Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

𝚏𝚘𝚞𝚛𝚝𝚎𝚎𝚗

— A gente precisa mesmo fazer isso? — Você perguntou, mesmo já sabendo a resposta.

— Precisamos — Tobirama respondeu, mesmo sabendo que você já sabia a resposta.

Pelo menos, você o agradeceu mentalmente por não ter lhe deixado no vácuo, enquanto olhavam mais uma obra na galeria. Você não entendia absolutamente nada de arte e aquele quadro estava parecendo apenas um amontoado de cores sem nenhuma conexão ou sentido. Também estava difícil não bocejar a cada cinco minutos.

Mas vocês tinham dito a Hashirama que continuariam com a farsa de noivos enquanto faziam tours pela cidade. Só que, depois de dois dias, você já estava de saco cheio e só conseguia pensar em voltar para casa.

Tobirama também parecia não estar muito empolgado com os compromissos de casal de vocês. Não porque a sua companhia era chata ou algo do tipo, mas, assim como você, ele estava desesperado para pegar um avião e sair da Inglaterra o mais rápido possível.

Além disso, estava ficando cada vez mais difícil se enganaram. Os beijos de vocês passaram a ter um significado a mais e nenhum dos dois acreditava mais quando falavam que era fingimento. Isso era um problema.

Você sabia que nada de bom resultaria em nutrir sentimentos por Tobirama Senju. Por mais que ele parecesse um novo homem naquela viagem, você não podia se esquecer de todas as vezes em que ele foi um ser humano asqueroso com você e com sua família.

Já para o Senju, não fazia sentido ele estar começando a ter sentimentos por uma Uchiha. No fundo, era como se ele ainda não tivesse superado a guerra entre as famílias. E, mesmo que esse não fosse mais um problema, ele sabia que tinha sido muito cruel com você ao longo dos tempos. Talvez não tivesse mais volta.

Mas, como você geralmente deixava a responsabilidade com ele, foi você quem falou:

— Que tal a gente se enfiar em um dos quartos lá de cima e se pegar um pouco?

— O que? — Finalmente, desde que vocês saíram do hotel, Tobirama olhou para o seu rosto.

— A gente se pega, vai parecer que ficamos entediados, o que não é exatamente mentira — Deu de ombros, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo — Os homens dos Brasart olham, provavelmente até fiquem excitados, e vão continuar convencidos de que estamos apaixonados — A última parte você falou bem baixo, porque sabia que a menos de cinco metros tinham dois homens de ternos que trabalhavam para os Brasart.

O platinado ficou lhe encarando por um tempo, talvez tempo demais. Tempo suficiente para que você pensasse que ele achava sua ideia estúpida e não iria lhe responder. Até que ele entrelaçou sua mão com a dele e começou a andar, lhe puxando junto.

Subiram as escadas da galeria, que dava para uma área mais restrita, onde obras que ainda não estavam em exposição eram guardadas. Tobirama falou por pouco tempo com o homem por trás da exibição e ele lhes conduziu até o andar de cima.

Você nem prestou muita atenção no que os homens conversavam, mas ouviu o Senju falar que queria fazer uma compra considerável quando acabassem de escolher a obra. Ele até disse algo sobre vocês serem noivos e precisarem colocar um pouco de arte na futura casa de vocês.

Uma risada ameaçou escapar de seus lábios nessa hora, mas você se controlou muito bem. Nem conseguia imaginar como seria dividir o mesmo teto com aquele homem. Você ficava dividida em achar que iria querer passar o tempo inteiro montada em cima dele ou se acabaria realmente dando um tiro na cabeça dele.

Talvez, provavelmente, você nunca descobriria.

— Essa é a sala com as obras que chegaram ontem — O homem disse, abrindo uma das portas do corredor — Eu preciso descer para falar com mais alguns dos convidados, mas, por favor, fiquem a vontade para avaliá-las e, se precisarem de mim, estarei lá em baixo.

Com um aceno de cabeça, Tobirama despachou o homem. Quando ele fechou a porta ao sair, vocês finalmente ficaram sozinhos.

— Eu acho tão sexy quando você faz parecer que tudo é tão fácil — Você disse, com um sorriso travesso na direção dele.

— Mas aquilo foi fácil — O Senju se aproximou de você e passou as mãos pela sua cintura, juntando os seus corpos — Difícil vai ser não te foder naquela mesa, sabendo que devem ter, pelo menos, quatro pessoas assistindo a gente agora — A última parte ele sussurrou, rente ao seu ouvido, fazendo os pelos de todo o seu corpo se arrepiarem.

— Não sabia que você gostava de uma plateia, Senju — O seu corpo se moveu levemente para frente, fazendo com que suas intimidades se pressionassem uma contra a outra. O sorriso malicioso no seu rosto cresceu ao perceber que ele já estava meio duro.

— Eu não gosto — Uma das mãos dele subiu para o seu pescoço. Virando a sua cabeça um pouco para o lado, de uma forma não tão delicada, ele passou a morder sua pele exposta — Mas não me importaria em deixar claro para esses putos que você é minha, Uchiha — As mordidas foram descendo até o início do seu busto, arrancando um suspiro mais alto seu — Parece que até agora eles não entenderam isso.

— E quem disse que eu sou sua?

Talvez você tivesse se arrependido de brincar com ele assim, porque, em um piscar de olhos, Tobirama atacou os seus lábios, de uma forma violenta e possessiva. Suas pernas fraquejaram, mas ele lhe empurrou contra uma das paredes do quarto, que não possuíam alguma obra de milhares de dólares pendurada, lhe sustentando.

A língua dele invadia e explorava a sua boca como se fosse a primeira vez em que vocês se beijavam e como se ele estivesse esperado a vida inteira por isso. Ele não precisou pedir para que você retribuísse da mesma forma.

Suas mãos foram parar na nuca dele, bagunçando os fios que estavam tão perfeitamente arrumados que algo parecia não estar certo. Um suspiro pesado escapou de seus lábios quando ele juntou os seus quadris com mais força, fazendo você sentir a ereção dele no final da sua barriga, já completamente dura.

Por puro instinto, e necessidade, você começou a se mover. Precisava sentir a fricção entre os seus corpos, ou acabaria enlouquecendo. Isso arrancou um gemido arrastado dele, que passou as mãos pelo seu corpo, descendo pela curvatura dos seus seios até chegar na sua bunda, onde agarrou com as duas mãos.

Ele pegou uma de suas penas e entrelaçou na cintura dele, pressionando ainda mais o corpo ao seu. Um gemido mais alto escapou de seus lábios quando a ereção dele se posicionou exatamente em cima da sua intimidade, fazendo uma pressão tão gostosa que se você começasse a se mover, poderia gozar em apenas alguns minutos.

A saia do seu vestido estava levantada quase que na altura dos seus quadris. Poderia até ficar com vergonha ao imaginar os homens do Brasart vendo aquela cena, mas o platinado não deixou que você pensasse muito sobre isso.

Os lábios dele descolaram dos seus, mas foram parar na curvatura do seu pescoço, não medindo a força das mordidas que ele dava por toda a extensão da sua pele. O Senju estava faminto e essa parte não era encenação.

— Acha que eles estão gostando do show? — Ele disse, baixo o suficiente para que só você escutasse, passando uma das mãos, a que não estava sustentando sua perna ao redor da cintura dele, pelo interior da sua coxa, perigosamente perto da sua intimidade — Ou você acha que eles precisam de mais para ficarem convencidos?

Aquilo parecia um pedido, como se ele quisesse ter certeza de que você estava bem com aquilo. Tobirama queria saber se você concordava em esquentar as coisas mais um pouco ou se ficaria envergonhada pelos homens dos Brasart estarem observando.

