·˚ ༘₊·꒰ 𝟎𝟕 ─── 𝐔nbalanced 𝐑hythm
𝐈carus 𝐅alls ─── Capítulo sete.
↳ ❝ [ Ritmo
Descompensado.] ¡! ❞
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PETER E NED ESTAVAM ALMOÇANDO EM UM CANTO AFASTADO DO REFEITÓRIO, Parker se perguntava o motivo de Athena estar sempre de cara fechada, embora a resposta fosse bem clara: ela estava exausta.
O Parker não precisava ser um gênio para deduzir isso, ele sabia que ela trabalhava para Tony e já havia visto ela vezes o suficiente deixando a academia de balé para deduzir que ela trabalhasse lá — Não que ele estivesse a seguindo.
— Eu acho ela estranha. — Ned murmurou, não em um tom ofensivo, mas sim em um comentário genuíno. Peter arregalou os olhos.
— Ela é... peculiar. — Peter engoliu seco. — Ela me irrita muito. — Disse com seriedade na voz, Ned já sabia de quase tudo que já havia acontecido entre Peter e Athena. — Mas eu queria entender ela melhor... Só que... Ela não deixa. — ele bufou frustrado esfregando o rosto.
— Para mim ela só quer sustentar o papel de ''não preciso de ninguém e sou diferente das outras pessoas.''
Peter deu um gole em seu suco, ele não achava que era tão simples. Mas por enquanto, deu ombros, por mais que ainda não conseguisse tirar Athena dos pensamentos.
Logo o sino tocou, ele viu Athena esfregar o rosto e se levantar, caminhando para alguma aula que eles não tinham juntos. Peter realmente quisesse que ela tivesse ao menos alguma amiga, ele até varreu o perímetro com o olhar, mas não encontrou nenhuma ''pessoa adequada'' para fazer amizade com Petrova.
NO MOMENTO DA SAÍDA DA ESCOLA, Athena perguntava-se mentalmente o motivo de ainda estar se submetendo aquilo. Por mais que Yelena dissesse que aquele era o caminho para uma vida normal, Athena não sentia nada mudar.
No fundo, ela sabia que não importava o quanto se esforçasse, nada faria sua vida parecer minimamente normal. Ela continuava uma ex-assassina sem família, amigos ou qualquer pessoa.
O lado bom disso, era que não tinha que provar nada para ninguém. E o lado ruim, é que não havia ninguém para torcer para ela ou para se orgulhar de suas conquistas caso houvesse alguma.
Por mais que não admitisse, Petrova só não largava a escola, pois queria se agarrar a qualquer ponta de normalidade e humanidade que ainda sobrasse em sua existência.
Mas os bloqueios continuavam fortemente, mesmo que ela não notasse ou não quisesse admitir. Tanto que quanto Peter se aproximou, ela fechou a cara quase que imediatamente.
— Oi, Athena. — ele limpou a garganta. — Onde está indo?
— Não é da sua conta, Parker. — A resposta saiu mais ríspida do que ela planejava, mas ela não se corrigiu ou se desculpou. Peter também não pareceu se abalar. Ele continuou a seguindo.
— Certo, nesse caso, acredito que você não vai se importar com um pouco de companhia.
— Nem tenta me seguir. — Petrova murmurou em um tom quase inaudível, mas o Parker não deu a menor importância.
— O que você faz na academia de balé? Você é recepcionista? Já que você disse que não fazia balé.
— Eu dou aula. — admitiu em um suspiro cansado. Peter deu um sorriso surpreso, mas logo o sorriso se desfez, percebendo que então era esse o motivo do cansaço dela. — Para crianças. — Admitiu em um tom quase envergonhado.
— Sério? Que legal! Isso é bem fofo, na verdade. — Ele disse, imaginar Athena no meio de pequenas bailarinas com figurinos cor de rosa era quase uma ideia absurda se levasse a personalidade dela em conta. Mas isso só fazia Peter repensar de que ela era realmente mais complexa do que ele imaginava.
— Não conte para ninguém. — ela disse em tom firme, mas, na verdade, não havia ninguém que pudesse fazer algo com essa informação.
Ou havia.
— O senhor Stark sabe disso? — Parker perguntou curioso. — Tipo, ele não te paga o suficiente para você poder ficar apenas com o estágio?
— Não conte para ele. — Outra vez ela respondeu em tom autoritário. Era óbvio que ela não queria que o Stark soubesse, ele já andava muito interessado na vida dela e isso a perturbava. — E não é sobre o dinheiro.
Parker parou por um momento, ficando levemente pensativo.
— E é sobre o que, então? — Ele perguntou enquanto continuava a seguir pelas ruas do bairro, andando casualmente. Ela olhava apenas para frente.
Sua mente começava a criar teorias e considerar opções, talvez a família dela estivesse passando por dificuldades financeiras? Talvez seus pais estivessem doentes? Ele pensou em várias possibilidades, mas decidiu que perguntar seria indelicado.
Mas a Petrova também não teve tempo de responder, afinal eles pararam na frente da academia de dança uma vez que viraram a esquina. Ela apenas acenou para o Parker e fez seu caminho para dentro.
Ao menos dessa vez ela acenou, pensou ele. Já era um avanço.
ATHENA ESTAVA NO ÔNIBUS, ela mandava uma mensagem para Yelena, que não estava a respondendo nos últimos dias. A loira já havia deixado claro que não queria que Athena fizesse perguntas sobre seus sumiços e assuntos pessoais, e a Petrova não insista, afinal, Yelena também lhe dava todo o espaço.
Ela olhou para janela e viu que desceria no próximo ponto, felizmente todas as xícaras de café que tomou durante a tarde nas pausas das aulas de balé estavam cumprindo bem o seu propósito e ela se sentia bastante acordada.
Após descer do ônibus, Athena soltou o coque, deixando seu cabelo preto cair em ondas sobre os ombros enquanto ela pegava o crachá na mochila e colocava no pescoço de maneira automática e até um pouco desleixada.
Pouco tempo depois, Petrova já estava em sua mesa, atualizando as configurações na segurança da rede, conforme Tony Stark havia direcionado que ela fizesse.
Às vezes Athena tinha vontade de clonar o cartão de Tony, ou de comprar algo muito caro no nome dele.
Mas então ela percebia que ele nem ia sentir e desistia da ideia. Ainda assim, era absurdo que ele confiasse dados importantes na mão dela, afinal, que precedentes ela tinha?
Ela continuou fazendo o trabalho dela pelas próximas horas, também seguindo as instruções de desligar o telefone caso o Secretário Ross ligasse, e assim, o dia foi passando relativamente rápido. Quando o relógio marcou às 17h, ela começou a pegar suas coisas para voltar para casa, no entanto, Stark abriu a porta.
— Ainda bem que não saiu ainda, Petrova. — Tony disse e o sorriso natural de Athena desapareceu, sendo mascarado por uma expressão facial defensiva e alerta, como sempre fazia instintivamente.
Eram poucas às vezes que Tony aparecia pessoalmente, monitorava normalmente as coisas a distância ou deixava suas inteligências artificiais no comando de tudo. Mas, sem exceções, todas às vezes que ele se fazia presente, Stark fazia questão de ir checá-la. O que fazia Athena se sentir uma maldita criança que precisava de supervisão.
Pepper Potts era a representante legal das Indústrias Stark, mas Athena trabalhava diretamente para Tony e seus projetos como Homem de Ferro.
Contra as probabilidades, Athena também não precisava ser um gênio para ter deduzido que Pepper e Tony também não estavam mais juntos.
Finalmente, o Stark pigarreou e falou:
— Ainda estou te devendo uma por ter resolvido o lance em relação à falha de segurança. — ele deu um sorriso amigável, ainda examinando o rosto da garota, procurando para ver se ela continuava com traços de exaustão ou não. — Vamos, vou te levar para jantar.
Athena hesitou, novamente seus instintos de autoproteção fazendo ela não baixar a guarda, ela não tinha certeza de que aquilo era ou não uma boa ideia.
— Sabe que você pode apenas me pagar um extra, não é? — ela disse enquanto levantava uma sobrancelha.
— E qual seria a graça? — Stark rebateu. — Você tem trabalhado duro, merece descontrair um pouco.
Petrova hesitou por mais alguns minutos, como se considerasse aceitar ou não, e por fim, chegou a conclusão de que estava com fome, e que comer fora era melhor do que cozinhar algo — e se o Stark pagasse, melhor ainda.
— Certo, mostre o caminho. — ela disse de maneira casual e o Stark quase fez uma careta quando notou a falta de importância dela.
Athena desligou o computador, colocou a mochila sobre os ombros e pegou seu celular. Enquanto seguia o Stark até o estacionamento, ela pensava que nada poderia dar errado, afinal ela ainda poderia atacá-lo no caso de se sentir ameaçada. Poderia só sair correndo se ele fizesse perguntas referentes a assuntos que ela não estava disposta a dizer, ou em um caso mais extremo poderia o atacar com a faca do restaurante.
Ela parou quando percebeu que isso não eram coisas legais de se pensar.
A garota balançou a cabeça para afastar aqueles pensamentos e entrou no banco de trás do grande carro esportivo de Tony Stark. O homem ligou o rádio e começou a dirigir em uma velocidade que era tanto imprudente quanto impressionante, mas que também não abalou Petrova.
Tony não fez perguntas e nem se incomodou com o fato dela preferir sentar no carro de trás, ele apenas cantarolou a música que tocava enquanto continuava dirigindo pelas ruas. Stark notou que Athena estava concentrada no celular.
E a garota digitava realmente com agilidade, o plano dela era muito simples e eficaz: estava convidando Peter para ir jantar com eles, dizendo que Tony fazia questão da presença dele e que seria ''super divertido''.
Ela até adicionou emojis na mensagem.
Peter com certeza ia usar o seu super poder de falar mais do que o necessário para manter o Stark ocupado e assim, Athena poderia desfrutar de uma refeição enquanto Parker enchia os ouvidos de Tony. Infalível.
Após alguns minutos, Athena e Tony chegaram ao restaurante, um lugar elegante e discretamente sofisticado, com uma iluminação suave e mesas bem distribuídas. Ao entrar, Petrova mandou a localização para Peter em silêncio, apenas com um rápido deslizar de dedos no celular, sem chamar atenção.
O garçom os conduziu a uma mesa próxima à janela, que tinha uma vista para as luzes da cidade. Ele tratou de fazer comentários descontraídos enquanto se sentavam.
— Relaxa, não vou fazer perguntas que você não queira responder. — Ele sorriu de forma amigável enquanto se sentava.
Athena soltou um pequeno suspiro e se acomodou, cruzando os braços sobre a mesa. Enquanto Tony folheava casualmente o menu, Athena aproveitou para checar o celular de forma discreta, vendo a mensagem de Peter, que escreveu que estava quase chegando.
— Então, Petrova... — Tony começou, fechando o cardápio e apoiando os cotovelos na mesa. — O que você acha de pedir algo que não seja café?
Athena ergueu o olhar, mas pela primeira vez resolveu entrar na brincadeira.
— Como assim? Não posso jantar café?
— Eu me sentiria responsável pelo colapso de sua saúde. — Stark riu, satisfeito com o fato de que a atmosfera estava mais tranquila agora.
Antes que ela pudesse retrucar, a porta do restaurante se abriu e uma figura desajeitada apareceu: Peter Parker, com um casaco ligeiramente amassado e cabelo bagunçado, claramente tentando parecer arrumado, mas falhando de forma adorável.
Athena apenas afundou no encosto da cadeira, sentindo a necessidade de desaparecer por um segundo. Já Tony sorriu, genuinamente surpreso.
— Parker? O que você tá fazendo aqui?
Peter parou ao lado da mesa, parecendo genuinamente surpreso pela pergunta.
— Athena me chamou! Disse que você queria me ver! — Ele respondeu alegremente, puxando uma cadeira e se sentando antes que alguém dissesse algo.
Tony estreitou os olhos para Athena, que retribuiu com uma expressão inocente enquanto folheava o cardápio como se nada tivesse acontecido.
— Muito bem, Petrova. — Stark disse, em um tom mais de quem estava se divertindo do que realmente irritado. — Eu quis fazer uma boa ação e agora tenho dois adolescentes para monitorar durante o jantar.
Athena colocou a mão no peito de forma teatral, seu tom transbordando sarcasmo.
— Ai, Stark, você nem imagina como isso é maravilhoso pra mim. Jantar entre amigos? Conversar? Relaxar? Eu preciso tanto disso. — Ela suspirou dramaticamente, como se estivesse à beira das lágrimas de emoção.
Tony riu alto, balançando a cabeça.
— É impressionante, Petrova. Você conseguiu ser mais dramática do que eu quando fazia um discurso em eventos de gala.
Athena deu ombros, ainda mantendo a expressão de pouco interesse, mas internamente se divertindo e quase chegando a ter que segurar o riso vez o outro.
Ela olhou para o cardapio e por mais que ele fosse composto por uma grande opção de coisas que ela nunca havia provado antes, sua escolha foi rápida.
— Vou querer o risoto de frango com alho poró e suco de laranja com hortelã. — ela disse fechando o cardápio, seu estômago começando a roncar baixinho.
— Você já decidiu? Não vai olhar as outras opções? — O Stark perguntou, surpreso com a ausência da indecisão dela, afinal adolescentes não tendiam a "saber o que querem".
— Sim, já decidi. — Athena respondeu deslizando o cardápio pela mesa, enquanto Peter se inclinava para checar.
— Parece bom, talvez eu peça o mesmo. — Parker disse, indeciso. — Ou não. Tem macarrão aqui também.
Antes do Parker tomar sua grande decisão (afinal, não era todo dia que alguém ia jantar com Tony Stark em um restaurante chique), o maître se aproximou, com uma postura absurdamente elegante, claramente o tipo de pessoa que era acostumada a lidar com clientes extremamente exigentes.
— Boa noite, senhores. Estão prontos para fazer o pedido? — o maître disse.
Tony deu um cumprimento sutil com a cabeça, em partes já acostumado com o bom atendimento do estabelecimento e não esperando menos que isso. Ele fechou o cardápio com um gesto sutil e disse casualmente:
— Eu vou querer um filé mignon ao molho trufado. De acompanhamento aspargos e o vinho mais caro que você tiver na casa. — ele apontou com a cabeça para Athena e continuou falando. — Para minha brilhante assistente, um risoto de frango com alho poró e um suco de laranja com hortelã.
O maître assentiu, anotando tudo com agilidade em seu tablet.
— Assistente, é? — Athena arqueou a sobrancelha, um pouco surpresa, como se acabasse de ter sido promovida.
O maître olhou para Peter, esperando o pedido dele, mas o Parker parecia estar decifrando uma super teoria da conspiração.
— E o senhor? — o homem perguntou pacientemente.
— Ah... Eu ainda estou decidindo, são muitas opções.
— Ele vai querer um fettuccine Alfredo e um refrigerante de cereja. — Ela disse e o maître assentiu, se retirando.
— O que você fez?
— Caramba Peter, não é difícil. Tava na cara que você queria macarrão. Mas pedir um fettuccine faz parecer mais sofisticado, quando na verdade é só massa, queijo e creme de leite. E refrigerante de cereja é a sua cara.
Ela deu ombros, não se aprofundando em se justificar pela escola do refrigerante de cereja, mas já havia reparado ele bebendo aquilo antes. Não que estivesse reparando especificamente nele, mas ela era uma ex-espiã, então podia se chamar de força do hábito.
Stark riu da interação, logo os três começaram a conversar de forma casual, Athena mas entretida na conversa do que achava que deveria, tanto que nenhum dos três viram o tempo passar e logo já estavam comendo enquanto conversavam.
Athena normalmente acostumada a ter suas refeições sozinhas — ou no máximo com Yelena — ainda era a mais quieta dos três, mas ainda assim, estava mais descontraída do que o comum. O que não passava totalmente despercebido pelo Parker e pelo Stark.
— Cara, isso é incrível. — falou mastigando, totalmente satisfeito com a comida que Athena havia escolhido para ele. — Tipo, é a melhor coisa que eu já comi.
— Tente não engasgar, garoto. — Stark disse, cortando seu filé e tentando não rir da animação de Peter. Ele virou para Athena e tomou a cabeça levemente para o lado. — Então, Petrova... Parece que você realmente conhece o Parker. Olha como ele está feliz com o prato que você escolheu. — Tony provocou.
— Eu não o conheço bem. Ele é só muito previsível. — respondeu a garota, dando ombros.
— Ou talvez você esteja prestando muita atenção nele. — Tony rebateu, sentindo uma grande diversão em provocá-la, era claro que ele nunca estivera tão descontraído antes perto de Athena ou de Peter. Mas parecia que finalmente, depois de todos os acontecimentos com o tratado de Sokovia e o término com Pepper, ele podia finalmente respirar e descontrair. A postura séria e autoritária podia voltar depois do jantar.
— Ou talvez você só esteja velho e tenha necessidade de criar teorias para se entreter. — ela disse levando o garfo para boca.
Peter estreitou os olhos com a audácia da garota em dizer esse tipo de coisa para Tony Stark.
Tony, por outro lado, já estava acostumado com o fato de que ela não costumava medir palavras. Ainda assim, ele soltou o garfo e levou a mão até o peito, fingindo estar extremamente ofendido.
No entanto, Stark logo soltou uma risada nasal, que fez Peter rir e desencadear uma onda de gargalhadas mal contidas. Athena tampou a boca, também não aguentando segurar o riso, enquanto os três atraiam olhares dos demais clientes.
Oi amores, como estão? Espero que bem.
Espero que tenham gostado do capítulo, eu revisei, mas teve algumas partes que eu escrevi muito rápido, então se tiver algum erro me avisem.
Estou tentando deixar as coisas em um ritmo bom, não quero que aconteça tudo muito rápido, então se estiver tudo meio parado, me perdoem e não desistam pois no futuro irá compensar!
Acho que é isso, eu postando essa capítulo quase meia noite pq sou ansiosa e não aguento esperar até o próximo dia! Kwkaka
Até o próximo capítulo, beijoss
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