𝐱𝐯𝐢. 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐀𝐓 𝐅𝐈𝐑𝐒𝐓 𝐒𝐈𝐆𝐇𝐓
PARIS, 1985
O PRIMEIRO AMOR SURGE COMO MÁGICA. Você sabe que está apaixonado quando sente algo parecido com borboletas no estômago sem estar na presença da sua pessoa amada. Era exatamente isso que Jason Delarue sentiu ao ver a garota de cabelos escuros e de olhos azuis. Quem era ela? Qual o seu nome? Ele fazia dessas perguntas sua prioridade.
Sua família o havia enviado a Paris para as férias. Junto a ele, seu amigo Enzo, havia embarcado. A princípio, os jovens de dezenove anos haviam feito planos de beber pelos bares e saírem com as francesas mais bonitas. Definitivamente se apaixonar, não estava na lista dos americanos.
— O que está olhando, Delarue? — Enzo perguntou ao notar o amigo perdido.
— Aquela garota. — Jason apontou para a jovem que usava uma jardineira vermelha que contrastava perfeitamente com seus fios negros.
— Bonita! — Enzo concluiu dando de ombros.
— Ela não sabe, mas será minha. — Jason sorriu para o amigo. Ele retirou o cigarro da jaqueta e acendeu ali mesmo onde estava.
Os amigos sorriram juntos e caminharam para dentro do hotel. A chave do quarto foi entregue, mas Jason optou por ficar no hall do hotel e esperar pela graciosa garota. Não demorou tanto, a jovem entrou ao lado de um casal mais velho, provavelmente seus pais, ela sorriu timidamente para Jason quando ele ousou lançar uma piscadela.
— Nos clés d'appartement, s'il vous plaît. — O homem que acompanhava a jovem disse em seu típico sotaque francês. Com o pouco que Jason sabia, havia deduzido que o homem pedira a chave do apartamento.
— Monsieur, não pode fumar dentro do hotel, queira se retirar por gentileza. — Uma mulher bem vestida disse. Ela possuía um sotaque forte, embora falasse seu idioma bem. Jason olhou novamente para a jovem ao lado dos pais, então se levantou marrento até o lado de fora.
Ainda naquela manhã, enquanto caminhava distraído pelo jardim, ele voltou a encontrar a jovem que lhe encantara. Jason arrumou os cabelos para trás e ensaiou seu melhor sorriso, convincente de sua alta autoestima, ele se aproximou da menina.
— Soyez seul? — Jason perguntou se a garota estava sozinha. Ela se virou para ele, seus olhos azuis e intensos brilhavam tanto quanto a luz do sol, ela possuía uma beleza única e angelical.
— Eu falo seu idioma! — respondeu tímida. Sua voz era doce mesmo com o sotaque forte. Jason sorriu mais relaxado, ele não sabia francês tão bem quanto queria.
— Isso soa como músicas aos meus ouvidos. — Ele disse exibindo seu sorriso. A jovem sorriu, ela possuía dentes bem alinhados em um riso bem emoldurado. — Como se chama, meu bem?
— Lolita Moreau. — Ela disse risonha e tímida.
— Jason Delarue — rebateu lançando uma piscadela, então beijou a mão da jovem com ternura. — Ao seu dispor.
— Delarue? — parecia curiosa — É francês também?
— Por parte de pai — confirmou, então uniu as sobrancelhas curioso. — Como sabe falar meu idioma tão bem?
— Meu pai é francês e minha mãe americana. — Ela apontou.
— Então temos mais incomum do que imaginávamos — Jason disse paquerador. Notou que as bochechas da jovem Lolita haviam corado em um tom semelhante à sua jardineira — Podemos passear... Lo?
— Bem, acho que sim — confirmou a garota, enquanto olhava para ambos os lados, como se esperasse por alguém.
╰───────╮ ✧ ╭───────╯
Em pouco tempo, Jason havia descoberto algumas coisas interessantes por Lolita, ela era filha única, adorava poesia e música clássica, havia completado seus dezoito anos e estava se mudando para Londres. Lolita era sutil e delicada, seus passos pareciam sempre bem planejados. Jason sentia andar sempre ao lado de uma graciosa bailarina.
— Eu preciso voltar ao meu quarto de hotel. — Ela disse colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha. O jovem suspirou descontente. — Podemos nos ver mais tarde?
— Eu iria fazer o convite, mas já que deu a ideia primeiro... — Ele sorriu assim como Lolita.
— Vejo você no jantar, Delarue. — Ela se despediu do jovem com um rápido beijo no rosto.
Jason levou os dedos para tocar bem onde os lábios macios haviam tocado sua pele, sorrindo de lado, caminhou ao encontro de seu amigo. Enzo estava no cais do hotel, a princípio, notou que ele conversava com duas ninfetas, ainda mais jovens que Lolita, as garotas sorriam alto enquanto Enzo ainda tentava se comunicar em um francês chulo.
— Enzo! — Jason chamou, rapidamente o amigo se virou para ele, então se despediu das garotas, trocando papéis.
— Consegui nossa diversão da noite. — Enzo disse orgulhoso.
— Não me importo com as garotas. Lolita é meu alvo, ela é incrível. — Jason suspirou.
— Você não perde tempo mesmo. — Enzo passou pelo amigo colocando o papel no bolso da jaqueta. — Como ela é?
— Uma verdadeira dama, delicada, sutil. Não é igual às vadias que andam com você!
— As mesmas que você fode sem reclamar. — Enzo rebateu. Jason era o tipo de cara que cuspia prato que comia.
— Lolita é diferente, ela é uma musa. — Ele disse encantado. — Minha musa.
Era fato que Jason nunca havia sentido por outra garota o que havia sentido por Lolita, era tudo tão novo, estranho e despontava de seu peito. Lolita havia despertado algo nele, algo que não iria acabar tão rápido e que possivelmente, viria a ser seu fardo por toda a vida.
Quando a noite caiu, procurou por ela no restaurante do hotel, avistou a garota ao lado dos pais em uma conversa animada. Os jovens trocaram olhares e um riso fino se arrastou no rosto da menina. Jason sentou-se próximo a mesa que Lolita estava, Enzo estava junto a ele, fez questão de contemplar a vista generosa que a garota oferecia, ela era bonita e refinada. Lolita levantou-se da mesa e caminhou para fora do hotel. Jason aproveitou a deixa para segui-la, alguns minutos depois, caminhava atrás da menina pelo jardim.
Ela parou próximo a uma estátua de querubim e se virou para o jovem, ele era bonito e tinha um toque de maldade que lhe atraía. Jason era americano, mas não sabia esconder seu lado francês, ainda mais quando queria seduzir.
— O que faz aqui fora? — A jovem Lolita perguntou. Jason deu um passo cauteloso até ela.
— Vim atrás de você, não é óbvio? — Aproximou-se ainda mais da menina, então rapidamente a tomou em seus braços. Era mais baixa que ele, então a francesa teve que inclinar o rosto para encará-lo melhor.
Lolita ficou nas pontas dos pés para que alcançasse os lábios dele. O garoto era doce e feroz ao mesmo tempo, era a combinação perfeita de perigo e prazer que ela gostaria de experimentar. Estava cansada de ser a filha perfeita e que servia de bom exemplo. Todavia, não conseguia se livrar do título facilmente, estava impregnado nela como sujeira, mas a menina estava disposta a tentar mudar e Jason era uma boa ponte para isso.
Ele carregou a garota envolvendo suas pernas em volta do corpo. Não sabia que conseguir Lolita seria tão fácil e estava orgulhoso disso e agora queria aproveitar a garota de todas as maneiras. A jovem se afastou ofegante, suas pupilas estavam dilatadas e seus lábios entreabertos, segurou na nuca do rapaz e voltou a beijá-lo mais intensamente.
— Jason... — A voz de Enzo foi ouvida. O jovem parou no meio caminho quando avistou seu amigo aos beijos com a tal Lolita. — Merda... Está ocupado.
Jason colocou a garota no chão e se virou para Enzo fuzilando-o com o olhar. Lolita mordeu os lábios levemente constrangida, apertou a mão dele chamando sua atenção.
— Preciso ir... — Ela disse ofegante, então partiu rapidamente.
Lolita passou por Enzo estremecendo brevemente com o olhar que o garoto deu, ele parecia ser menos inofensivo, mas era evidente em seu olhar o que tanto almejava. Os jovens acompanharam com o olhar a garota correr para dentro do hotel novamente, Jason bufou irritado e caminhou até o amigo.
— Você tinha que aparecer, babaca. — Jason disse visivelmente irritado, aquilo era piada para Enzo.
— Qual seu problema? Vamos ficar uma semana aqui, não precisa perder tempo com a primeira francesa que aparecer em sua frente. — Enzo sorriu maldoso para o amigo.
Jason levantou o dedo do meio no ar como resposta as palavras do amigo. Lolita não era qual quer francesa, jamais pensaria isso dela. Lolita era o vento suave em meio ao calor, especialmente o calor que ele sentia consumir seus pensamentos mais secretos.
Naquela noite, Jason teve o melhor dos sonhos, estava ao lado de Lo, ambos estavam nus na praia escondida que havia próximo ao hotel.
Lolita possuía um sorriso doce e mais belo que a noite.
╰───────╮ ✧ ╭───────╯
QUATRO DIAS DEPOIS
Eram apenas sete dias na cidade do amor. Para muitos seria mais que necessário para conhecer pontos turísticos de Paris, mas para Jason, Lo era a única peça que interessava. Enquanto Enzo se divertia até tarde com jovens francesas, ele passava seus dias ensolarados cortejando a garota, até o dia que ela o convidou para um almoço com seus pais. A princípio Jason achou que seria melhor declinar o convite, mas não saberia dizer não a jovem de olhos azuis e doces.
Vestiu sua melhor roupa, uma camisa de gola e botões brancos com um jeans mais apresentável. Encontrou-a no jardim do hotel onde muitas mesas haviam sido postas para que os hóspedes pudessem almoçar ao ar livre. Contemplou a garota, ela usava um vestido branco rodado com mangas bufantes, seu cabelo estava preso no alto e ela sorria amorosa a ele.
Os pais de Lolita foram receptivos com o jovem. Morgana, mãe de Lolita, era médica. Já Hector, o pai, era o melhor juiz do seu país. Apesar da família se comunicasse em francês, eles haviam feito um esforço em apenas falarem o idioma que Jason pudesse compreender.
— O que um jovem como você faz em Paris? Ainda desacompanhado dos pais? — Hector foi direto ao assunto.
— Vim passar férias aqui, meus pais me cederam a viagem, pois ganhei uma bolsa de estudos para Literatura. — Jason justificou. Visto que seus pais estavam contentes pela conquista do único filho, a viagem serviu também para que conhecesse o país natal do seu pai.
— Magnifique, Jason! — Morgana sorriu ao jovem. Ele agradeceu a ela com um rápido aceno de cabeça. Uma versão mais velha e adulta de Lolita, a garota realmente se parecia com a mãe, ambas possuíam os mesmos olhos azuis e cabelos escuros.
— E qual seu interesse em minha filha? — Hector tornou a ser direto. Lolita se sentia desconfortável a cada pergunta grosseira do pai.
— O melhor, senhor. — Jason disse verdadeiramente, então olhou para sua musa ao seu lado. — Estou perdidamente apaixonado.
Lolita corou com a pequena declaração do seu amante. Ela também se sentia da mesma maneira.
— Hector, não vê que está assustando as crianças? — Morgana repreendeu o esposo, que por sua vez suspirou tomando um gole generoso do seu champanhe — Se ama minha filha, então você tem permissão para namorá-la, claro que dentro do nosso alcance.
— Sabe que Lolita irá para Londres quando nossas férias acabarem, não sabe? — Hector se pronunciou novamente. Jason engoliu seco apertando a mão da jovem por baixo da mesa.
— E isso parte meu coração, mas eu faria qualquer coisa por ela. — Jason soou convincente, foi possível até arrancar um suspiro de Lolita.
— Vamos ver então. — Hector disse.
— Pai! — Lo se pronunciou finalmente. — Tenho dezoito anos, não sou mais uma criança. Sempre fui uma boa filha, acho que mereço ser amada.
