1X02
" PIOR PAI DO ANO "
⟣══════════════════⟢
⟣══════════════════⟢
A garota chegou ao encontro a porta de madeira, segurou a maçaneta e quando ia finalmente abrir, seu pai saiu do quarto, bateu com tudo, fazendo sinal com o indicador para ela não fazer nenhum barulho - fingir que nunca esteve ali, era como a menina pensava, já que ninguém sabia da sua existência até então e aparentemente as coisas continuariam assim mesmo após da briga.
Ellen saiu batendo os pés no chão e foi para o seu quarto novamente, fechando a porta, sentando no chão e por fim colocando o ouvido na mesma. Com bastante dificuldades, ela escutaria a conversa com falhas e contanto que entendesse quem era, poderia usar isso contra seu pai para que dissesse qualquer coisa a mais. Ela odiava a maneira de como Severo é reservado, mas teria a mesma característica com pessoas desconhecidas.
- Severo Snape - ouviu uma voz entrecortada dizer, parecia velha e de uma maneira que a pequena Snape não entendeu - Eles já vinheram? Eu quero a ver.
- Ela está de castigo - anunciou seu pai com o timbre ainda firme - É a carta? Duas? Eu lhe disse que não queria isso aqui em casa. Cada dia ela fica mais espertinha.
- Pensei que poderia mudar de ideia. Vai entregar a ela?
Um silêncio pairava do nada e Ellen franziu o cenho quando esteve confusa. A conversa se prosseguio por mais alguns instantes, mas não conseguria mais ouvir nada além dos carros passando no mundo a fora e o barulho da vela que iluminava seu dormitório enquanto o entardecer chegaria. Quando menos percebeu, a pessoa de voz masculina saiu e a porta se fechou para que em alguns instantes a lareira fizesse uma zoada, anunciando que outra pessoa chegaria pelo pó.
- Severo... ‐ agora era una voz feminina que reconhecia - Comprei o material da pequena Ellen. Draco insistiu em vir e acabei cedendo. Teria algum problema?
Não precisou ouvir o início do seu pai que chamará o nome da garota para que ela saísse do quarto e corresse para abraçar Narcisa Malfoy, sua única figura materna. A mais velha beijou sua testa e ajeitou os cabelos escuros da menina, colocando atrás da orelha.
- Seus olhos verdes são tão lindos. Me trás sensação de nostalgia.
- Você sempre diz isso tia Cissa. - comenta ainda sorrindo para ela e podia perceber que seu comportamento estava muito mais sincero do que gostaria devido a poção. - Deve lembrar os olhos do Draco, quem sabe.
Nas horas que seu pai ia embora, quando ela era bem pequena para não poder se cuidar sozinha; Cissa estava pesente e nas maioria das vezes com Draco que tinha a mesma idade que a menina. Não entendia o relacionamento que seu pai havia com a bela mulher que tentava não chamar de mãe, mas adorava a ter por perto.
- Sim querida, quem sabe.
- Eu irei me retirar. - disse o pai para ninguém em específico - Voltarei assim que possível. Narcissa, se tiver que ir, ela saberá se cuidar.
- Ah, claro. Você está indo a mais uma de suas reuniões misteriosas ou serviços e me deixando sozinha na véspera do meu aniversário e quem sabe nele também. Quer o prêmio de pior pai do ano?
Severo a repreendeu com o olhar, ajeitando a manga da roupa. Entretanto, Draco tirou o clima pesado ao rir e Narcissa ter que ser ágil o suficiente para expulsar aquele clima que parecia que poderia piorar.
- Eu e Draco estaremos com você. Tudo bem querida?
A pequena garota teve que concordar com a cabeça e se abraçar, se afastando de todos e indo para o próprio quarto. Severo não precisava dizer que tinha que ir para ter uma conversa de adultos e tão pouco pedir para Draco a acompanhar já que o garoto estaria a seguindo.
Ao entrar no quarto, fechou a porta e não se deu trabalho de trancar. Sentou no meio da cama e ligou as luzes coloridas no quarto que a distraia normalmente. Draco ficou um tempo sem reação até deitar ao lado dela e apreciar o que a garota fazia com os poderes; Trocar de cor as luzes com a magia em seus dedos.
- Vai gostar de Hogwarts andorinha? - ele bocejou após roubar o travisseiro da garota para abraçar e por a cabeça.
- Eu quero arrasar em Hogwarts, porco espinho. Mas não posso fazer nada sem a droga do livro de poções avançadas dele. - Severo é o nome que ela não diria.
A relação dos dois era de amor e ódio. Costumava ser difícil devido às personalidades forte de ambos, mas por terem crescido quase que juntos teriam que se aturar de alguma forma. Variava pelo humor dos dois e tudo neles seria inconcistente, em exceção dos apelidos: Andorinha é um pássaro e Ellen sempre quis ser livre - Draco mais tarde descobriria que teria uma espécie bem rara de andorinhas verdes - Porco espinho é pelos cabelos do garoto, aquele dourado platinado reconhecível e também teria uma espécie da mesma cor. Entretanto simbolicamente seria pelos espinhos que Draco sempre tentará colocar a amostra para disfarçar sua verdadeira pessoa. A pequena Snape não gostava de pensar muito nisso ou entraria em questões como: seu próprio pai.
- Aposto que será tão chata quanto a mim para eu ser o seu único amigo. Olhe para você, está exigindo algo tão besta. Bom, pelo menos estamos começando a ter mais coisas em comum - resmungou o garoto de forma brusca, mas a Ellen deu de ombros em resposta inicial e continuaria fazendo brincadeira com as cores.
- Pare de tentar ser alguém que não é. Ainda dá tempo - olhou para ele que fechou os olhos. A garota suspirou e virou o rosto para trás vendo Narcissa entrar no quarto.
- Seu pai já foi para a reunião. - informou Cissa.
- Não é difícil de imaginar. - rebateu.
- Não quer ver seus presentes?
- Você quis dizer o material?
- Mamãe tentou achar tudo da melhor qualidade. Me perdi em meio aquelas pessoas sem noção de tanto que demorou. Eles são tão mal educados. As vezes queria ficar em casa como você para não ter que lidar com essas pessoas. - o loiro falava ainda com os olhos fechados, mas de uma maneira esnobe.
- Claro que quero ver. É tudo que tenho do mundo mesmo. Mas irei dormir as oito, não quero ver meu pai nem por um instante - poção ainda falava mais alto quando ela saiu da cama e caminhou até a sala para ver as varinhas na mesa mais os material escolar que até então não haveria notado por estarem em um canto perto da lareira.
- Testará sua varinha em casa. Eu voltarei para devolver as que não serviram. São dez ao todo. Tente. - comentou a tia enquanto Draco ia para a cozinha sem dizer nada.
- Tem certeza?
- Claro querida.
Ellen não é uma pessoa insegura, mas costumava ser o mais legal possível com a senhora Malfoy. Ela não fazia ideia quem seria o seu marido por não o ver pessoalmente e Draco nunca falaria nele para a Snape. Ao segurar uma varinha, ela a partiu. A mesma suspirou e foi para a do lado que quando balançou fez o alarme da casa ecoar - Narcissa fez silenciar com um único movimento da varinha e Draco teria aparecido confuso, mas suspirou e voltou a perambular a casa pequena.
- Eu sou péssima nessas coisas. Poções são mais a minha. Eu deveria permanecer fazendo magia com as mãos.
- Vamos, tente mais vezes. Nenhuma bruxa fica sem a sua varinha.
Snape fez uma linha com a boca e pegou outra varinha que até fez uma cadeira cair, mas foi apenas para partir. Ela estava ficando chateada e quando estava prestes a desistir, ou pelo menos a intuição já que é uma criança orgulhosa, a varinha da cor preta e com poucos detalhes faz com que os móveis fiquem arrumados de forma alinhada e todo aquele poder estava a rodeando quando sentiu sua testa doer.
- Está tudo bem? Ellen Prince...- indagou a mais velha.
- Acho que está... Deve estar.... É a varinha perfeita, sinto isso. Só não entendo... - a mesma colocou a mão na testa ainda segurando o objeto - Ai!
- Você está ficando pálida.
- Andorinha está morrendo? Mãe... - Draco sairia de outro cômodo segurando o que deveria ser um livro, mas a garota Snape não estava mais raciocinando direito.
Narcissa reprovou uma única vez o comentário do filho e voltaria a olhar Ellen, a ajudando a se sentar no sofá pequeno. Tudo ficaria escuro e menina estava pálida e gélida.
- Acha que deveria chamar seu pai? Você não é de ficar nessas circunstâncias...
- Não! - a garota de cabelos ecuros olhou, ou tentou com dificuldade, impedir Narcissa fazer algo do qual abominava que fizesse. - Ele decidiu ir. Eu vou ficar bem...
A voz fraca, começou a ficar mais baixa até o mundo ficar escuro para ela. A senhora Malfoy engoliu seco, mas começou a acudir a garota enquanto o garoto Malfoy teria sumido.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro