CAPÍTULO 43
❛  cheira a espírito adolescente.  ❜

Gemendo de dor, abro meus olhos com dificuldade vendo uma senhora com um sorriso gentil me encarar, encaro ao redor vendo o nada, tudo branco, apenas eu, a senhora e uma cama na qual eu estava deitada.

- Onde é que eu estou? - Questiono.

- Está segura, querida. - A mulher com traços asiáticos me diz. - Já pode voltar para o seu plano.

- O quê? - Exclamo e então não estou mais naquele espaço.

Meus olhos se abrem novamente e me encontro estirada no chão da escola. Assustada, coloco a mão em meu peito onde Stefan havia a pouco tempo arrancado meu coração me perguntando como ainda estava viva.

Suspiro colocando a mão na cabeça onde eu sentia um leve incômodo e escuro passos apressados na direção do refeitório. Logo Damon entra com os olhos desesperados e me encara largada no chão.

- Alyssa. - Diz vindo até mim me ajudando a me levantar. - Me falaram que você estava morta.

- E até pouco tempo eu estava. - Respondo.

Me surpreendo ao ser recebida por um abraço, até porque, da última vez que nos vimos nós brigamos.

- Achei que tinha perdido você. - Ele sussura.

- Eu tô aqui. - Murmuro. Nós nos separamos do abraço e meus pensamentos se voltam para a minha gêmea. - Cadê a Elena?

- Tá segura. Klaus tinha colocado ela em um hospital e estava drenando todo o seu sangue. - Ele diz.

- Eu quero ver ela, agora. - Digo saindo em uma velocidade anormal e ele me segue.

Entro na pensão Salvatore vendo Elena chorando enquanto estava enrolada em uma manta. Paro sentada a sua frente secando suas lágrimas.

- Alyssa? - Pergunta chorosa. - Você tá viva! - Me abraça. - Ah meu Deus! Você está viva! Eu te amo tanto! Achei que tinha perdido você.

- Eu tô aqui, lembra? - Questiono me separando de seu abraço. - Nunca vou te deixar, Elena. Você vai ter que me aguentar.

Rimos.

- Aqui, toma. Uísque. - Damon me estende e em seguida para minha gêmea que também aceita, ele se senta ao meu lado. - Vai ajudar a esquecer. - Ela beberica e faz careta.

- É, é bem forte. - Digo bebendo do meu copo. - Elena, sabe que posso te ajudar a esquecer, não sabe? Pelo menos as lembranças que você não quer guardar.

- Não, nada disso. - Ela diz pondo uma mexa de cabelo atrás da orelha. - Eu preciso me lembrar, de tudo.

Pisco repetidamente e Damon coloca uma coisa em minha mão, o colar que Stefan deu para Elena. Suspiro e estendo para a minha gêmea.

- Roubei de volta pra você. - Diz Damon a encarando.

- Ele foi embora de vez. - Elena diz com a voz embargada. - Eu vi acontecer. Depois de tudo que a gente passou pra ajudar ele.  E agora acabou.

Coloco o colar gentilmente em cima de uma mesinha ao nosso lado e a abraço.

- Sinto muito, Elena. - Digo.

- Onde você estava, Damon? Sabe como foi horrível ver ele matando a minha irmã e não poder fazer nada? - Ela diz chorando saindo do abraço e o encarando.

- Eu não deveria ter ido. - Ele diz, mas me encarando.

- Elena. - A chamo e coloco minhas mãos em seu rosto. - Eu prometo que nunca mais vou te deixar.

- Olha só que fofo. - A voz de Stefan ecoa fazendo a mim e Damon levantarmos em alerta.

- O que faz aqui, irmão? - Damon pergunta, mas Stefan apenas me encara sorrindo enquanto tenho calafrios me lembrando da sensação de sua mão envolvendo meu coração.

- Pelo que eu saiba, é minha casa. - Stefan diz descendo os degraus e se aproximando. Ele pega uma garrafa de bourbon e enche um copo. - Klaus foi embora, mas me pediu pra ficar de olho até ele voltar. Já vou ter que ligar dizendo que Alyssa é uma praga que não morre nunca. E Elena, de agora em diante, você está sobre a minha proteção. - Ele sorri erguendo o copo em um brinde silencioso, o tomando logo em seguida. - Hm, não liguem pra mim, por favor, continuem.

[...]

Continuo encarando a parede enquanto sinto os braços de Damon me rodeando, o despertador toca marcando 5:15. Desligo com raiva por não ter conseguido pregar o olho essa noite. Suspiro me virando e abraçando Damon.

- Já deu a hora da escola? - Ele pergunta sonolento.

- Hurum. - Murmuro mentindo contra seu peito.

Suspiro me levantando enquanto ele se espreguiça na cama. Vou até minha cômoda e ascendo um abajur enquanto me encaro no espelho, vendo ao fundo o vampiro voltando ao seu sono.

Prendo meus cabelos e pego minha toalha indo para o banheiro. Ligo o chuveiro no morno e me dispo tomando meu banho normalmente.

Assim que acabo, me enrolo na minha toalha e me encaro no grande espelho que havia no banheiro, uma pequena cicatriz estava no meu peito, bem onde Stefan havia arrancado meu coração. Suspirando enquanto estremeço, passo a mão por cima, com a sensação de sua mão novamente preenchendo meu peito.

Com raiva, visto minha roupa de corrida e saio do quarto me encarando novamente no espelho da escrivaninha enquanto solto meu cabelo e aliso com a chapinha.

Me viro vendo Damon ainda dormindo e saio do quarto arrumando meu moletom preto, acabo por econtrar Alaric no corredor.

- Bom dia. - Murmuro, ele levanta a mão me pedindo para me calar e franzo o cenho sem entender.

Elena aparece no corredor vestida idêntica a mim, ela me encara sem entender enquanto me comprimenta e dou de ombros saindo de casa e iniciando uma longa corrida.

[...]

- Aqui estamos, último ano. - Caroline diz melancólica encarando a escola cheia.

- Alguém mais acha que era pra gente se sentir mais poderosa? - Questiona Bonnie com as mãos na cintura.

- Certo, a noite do trote foi um fracasso. - Caroline diz suspirando. - Mas estamos aceitando e seguindo em frente.

- Você tem razão, por que eu ia deixar o fato do meu namorado estar vendo fantasmas das namoradas mortas estragar esse momento? - Pergunta Bonnie irônica enquanto começamos a caminhar em direção a escola.

- Isso. E por que eu deixaria que o fato do meu namorado ter virado um hibrido criar uma sombra nesse dia fabuloso. - Diz Caroline também irônica.

- Hoje a gente faz um ano. - Elena diz parando. - Tecnicamente, Stefan e eu nos conhecemos no primeiro dia de aula do ano passado.

- Certo, você ganhou. - Caroline diz.

- Não podemos esquecer do fato que Stefan me matou ontem, nessa escola. - Ergo as sombrancelhas e Caroline me encara surpresa junto a Bonnie.

- Por que eu não tava sabendo disso? - Ela questiona e eu nego com a cabeça.

- Tem certeza que vocês vão entrar? - Bonnie questiona.

- Temos que entrar, temos que deixar pra trás. - Elena diz decidida me encarando.

- Ano novo, vida nova. - Digo sorrindo suavemente.

Suspiro seguindo em frente em direção a escola, com as memórias da minha morte ecoando em minha mente.

Meu celular toca e o nome de Damon brilha na tela.

- Fala. Se tá me ligando pra saber se eu tô bem, eu tô. - Digo abrindo meu armário.

- É. Então, melhor você e a sua irmã não virem aqui por um tempo. - Damon diz me ignorando. - Temos uma nova hóspede, Barbie Klaus.

- A Rebekah? - Exclamo. - Ela tá morando com você? Por quê?

- Porque está largada. - Responde Damon. - Parece que o Klaus deixou ela pra trás depois que eu toquei no nome do Mikael.

Suspiro batendo minha cabeça na porta do armário.

- Sabe que não vou te deixar aí com ela, não é? - Questiono guardando minha bolsa no armário.

- É a campainha? Ring ring! Não vá se atrasar e não venha aqui em hipótese alguma! Te amo. - E então desliga.

Suspiro com raiva fechando a porta do meu armário com força.

Olho para a frente vendo Caroline colando um cartaz no mural.

"fogueira de volta as aulas, esteja lá."

- Aí, eu tinha esquecido da fogueira. - Lamento me aproximando da loira que se vira pra me encarar.

- O quê? Você tem que ir! É o nosso primeiro evento do ano! E você não foi no ano passado. - Aponta minha melhor amiga. - É o que abre caminho para o ano todo..

- Relaxa, Care. Eu vou. - Digo sorrindo ao ver o largo sorriso que rasgou a face da loira.

- Obrigada. Mas é que.. - Ela é interrompida por Tyler que a beija. Me remexo desconfortável pela interrupção.

- Boa volta às aulas. - Ele diz.

- Isso é sangue? - Questiono olhando para a mancha em sua camisa

- Ah meu Deus. - Exclama Caroline o puxando para o banheiro masculino.

- O que foi? - Ele nos encara sem entender.

- Básico do vampirismo, não vista o café da manhã na escola. - Digo.

