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🌳⮩ 𝒘𝒊𝒍𝒍𝒐𝒘

【𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝘁𝗿𝗲𝗲】

"𝑊𝑎𝑖𝑡 𝑓𝑜𝑟 𝑡ℎ𝑒 𝑠𝑖𝑔𝑛𝑎𝑙 𝑎𝑛𝑑 𝐼'𝑙𝑙 𝑚𝑒𝑒𝑡 𝑦𝑜𝑢 𝑎𝑓𝑡𝑒𝑟 𝑑𝑎𝑟𝑘

𝑆ℎ𝑜𝑤 𝑚𝑒 𝑡ℎ𝑒 𝑝𝑙𝑎𝑐𝑒𝑠 𝑤ℎ𝑒𝑟𝑒 𝑡ℎ𝑒 𝑜𝑡ℎ𝑒𝑟𝑠 𝑔𝑎𝑣𝑒 𝑦𝑜𝑢 𝑠𝑐𝑎𝑟𝑠"

O fim de semana finalmente tinha chegado e com ele as folhas alaranjadas se fazendo mais presentes pelos solos do que na copa das árvores e Lucy amava aquela estação com cada pedacinho de si, por esse motivo ela estava arrastando sua irmã com braços entrelaçados até o jardim do castelo, para aproveitarem enquanto não estava nevando porque quando o inverno chegasse, aquele baile idiota chegaria com ele e a lufana não queria pensar mais nisso.

Hogwarts ficava linda no outono, muitos outros alunos também saiam para aproveitar o clima ameno por isso não se preocupou em encontrar quem não queria. Odiava a versão de si mesma que não conseguia trocar palavras como uma pessoa normal com Theodore e ficava plantada na frente dele como uma banana muda e suada, ela não era daquele jeito, era gentil e confiante como qualquer outra pessoa que não seja o sonserino alto e bonito do mesmo ano.

— A gente devia ter trazido uma toalha para fazer piquenique perto do Lago Negro, um cobertor ou alguma coisa do tipo, o que vamos fazer aqui fora? — Sophie questionou encolhendo-se contra a irmã, ela vivia em cima daquela vassoura e mesmo assim não era grande entusiasta do clima frio. Como em milagres ela aguentava o vento? — Uma ideia melhor seria tomar um chá fresco na cozinha, um chocolate quente com biscoitos, não é esse tipo de coisa que você gosta?!

— Mas eu também gosto disso aqui também, Soph — a mais nova riu, apertando a mesma contra si até caminharem lado a lado praticamente grudadas. — Não é lindo?

Pelo jardim alguns alunos primeiranistas brincavam com artefatos Weasley e Lucy fez mais uma nota mental de brigar com eles sobre isso também, aquelas crianças eram muito pequenas para fogos e poderiam acabar se machucando. Mais afastado dali estavam o seu Trio de Ouro favorito, eles murmuravam um com o outro provavelmente maquinando mais um de seus planos mirabolantes que nunca davam certo. Lucy escolheu uma árvore maior mais próxima ao Lago Negro e sentou-se com sua irmã.

— Então, conte-me as fofocas dos últimos dias — Sophie espreguiçou, movendo-se na grama seca até conseguir deitar a cabeça no colo da mais nova.

— Não tem muito o que falar, Soph... me conte você.

E ela o fez mesmo, Sophie contou sobre como iriam acabar com a Lufa-Lufa no próximo jogo para amendrontar a Sonserina na final, falou sobre o Baile de Inverno e de como Lucy tinha que aceitar algum convite logo, sobre como Harry estava chateado com o romance entre Cedric e Cho, a Roth mais nova lamentou por ele, mas seu melhor amigo estava deixando ela maluca sobre aquela garota e merecia viver seu amor. A grifinória falou sobre as ideias novas de Fred e George e como eles estavam procurando cobaias para testar os novos produtos, Helga, esses dois não tinha jeito mesmo. Contou até sobre Ron e Hermione, como as orelhas do Weasley ficavam vermelhas toda vez que ele iniciava algum assunto com sua amiga na Sala Comunal quando Harry não estava por perto para mediar a situação entre eles, Lucy sugeriu que sua irmã ajudasse o pobre coitado a finalmente convidar sua amiga para o Baile, com certeza isso estava enlouquecendo Hermione também.

— Agora sua vez, abelhinha, ainda está fugindo do seu boy maravilha da Casa das cobras? — Lucy desfere um tapa fraco em seu ombro, estalando a língua enquanto sua irmã gargalha.

— Não estou fugindo de ninguém, só estou constrangida e desesperada, não queria que as coisas acontecessem dessa maneira torta e vergonhosa.

— Ele se mostrou um idiota até agora?

— Não — respondeu prontamente, seu cenho franziu de leve para a irmã. Lucy entrelaçou seus dedos nos fios castanhos de Sophie em um cafuné lento e observou a mesma fechar os olhos. Lucille sempre achou injusto como sua irmã puxou os belos olhos de safira da sua mãe enquanto ela mesma se parecia mais com o pai, com seus olhos cor de chocolate sem graça nenhuma.

A garota suspirou fundo e encontrou a cabeça no tronco da árvore atrás de si, encontrando uma posição mais confortável. O cheiro do Lago e da natureza acariciavam suas narinas em brisas leves e agradáveis, a única coisa que faltava ali era um bom cházinho, isso teria que concordar com Sophie, podiam ter combinado um piquenique. Observando um pouco mais ao seu redor, Lucille abriu um sorriso genuíno ao encontrar Cedric caminhando de mãos dadas com a garota que ele gostava, os dois faziam um casal fofo e bonito, ela não via a hora de ter um momento com seu melhor amigo para poder saber e perguntar mais detalhes daquela relação; será que Diggory era um bom namorado? Que pergunta idiota, claro que sim! Ele já era um cavalheiro somente como amigo, imagina apaixonado... Chang era sortuda demais. Ao contrário dela, que era uma pobre azarada.

— Eu o vi falar com você nas vezes em que abordou... — ela comenta com cautela. — Aquele dia no campo, Hermione também me contou sobre a biblioteca... — ah, é mesmo, Lucy ainda tinha que lidar com a traição de Granger, foi apunhalada sem dó. — Acho que desde que você confessou seus sentimentos Nott tem tentado se aproximar, basta você permitir, abelhinha. Não foi isso que sempre desejou?

Sim! Era tudo que ela queria, só que a insegurança tinha uma força maior, ela nunca imaginou um cenário real em que Theodore fosse corresponder aos seus sentimentos.

— Para alguém que raramente fala, eu acho que ele tem gastado o limite de palavras diárias com você... e acho bom que você aproveite a oportunidade que aquele sonserino está te dando.

Ela tinha razão, como quase sempre.

Lucy mordeu o lábio para conter o nervosismo repentino, ela tinha que dar dois tapas na própria cara e reagir a próxima vez que ele viesse falar consigo, não se desesperar como uma tola. Em meio a sua nuvem de pensamentos, o barulho das asas de uma coruja próximo de si chamou sua atenção, Sophie pulou em seu colo com o susto e levantou a cabeça a tempo de uma mocho-diabo voar em cima das garotas; ela trazia um pacote embrulhado cuidadosamente em suas garras e o largou na cabeça de Sophie com um leve "toc".

— Ai! — a garota protestou levando a mão onde foi atingida, assistindo a ave partir.

"Para Lucille Roth" era tudo o que estava escrito, sem nome de remetente nem nada.

— Quem te mandou isso? — Sophie inquiriu curiosa, sentando-se novamente para dar atenção à novidade.

— Não tem nome — deu os ombros confusa.

Com o mesmo cuidado que foi embalado, a garota começou a desfazer. Dentro tinha uma caixinha simples com alguns desenhos feito a mão aleatórios, sem pensar duas vezes a destampou e fechou os olhos por alguns segundos temendo ser alguma pegadinha de seus amigos ou de outro aluno que pudesse estar buscando diversão a suas custas, mas nada aconteceu. Foi pega de surpresa quando encarou pelo menos seis embalagens de sapo de chocolate e não conseguiu disfarçar um sorriso de orelha a orelha que adornou seu rosto.

— Uhh, a Lu tem um admirador secreto. Quem será que pode ser? — sentiu o tom de sarcasmo e deboche vindo de sua irmã, mas decidiu ignorá-la. Não podia ser, certo?

— Não faço ideia...

E naquele momento ela nem queria saber mesmo, estava radiante com seus sapinhos de chocolate e nem mesmo hesitou ao abrir um, pegá-lo no primeiro salto e devorar sem dó, Merlin, como ela amava aquele doce! Um suspiro fundo de satisfação soou em seu peito e ela chegou até mesmo a fechar os olhos enquanto se deliciava do doce favorito.

— Por Godric, como seria fácil te envenenar — o comentário de Sophie a faz arregalar os olhos em segundos, soltando um grunhido de indignação. — O que? Você recebe comida de desconhecido e nem mesmo pensou antes de comer, eu te amo, irmã, e sendo sincera iria te matar pela segunda vez se você morresse por um motivo besta desses.

Lucy nem mesmo respondeu, apenas ficou pensativa e negou com a cabeça por fim. Quem diabos gostaria de matá-la em Hogwarts, afinal?

— Só que eu acho que quem te mandou esse presente está bem ali sem tirar os olhos de você — com a cabeça Sophie indica um ponto do campo. — E do jeito que ele está te olhando, quem está prestes a ser devorada é a senhorita.

No mesmo instante as orbes cor de chocolate da Roth seguiram onde Sophie apontava encontrando com quem ela já tinha palpite, descendo mais até o Lago Negro estava Theodore com seu grupo de amigos. O garoto estava encostado em uma árvore ignorando a paisagem atrás de si com os olhos fixos nela, em sua mão um item que Lucy estava acostumada a vez sempre que o mesmo estava ao ar livre, aquele cigarro que ela sempre se questionava como diabos ele trazia para Hogwarts; ao seu lado Draco com Pansy apoiada em seu ombro, era a única do grupo a tagarelar sobre algo enquanto o restante prestava atenção, Blaise do outro lado comentava algo pontual, era possível ver sua boca mexendo de vez em quando para respondê-la, Crabbe e Goyle como sempre em seu próprio universo. E ninguém ali parecia próximo de bonito ou até mesmo sexy como Nott.

Suas suspeitas só confirmaram quando o rapaz lhe lançou uma piscadela com mais um de seus sorrisos presunçosos, soltando a fumaça de seus pulmões em seguida, Lucy sentiu um calor percorrer seu corpo, as pontas dos dedos formigam em vontade de tocá-lo e uma urgência em finalmente beijá-lo mesmo com gosto ruim de cigarros. Merlin, ele seria o motivo de sua ruína.

Mesmo com suas bochechas ardendo mais que a lareira da sua Sala Comunal, Lucille não quebrou o contato visual com o garoto por um segundo sequer, nem mesmo quando ouviu o riso divertido de Sophie ao seu lado. Era estranho ter a atenção dele em si para variar depois de todos aqueles anos o observando como um falcão e se pegou questionando como as coisas teriam sido se tivesse conversado com ele de verdade mais cedo, claro que sua timidez exclusiva para Theodore Nott jamais permitiria, mas seria interessante imaginar onde estariam hoje, se estariam juntos próximos ao Lago ao invés de cada um em um canto.

— Nott, estou falando com você! Por Salazar, em que planeta você se encontra? — a voz de Pansy Parkinson foi escutada até mesmo por Lucy, o que significava que o grito da garota tinha sido potente o suficiente para desconectar os olhares de ambos. Blaise comentou algo que não conseguiu ouvir, mas que arrancou uma risada do grupo todo, com exceção dele, por um momento achou que estivesse louca, mas jurou ter visto as bochechas corarem um pouco na sua pele alva. A Roth observou como a expressão de Theodore se tornou entediada no momento em que deu atenção à garota, a mesma apenas ignorou o desânimo do amigo e provavelmente repetiu a mesma coisa que disse há pouco recebendo um aceno leve e positivo do garoto.

Sophie pigarreou de leve, estourando a bolha em que a lufana se encontrava.

— Puxa, isso está ficando preocupante... você tem que falar com esse garoto logo ou vão acabar matando um ao outro de desidratação, céus, ninguém nunca me secou da forma que fazem e nem mesmo beijaram ainda!

Sophie — a garota silvou, tampando o rosto com ambas mãos enquanto a mais velha gargalhava.

— Não é como se você nunca tivesse beijado alguém antes — isso era um fato, ela estava apaixonada, mas não morta e não iria mentir que tinha dado alguns beijinhos pelos corredores de Hogwarts depois dos seus quinze anos ou em festas de comemoração da Grifinória que Sophie sempre a colocava presente. Só que nenhuma pessoa que beijou teve o mínimo de sentimento que não fosse o calor da oportunidade.

Mesmo assim, reagiu às palavras da irmã com um revirar de olhos. — Só estou dizendo que você também pode ir até lá e convidá-lo para algo, se Nott não vestir as calças a tempo, ou então só vai com qualquer garoto da sua Casa mesmo e vida que segue, abelhinha, mas precisa dar um jeito nesse tesão!

A última parte fez as orbes castanhas de Lucy quase pularem para fora do rosto.

— E pensar que eu estava quase ouvindo você!

🐝

Lucy não conseguia ouvir mais nada senão a vibração dos gritos empolgados de ambas torcidas no campo de Quadribol, o último jogo da Grifinória contra a Lufa-Lufa daquele ano e o confronto seria importantíssimo para a Casa dos leões, que logo enfrentariam seus maiores rivais em busca da Taça. Ela sabia que seu time seria massacrado pelo outro e que as chances de vencer eram mínimas, mesmo assim vestiu o casaco com o número e nome de Cedric Diggory e se colocou naquele mar de texugos amarelo e preto para torcer pelo melhor amigo, era a única ocasião em que Sophie permitia a irmã mais nova a não se vestir de vermelho e dourado da cabeça aos pés. Não era como gostaria de verdade de passar sua tarde de domingo, porém não podia negar que estava ansiosa para assistir à essa partida, implorou para sua irmã não fazer tantos pontos e ganhou um riso cheio de escárnio, nada tirava o espírito competitivo do corpo de Sophie Roth.

Como sempre, Lee Jordan narrava a partida com empolgação e sem os costumeiros xingamentos que em geral eram direcionados aos sonserinos quando estavam em campo, mesmo assim o garoto vibrava com mais emoção quando a própria Casa marcava algum ponto. O jogo tinha começado com certa explosão e por incrível que pareça a Lufa-Lufa estava conseguindo acompanhar os pontos da Grifinória, ficando atrás por apenas um ou dois gols.

— MAIS UM PONTO PARA LUFA-LUFA! HOJE ZACHARY SMITH MOSTROU PRO QUE VEIO E AGORA OS TIMES ESTÃO EMPATADOS! — Lee gritava no megafone. — 80 A 80, É INACREDITÁVEL! SÓ NOS RESTA A ESPERANÇA QUE POTTER ACHE O POMO PRIMEIRO... Ou Diggory, certo, certo, Professora!

A arquibancada amarela e preta foi a loucura e Lucy não negava que aquela energia estava a contagiando aos poucos, sentindo-se à vontade para pular e bater palmas, abraçando Susan de lado para comemorarem juntas.

— Parece que vocês têm chance de vencer mesmo hoje, Lucy Roth — a voz rouca masculina soou perto demais do seu ouvido, assustando a garota. Ela virou para confirmar quem era e não ficou surpresa ao dar de cara com Theodore vestido com roupas casuais pretas que o deixavam ainda mais bonito, porém com um casaco do time da Sonserina por cima. — Não parece nem que estão jogando contra a Grifinória.

Ela não respondeu por um momento, apenas voltou o olhar para o jogo notando Sophie, Angelina, Ginny e Katie formarem a mesma posição que fizeram no treino, quando sua irmã e a Johnson pontuaram sem parar, ali ela soube que tinha chegado ao fim seu acordo de misericórdia com a mais velha. Suas suspeitas ficaram mais esclarecidas quando Sophie aproximou-se da arquibancada da Lufa-Lufa e procurou a Roth mais nova, lançando um olhar significativo quando a encontrou. Lucy não deixou de notar o olhar sujo dela ao Nott, que ignorou com veemência.

— Bom, até agora — respondeu a ele. O garoto franziu o cenho confuso por alguns segundos até a movimentação em campo se tornar frenética com gritos extasiados.

Theodore ofereceu um sorriso à garota e manteve-se próximo dela, sem de fato torcer para a Lufa-Lufa, mas observando-a atentamente. Lucy tentou levar o jogo conforme o planejado, prestando atenção nas jogadas ótimas de seus amigos e se questionou se algum deles seguiria carreira.

Enquanto os Artilheiros da sua Casa lutavam pela goles que parecia dançar nas mãos das quatro meninas, a luta dos batedores de ambos times eram intensas e davam tudo de si para manter os balaços fora de alcance de seus colegas batendo na bola em todas as direções com a maior força possível. Os apanhadores, Harry e Cedric, voavam em velocidade absurda próximos o suficiente para não darem vantagens um ao outro caso alguém avistasse o Pomo de Ouro primeiro. A animação do time da Lufa-Lufa já não era mais a mesma, só que mantinham a torcida cantando coros de incentivo com o placar 90 a 130 para Grifinória.

Só que havia um misto de sentimentos fazendo o corpo de Lucy formigar, por que Theodore estava ali? E como ele sempre parecia tão descontraído ao iniciar uma conversa com ela? Céus, tinha a sensação de que nunca entenderia aquele sonserino. Com um momento de coragem, ela decidiu perguntar:

— Achei que só participasse dos jogos da Sonserina — ela se colocou em uma posição vergonhosa, colocando-se na ponta dos pés para perto dele afim de soar mais próximo do seu ouvido, já que a gritaria ainda continuava. Susan inclusive se tornara de repente uma assídua, berrando em plenos pulmões por Cedric.

— Fui enviado pelo meu time para espiar as táticas da Grifinória, queremos acabar com a sua irmã na próxima semana — o rapaz respondeu soltando um riso fraco. — Além disso, você está aqui, não é?

A primeira resposta era algo que estava esperando, entretanto, não podia negar que foi pega de surpresa quando ele continuou.

— Espero que tenha gostado do presente, você não falou nada...

Ela sabia que tinha sido enviado por ele, mas não esperava que ele fosse admitir tão facilmente.

— Você não assinou seu nome — ela se fez de desentendida, dando os ombros. — Não tinha como eu saber, Theodore.

— Você sabia sim que fui eu, Lucille — o sonserino insistiu, ele estava tão próximo que era possível sentir o aroma do seu perfume gostoso misturado com o cheiro de cigarro, mesmo assim seu hálito tinha cheiro de chiclete de menta da Dedosdemel.

Pela milésima vez ela se encontrou desconcertada com a presença dele, pigarreando de leve assentiu rapidamente. Theodore estava prestes a dizer algo quando o grito de Lee fez ambos voltarem a prestar atenção no jogo.

— COM UMA VELOCIDADE IMPRESSIONANTE HARRY POTTER MERGULHA NO AR ATRÁS DO POMO DE OURO COM CEDRIC DIGGORY LOGO EM SEU ENCALÇO — o Jordan narrava em plenos pulmões, animado com a possibilidade do seu time ganhar mesmo. Foi uma questão de milissegundo para Harry sair na frente e agarrar a bolinha dourada entre os dedos, levantando-a acima de sua cabeça em triunfo, sorrindo de orelha a orelha. — E A GRIFINÓRIA VENCE A PARTIDA!

A arquibancada dos rivais explodiram em comemoração com gritos de vitória, alguns garotos da Grifinória estouraram fumaça vermelha por todo lado enquanto os colegas de time de Harry foram parabenizá-lo. O garoto trocou um cumprimento gentil com Cedric e foi comemorar com o restante enquanto o time da Lufa-Lufa se juntava para consolação, assim como os torcedores batiam palmas educadas, foi um bom jogo. E mesmo com a perda da própria Casa, Lucy batia palmas com força e gritava:

— ISSO AÍ, SOPHIEEE! — sem se importar com o que seus colegas de Casa iriam pensar. Ou com o que Theodore iria pensar, ela iria vibrar pela vitória da irmã. — E ELA VAI ACABAR COM VOCÊ NO PRÓXIMO JOGO! — bradou dando uma cutucada no peito do Nott, pegando-o de surpresa.

Sua irmã virou a vassoura em sua direção soprando um beijo e uma piscadela assim que viu quem estava ao seu lado, Lucy revirou os olhos levemente, mas não podia mentir, estava explodindo de felicidade por dentro e para ser honesta não era por causa do jogo idiota.

— Agora que esse jogo entre amadores enfim acabou, você já pode tirar essa jaqueta horrorosa para eu te acompanhar de volta para o castelo — ele diz em seu ouvido mais uma vez, inclinando-se de leve para chegar à altura dela. Lucy franziu o cenho confusa.

— O que tem minha jaqueta? Eu não vou tirar, está frio aqui — ela reclamou abraçando o próprio corpo. — Mas aceito a proposta de dar o pé daqui.

Ele resmungou algo inaudível e concordou por fim, estendendo a mão para que ela fosse na frente. Essa era uma das partes que Lucy mais amava e odiava sobre jogos de Quadribol, as pessoas demoravam demais para andar e para alguém que comumente caminhava rápido era agonizante usar passos de tartaruga até enfim estar fora da arquibancada. Até chegarem ao jardim, a lufana não trocou uma palavra com o garoto e toda vez que olhava para trás, pensando que ele não estava mais a seguindo, sempre o encontrava com uma expressão séria e meio desgostosa.

Quando a aglomeração finalmente se dispersou e Lucy e Theodore conseguiram andar lado a lado de novo, o garoto ainda tinha a mesma carranca. Não segurando a curiosidade por mais um segundo, ela questionou:

— O que você tem? — por um segundo pareceu que estava sob efeito do Veritaserum de Fred e George de novo, aquela pergunta não era da conta dela e quando o rapaz soltou um riso nasalado, ela ficou constrangida, desviando o olhar dele para caminhar em silêncio.

— Só não gostei de te ver com a jaqueta do Diggory, parece até que é a garota dele — Theodore responde depois de um minuto completo pegando a Roth de surpresa, sua primeira reação foi arregalar os olhos, e quando abriu a boca para responder não conseguiu. Era como se toda sua saliva tivesse evaporado em segundos, nem mesmo engolir seco foi possível.

Sem que esperasse, o Nott tocou com delicadeza em seu braço fazendo-a parar no mesmo instante, ele não falou nada de imediato apenas se aproximou mais dela fixando os olhos de ressaca que Lucy era perdidamente apaixonada nos castanhos dela e por um momento foi como se tivesse só os dois naquele jardim. Desde que havia se confessado vergonhosamente para Theodore ele esteve próximo dela daquela maneira mais vezes que esperava, e pior, ele falou mais vezes também e a garota se pegou sabotando os próprios pensamentos tudo em questão de míseros segundos. Por que aquele comportamento de repente - mais ou menos? O que ele queria mesmo com ela? Ele estava mesmo com ciúmes de Cedric, seu melhor amigo de anos? Parecia algo bobo de se pensar.

— E-Eu sempre achei que fosse tímido — gaguejou como uma boba, sua voz soou fraca também e ela desejou bater no próprio rosto; Nott riu e negou com a cabeça.

— Não... só sou quieto, você não é tímida pelo que sei — Theodore murmurou sem cortar aquele contato visual por um segundo. — Por que é comigo?

— Você sabe muito bem o motivo — Lucy rebateu em segundos até mesmo um pouco ofendida, por um acaso ele não se lembrava da vergonha que ela passou dias atrás confessando seus sentimentos idiotas? Porque aquilo a assombrava todas as noites antes de dormir. — Mas acho que fui mesmo errada de te achar tímido, considerando com que você anda...

— Está julgando meus amigos? — inquiriu ele, semicerrando os olhos enquanto os de Lucy esbugalharam.

— NÃO! Não foi isso que quis dizer — apressou em corrigir, ainda que achasse os amigos dele uns idiotas, não queria que ele soubesse. — Mas você é do tipo que se envolve em brigas.

— Estou brincando, linda — o apelido fez Lucy querer dar cambalhotas naquele gramado seco e foi como se um milhão de fogos Weasley tivessem estourado dentro do seu peito, temeu que Theodore pudesse ouvir seu coração acelerando ou percebesse que suas bochechas adquiriram um tom mais rosado. Céus, o amor fazia dela patética. Os lábios da garota se comprimiram e ela soltou um pigarro leve tentando acalmar aquelas emoções, o sonserino apenas sorriu presunçoso. — Eles são idiotas mesmo, vamos lá.

Theodore a libertou do seu toque e como uma descarga elétrica o corpo de Lucy gritou por mais, mesmo que não tivesse sido nada demais, ela não o respondeu de imediato apenas voltou a caminhar de volta para o Castelo agradecendo mentalmente por ele ter tomado iniciativa de voltar, ela estava ficando com frio. Eles fizeram o restante do caminho em completo silêncio, de início Lucy achou agradável e até mesmo confortável, parecia natural, mas conforme os minutos foram passando sua apreciação pela quietação começou a incomodá-la com pensamentos ruins: ele tinha ficado de saco cheio tão rápido? Ela falava demais e o que não devia? Bom, certamente já que insultou os amigos dele minutos atrás, no entanto ele não tinha ficado magoado, certo? Pelo menos foi o que disse... Helga, parecia que sua cabeça ia estourar a qualquer momento, por que estar próxima de Theodore era sempre uma montanha-russa de emoções boas e ruins? Céus, isso não ia acabar nunca?

Quando terminaram de atravessar a ponte e atravessaram as portas do castelo Lucy decidiu que tinha o suficiente, iria se despedir brevemente do garoto e procurar o time da Grifinória para parabenizá-los devidamente antes de consolar Cedric, mas um miado conhecido soou perto de si e um xingamento baixo pelos lábios de Theodore.

— Minnie! O que está fazendo fora do quarto de novo?! — o garoto exclamou meio irritado, abaixando de braços abertos para receber a gata, que miava sem parar por ele. Theodore segurou Minnie com cuidado e carinho, aninhando em seus braços antes de se levantar novamente, a gata direcionou seus olhos brilhantes de safira ao garoto e soltou mais um miado longo como protesto. A simples cena fez Lucy realizar que Blaise não era o dono da gata como Hermione tinha interpretado, Nott era.

— Ela é sua — vocalizou a afirmação, surpresa, nunca passou por sua mente Theodore ter um bicho de estimação e muito menos uma gata felpuda como Minnie. Bom, menos ainda uma gata chamada Minnie.

— De quem mais seria? Ela é linda como eu, olha só, minha cara — o sonserino colocou o rosto da gata ao lado do seu e sorriu feito um maníaco, arrancando uma risada da Roth.

— Achei que era do Blaise — confessou dando os ombros. — Por que não gosta que ela saia do dormitório? Os gatos de todo mundo caminham por aí vez ou outra.

Antes que Nott pudesse responder, Lucy estendeu a mão para acariciar os pelos da cabeça da felina que ronronou esfregando-se mais contra as pontas das unhas da lufana. Por algum motivo, o sonserino abriu a boca chocado.

— Ela costuma ser arisca, mas... — sua voz morreu no meio da justificativa a medida que a Roth mexia mais com a gata em seu colo, recebendo em troca apenas miados baixinhos e um ronronar fofo completamente oposto do comportamento normal dela. — Com você está me fazendo passar por mentiroso.

— Ela é só um bebê, quanta calúnia! — a garota exclamou indignada, rindo mais uma vez e Theo a acompanhou, parecendo impressionado com a garota e sua gata se dando bem.

— Acredite se quiser, ela arranhou feio o Draco uma vez e demorou para acostumar com todos os meus colegas de quarto, vem vamos devolvê-la — ele disse indicando o caminho com a cabeça e Lucy franziu o cenho confusa, ele estava a convidando para seu dormitório assim tão fácil? O que ele achava que ela era?!

Theodore deve ter percebido seu olhar pois se apressou em explicar. — Você pode esperar na Sala Comunal e depois... podemos conversar?

O tom dele era incerto como se estivesse inseguro do que estava propondo, Lucy duvidava disso ele nunca demonstrava aquele sentimento e quando ela respirou fundo para responder as vozes animadas de Fred e George ecoaram em um grito perto demais do seu ouvido fazendo-a tampá-lo instantaneamente.

— LUCY!

— Olha só, nossa poção funcionou — Fred continua medindo Theodore da cabeça aos pés com um certo desdém, o sonserino devolveu na mesma moeda.

— Pena que hoje temos a festa de vitória da Grifinória e Sophie mandou te procurar — George finalizou colocando o braço ao redor dos ombros da garota puxando-a para si. Lucy estava desaparecendo no meio daqueles três garotos altos, encarando cada um de uma vez com um olhar perdido.

Os gêmeos obviamente se divertiam com a situação enquanto as íris azuis de Nott eram indecifráveis, porém perceptível de que estava insatisfeito com a situação.

— Festa? Eu não vou pra festa nenhuma — a garota tentou dizer, mas Theodore soltou um suspiro breve antes de assentir de leve, olhando para os dois garotos com escárnio antes de suavizar ao fitá-la.

Lucy fixou seus olhos cor de chocolate nos dele e não deixou de reparar o desapontamento, ela quis confirmar que iria continuar em sua companhia porém Theodore deu um sorriso leve somente para ela e murmurou como se não quisesse que os Weasley ouvissem sua voz.

— Divirta-se na festa, nos vemos depois, Roth.

Roth? Ouch! Ela se livrou dos braços firmes de George para impedi-lo só que Theodore foi mais rápido ao acenar de leve para ela e lhe dar as costas com Minnie miando em seus braços, o olhar de safira dela preso em Lucy.

— Eu não quero ir pra festa nenhuma, vocês ganharam contra minha Casa — resmungou para os amigos, que apenas riram da sua cara. — E ainda estou brava com vocês pelo que fizeram.

— Nós sabemos que está mentindo, Lu — Fred revirou os olhos, empurrando-a de leve pelo braço. — E me desculpe por atrapalhar seu momentinho com aquela cobra que você é apaixonada, mas sua irmã realmente está procurando por você e o Georgie ali está fazendo de tudo esses dias para agradá-la, ele quer convidar a Sophie para o Baile de Inverno esse ano.

George lançou um olhar ao gêmeo e a Roth gargalhou, por essa ela também não esperava.

— Cala a boca, Fred!

— A Sophie? Meu bem, você vai ter que comer muito arroz e feijão para conquistá-la — a lufana diz assistindo o rosto do maior murchar em o que parecia ser vergonha. — Eu posso ajudar, mas vai ter que me ajudar a recuperar esse momento que os dois adoráveis acabaram de arruinar.

Ela estendeu as mãos a eles.

— Feito! — disseram em uníssono, retribuindo o aperto de mãos.

Boa tarde, amorecos! Tudo bem?

Eu não deixei recadinhos nos últimos capítulos, mas senti a necessidade de vir conversar com vocês para saber o que estão achando da minha Lucy e do Theo e gostaria muuuuito de ouvir a opinião de vocês sobre a fic em geral. Vou amar feedbacks e interagir também! 

Com a falta de DM's nessa rede que fica pior a cada dia gostaria de convidá-las para sermos mutuals no TikTok ou instagram, em ambos o user é @arctivism e já até publiquei um editzinho super fofo de Evermore lá, enfim vamos amigar. 

Como as minhas férias da faculdade estão com os dias contados vou tentar trazer as atualizações o mais rápido possível para finalizar a fic até Agosto, é isso, espero que tenham gostado e até a próxima! 

Com amor, 

Lily

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