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✶ capítulo um : problemas para o futuro.

୨ৎ

Outer Banks não é para qualquer um. A ilha, localizada na Carolina do Norte, apesar de relativamente pequena em tamanho, possui gente até demais, muitos que, dependendo de quem te responde, não deveriam estar aqui. Para Isabela Sinclair, não existe ninguém menos merecedor do que ela ou que deveria deixar essa ilha, mas, para uma Kook como ela, é fácil dizer.

Os Kooks são aqueles que vivem no melhor lado da ilha, que possuem dinheiro suficiente para comprar uma mansão e mesmo assim se aventuram pelo outro lado, apenas para provocar seus rivais: os Pogues. Aqueles que vivem na periferia, os pobres ou a classe média baixa, que precisam não só lidar com a arrogância Kook, mas, muitas vezes, trabalhar para eles. Todos levam seus títulos muito a sério ou, ao menos, deveriam. A hierarquia social é algo valorizado em Outer Banks, afinal, não há maneira melhor de viver se não projetar seus problemas em outras pessoas.

Para Isabela, entretanto, nada disso faz sentido. Nasceu no meio-termo, vindo de uma mãe Kook e um pai Pogue, mas sempre foi mais para um lado do que para o outro. As pessoas da ilha a chamam de Miss Outer Banks, devido ao seu carisma característico que a torna aclamada por todos os lados e pessoas da ilha, rivalidades de lado. Bom, por quase todos da ilha.

━━━━ Isabela, tem alguém na porta! ━━ Chama uma voz familiar, despertando a atenção da garota para longe do seu celular.

━━━━ Já vai, mãe!

Rapidamente, a loura pega um short jeans e o veste, descendo as escadas em direção à enorme porta da própria residência. Apesar do grande casarão, vivem apenas Stella e Isabela Sinclair, solitárias desde o sumiço do patriarca. Um tópico que ainda revira o estômago de ambas as mulheres, amargurando os sorrisos que costumavam infectar a casa em noites como essa.

A adolescente liga a luz da sala, sem nem checar o olho mágico antes de abrir a porta. Um sorriso ilumina o rosto ao ver a melhor amiga, mas é rapidamente substituído por uma carranca ao perceber que Sarah Cameron estava encharcada e com roupas irreconhecíveis.

━━━━ Onde você estava? ━━ Puxa a amiga de uma vez para dentro, trancando a porta atrás delas. ━━━━ Senhor, como está tão molhada? Estava dançando na chuva?

Sarah se desculpa, tirando os sapatos e secando os pés no tapete de entrada. Lá fora, a chuva diminui aos poucos, se tornando apenas pequenos respingos em comparação ao líquido que banha a garota.

━━━━ Desculpa, espero não estar atrapalhando. ━━ Murmura, abraçando o próprio corpo para se aquecer. ━━━━ Eu precisava falar com você.

Sem mais questionamentos, as jovens sobem aceleradamente para o quarto de Isabela, evitando escorregar e poupando a Cameron da vergonha de ser vista nesse estado pela mãe da amiga — apesar de Stella ter presenciado momentos piores.

━━━━ Minha mãe vai te matar. ━━ Sinclair brinca, sorriso ladino nos lábios ao acompanhar a amiga.

━━━━ Não deixe ela saber que molhei o chão! ━━ Quase imediatamente, Sarah sussurra de volta.

Quando alcançam o quarto, a garota é rápida em procurar uma troca de roupa para oferecer à amiga, pegando um short jeans e uma camiseta amarela e praticamente a empurrando para o banheiro. Ainda não sabe o que aconteceu, ou o motivo pelo qual precisariam conversar, mas nunca hesitaria em oferecer ajuda para a melhor amiga. O que compartilha com Sarah vai além de uma amizade, ao menos, para Isabela, é assim que funciona.

É claro, a garota já se tornou consciente da vida que está fadada a enfrentar e por isso decidiu que a melhor opção é a aceitação. Para Sarah, as duas sempre serão amigas. E, consequentemente, para Isabela, não resta outra opção.

━━━━ Obrigada. ━━ Cameron ressurge no cômodo, sentindo o frio aos poucos se esvair do corpo. ━━━━ Achei que fosse congelar.

━━━━ Quer secar o cabelo? ━━ Isabela oferece, gesticulando para que a amiga se sentasse. Quando é respondida com o balançar de cabeça, a loura aproveita para sentar no pé da cama. ━━━━ Fala logo, então, o que aconteceu?