O sorriso no seu rosto cresceu mais ainda, fazendo o Senju perceber que não tinha ideia de o quão safada você era. Você assentiu com a cabeça apenas uma vez, bem antes de um gemido arrastado, mas baixo, escapar de seus lábios, quando ele passou o dedão pela sua intimidade, por cima da calcinha rendada.

Tobirama xingou alto quando percebeu o quanto você estava molhada e o pau dele reagiu da mesma forma. O membro dele estava tão duro que você imaginou que chegava a doer.

Suas costas se arquearam contra a parede dura e ele viu isso como uma oportunidade para afastar sua calcinha para o lado e enfiar dois dedos de uma vez, que deslizaram para dentro de você com uma facilidade impressionante.

Você gemeu, sua boca se recusando a ficar fechada. Enquanto isso, os suspiros fundos e escapavam da garganta do platinado faziam você ter certeza de que ele estava tão excitado quanto você.

Os dedos entraram em você cada vez com mais força, sempre atingindo o seu ponto mais sensível. Tobirama xingava baixo, lhe chamava de gostosa, falava que ia fazer coisas inacreditáveis com você quando voltassem para o hotel.

Ele deveria estar enlouquecendo de vez mesmo. Quando transaram antes, ele foi silencioso e não falou quase nada. Mas, naquele momento, os elogios que ele fazia a você e ao seu corpo fariam qualquer um acreditar que ele realmente estava apaixonado por você. Quer dizer, fariam qualquer um acreditar, menos você.

Dissipando os pensamentos, você o puxou para mais perto com a perna que estava ao redor da cintura dele, tentando aumentar o contato. Mas foi quando ele levou o dedão ao seu clítoris inchado, ainda sem parar de mover os dedos dentro da sua intimidade, que você se desfez.

O orgasmo lhe atingiu com uma intensidade surreal. Seu corpo inteiro pegava fogo e se contorcia junto ao dele.

Você ainda estava ofegante quando ele retirou os dedos de dentro da sua intimidade. Foi o Senju quem desceu a sua perna que ainda estava agarrada à cintura dele e ajeitou o seu vestido. Ele também tentou ajeitar o seu cabelo, passando a mão delicadamente pelos fios soltos. Ao final, Tobirama ainda depositou um beijo casto na sua testa, enquanto o seu peito subia e descia rapidamente, por causa da respiração acelerada.

— Você está bem? — Ele perguntou e, porra, vocês ainda estavam muito próximos.

O olhar sedento dele tinha ido embora, dando lugar para uma expressão mais cautelosa e preocupada. Seu coração errou uma batida. A mão dele ainda estava no seu cabelo e, se você desse um passo para frente, conseguiria abraçá-lo. Era realmente tentador, mas você apenas assentiu com a cabeça devagar.

— Isso foi muito bom — As palavras escaparam dos seus lábios, de uma forma apressada e atrapalhada, enquanto sua respiração se recusava a colaborar.

— Fico feliz que tenha gostado — O pequeno sorriso que se estampou no rosto dele foi o que fez com que toda a sua alma saísse do corpo. Aquele pequenino sorriso que ele quase nunca exibia, mas que era capaz de parar o mundo — Precisamos levar uma obra — Ele disse, se afastando de você um passo e olhando ao redor da sala — Pode escolher o que você quiser.

Você finalmente olhou ao redor e reparou nas telas penduradas nas paredes. Mesmo estando em uma sessão mais reservada, ainda pareciam todos iguais com os quadros do andar de baixo.

— Acho que arte não é minha praia — Disse, levando as mãos até o cabelo para ajeitá-lo — Todas elas são ótimas, então pode escolher...

— Vou levar todas, então.

Suas sobrancelhas se arquearam e suas mãos pararam os movimentos no seu cabelo. O Senju não olhava na sua direção, mas você não conseguiu desviar os olhos dele.

— Você sabe que tudo isso aqui vai custar muitos milhares de dólares, né? — Você disse, atraindo a atenção dele para você de novo.

— Sei, mas você disse que gostou de todos.

— Senju, não me leve a mal — Você suspirou antes de continuar. Estava tentando ignorar o que ele insinuou ao falar que gastaria todo aquele dinheiro (que você sabia que ele tinha) e levaria todos aqueles quadros só porque você falou "todos são ótimos" — Eu fico lisonjeada que você está querendo levar todos eles porque eu falei que são ótimos, mas você sabe que meu conhecimento de arte é negativo e eu nem me importo muito.

— Eu aceito levar somente dois se você me falar quais foram os seus preferidos.

Você revirou os olhos, mas depois passou a observar com atenção cada um dos quadros ali presentes. É... Você não levava jeito para arte mesmo. Não conseguia entender como alguém pagava milhares de dólares em amontoados de cores ou formas geométricas.

Mesmo assim, acabou escolhendo. Não sabia dizer absolutamente nada sobre o que aquelas obras falavam por trás da tinta e admirava muito tem conseguia fazer isso. Pelo menos elas agradaram os seus olhos e, se fosse para impedir que Tobirama comprasse todas elas, isso teria que ser o suficiente.

Antes de vocês saírem da sala, você se certificou de corrigir o seu gloss borrado. No andar de baixo, o Senju falou com aquele mesmo homem de antes e eles resolveram a parte burocrática, enquanto você mandava mensagens para os seus homens no seu celular. Izuna também tinha lhe dado as últimas atualizações, o que lhe deixou mais tranquila.

O caminho de volta para o hotel foi tão confortável quanto o da ida para a galeria. Sabiam que os homens dos Brasart estavam a apenas alguns passos de vocês, então andaram de braços entrelaçados pelas ruas, enquanto conversavam animadamente sobre coisas triviais.

Você não sabia até que ponto Tobirama estava fingindo, mas você até que gostou de ter conversas sobre o dia a dia com ele. Na verdade, era mais o tipo de conversa em que você falava e ele ouvia, mas isso já fazia parte da dinâmica de vocês dois.

— Hashirama me pediu para te perguntar onde você quer passar a lua de mel — A pergunta dele fez um frio passar pela sua nuca, mas você se recusou a deixar transparecer.

— Eu nem tinha parado pra pensar nisso — Suas sobrancelhas se franziram e você realmente começou a pensar no assunto. Não achava que o relacionamento de vocês ia chegar à lua de mel, até porque o noivado seria desfeito bem antes disso, mas, se acontecesse, para onde você iria querer ir? — Que tal Fernando de Noronha?

— Fica no Brasil, não é?

— Uhum — Você achava graça quando ele diminuía o passo para acompanhar as suas pernas mais curtas, como ele estava fazendo naquele momento — Eu fui uma vez em Pernambuco com Madara pra uma reunião. É o estado onde Fernando de Noronha fica — Seu rosto se virou para o céu, ainda tão claro, enquanto você se lembrava daquela viagem — O pessoal daquele estado tem muito orgulho das praias de Fernando de Noronha — Finalmente, se virou para ele novamente — A gente devia ir conhecer.

Isso era tudo o que ele mais queria. Uma lua de mel com você, em uma praia onde vocês ficariam sozinhos durante duas semanas. Sem nenhum assunto de Konoha para se preocuparem, vocês se concentrariam apenas em entrar no mar, pegar sol, transar até não aguentarem mais...

Quando ele percebeu o cenário que já tinha montado na própria mente, Tobirama se forçou a lembrar que isso nunca aconteceria. Não haveria casamento. Não haveria lua de mel. Não haveria praia nenhuma. E ele jamais teria a oportunidade de viver aquela nova fantasia.

— Acho uma boa — Ele se forçou a desgrudar os olhos do seu rosto animado. Te ver assim, alegre, o deixava mais feliz do que ele deveria ficar — E você prefere o calor do que o frio mesmo.