- Calma, foi só uma bolsa de sangue. - Tyler se explica.

Suspiro me certificando de que não havia ninguém no banheiro.

- De onde? - Caroline questiona.

- Rebekah me arrumou.

- Rebekah? - Caroline e eu exclamamos em unissono.

- Por que você anda falando com ela? - Caroline questiona.

- Klaus mandou ela ficar de olho em mim. - Tyler diz. - Pra proteger o novo bem.

- O quê? - Exclama Caroline. - E por quê tá feliz com isso?

- Eu sou o primeiro híbrido de sucesso, Caroline. Você não acha nem um pouquinho legal?

- Ah, nossa. - Caroline diz rindo irônica. - Não acredito que você disse isso.

- Bom, e-eu vou indo. - Gaguejo sem saber o que fazer. - Boa sorte.

Saio do banheiro suspirando aliviada ao sair daquela dr. Me sento na sala de aula vendo Elena entrar encabulada junto a Alaric.

Caroline se senta ao meu lado sorrindo, e minha gêmea se senta do outro.

- Sai do meu lugar. - Stefan diz seriamente encarando o garoto que se sentou ao lado de Elena. O garoto sai robóticamente. Stefan nos encara. - E aí?

Olho para o quadro após Alaric acabar de escrever.

"AP. História americana"

- Bem vindos de volta, veteranos. - Ele comprimenta. - Vamos religar nossos cérebros, começando pelos verdadeiros donos desse país..os americanos nativos.

- E os Vikings? - Uma voz ecoa na porta, levando a cabeça para encarar a loira que entravaz, Rebekah.

- Bom, não há provas de que exploradores Vikings realmente tenham se estabelecido na região dos Estados Unidos. - Alaric diz enquanto a loira entra me encarando curiosamente. A mesma se senta a minha frente. - Quem é você?

- Eu sou a Rebekah. - Ela se apresenta e vejo a expressão de Ric cair. - Sou nova. E história é minha matéria favorita.

Caroline e eu nos encaramos.

[...]

A porta do ap de Ric abre e Damon entra enquanto ergo a barra de peso.

- Sabe que não precisa treinar, não é? Tem a força do vampirismo. - Damon diz.

- Sabe o que está acontecendo agora? - Questiono. - Rebekah se infiltrou nas nossas vidas como se nada tivesse acontecendo, tá tentando roubar a vida da minha melhor amiga e meu melhor amigo me matou e virou outra pessoa

Damon para atrás de mim e pega com facilidade a barra de peso.

- Está fazendo o quê? - Pergunto com dificuldade.

- Te ajudando. - Ele responde.

- Damon! - Exclamo

- Vamos, amor. - Ele diz pondo e tirando peso.

- Para. - Mando. Solto a barra e ele a segura rapidamente para não cair em cima de mim. - Como se não bastasse só um Salvatore chato.

- Você chamou, eu vim. - Ele diz andando pelo apartamento. - Qual é o seu plano, princesa guerreira.

- Quero prender o Stefan. - Digo. - Pelo menos até esse tal Mikael chegar, matar o Klaus e parar o controle mental. Quero o meu melhor amigo de volta.

- Controle ou não, Stefan está cheio de sangue humano. Certo? Muita coisa. - Damon diz.

- Já consegui controlar ele uma vez. - O lembro.

- Isso é diferente, agora não é reabilitação. A humanidade acabou, a luz apagou, não tem mais ninguém em casa. - Damon diz enquanto solto meu cabelo.

- Estou fazendo pela minha irmã, Damon. - Digo. - Deveria fazer isso pelo seu também. Sabe como me sinto toda vez que vejo Elena olhar pra ele e parecer quebrar? Eu não vou dar essa satisfação pra ele.

Me aproximo do vampiro. Quando vejo que não há concordância, suspiro me virando. Damon segura meu braço e coloca sobre seu peito.

- Está fazendo o quê? - Questiono.

- Tá sentindo? - Ele pergunta. - É o esterno. Uma placa sólida de osso. - Em uma velocidade anormal, Damon me põe de costas sobre seu peitoral. - Bem aqui, logo abaixo da costela... - Ele me toca enquanto murmura em meu ouvido. - ..perto da coluna. É o caminho para o coração de um vampiro. Eu faço o que você precisar que eu faça, Alyssa. Ninguém vai machucar você, não mais. Não vou deixar. - Me viro o encarando. - Principalmente o meu irmão.

Encaro a sua boca e seu olhos. Em uma velocidade anormal, pulo em seu colo o beijando calorosamente.

Damon, em uma velocidade anormal, me apoia na parede enquanto rasga a minha blusa e logo estamos deitados no sofá de Alaric.

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bjs da anna<3