A Cameron respira fundo, bochechas avermelhando com o passar dos segundos, o olhar curioso de Sinclair a deixando nervosa. Ainda tentava se recuperar dos eventos recentes, seus lábios doloridos de pensar no contato que não estava mais ali. Queria vomitar todas as palavras entaladas na garganta, mas o sentimento é tão forte que sente que seus órgãos vão parar de funcionar e ela vai morrer bem ali. Na cama da melhor amiga.

Ao contrário dela, Isabela apenas sente confusão. Não é incomum para a amiga aparecer na casa dela, mas, geralmente, há um aviso prévio e, grande parte do tempo, é a loura que deixa sua residência para visitar os irmãos Cameron. Algo mudou para motivar Sarah a vir, mesmo na forte chuva e durante a noite. Sem nenhuma mensagem, ligação ou até mesmo carta para perguntar se poderia estar ali. Ao mesmo tempo que preocupa Sinclair, uma onda de adrenalina a ferve os ossos.

━━━━ Fiz uma pequena viagem até Chapel Hill. Você acredita que invadimos um navio porque não tinha passagens disponíveis? O calor estava insuportável, mas foi a coisa mais divertida que já fiz.

━━━━ Espera um pouco. ━━ Isabela a interrompe, olhos cerrando e nariz se contorcendo em confusão. ━━━━ Disse "invadimos"? Você e quem?

Aquele sorriso que costuma revirar o estômago de Isabela toma conta do rosto de Sarah, como se alertasse que as palavras que está prestes a dizer vão, definitivamente, surpreender a melhor amiga.

━━━━ John B.

━━━━ John B? Tipo, o Pogue John B? O John B que foi demitido por roubar o seu pai? O John B cujo pai...

━━━━ Sim! ━━ Sarah a impede de continuar, apoiando as mãos sobre os ombros da Sinclair e a balançando, risadas escapando de sua boca. ━━━━ Esse mesmo! Consegue acreditar? John B, de todas as pessoas.

A sensação de que tudo ainda poderia piorar consome Isabela da cabeça aos pés, fazendo-a calar-se na espera da continuação da história. Apesar da caixinha de surpresas que é Sarah Cameron, isso é definitivamente fora do comum para a princesa Kook. A coisa mais ilegal que já fez foi beber sendo menor de idade, enquanto John B provavelmente já se envolveu em milhares de encrencas piores. Como invadir navegações. Quem imaginaria Sarah Cameron invadindo um barco para chegar a Chapel Hill? É como pensar em um gato tomando banho de chuva.

━━━━ Não fique com essa cara, foi ótimo! Não foi você que disse que meu pai deveria ter dado uma chance a ele?

━━━━ Eu disse seu pai, não você! ━━ Arregala os olhos, fincando o dedo no ombro de Sarah e arrancando uma gargalhada da amiga. Por mais que quisesse ficar irritada com a irresponsabilidade da Cameron, aquela risada deixa Isabela tonta de alegria. ━━━━ O que foram fazer em Chapel Hill?

━━━━ Ele queria ver uns arquivos do Denmark Tanny, o criador de Tannyhill. Meu pai doou as coisas dele pra Chapel Hill quando nos mudamos pra lá. ━━ Explica tranquilamente, revirando os olhos como se a pergunta fosse tola e a resposta óbvia. ━━━━ Enfim, eu e ele passamos por uns maus bocados antes de irmos para a biblioteca. Tivemos que comprar roupas novas e assumir novas identidades para o bem da missão, mas isso é assunto para depois.

Em nenhum outro momento, Isabela se sentiu tão deslocada quanto antes, e já enfrentou diversos momentos constrangedores e solitários. A maneira com a qual Sarah fala faz parecer que viveu um filme de comédia romântica em algumas horas, o que seria adorável se não envolvesse John B ou se Sarah já não tivesse um namorado. O que Topper acha disso tudo?

Não que Sinclair se importe de verdade, ela o odeia. Para o desconhecimento de Sarah, é claro. Seria rude contar à amiga sobre seu ódio reservado ao namorado dela, principalmente devido ao motivo por trás.

━━━━ Está me deixando louca.

━━━━ Calma, Isa. Nem cheguei na melhor parte.

━━━━ Tem como piorar?

━━━━ Quieta! ━━ A adolescente revira os olhos, dando um tapa leve no braço da outra. ━━━━ John B está em uma caça ao tesouro. Pelo o que descobrimos, Denmark Tanny tinha quatrocentos mil em ouro escondidos, mas não sabemos onde. Ele escreveu uma carta para o filho logo antes de morrer em uma língua que apenas eles entendem. Eu acho que tem coisa aí.

Os olhos de Isabela brilham com uma outra coisa, uma espécie de entendimento que a Cameron está mais que acostumada em ver: desconfiança.

Por culpa de Rafe, a garota agora tem o hábito de erguer as sobrancelhas e fechar a boca em quase uma linha reta quando não acredita em algo, deixando dolorosamente explicito sua desconfiança. Uma mania que Sarah aprendeu a odiar, visto que é sempre ela que precisa aturar essa expressão, já que, de dez coisas que diz, nove não são levadas a sério pela melhor amiga.

Em defesa da garota, é difícil acreditar em uma caça ao tesouro. Principalmente uma envolvendo John B Routledge e Sarah Cameron, dois opostos de mundos completamente diferentes.

━━━━ Não me olhe assim, estou falando sério!

━━━━ Olhe como? Eu acredito. ━━ Nem mesmo ela se leva a sério, palavras escapando pela boca como uma criança tentando disfarçar a besteira que fez. ━━━━ Olha, Sah, me desculpa, mas é meio difícil de acreditar, não acha? Quer dizer, John B? Caça ao ouro? Qual é a próxima, vai me dizer que cheirou cocaína no caminho para cá?

━━━━ Credo, Isabela! Óbvio que não. ━━ Revira os olhos, cruzando os braços irritada. ━━━━ Tô falando sério. Pode, por favor, me levar a sério?

Um suspiro cansado lhe escapa os lábios, mas Isabela sabe que de nada adianta brigar agora. O que está feito já foi feito e não tem como voltar. O melhor que pode fazer é tentar entender e ajudar a amiga.

━━━━ Tá, foi mal.

━━━━ Obrigada. ━━ Sarah sorri, relaxando rapidamente. A maneira como muda de humor impressionaria a Sinclair, se já não estivesse acostumada. ━━━━ Bom, não acaba por aí. Eu meio que... Bem, como posso te contar? É...

━━━━ Sarah, desembucha!

━━━━ Eu beijei ele! ━━ Assim como lhe é pedido, a garota revela.

Outra vez, as bochechas da loira se tornam avermelhadas como um nariz de palhaço. Se sente envergonhada e animada ao mesmo tempo, pois sabe que seus atos não serão bem-vindos por muitas pessoas. Talvez nem mesmo pela amiga, que apesar de estar ao lado dela quando precisa, não deixaria a ideia adentrar a sua mente com grande facilidade. Isabela não é como qualquer outra pessoa, ela possui um coração tão grande que nem cabe no peito, mas é isso que assusta Cameron.

Veio até a residência Sinclair, pois não tem mais ninguém para conversar sobre e, mesmo assim, teme que não terá em breve. Se Isabela não gostar do que ouvir, então Sarah será deixada sozinha nessa jornada de autodescoberta.

━━━━ Estou tentando não enlouquecer, mas é meio difícil. ━━ Murmura, correndo os dedos pelas mechas onduladas de cabelo. ━━━━ Mas e Topper? Ele sabe? O que você pretende fazer? Não me diga que está gostando dele.

━━━━ Então é melhor eu ficar calada.

━━━━ Sarah!

━━━━ O que eu posso fazer? O coração não escolhe quem amar.

Uma pontada no peito a deixa sem ar, mas, infelizmente, Isabela tem certeza de que não é um infarto e, sim, apenas seu coração quebrando em pequenos pedacinhos. Ela, mais do que ninguém, entende isso. O amor não é algo que se escolhe, apenas sente, e muitas vezes se sente tanto que dói. Como o caso de Isabela Sinclair, que já passou incontáveis noites chorando no colo do melhor amigo, sozinha em casa ou abraçada com sua mãe, que nem sequer sonha em saber o motivo.

Talvez devesse dar uma chance para essa caça ao tesouro, afinal, o que tem a perder? Sarah Cameron? Para perder as coisas, primeiro precisa tê-las.

━━━━ E como você vai lidar com isso? ━━ Questiona, engolindo as dores e oferecendo um sorriso caloroso à amiga.

━━━━ Isso é problema para a Sarah do futuro.

As duas gargalham, permitindo-se relaxar diante de tantas revelações. Os problemas estão longe de acabar, mas, por enquanto, as garotas estão alheias a isso. Quem sabe Isabela não se junta a essa caça ao tesouro, não precisa desse ouro mais do que John B, mas a aventura é interessante. Pela diversão, não é?

Quanta diversão, senhorita Sinclair. Espere só para ver o que lhe aguarda.

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