
𝐋𝐚𝐦𝐢𝐧𝐞 𝐘𝐚𝐦𝐚𝐥 🇪🇸
O final da tarde era quente, e, como sempre, Lamine não conseguia ficar quieto. Recebi uma mensagem do meu melhor amigo assim que o treino deles acabou, há algumas horas, e sabia que ele ainda sentia toda aquela energia acumulada. Típico de uma criança de 17 anos.
Quando cheguei ao pavilhão onde costumávamos encontrar-nos, soube exatamente como deixar Lamine de rastos, mas ele pareceu ler os meus pensamentos antes mesmo de eu poder falar.
— Tive uma ideia. — Ele sorriu, pegando numa bola de basquetebol esquecida num dos cantos do pavilhão.
Cruzei os braços, desconfiada, mas ciente de que provavelmente partilhávamos o mesmo pensamento.
— Olha, eu sei que estás habituado a marcar golos, mas queres mesmo envergonhar-te ao tentar marcar cestos?
— Ah, estás mesmo a duvidar de mim? — Ele arqueou uma sobrancelha, fingindo-se ofendido. — Agora temos mesmo de jogar.
Apenas ri, correndo na sua direção e roubando-lhe a bola antes que ele tivesse tempo suficiente para reagir. Tinha praticado basquetebol durante quase toda a minha vida, mas fui obrigada a parar recentemente devido a uma lesão no joelho e, por enquanto, encontrava-me em suposto "repouso".
Mas eu fazia tudo menos repousar.
— Então, vamos ver se és assim tão bom.
O jogo começou com provocações e pequenas faltas de ambos os lados. Lamine era ágil, conseguindo desviar-se bem sempre que eu tentava fintá-lo, mas bastou uma pequena distração para eu conseguir marcar alguns cestos seguidos, surpreendendo o garoto.
— Estás com sorte hoje. — Ele estreitou os olhos, recuperando a bola e preparando-se para lançar.
— Ou talvez eu apenas seja melhor que tu.
Ele lançou e... ups, falhou.
Levei uma mão à boca para segurar o riso, mas não consegui evitar um comentário.
— Ups! Parece que o prodígio do Barcelona tem de treinar mais um bocadinho. — Driblei a bola perto o suficiente para que, com apenas um pequeno esticão, ele conseguisse tirá-la de mim.
Mas ele não deixou o comentário passar. Antes que eu pudesse escapar, Lamine aproximou-se e segurou-me pela cintura, fazendo cócegas até eu me contorcer nos seus braços de tanto rir, deixando a bola rolar até um dos cantos do pavilhão.
— Diz que eu sou o melhor. — Ele insistiu, também a rir.
— Nunca! — Tentei escapar, mas estava completamente encurralada nos braços dele.
— Então não te largo.
Finalmente cedi entre gargalhadas.
— Está bem, está bem! És... mais ou menos bom.
Ele parou o ataque de cócegas, ainda me segurando nos braços, erguendo uma sobrancelha ao ouvir o que eu tinha dito.
— "Mais ou menos"?! — Provocou, aproximando o meu corpo do seu.
Antes que ele pudesse continuar com a brincadeira, aproveitei a nossa proximidade para lhe dar um beijo rápido no canto dos lábios.
— Agora já ganhei.
Lamine ficou momentaneamente sem reação. Éramos melhores amigos, mas, por vezes, aconteciam umas coisinhas para além da amizade.
— Isso é batota... — Ele murmurou, aproximando-se devagarinho, com aquele seu leve sorriso.
— E vais fazer o quê quanto a isso?
Ele não respondeu com palavras. Apenas me puxou pela cintura, encurtando a distância entre nós e, em vez de me beijar, começou a distribuir vários beijinhos pelo meu rosto, fazendo-me rir.
Talvez eu até tivesse ganho aquela partida de basquetebol, mas, lá no fundo, sabia que a verdadeira vitória era de Lamine.
FIM ♡
1. Para o nome da menina do Lamine preferem Zaira - ou - Elena? Caso tenham outras ideias aceito também!!
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