𝐟𝐢𝐟𝐭𝐞𝐞𝐧: mistakes
✺ HAZEL WILLOW
— Se Payton Moormeier não te trazer em segurança, ele vai se ver comigo. — Savanna apontou seu dedo indicador na minha direção, com os seus olhos semicerrados.
— Pode apostar que vai. — Sarah riu fraco, mas eu senti o olhar de preocupação das duas garotas. — Nós vamos ficar aqui.
— Tudo bem. — me virei para as duas garotas, uma buzina soou pelo lado de fora da casa e logo deduzi ser Payton. — Eu estou bem, mas não faço idéia do quê esse garoto quer comigo uma hora dessa.
— Se eu te disser...— disse Sarah, me fazendo arregalar seus olhos.
— Vai lá, qualquer coisa liga pra gente, ok? — Savanna me abraçou e rapidamente Sarah se juntou.
Me despedi das duas garotas e corri escada á baixo enquanto tentava ocupar minha mente. Talvez ele esteja me ajudando com isso, certo? Ocupar a minha mente seria uma ótima forma de tirar o que aconteceu hoje mais cedo.
Apertei meu moletom contra o meu corpo ao sentir o frio bater em mim assim que abri a porta. Payton estava dentro do carro com o seu braço apoiado na porta do mesmo, assim que me viu, destravou permitindo que eu entrasse.
Me encostei no banco vendo Payton ligar o carro e arrancar dali. Coloquei o cinto de segurança enquanto procurava uma ótima posição naquele banco, permitindo que eu ficasse olhando para ele.
— Pra onde estamos indo? — Payton revirou seus olhos assim que fiz a pergunta. — Não revire os olhos pra mim, Moormeier.
— Gata, você deveria guardar suas perguntas pra uma hora agradável. — ele me olhou de relance. — Vou te levar em um lugar, só isso.
— Cachoeira? — O garoto ao meu lado negou, me fazendo bufar. Meus olhos caíram sobre suas mãos, que estavam..machucadas? — Aonde você foi?
— Resolver uma coisa. — Payton deu de ombros, arqueei uma sobrancelha demonstrando que não estava nenhum pouco convencida com a resposta. — Meu Deus do céu! Eu só fui resolver um negócio, Hazel. Estou bem.
— Ok. — Percebi que ele não queria falar sobre o assunto então apenas me mantive calada.
O olhar de Payton intercalava entre a rua em sua frente e em mim, me fazendo o olhar confusa.
— O que foi agora? — resmunguei enquanto encostava minha cabeça na janela.
— Por que está calada? — o olhei incrédula.
— Você pediu para eu parar de falar. — dramática? Talvez.
— Vamos fazer um jogo, certo? — Payton sorriu fraco.
— Que tipo de jogo? — fiquei interessada.
— Eu faço uma pergunta, se você quiser responder, ótimo. Se não, passa. — Payton deu de ombros e apenas concordei.
O carro parou em frente á um prédio completamente abandonado, estava incompleto. Franzi o cenho enquanto avistei Payton descer do carro, fiz o mesmo.
— Ahn, o que viemos fazer aqui? — perguntei extremamente confusa.
— Irei te mostrar o paraíso, querida Hazel. — Payton soltou um sorriso fechado.
Payton pegou uma pequena caixa de madeira que estava ali e subiu na mesma, foi um pouco para o lado dando espaço para eu subir. O mesmo cruzou suas duas mãos e se abaixou. Deduzi que seria para me ajudar a pular a enorme grade atrás de nós.
Coloquei meu pé direito em cima das suas mãos e Payton fez impulso, me fazendo segurar fortemente na grade. Fiz um pouco de força e me sentei sobre a mesma enquanto encarava o chão que estava bem longe de mim.
— Payton, isso aqui é muito alto. — bufei assim que vi a caixa de madeira sendo jogada para o lado de dentro do local.
Payton subiu na grade e caiu no chão, limpou sua calça que estava um pouco suja e esticou seus dois braços na minha direção. Mordi meu lábio inferior visivelmente nervosa e com medo.
— Pula, eu vou te segurar. — Payton incentivou e assim fiz, mas logo me senti extremamente segura quando senti suas duas mãos na minha cintura. — Sempre com um jeito de me fazer te agarrar, não?
— Apenas me leve para o "paraíso", como você falou. — resmunguei assim que ouvi a risada abafada do garoto.
Payton pegou minha mão e começou a caminhar rapidamente na direção do prédio, que estava totalmente escuro.
— Payton, e se tiver um maníaco ai dentro? — sussurrei assim que agarrei o seu braço, o forçando a parar.
— Não tem maníaco aqui, gata. Vai por mim. — Payton soltou uma risada fraca e voltamos a andar novamente.
Passamos por uma porta que não estava nada bonita e logo começamos a subir as escadas do prédio abandonado. Ligamos a lanterna dos nossos celulares e seguimos o caminho.
— Ei, você vem pra trás. — empurrei Payton pra trás de mim, o mesmo sorriu malicioso. Idiota. — Quem fica por último morre primeiro. Baseado nos filmes.
— Certo...mas e se tiver alguma coisa na sua frente? — Payton perguntou com um sorriso vitorioso no rosto. Revirei meus olhos e o coloquei do meu lado. — Melhor, iremos morrer juntos.
— Que romântico. — soltei uma risada fraca.
Continuamos a subir as escadas que pareciam ser infinitas. Minhas pernas estavam doendo bastante, mas tudo pareceu sumir quando eu vi Los Angeles inteira na nossa frente. Estávamos em um corredor extremamente aberto, e agradeci muito por não ter paredes feitas ali.
O vento batia contra o meu rosto me causando arrepios incríveis. Aquela sensação era maravilhosa, eu estava vendo toda Los Angeles bem na minha frente.
— Uau. — exclamei impressionada enquanto olhava ao redor. — É realmente o paraíso.
— Eu te disse. — Payton se sentou na borda do corredor, me fazendo arregalar os olhos. — É seguro, vem.
Caminhei relutante até o mesmo, assim que cheguei perto olhei pra baixo, vendo a escuridão que estava ali. Me sentei cuidadosamente ao seu lado, mas meus olhos estavam fixados naquela vista maravilhosa.
— Então, vamos jogar. — Payton cruzou suas mãos. — Como começou sua amizade com Sarah e Savanna?
— Bom, nossas mães sempre foram bastante amigas. Levavam elas na minha casa o tempo todo enquanto conversavam e vice-versa, sempre foi nós três. Não nos desgrudamos desde então, mas confesso que ano passado eu fazia de tudo pra afastá-las. Eu sentia que a minha dor estava pesando nelas duas, mas elas pareciam não ligar nenhum pouco com isso, Sarah e Savanna apenas queriam me ajudar. Sou extremamente grata por não terem deixado eu me afundar mais ainda. — coloquei minhas duas mãos no bolso do meu moletom. — Minha vez, você tem irmã ou irmão?
— Tenho irmã, se chama Faith. — Payton sorriu fraco. — Mora com a minha mãe, Joanne.
— Belos nomes. — sorri fraco. — Sua vez, Moormeier.
— Fala com o seu pai? — Payton perguntou visivelmente curioso.
— Não temos uma relação muito boa, última vez que o vi foi no enterro da minha mãe. — dei de ombros enquanto olhava para o céu estrelado acima de nós. — Não faço muita questão, então pra mim tanto faz.
Payton fixou seus olhos em mim, como se quisesse entender tudo que se passava dentro de mim. E mesmo depois dos nossos olhares se encontrarem, ele não fez a mínima questão de desviar.
E nem eu.
— Já ficou com alguém do colégio? Além do Noah Johnson, claro. — arregalei os meus olhos.
— Não vale, aquilo foi um selinho na quinta série e só dei porque ele me deu um pirulito. — Revirei meus olhos, mas Payton permanecia visivelmente interessado. — Não, nunca fiquei com alguém do colégio. Ninguém é digno, querido.
— Assim você me ofende. — Payton murmurou.
— Eu iria fazer essa mesma pergunta, mas sei praticamente de todas, então...— Payton negou com um sorriso de lado. — Você está com a Lindsay?
— Não.
Soltei um sorriso de lado, mas meus olhos estavam presos na sua mão onde tinha pequenos machucados. Não sei porquê merda eu estou tão preocupada com ele, e nem porque fiquei tão aflita com medo dele dizer um gigante e claro ''SIM.''
— O que você foi resolver? — Payton sorriu de lado, provavelmente sabia muito bem que eu faria essa pergunta.
— Achei que fosse a minha vez de fazer a pergunta. — arqueei uma sobrancelha. — Falar com Jacob. — arregalei meus olhos bastante surpresa. — Relaxa aí, gata. Estou ótimo. Novinho em folha.
— Não precisava ter ido lá, Payton. — suspirei, peguei sua mão rapidamente a analisei com cuidado a mesma. Tinha pequenos machucados. — Você está bem?
— Eu que deveria fazer essa pergunta. — Payton sorriu de lado.
— Quando eu penso que fiz a boca dele sangrar e o saco dele doer pra caralho, me sinto um pouco melhor. — soltei uma risada fraca, mas parece que Payton não achou nenhum pouco engraçado. Percebi isso pelo seu maxilar travado. — Eu estou bem.
Payton assentiu enquanto analisava cada detalhe do meu rosto.
— Quem você mais ama? — perguntei, vendo o mesmo me olhar confuso. — Você deve ter alguém, além da sua família, claro.
— Que resposta óbvia, claro que sou eu. — Payton deu de ombros, me fazendo soltar uma risada fraca.
Foi o que eu imaginei.
Meu corpo entrou em êxtase quando senti o seu polegar alisar levemente minha mão na qual estava segurando a sua, seus olhos não saíram de mim um segundo sequer. Eu odiava o fato disso me causar sensações que jamais tive antes.
Odiava o fato de cada toque me fazer arrepios. Odiava o fato dele me causar isso.
— Minha vez de fazer a pergunta. — Payton falou em um sussurro, assenti. — Se eu te dizer que estou com muita vontade de te beijar agora, seria errado?
A pergunta dele me pegou de surpresa, e quando seus olhos intercalaram com a minha boca, naquele momento definitivamente foi a causa do meu — quase — infarto. Sua língua passou levemente entre seus lábios, enquanto eu apenas mantinha o meu olhar, paralisado nos seus olhos.
— Seria errado dizer que isso não é nenhum pouco errado?
Payton soltou uma risada, mas ela logo diminuiu assim que coloquei minhas duas mãos ao redor do seu pescoço. Payton colocou suas duas mãos na minha cintura e naquele momento, foi como se tudo ao meu redor nem existisse.
Nós nos beijamos.
E droga, aquele beijo foi literalmente a minha definição de paraíso.
NOTAS
• ops...
• quase tenho um surto só de pensar que isso é só o começo, hum kk bjs
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