— Ainda é jovem demais.— Hector começou, mas pausou sua fala quando sentiu a mão da esposa em seu ombro.
O clima pareceu pesar, mas Morgana sabia contornar a situação. Era nítido que Hector iria proteger sua filha, para ele, algo em Jason não soava bem, talvez pudesse ser o olhar cínico ou o riso debochado nele. Ainda assim, o homem não iria entregar sua filha. Aquele romance de férias ia chegar ao fim, bem cedo.
Era noite e depois de dar um bom motivo ao pai de Lolita para que ele permitisse um passeio à noite. O casal caminhava pela praia descalço e de mãos dadas, quando perceberam que estavam distantes do hotel, se sentaram à margem do mar, permitindo que as ondas molhassem sutilmente seus pés.
Jason viu Lolita estremecer levemente ao seu lado. Ele passou o braço em volta da garota lhe esquentando, mas sem demora, tomou os lábios macios dela, levando-a a deitar-se na areia fina e branca da praia. Ainda naquela noite ele atingiu seu objetivo, havia retirado a virgindade da jovem Lolita ali na praia a luz do luar, exatamente igual ao seu sonho de algumas noite atrás.
╰───────╮ ✧ ╭───────╯
— Que sorriso bobo é esse? — Enzo perguntou quando viu o amigo entrar no quarto de hotel com um riso maquiado no rosto e completamente sujo de areia. — Deixe-me adivinhar? Tirou o cabaço da francesinha?
— Você é um babaca, sabia? — Jason disse, então foi para o banheiro. — E sim eu tive a melhor virgem em meus braços.
— Quando vamos nos divertir juntos? — Enzo perguntou indo para a porta do banheiro. Jason ligou o chuveiro e ignorou a pergunta do amigo. Era a diversão favorita dos jovens compartilharem a mesma garota, mas Lolita era um caso especial que Jason não pretendia dividir.
No dia seguinte esperou Lolita na recepção do hotel. A garota surgiu sorridente lhe surpreendendo por trás, ele sorriu beijando-lhe os lábios macios, sem demora a retirou do hotel a caminho de uma moto. Lolita uniu as sobrancelhas ao notar o veículo, Jason foi o primeiro a subir na moto colocando um capacete.
— Onde conseguiu a moto? — perguntou curiosa.
— Meu amigo Enzo conseguiu para mim. Suba!
Lolita obedeceu ao namorado sem mais perguntas, Jason acelerou e ambos partiram para o centro de Paris. A Cidade Luz deixava tudo mais intensos, os jovens visitaram primeiramente a Torre Eiffel, havia uma generosa quantidade de pessoas visitando também o monumento, mesmo assim o casal conseguiu um espaço na grama verde em frente a enorme torre.
— Vai mesmo embora? — Jason perguntou tomando atenção da jovem Lolita.
— Eu preciso. — Ela soou descontente. Jason percebeu quando a menina evitou olhar diretamente bem seus olhos.
— Fuja comigo! — Ele sugeriu sorrindo. Lolita encarou Jason não acreditando nas palavras do garoto.
Ela não respondeu, mas um riso fino cresceu em seu rosto. Beijou a garota, apaixonado. Estava disposto a fazer tudo por Lolita, até arrancá-la de Paris antes que o pai protetor da garota dissesse algo. Ao anoitecer os jovens passearam por todos os lugares românticos. Jason puxou uma cadeira para que Lolita se sentasse com uma vista especial para o museu do Louvre.
Um grupo de intercâmbio passou pelos jovens, alguns garotos comentaram algo sobre Lolita, o que fez a garota encará-los instantaneamente. Jason fechou o riso em linha dura quando percebeu o olhar da garota para os meninos que passavam pelo lugar a caminho do museu. Lolita sentiu uma mão apertar em volta do seu pulso e arfou com a dor.
— Jason, está me machucando. — Ela se queixou voltando atenção ao namorado. Ele parecia enfurecido.
— O que está fazendo olhando para eles? — Jason perguntou, seus olhos cor de amêndoas estavam escuros e isso assustava Lolita.
— Nada, eu só achei... — A menina ia se desculpar até que percebeu que não havia motivos para isso, ela puxou o pulso para longe de Jason. — O que deu em você?
— Nada... Eu só não quero que outros garotos olhem para você e a desejem. Você é minha... Minha namorada. — disse mais calmo.
— Seu amigo me olha dessa forma e você não faz nada!
— Ele é meu amigo. Enzo não vai tocar em você a menos que eu permita.
Lolita se levantou irritada e caminhou para longe, mas sentiu seu braço ser puxado bruscamente para trás.
— Me desculpe, Lo. — Jason beijou o pescoço da menina, talvez ele tivesse ido longe demais com seus ciúmes. — Isso não vai mais acontecer.
— Promete? — perguntou se virando para.
— Le miel, eu jamais a machucaria. — disse antes de beijá-la.
A maior imprudência do amor era acreditar cegamente nele, até mesmo quando o relacionamento passa de saudável para conturbado. Jason não parou naquele dia, ele voltou a ser agressivo com Lolita, muitas e muitas vezes. Ela era ingênua em sempre acreditar nos pedidos de desculpas do jovem sempre que ele a empurrava ou apertava seus pulsos finos. Jason chorava e se ajoelhava aos seus pés pedindo por perdão.
Lolita acreditou que Jason precisava de redenção, mas sua concepção mudou no dia em que Jason foi longe demais com seus ciúmes. Primeiro ele a encurralou contra parede do corredor do hotel, depois a puxou pelos cabelos até o quarto que ele estava hospedado, foi um susto e tanto para Enzo ver como Jason tratava sua amada Lolita. Jason simplesmente arremessou a garota na cama, enquanto ela chorava.
Primeiro ele acertou um tapa no rosto dela, deixando seus dedos marcados na pele jovial e branca. A garota tentou gritar, mas sua boca foi tapada por Enzo, que a segurava enquanto tentava a todo custo sair da cama.
— Está louco? — Enzo perguntou ao amigo. Jason estava tomado pelo ódio e tudo por apenas ver Lolita conversando com outro garoto da sua mesma idade.
— Ela merece. — justificou. Suas mãos alcançaram a fivela do cinto, os olhos da menina se arregalaram quando Jason segurou o cinto no alto.
— Eu vou contar ao meu pai. — Ela ameaçou no momento que conseguiu se desviar de Enzo.
— Você não vai bater nela, o pai dela manda nos prender antes de você termina de soletrar prisão em francês. — Enzo disse soltando a menina. Ela estava ofegante, tentou passar por Jason quando pode, mas teve o cabelo puxado e foi jogada no chão.
— Ela precisa de uma lição... — Jason disse, então um estalo dolorido acertou as pernas de Lolita, ela chorou.
— Pare! — Ela gritou protegendo as pernas, suas mãos foram atingidas pelo cinto deixando a pele dolorida.
— Já chega, cara! — Enzo avançou contra o amigo o empurrando, então se virou para Lolita que estava no chão chorando. — Vai embora, garota.
Ela não perdeu tempo, correu para fora do quarto chorando pelo corredor. Uma veia saltava no pescoço de Jason, ele percebeu o que tinha feito, então caiu de joelhos chorando. Enzo correu para fazer as malas, eles precisariam partir do país antes que a família da garota aparecesse na porta pedindo explicações ou pior, mandando prendê-los.
— O que eu fiz? — Jason lamentava.
— Uma merda das grandes e bem feita. — Enzo disse furioso arremessando as roupas para dentro da mala. — Agora nossas férias foram por água abaixo!
Jason nunca mais voltou a ver Lolita. A garota não havia simplesmente sumido de sua vida como fumaça, ele havia motivado isso com seu temperamento. Lolita havia sido sua primeira vítima. As outras garotas que vieram depois dela percebiam o homem que Jason era antes de aceitarem dar um passo a adiante ao seu lado, talvez esse fosse o motivo do homem nunca ter se casado, ninguém em sã consciência gostaria de conviver com uma bomba humana, mesmo assim, Jason nunca mais havia encontrado uma outra ninfeta como Lolita, até se deparar com Louise Lemony.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro