iv. my past, my present and my future
CAPÍTULO QUATRO
my past, my present and my future
DAPHNE HAVIA PEGO o seu cobertor para cobrir o corpo inteiro depois que retornou da casa dos Black. Ela estava deitada na frente da lareira de seu quarto, tentando arranjar uma maneira de esquentar o próprio corpo que não parava de tremer.
Não conseguia parar de relembrar o momento em que chegou em casa e seus pais tinham os maiores sorrisos que já pôde presenciar. Sua mãe a pegou pelas mãos e, ainda sorrindo, disse:
─ Finalmente, querida, finalmente chegou a hora.
O Lorde das Trevas esperava por ela em uma semana. Richard havia sido chamado, ele era o responsável por levá-la até seu mestre, assim como Bellatrix era a responsável por Regulus. Apenas por alguns meses, depois eles mesmos seriam seus próprios responsáveis.
Daphne sequer conseguiu piscar os olhos quando seu pai passou as mãos pelos seus cabelos alaranjados. Mas havia feito o que sabia fazer de melhor: fingir sorrisos agradáveis. Ela tentava lembrar qual foi a última vez que sorriu de verdade, mas nenhum acontecimento desses surgia em sua mente. Então, depois de alguns conselhos ─ que ela não ouviu realmente ─ sobre como se portar diante do Lorde das Trevas, Daphne subiu ao seu quarto.
Foi o momento em que conseguiu respirar. Acendeu a lareira com um simples gesto da varinha e sentou-se diante dela, mas o frio só aumentou mesmo enrolada com um cobertor. Estava nervosa ou começando a adoecer? Não sentia que estava com medo.
Quem Daphne queria enganar? Fazia tempo que não sentia nada.
๑
A sala estava cheia de pessoas silenciosas, sentadas a uma mesa comprida no centro do salão. A mobília que normalmente adornava havia sido empurrada descuidadamente contra as paredes, o que fazia os bruxos presentes aproveitarem um pouco mais do espaço livre. A iluminação vinha das chamas vivas de uma bela lareira.
A garota havia fixado seu olhar em um ponto sem importância. Tudo para não olhar diretamente nos olhos de Lorde Voldemort. Entretanto, a voz sombria do bruxo a obrigou, assim como todos na sala mal iluminada, a olhar para ele. Ela queria desviar e encarar qualquer outra coisa, mas não fez.
Todos sabiam que Voldemort não era um bruxo comum, mas até sua aparência denunciava isso. Ele possuía alguns aspectos semelhantes aos de uma serpente na aparência, o que realmente era assustador. Mas Daphne não pensava nisso, estava tentando se preparar para o que viria logo em seguida.
Voldemort havia questionado sobre os dois adolescentes, ele sabia exatamente o que faziam no local, mas queria uma resposta sem enrolação de dois de seus servos: Richard e Bellatrix. O bruxo estava sentado defronte à lareira, de modo que, a princípio, os que estivessem sentados numas das ultimas cadeiras na grande mesa tivessem dificuldade em distinguir mais que a silhueta do bruxo das trevas.
Daphne soube o momento em que sua mãe ficou desconfortável, ela engoliu em seco e mexeu os braços, tentando apoia-los inquietante na mesa até que finalmente encarou seu mestre, mantendo o máximo de respeito possível em seu olhar.
─ Milorde ─ Bellatrix se inclinou sobre a mesa, olhando os dois adolescentes antes de se virar novamente para Voldemort, ─ garanto que Regulus e Daphne serão bastante dedicados ao senhor, assim como eu sou.
A menina piscou os olhos algumas vezes, tentando se manter calma, mas isso pareceu impossível quando percebeu Voldemort encara-los de maneira intimidadora.
─ Richard, Bellatrix, vocês me falaram sobre eles. São rostos tão jovens, sim ─ Voldemort disse, aparentemente desinteressado, ─ o que teriam a me oferecer?
─ Fidelidade, milorde ─ Richard respondeu, ao lado de Felicity. ─ Fidelidade dos Black e dos Armstrong, e, no futuro, de ambos como um só.
Regulus afastou sua mão no mesmo instante.
─ Muito bem ─ Voldemort levantou-se. E quando seus servos fizeram o mesmo, Regulus e Daphne os imitaram. ─ Suponho e posso imaginar que esses dois jovens serão ótimos servos em um futuro próximo.
Daphne não sabia se o Lorde das Trevas estava falando sério, talvez seu nervosismo a impedisse de identificar o sarcasmo. A garota o seguiu com os olhos até que ele parou entre ela e Regulus. Voldemort abriu um sorriso ao ver a expressão assustada nos rostos de seus futuros e tão jovens servos. Ele esperava que os dois o servissem e fossem tão úteis quanto Richard, Felicity e Bellatrix eram. Os dois adolescentes se afastaram da mesa às ordens do bruxo mais temido vivo. Daphne sabia que Regulus tinha olhado para ela, no entanto, a garota continuou a observar cada ação de Voldemort, até que ele gesticulou com sua varinha ─ uma diferente de todas as que Daphne já tinha visto ─ para que os dois se aproximassem um do outro um pouco mais.
Por ordem de Voldemort, Daphne deu um passo à frente. Ela olhou para sua mãe em busca de algo que ela nem sabia o quê, talvez proteção. Felicity apenas mostrou um sorriso fraco. No entanto, mesmo sem saber por quê, Daphne queria olhar para Regulus. O peito do menino subia e descia rapidamente, ela tentou sorrir, um sorriso forçado que foi retribuído por Black.
Ela não podia e não queria deixar Voldemort esperando, caminhou lentamente em direção a ele. Foi estranho ter que encará-lo e mostrar que não tinha dúvidas sobre isso, precisava mostrar que tinha certeza de que seria uma seguidora fiel. Uma Comensal da Morte. O terrível bruxo olhou na direção do braço da garota e não houve necessidade de dizer nada para ela puxar a manga e erguer o braço. Regulus continuou assistindo, mas abriu a boca com surpresa quando a varinha do Lorde das Trevas tocou o braço de Daphne, fazendo com que uma luz o iluminasse ligeiramente.
Daphne franziu a testa quando a luz escapou. No segundo seguinte, ela arregalou os olhos e gritou quando o local tocado pela varinha de Voldemort começou a sangrar. Então a Marca Negra começou a ser desenhada na pele pálida da garota.
Richard ameaçou dar um passo para a frente, mas, de repente, Regulus agarrou a outra mão de Daphne. A menina respirou fundo e apertou os próprios dentes para não gritar enquanto apertava a mão de Regulus com a sua livre. Ele tomou coragem de olhar para o rosto da garota. Ela estava com os olhos fechados enquanto se concentrava em não gritar outra vez, mas ele podia ver uma lágrima escapar.
Ele só voltou a prestar atenção a Marca quando Voldemort finalmente afastou a varinha e Daphne arregalou os olhos, ofegante.
─ Sua vez ─ disse Voldemort, sorrindo com escárnio para Regulus.
๑
Havia passado minutos ou horas desde que Daphne chegara em casa? Desde que sentou em sua cama não fazia ideia de quanto tempo havia passado.
Nunca quisera voltar a Hogwarts tão rápido. Tudo isso para que pudesse abraçar Nikolai sem precisar realmente contar o que havia acontecimento, apesar de ele sempre saber.
Sua relação com Nikolai Schenker havia começado desde o primeiro dia que pisou em Hogwarts. E isso devido a James Potter, a quem ela agradecia em segredo. Potter era um idiota ── apesar de estar menos idiota ultimamente ── quando criança, ele e Sirius implicavam com qualquer pessoa, Nikolai e Daphne eram duas dessas pessoas. Não podia negar que retrucava cada provocação de James a altura, já haviam azarado um ao outro tantas vezes que nem fazia sentido contar. Eles não se odiavam, mas sabiam que não seriam amigos nem se fossem as últimas pessoas vivas do planeta terra. Mas era graças a ele que Nikolai e Daphne eram amigos, graças a um plano que os dois sonserinos fizeram para fazer Potter cair da vassoura no seu primeiro treinamento de quadribol. Esse dia havia sido incrível e James foi parar na Ala Hospitalar.
Desde então Nikolai e Daphne eram uma dupla inseparável.
Ele estava lá e ela queria correr para os braços dele e lhe contar o que havia acontecido. Contar que tinha a Marca, que era igual aos seus pais agora.
E Daphne não sabia o porque, só sabia que também era importante contar que Regulus segurou sua mão durante a iniciação.
eita que o negócio começou a ficar sério.
sim, talvez vocês achem que estamos indo com muita pressa, mas é esse meu plano, não quero enrolar e quero ir direto ao assunto, tanto sobre a vida de Daphne e Regulus separadamente, como o romance deles(que eu sei, que ainda não aconteceu).
SKYLANTSOV
OBRIGADA PELA LEITURA!
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