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❝ Nós aceitamos o amor que achamos que merecemos. ❞ — As Vantagens de Ser Invisível.
─── 𝐏apá! ─── A jovem chamou pelo homem ao entrar na casa mesmo sabendo que ele provavelmente estaria no trabalho. Nenhuma resposta é obtida como esperado, apenas uma mulherzinha de meia idade apareceu na porta.
─── Oi querida, você deve ser a senhorita Vênus, a filha mais velha do senhor Vitor. ─── Disse a mulher gentilmente, ela vestia um avental por cima de uma roupa de empregada.
─── Sim, por favor me chame apenas de Vee, não sou chegada a formalidades. ─── ela revirou os olhos após da ênfase a palavra e então estendeu a mão a mulher. ─── É um prazer...?
─── Rosita. ─── ela diz revelando um lindo sotaque latino fazendo Vênus sorrir, a mulher retribui apertando a mão da jovem delicadamente. ─── Vai querer ajuda com as malas? ─── ela apontou para as duas malas que a garota arrastou do carro até a porta.
─── Sim, por favor. Leve essas, tem mais no carro, eu vou buscar elas. ─── Dito isso ela agradeceu a senhora e foi buscar seu gato e as malas guardando-as em seu suposto quarto.
Depois, Rosita mostrou toda a casa a menina, ela ficou impressionada, não sabia que seu pai tinha aquela casa enorme, só sabia que ele era um kook mas não imaginava que era tão rico.
Vee nasceu em outer banks, não se sabe quem são seus pais biológicos, Vitor nunca tocou no assunto e ela não faz questão de saber quem são. Vitor e Vênus passaram a maior parte de sua vida no México, seu pai a criou sozinha até encontra Maggie, sua mãe que um tempo depois teve Newton, ou Newt que é como ele prefere ser chamado, o irmão mais novo de Vênus.
Maggie é mexicana, ela tinha uma escola de dança que acabou falindo graças as gangues do país que ameaçava a mulher e todos a sua volta. Graças a essa gangue Maggie abandonou tudo e eles foram para Nova York em busca de se reconstruir, mas aquilo não durou muito, cada vez ficava mais difícil, então, Vitor voltou para outer banks e cuidou das coisas lá até os três irem para lá e como visto, Vênus foi a primeira a pisar no lugar.
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Um tempo depois de conhecer toda a casa, Vênus tirou um tempo para descansar um pouco, a viagem foi bem cansativa já que ela não dormiu um seguindo se quer, ansiedade, um saco. Vênus as vezes tem seus ataques mas nada tão grande, não como antes, tudo começava com a tremedeira, depois vinha o ataque de pânico e depois o ar que escapava de seus pulmões, como um afogamento sem alguém para salvá-la, isso sem contar com as noites mal dormidas.
Após a longa soneca, com a ajuda de Rosita, Vee foi até a delegacia, ela estava doida para ver seu pai, ele não sabia que ela iria chegar exatamente naquele dia pois ela preferiu deixar uma surpresa.
Entrando lá ela viu uma mulher de pele escura em uma sala com um garoto de cabeleireira loira, o mesmo que havia visto quando chegou no lugar.
─── Você é como uma pedrinha no meu sapato, eu balanço o pé achando que a tirei e olha ela aqui de novo. ─── A mulher disse fechando a porta da sala.
─── Então olha por onde pisa. ─── Vênus riu com sua resposta e segundos depois percebeu que ele agora a encarava pelo outro lado do vidro, ela virou o rosto evitando contato.
Ela procurou por seu pai pelo lugar e o viu sentado em uma sala logo a frente, sua atenção estava nos pedaços de papel em sua mão.
Venus foi até a sala do mesmo e sem bater na porta ela entrou, ela não foi criada assim, só estava sem paciência para bater na porta e isso iria estragar sua entrada.
─── Eu já falei para bater na porta antes de abrir. ─── O homem disse tirando aos poucos seu olhar das folhas levando-os para a garota a sua frente. ─── Oh meu Deus! ─── Ele disse se levantando abruptamente da cadeira com um enorme sorriso de orelha a orelha.
A filha largou a porta que se fechou sozinha e correu em direção a seu pai, com uma felicidade imensa em seu rosto, Vênus assim como o homem tinha um enorme sorriso junto dos olhos cheio de água que insistiam em cair.
─── Hola papá! ─── a voz doce de sua filha ecoou, apertando cada vez mais o coração do mais velho.
A garota se envolveu nos braços do pai, dando um abraço apertado nele. A mesma sorria e chorava de emoção ainda nos braços de homem, sua felicidade era indescritível e saber que estava esperando por aquele momento há um bom tempo, para ela era um sonho.
Vitor retribuiu o ato da jovem e a abraçou de volta. Ele suspirava fundo tentando segurar o choro, pois queria demostrar a sua filha que era forte o bastante. O Shoupe mais velho agradeceu tanto por aquele momento, por está perto ao lado de sua filha novamente.
Depois do longo abraço eles se afastaram, Vitor sorriu mais uma vez para a garota, ele tinha milhares de perguntas para fazer no momento mas não queria fazer todas de uma vez pois imaginava o quão cansativo foi a viagem.
─── A quanto tempo tá aqui? Por que não me avisou que estava vindo? ─── Ele perguntou ainda sem acreditar que sua filha estava mesmo ali, ele sabia de sua vinda, porém Vênus alterou as datas sem o informar.
─── Eu cheguei hoje cedo. ─── Ele assentiu, pedindo para que ela continuasse. ─── Rosita me ajudou, mamãe vai vir atrás com Newt. ─── Ela sorriu ao dizer o nome do mais novo.
─── Não comeu nada? Vamos passar no restaurante dos Carreras, The Wreck, o melhor restaurante de outer banks, você vai adorar as comidas de lá. ─── Ele disse levando a menina para fora da sala.
─── Mas papá, você está trabalhando agora, eu não quero atrapalhar isso. ─── ela disse mordendo a bochecha com um pé atrás do outro.
─── Você não vai, eu posso sair, é minha filha, minha família vem em primeiro lugar. ─── o homem disse com um brilho nos olhos arrancando um sorriso da garota.
─── Eu não posso pai, que tal a noite? A gente pode jantar e eu aproveito a tarde para arrumar minhas coisas. ─── Disse inventando uma desculpa barata.
─── Tá bom... ─── o Shoupe levantou aos mãos se dando por vencido. ─── Eu te vejo hoje a noite. ─── Ele disse depositando um beijo no topo na cabeça da filha se despedindo.
Vênus sorriu dando tchau para o homem que entrou na sala novamente dessa vez com a mulher que antes discutia com o loiro na entrada da delegacia.
A Shoupe girou seus pés virando em direção a saída os deixando a sós trabalhando.
Quando estava prestes a caminhar para fora do local, ela escutou mais uma vez conversa alheia vindo de um homem que estava ao lado do garoto que havia visto.
Ela não poderia negar, aquele garoto era muito bonito, uma beleza surreal, por um momento ela se sentiu presenteada pelos deuses. Encontrar pessoas tão bonitas no mundo de hoje é como procurar uma agulha do palheiro.
Vênus negou com a cabeça se aproximando mais deles, só o bastante para ouvi a conversa direito. Curiosa? Não!
─── A audiência é em duas semanas, se você não aparecer, dispensa a fiança. A restituição vai ser baseada na média de três estimativas do curso do bem danificado. ─── Disse uma mulher que trabalhava no local para um homem que Vênus suspeitava ser o guardião do garoto.
─── Restituição? ─── Perguntou o mais velho confuso, provavelmente não saberia o significado da palavra.
─── Pagamento pelo que quebrou, é parte do acordo. ─── explicou a mulher.
O homem encarou o loiro que continuou do mesmo jeito que estava antes, paralisado encarando o chão. Por incrível que se pareça, nada se passa despercebido por Vênus, ela havia notado algo, seja que for aquele homem, ele tinha influência sob o garoto, ele assustava o jovem, ela só sabia disso ao ver os lábios dele que tremeram no mesmo instante que os olhos do mais velho caíram sobre ele.
─── Assine aqui, por favor. ─── a mulher pediu gentilmente entregando um papel e uma caneta ao homem que assinou sem exitar.
─── Vamos. ─── Disse ele ao jovem indo até a saída. ─── Agora! ─── Ele exigiu aumentando o tom de voz, no mesmo momento o coração da Shoupe apertou, mesmo não conhecendo o garoto ela sabia que ele não merecia aquilo.
Vênus saiu atrás deles, ela os acompanhou discretamente, só queria ver no que aquilo ia dar.
─── Quero só ver quanto vai ser a restituição por um Malibu 2019. ─── o homem disse caminhado ao lado do garoto.
─── Eu pago, eu pago tudinho pai, eu juro.
─── Merda! Trinta mil. Quando você vai pagar isso, espertão, se tudo que faz é ficar fumando maconha e vadiando? ─── Ele negou com a cabeça ao chegar a frente do carro que estava encostado próximo a calçada. ─── Entra no carro. ─── Disse dando a volta para entrar no lado do motorista, o jovem relutou mas não adiantou. ─── Entra! ─── O homem mais uma vez exigiu aumentando o tom de sua voz, o garoto obedeceu e entrou no veículo depois do homem.
O menino fechou a porta e sem querer acabou vendo Vênus pelo retrovisor da sua porta. Ele apenas ignorou ela e quando ia falar algo o mais velho lhe deu um soco, sujando a janela de sangue e mesmo assim não parou, continuou distribuindo socos no rosto no filho.
Agindo por impulso, Vênus correu até o carro e bateu no vidro, chamando a atenção do mais velho que no mesmo instante parou de bater no garoto, sem permissão alguma ela abriu a porta do passageiro chamando o jovem para fora.
─── Vem, eu te deixo em casa. ─── Vênus estendeu a mão para o garoto e levando para fora do carro. ─── Me espera aqui. ─── Ela pediu voltando até o carro do homem, Vee, por pirraça entrou no carro se sentando no banco passageiro, onde minutos atrás estava o Maybank mais novo. ─── Eu espero que esteja ciente da Lei n. 13.010. Ela proíbe qualquer agressão ou maus tratos a crianças e adolescentes, quer saber o que acontece com os agressores? ─── O homem se manteve calado. Ela, com seus braços cruzados, olhou para ele em seguida voltando a encarar a estrada sem fim a sua frente.
─── Para esse crime, o Código Penal prevê detenção de dois meses a um ano ou multa. Caso o fato resulte em lesão corporal grave, a pena sobe para reclusão de um a quatro anos. A pena varia entre dois e oito anos, aumentada de um sexto até um terço por tratar-se de criança ou adolescente. Isso aqui eu vou deixar passar, na próxima não pense que eu sentirei pena, por mim você apodreceria na cadeira. ─── Ela disse de dentes cerrados, por fim saindo do carro e fechando a porta do passageiro. ─── Te vejo por aí.
Vênus nunca na vida se sentiu tão confiante e orgulhosa por aquilo. Ela sabia daquela lei graças ao seu pai, ela sempre quis ser como ele, trabalhar na polícia, dar uma de detetive, sempre foi o forte dela. Graças a ele, ela sabe quase todas as regras de cor.
─── Vamos... ─── Ela chamou o loiro e o levou até seu carro que estava estacionado um pouco longe da delegacia.
001. Esse capítulo tem 1860 palavras, com o resto 2068.
002. Me digam se gostaram desse cap? Sinceramente, é a primeira vez que eu faço algo bem feito, Vênus foi bem intrusa ali mas tudo isso foi para fazer o bem, tô bem orgulhosa dela, pela primeira vez conseguiu enfrentar alguém como o Luke(Pai do JJ).
003. Não estarei postando sempre, isso foi de uma hora pra' outra, não espere muito de mim sou bastante lerda, as vezes tem capítulos e as vezes não.
004. Peço que comentem bastante e cliquem na estrelinha isso vai ajudar e muito. Ficarei feliz com sua atitude.
005. Desculpe-me pelos erros ortográficos, não sou uma escritora profissional, sou apenas uma adolescente escrevendo por hobbie.
006. Em todos os capítulos usarei uma frase diferente de um livro, nenhuma delas será criada por mim e se tiver alguma eu aviso.
007. Obrigada Cherry por me ajudar Kakakak e desculpa por demorar tanto.
008. O que acharam da capa? Eu gostei dessa, apesar de não estar 100% perfeita e também vou criar outra diferenciada. Achei um áudio perfeito para postar no Tik Tok, brevemente vou postar algo, quando postar vou avisar no mural por isso é importante me seguir.
009. Essa lei realmente existe, tudo que foi dito ai não passa de verdades, isso vale tanto para crianças e adolescentes e antes que fale que JJ não é adolescente eu direi exatamente o contrário. JJ tem 16 anos, ainda é uma criança, a adolescência vai de 12 á 19 anos e podem sim ir até os 24 anos de idade.
010. Hoje, 21/01/25, dei uma modificada na história nada brutal.
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