.

—Obrigada, Sue. —Aurora sorriu—Quer segurar?

—Talvez mais tarde. Tenho que lidar com esse aqui—ela respondeu, olhando para Seth que, curioso, esticava os olhinhos na direção de Beatrix.

E foi nesse momento que Seth, com seus olhos brilhantes e curiosos, deu um sorriso enorme ao ver Beatrix, como se reconhecesse algo especial nela. Aurora e Sue trocaram um olhar cúmplice, rindo daquela interação tão doce entre os dois bebês.

—Olha só para ele— Aurora comentou, rindo suavemente. —Já está todo encantado por ela.

Charlie, cruzando os braços e fingindo uma expressão séria, tentou bancar o pai ciumento.

—Bem, ele que fique sabendo que a Beatrix vai ter que esperar bastante antes de ter um namoradinho.— comentou Charlie —Não vai ser agora, certo, Seth?

Sue e Aurora riram, enquanto Sue balançava Seth nos braços.

—Vai se acostumando, Charlie. Esses meninos crescem rápido.— respondeu Sue.

(...)

O tempo passou, e Charlie conseguiu uma guarda compartilhada com Renée. Durante as férias, Bella sempre ia para a casa do pai. Logo na primeira visita, ela ficou encantada com sua irmãzinha, Beatrix, e não a largava por nada. Charlie sempre comentava, rindo, que Beatrix não era uma boneca, mas Bella mal ouvia. E quando Jacob se juntava a ela, os dois transformavam Beatrix em sua "boneca", brincando de casinha sem parar.

Numa manhã de sexta-feira, Beatrix, agora com três anos, corria pela casa, rindo alto enquanto Seth, ainda pequeno, corria atrás dela, tentando alcançá-la. Aurora e Sue estavam na cozinha, conversando enquanto preparavam o café. Harry, sentado na sala, observava as crianças com um sorriso apreciando a energia deles.

—Você já pensou em contar ao Charlie?—Sue foi a primeira a puxar assunto, olhando para Aurora com um olhar curioso.Aurora suspirou, mordendo o lábio enquanto pensava na resposta.

—Eu quero contar...—respondeu ela— Mas não sei como. O que eu diria a ele?"

—Você precisa contar.— Sue a observava com compreensão nos olhos
—Um dia, ele vai notar que você não envelhece como ele.—Aurora hesitou, olhando para Sue enquanto as palavras pesavam sobre ela. —Billy te aceitou como você é

— Sue— começou Aurora —Mas eu sou diferente. Sou metade loba. Como eu vou dizer a Charlie: ‘Amor, eu sou uma híbrida, meio vampira, meio loba, e há chances de nossa filha ser como eu’?— Aurora riu, mas seu tom era amargo. —Beatrix só vai despertar o lado magico dela quando fizer 15 anos... Eu tenho medo do que acontecerá quando descobrirem sobre ela

—Ninguém vai tocar nela.—Sue segurou a mão de Aurora, dando-lhe um aperto de apoio—Ela será protegida na reserva, você sabe disso.

Aurora esboçou um sorriso agradecido, mas seus olhos ainda carregavam preocupação.

—Existem outros clãs de vampiros que não são como os Volturi.—disse Aurora —Eu nunca os conheci, apenas ouvi o sobrenome e alguns rumores.

—E quem são eles?—Sue arqueou as sobrancelhas, curiosa

—Os Cullen.— respondeu Aurora respirando fundo

—Você acha que eles podem ser uma ameaça?—questionou Sue curiosa

— Não são.—respondeu Aurora, olhando a sala para Beatrix e Seth, correndo felizes, sem ideia do destino que os aguardava. —Tudo o que quero é proteger minha filha.

(...)

Quando Beatrix completou cinco anos, as coisas começaram a mudar drasticamente entre ela e Aurora. A mulher, que antes enchia a filha de carinho, agora se afastava, fingindo que Beatrix não existia. A falta de afeto e a frieza não passaram despercebidas por Charlie, que frequentemente discutia com Aurora sobre seu comportamento. Ele não entendia o que havia causado aquela mudança repentina.

Certa noite, enquanto Charlie trabalhava, Aurora tomou uma decisão. Ela arrumou uma mala silenciosamente e foi até o quarto de Beatrix, que dormia tranquila. Com o coração apertado, Aurora se aproximou da cama e sentou-se ao lado da filha adormecida.

—Me perdoe, filha— Aurora sussurrou, com a voz tremendo.—Mamãe precisa ir embora... para sua segurança. Prometo que um dia vou te contar tudo.

Ela se inclinou, beijando suavemente a testa de Beatrix, que, ainda sonolenta, não se mexeu. Levantando-se, Aurora deu um último olhar para a filha antes de sair do quarto.

Mas naquele instante, Beatrix acordou. Com os olhos pesados de sono, ela viu a silhueta da mãe saindo pela porta. Confusa, a garotinha tirou as cobertas e desceu da cama.

—Mamãe?— ela chamou, com a voz fraca, mas Aurora não respondeu.

Beatrix desceu as escadas descalça e, ao chegar no hall, viu Aurora segurando uma mala, pronta para sair. Com a inocência de uma criança.

—Você vai viajar, mamãe?—Beatrix perguntou

Aurora, sem olhar para trás, ignorou a pergunta e saiu pela porta, deixando Beatrix parada no topo da escada, observando sua mãe desaparecer na noite. Sem entender o que estava acontecendo, as lágrimas começaram a escorrer pelo rosto da pequena. Ela sentou-se nos degraus, abraçando os próprios joelho.

—Mamãe…—sussurrando, entre soluços

Três horas depois, já passava das três da manhã quando Charlie chegou em casa, exausto de mais um longo turno de trabalho. Ao abrir a porta, o que ele viu partiu seu coração: Beatrix ainda estava sentada na escada, com o rostinho molhado de lágrimas, perdida e silenciosa.

—Trix, o que você está fazendo acordada a essa hora?— Charlie perguntou, preocupado, enquanto caminhava rapidamente até ela.

—A mamãe foi embora...Beatrix, com a voz fraca e os olhos inchados, sussurrou

—Como assim, foi embora?—Charlie franziu a testa, confuso, mas se ajoelhou ao lado da filha.
—O que aconteceu?

—Ela saiu... com uma mala. Beatrix soluçou, enxugando o rosto com as mãozinhas—Eu acho que ela foi viajar.

O impacto das palavras caiu sobre Charlie como um golpe. Ele sabia o que aquilo significava. Sua esposa os havia abandonado. Com um nó na garganta, Charlie pegou Beatrix nos braços, apertando-a contra o peito.

—Está tudo bem, querida. Eu estou aqui, tá?— ele sussurrou, tentando conter as próprias lágrimas.—Vamos te colocar para dormir agora.

Subindo as escadas com Beatrix nos braços, ele sentia o peso da responsabilidade aumentar, mas prometeu a si mesmo que faria de tudo para proteger a filha daquele abandono cruel.

(...)

Na manhã seguinte, o clima na reserva estava carregado de tensão. Charlie havia ido até a casa de Billy para desabafar, tentando encontrar algum conforto no meio de tanta confusão. Ele sentou-se pesadamente no sofá, passando as mãos pelo rosto, claramente esgotado. Billy estava ao seu lado, com uma expressão solidária, enquanto Harry e Sue se juntavam à conversa, trocando olhares de preocupação.

—Eu não sei o que fazer, Billy—Charlie confessou, sua voz rouca e trêmula. —Ela simplesmente... foi embora. Sem uma palavra, sem explicação. Como posso contar isso para Beatrix?

—Charlie, isso é difícil.— Billy balançou a cabeça, compreendendo a dor do amigo, mas sabendo mais do que poderia dizer. —Mas você não está sozinho nisso. A Beatrix tem você, e ela vai precisar de você agora mais do que nunca.

—Você fez o melhor que pôde, Charlie.—Harry, que estava mais calado até então, falou em um tom baixo e firme— Às vezes, as respostas não vêm fácil, mas a Beatrix... ela vai superar isso. É uma garotinha forte.

Sue, sentada ao lado de Harry, colocou uma mão reconfortante no ombro de Charlie.

—O importante agora é garantir que Beatrix saiba que está segura e amada. Você sempre foi um pai incrível para ela.

Charlie suspirou profundamente, tentando processar as palavras dos amigos.

—Ela não merecia isso... Ela nem entende o que aconteceu. Só quero protegê-la, mas nem sei por onde começar.

Enquanto a conversa se desenrolava dentro da casa, Beatrix estava do lado de fora, sentada em silêncio ao pé de uma árvore. O sol da manhã brilhava sobre a reserva, mas a menina, geralmente tão enérgica e falante, estava estranhamente quieta, perdida em seus próprios pensamentos.

Embry, Seth, Jacob, Quil e Jared estavam reunidos a alguns metros de distância, observando a pequena Beatrix com curiosidade e preocupação.

—Ela está tão quieta...—Jacob comentou, franzindo a testa. —Nunca vi a Bea assim antes.

—Nem eu—acrescentou Seth, com uma voz suave.—Ela sempre está correndo e rindo. É estranho vê-la desse jeito.

—Acha que é por causa da mãe dela?— Quil deu um passo à frente, cruzando os braços

—Com certeza. Ouvi meu pai falando que Aurora foi embora...— Jared deu de ombros, ainda sem tirar os olhos da garota. —Deve estar pesando muito na cabeça dela..

Embry, sempre o mais sensível do grupo, caminhou até onde Beatrix estava sentada. Ele se abaixou para ficar na altura dela e sorriu, tentando trazer algum conforto àquele momento tenso.

—Ei, Bea—ele chamou, a voz cheia de gentileza. — Quer brincar com a gente? Podemos correr pela floresta ou jogar alguma coisa, o que acha?

Beatrix ergueu os olhos lentamente, seus olhos ainda marejados, mas balançou a cabeça.

—Eu não quero, Embry...— ela murmurou, abraçando os joelhos. —Minha mamãe foi embora... e eu não sei se ela vai voltar.

O silêncio entre os garotos ficou pesado. Embry olhou para os amigos, sem saber o que dizer. Ele queria ajudar, mas não sabia como.

Jacob, percebendo o peso da situação, se aproximou também.

—Ei, Bea, sua mãe pode ter ido embora, mas você ainda tem o Charlie... e tem a gente.— ele tentou sorrir, agachando-se ao lado de Embry. —Vamos te proteger, não importa o que aconteça.

—Vocês prometem?—Beatrix olhou para eles, os lábios trêmulos

—A gente promete.— respondeu Seth se aproximando —Sempre estaremos aqui pra você, Bea. Não importa o que aconteça.

— Você é nossa pulguinha— completou Jacob.

Beatrix sorriu, um sorriso pequeno e tímido, mas que trouxe um pouco de alívio aos corações dos garotos.

(...)

Os anos passaram, e a ausência de Aurora, embora dolorosa, acabou por estreitar o laço entre Charlie e Beatrix. Ele havia se tornado não só o pai, mas também a figura materna na vida da filha, e juntos construíram uma relação profunda e inabalável. Sempre que Charlie chegava do trabalho, exausto e desgastado, Beatrix estava lá, pronta para arrancar um sorriso do pai com suas piadas e comentários descontraídos.

—Pai, você tá com essa cara de cansado de novo—Beatrix brincava, enquanto tirava uma pizza da caixa. —Quer que eu adivinhe? Dia difícil no escritório?

—Você acertou em cheio, pequena.—Charlie sorria, jogando o chapéu de xerife no sofá e se esticando.
— Mas você sempre sabe como melhorar meu dia.

—Bom, pizza sempre ajuda—Beatrix ria, servindo uma fatia de pizza para ele

O riso fácil entre eles era uma constante. Mesmo nos dias mais difíceis, Beatrix sabia como iluminar o ambiente, e Charlie fazia de tudo para garantir que a filha sentisse o quanto era amada. Ela havia se tornado a alegria da casa, preenchendo o vazio deixado por Aurora com sua presença vibrante e acolhedora.

Nos finais de semana, Beatrix passava grande parte do tempo na reserva, correndo e se aventurando com os meninos. Apesar da diferença de idade, apenas um ano separava Seth e Beatrix dos demais, e eles eram inseparáveis. Jacob e Embry, seus amigos mais próximos, sempre se divertiam com o jeito descomplicado e alegre de Beatrix.

—Bea, aposto que você não consegue me alcançar!— Jacob provocava, enquanto corria pela trilha com ela logo atrás.

—Nem tenta, Jake! Eu sou mais rápida que você!—Beatrix respondia, rindo enquanto acelerava o passo.

Seth sempre estava por perto, sendo o maior companheiro de Beatrix. Ele era o amigo mais próximo, mas também havia algo mais. Embry era o único que sabia que Seth nutria sentimentos mais profundos pela garota. Quando todos estavam juntos, ele trocava olhares com Seth, como se dissesse silenciosamente

—Você vai contar pra ela?

Mas Seth nunca falava nada. Ele preferia manter o que sentia em segredo, mesmo que Embry o incentivasse de vez em quando.

—Cara, você vai ter que contar uma hora dessas,—Embry comentou baixinho, quando os dois ficaram para trás em uma das caminhadas.

—Não é tão fácil assim.—Seth deu de ombros, seus olhos seguindo Beatrix, que corria na frente—E se ela não sentir o mesmo?

—Ela vive grudada em você, Seth.— Embry riu—Acho que você teria mais sorte do que imagina.

Apesar dos conselhos de Embry, Seth permanecia quieto, preferindo aproveitar a amizade que ele e Beatrix compartilhavam. Eles passavam os finais de semana na casa dos Swan ou dos Clearwater, sempre juntos, compartilhando risadas e histórias.

(...)

Beatrix, agora com 13 anos, estava começando a se parecer cada vez mais com a mãe. Seu rosto lembrava os traços de Aurora, mas o cabelo era todo Charlie — castanho e um pouco rebelde, caindo solto sobre os ombros. Embora estivesse apenas entrando na adolescência, seu corpo já demonstrava sinais de amadurecimento que a deixavam um pouco desconfortável.

Na cozinha, ela usava uma calça jeans confortável, uma blusa branca de mangas compridas e uma blusa preta de lã por cima, típica dos dias frios de Forks. Nos pés, tênis brancos, e uma presilha mantinha o cabelo longe do rosto enquanto ela terminava de preparar as panquecas.

Beatrix colocou o prato de panquecas no centro da mesa e foi até a geladeira pegar o suco de laranja. O café do pai já estava preparado, como sempre fazia questão de garantir. Ela podia ouvir os passos de Charlie antes mesmo dele entrar na cozinha, já que o som de suas botas ecoava pela casa silenciosa.

Charlie entrou na cozinha, já vestido com seu uniforme de polícia. Ele sorriu ao ver a filha cuidando de tudo com tanto zelo.

—Bom dia, Bea— disse ele, com um sorriso cansado, mas carinhoso. —O que temos de café hoje?

Beatrix, já acostumada com a pergunta matinal, colocou a jarra de suco na mesa e sorriu de volta.

—Panquecas, como sempre.—disse ela— E café preto, forte, do jeito que você gosta.

Charlie pegou a xícara de café e deu um gole, apreciando o sabor quente e reconfortante.

—Você sabe exatamente como me agradar de manhã, não é?

Beatrix se sentou à mesa, servindo-se de suco enquanto observava o pai tomar mais um gole do café. Ele olhou para ela por cima da xícara e perguntou.

—Quer carona pra escola hoje?"?

Ela pensou por um momento, olhando para a janela, onde o céu nublado típico de Forks cobria a cidade. A ideia de andar até a escola na chuva não parecia nada atraente. Beatrix assentiu com um sorriso.

—Claro, aceito a carona, pai. Melhor do que enfrentar essa chuva.— respondeu ela.

—Então tá combinado.—Charlie sorriu, satisfeito com a resposta. —Termina de comer que saímos em cinco minutos.

Beatrix se apressou a pegar uma panqueca, enquanto Charlie se sentava ao lado dela, aproveitando o breve momento juntos antes de mais um longo dia de trabalho e escola.

(...)

Charlie estacionou em frente à escola de Forks, o motor do carro diminuindo de intensidade até parar por completo. O cenário era o mesmo de sempre: dois prédios de tijolos avermelhados, um dedicado ao ensino fundamental e o outro ao ensino médio. Entre eles, o refeitório e a quadra de esportes serviam como ponto de encontro para os estudantes, que já começavam a se espalhar pelo campus, conversando em pequenos grupos.

Beatrix olhou pela janela do carro e, por um momento, ficou em silêncio, observando o movimento ao redor. Era o início de mais um dia de escola, mas algo na simplicidade daquele cotidiano sempre a acalmava. Ela virou-se para Charlie, esboçando um pequeno sorriso.

—Obrigada pela carona, pai—disse Beatrix, inclinando-se para dar um beijo rápido na bochecha dele.

Charlie sorriu de volta, o olhar sempre cheio de orgulho e ternura.

—De nada, Bea. Tenha um bom dia.—disse ele—E tenta não aprontar muito, tá?—Beatrix riu suavemente, abrindo a porta do carro.

—Vou tentar... mas não prometo nada.— ela piscou, saindo do carro e fechando a porta com cuidado.Antes de se afastar, Beatrix inclinou-se para dar uma última olhada no pai. —Bom dia no trabalho, pai— ela disse com sinceridade, sabendo como os dias dele como chefe de polícia podiam ser longos.

—Pode deixar.—Charlie acenou com a cabeça, seu sorriso ampliando-se ligeiramente—Nos vemos mais tarde.

Beatrix se virou e começou a caminhar em direção à entrada da escola, misturando-se rapidamente ao fluxo de adolescentes que cruzavam o campus. Charlie a observou por um instante, seus olhos seguindo cada passo da filha enquanto ela se afastava, uma sensação de orgulho e uma leve melancolia enchendo seu peito. Era difícil acreditar o quanto ela tinha crescido.

Quando Beatrix finalmente desapareceu entre os outros estudantes, Charlie suspirou, ainda com o sorriso no rosto, e deu a partida no carro. Mais um dia começava.

(...)

O refeitório estava cheio, como de costume, mas naquele dia havia um burburinho diferente no ar. Beatrix sentou-se em uma mesa afastada, como sempre fazia, com seu caderno aberto à sua frente. Ela rabiscava algo enquanto seus ouvidos captavam pedaços de conversas ao redor. Todos pareciam falar sobre os novos alunos que haviam chegado — bonitos, misteriosos, diferentes.

Beatrix ergueu os olhos para a grande janela à sua direita e viu o reflexo de cinco adolescentes caminhando com uma postura impecável, parecendo flutuar sobre o chão. Eles entraram no refeitório com uma presença que não podia ser ignorada. Todos os olhares estavam neles, como se tivessem um magnetismo próprio. Beatrix, por curiosidade, os observou mais de perto enquanto eles se dirigiam a uma mesa vazia, onde se sentaram em perfeita sincronia.

—Eles são como modelos de revista— murmurou uma garota próxima, admirada. Beatrix não pôde deixar de concordar mentalmente. Eles eram deslumbrantes de uma forma quase irreal.

Seus olhos pousaram brevemente em Edward, o garoto pálido de cabelos bronzeados. No momento em que ela o olhou, percebeu que ele já a estava encarando. O olhar de Edward parecia intenso, como se tentasse decifrar algo nela. Beatrix congelou, sentindo um estranho desconforto, e rapidamente abaixou a cabeça, fingindo voltar a escrever no caderno. Mas, mesmo com os olhos fixos na página, ela não pôde evitar lançar olhares discretos para a mesa dos Cullen.

"Por que aquele Topetudo está me olhando?— pensou Beatrix, inquieta com a intensidade daquele olhar.

Edward, do outro lado do refeitório, continuou observando-a por mais alguns segundos, com a testa levemente franzida, como se estivesse tentando lembrar de algo. Seus irmãos conversavam entre si, mas ele parecia distante, perdido em seus próprios pensamentos.

Beatrix, por sua vez, sentiu o coração acelerar. Ela não sabia o motivo exato, mas a presença dos Cullen mexia com ela de uma maneira que não conseguia explicar.

(...)

Dois anos haviam se passado desde que os Cullen haviam chegado à cidade, e, durante todo esse tempo, a tensão entre Beatrix e Edward não havia diminuído. Sempre que se encontravam, seja no refeitório ou no estacionamento, Edward estava lá, fixando seu olhar nela com uma intensidade desconcertante. E Beatrix, sempre irritada, respondia com gestos e palavras pouco amigáveis, muitas vezes mostrando o dedo ou lançando xingamentos.

Era uma tarde qualquer, e Beatrix estava no estacionamento da escola, sentada no muro de tijolos que delimitava a área. Ela estava visivelmente impaciente, observando a hora enquanto esperava o pai. Sua paciência estava ainda mais curta hoje, devido à constante presença de Edward Cullen, que estava encostado em um carro próximo, seus olhos fixos nela.

—Olha lá ele de novo—Beatrix murmurou para si mesma, já sabendo que a interação habitual estava prestes a começar. Edward, como de costume, não desviava o olhar, fazendo com que Beatrix revirasse os olhos e, com um gesto rápido, mostrasse o dedo para ele.

Edward reagiu com um sorriso desafiador e, para a surpresa de Beatrix, levantou o dedo para ela também, em um gesto de provocação. Rosalie, que estava ao lado, notou a situação e deu um tapa leve na cabeça de Edward.

—Para com isso, Edward— Rosalie disse com um tom de irritação. — Já chega.

Beatrix observou a cena e, por um momento, não pôde evitar um sorriso divertido ao ver a reação de Edward diante do gesto de Rosalie. A situação estava se tornando quase cômica para ela.

Enquanto isso, o carro de Charlie entrou no estacionamento, aproximando-se lentamente. Beatrix pulou do muro, animada ao ver a viatura do pai, e correu em direção a ele.

—Oi, pai!—ela exclamou, abrindo a porta do carro e se acomodando no banco do passageiro.

Charlie sorriu, olhando para a filha com um misto de carinho e curiosidade.

—Como foi o dia hoje, Bea?— perguntou ele

Beatrix, agora com um olhar mais relaxado, respondeu enquanto se ajeitava no banco.

—Foi normal, pai.—respondeu ela—Nada que uma pequena provocação não tenha resolvido.

— Eu vi que você teve sua dose de diversão no estacionamento—Charlie riu, dando partida no carro.

Beatrix lançou um olhar de satisfação para o retrovisor, onde viu Edward ainda a observando, mas agora com um semblante frustrado. Ela se acomodou no banco, satisfeita por ter encerrado a provocação de hoje.

(...)

Era por volta das 19:00 e o jantar estava a caminho de ser servido. A mesa da cozinha estava arrumada com uma caixa de pizza no centro, e o aroma de queijo derretido e molho de tomate começava a preencher o ambiente. Beatrix estava ansiosa, sentada na ponta da mesa, enquanto Charlie, já de avental e com uma faca de pizza na mão, preparava-se para servir.

—Papai, você não vai acreditar na minha nota de matemática—Beatrix começou, animada. —Eu acertei todas as perguntas!

—Isso é ótimo, Bea.—Charlie sorriu, colocando uma fatia de pizza no prato dela.—Você está indo muito bem na escola.

Quando Charlie estava prestes a servir-se, ele se inclinou um pouco para frente e olhou para Beatrix com um sorriso conspiratório.

—Eu tenho uma notícia para você.

—O que foi?— Beatrix ergueu uma sobrancelha, curiosa

Charlie tomou um gole de sua bebida antes de responder, claramente tentando conter a empolgação.

—Lembra da Bella? Sua irmã mais velha?

—Claro que lembro!— o coração de Beatrix deu um salto— O que aconteceu com ela?”

—Bom, ela vai vir morar conosco— disse Charlie, olhando diretamente para Beatrix.—Finalmente, ela decidiu passar mais tempo aqui.

—Sério?— o rosto de Beatrix iluminou-se instantaneamente com um sorriso largo. — Isso é incrível, pai! Eu não vejo a Bella há anos!

—Eu sei que vocês não se veem há algum tempo, e achei que seria bom para vocês duas passarem mais tempo juntas.— comentou Charlie rindo de leve

(...)

Com a chegada de Bella, Beatrix mal podia conter sua excitação. A casa estava cheia de energia nova e expectativas, e a presença de sua meia-irmã prometia mudar a rotina de todos. Beatrix passava os dias ansiosa, ajudando a arrumar o quarto de Bella e organizando pequenos detalhes para a chegada dela. Ela mal podia esperar para reencontrar a irmã e reatar o vínculo que tinham quando eram mais novas.

Porém, o que Beatrix não esperava imaginando era com a chegada da meia irmã, as coisas ia mudar completamente.

Esse foi o Prólogo amores espero que gostem e me desculpem se tiver erros de português 🥰 🥰 🥰 🥰

Embreve vou lançar o primeiro capítulo

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