— Vou colocar essa na lista de informações aleatórias que você sabe sobre mim — Você brincou que estava digitando algo no seu celular enquanto passavam pelas portas do hotel — As vezes você parece um stalker.

E talvez ele fosse mesmo. Durante muito tempo, Tobirama se concentrou em adquirir o máximo de informações possíveis sobre você. Do que você amava até o que você odiava. E, nesse período, ele dizia para si mesmo que estava fazendo apenas uma pesquisa sobre a maior inimiga dele. Talvez ele fosse repensar os motivos para ter feito aquilo.

A subida para os quartos foi tranquila. Nos últimos dias, vocês tinham se pegado no elevador porque sabiam que teriam câmeras lá. O Senju não gosta da ideia de Jacob ver você tão vulnerável assim. Ele sabia que era bem capaz de o Brasart se dar prazer observando você. Mas, por outro lado, Tobirama se certificava de uma coisa: mostrar para Jacob que, não importa o quanto ele visse, ele jamais seria o homem fazendo aquelas coisas com você.

— Eu vou para o meu quarto ligar para Hashirama — Ele disse, enquanto você tirava o cartão da bolsa para destrancar a porta.

— Alguma conversa secreta que eu não posso ficar sabendo? — Você disse, em tom de brincadeira, o que fez o platinado revirar os olhos.

— Uma conversa entre irmãos — Mesmo sabendo que era uma piada, ele respondeu, antes de depositar um beijo na sua bochecha e se afastar — Eu volto para o seu quarto em quinze minutos.

Você tentou não sorrir, mas não conseguiu. Pelo menos, agradeceu que ele estava de costas e não conseguia lhe observar.

Aquilo era perigoso. Seu coração estava ficando cada vez mais acelerado com a presença dele. Você não era uma garotinha. Sabia o que aquilo significava. Estava se apaixonando por ele e isso não era nada bom.

Você entrou no quarto, já com a cabeça a milhão, mas, assim que ouviu o som de uma chamada de vídeo pelo seu notebook, se forçou a afastar seus pensamentos e foi até ele. Mas foi quando você leu o nome da pessoa que estava lhe ligando que você esqueceu completamente tudo o que estava pensando ou sentindo.

— Madara? — Você falou, assim que aceitou a ligação.

Seu irmão mais velho estava péssimo. Tinha um hematoma grande de baixo do olho dele. Uma parte da testa e os lábios estavam cortados, com ferimentos já quase cicatrizados, mas que deixariam uma bela de uma cicatriz. Olheiras fundas marcavam o rosto dele e ele parecia bem mais cansado do que o normal, mesmo tendo ficado adormecido por dias.

— Oi, maninha — A voz dele era fraca, mas você conseguia sentir a alegria dele de poder estar falando com você. Uma lágrima ameaçou escorrer pelo seu rosto, mas você a mandou de volta — Como tão as coisas por aí?

— Bem melhores do que por aí, pelo visto.

Madara tentou rir, mas isso fez algo no corpo dele doer e ele se retraiu. Seu coração se apertou e você gravou um lembrete mental para não fazer mais piadas, até que ele estivesse bem.

— Izuna me disse que está falando com você sobre as atualizações — Você apenas assentiu com a cabeça, esperando que ele continuasse — As coisas estão melhorando. Hashirama já está quase cem por cento e os homens já acabaram de remendar o que foi destruído na invasão. Tivemos pouquíssimas baixas e a maioria dos mortos foi do inimigo.

— Descobriram quem foi?

— Temos nomes, mas eles parecem fazer parte de uma organização nova ainda — Madara tentou dar de ombros, mas eles estavam travados — Já mandamos homens para a base deles e cuidamos da situação.

Você sabia muito bem o que "cuidar da situação" significava. Geralmente você mesma fazia esse tipo de trabalho, enquanto Tobirama cuidava da parte mais burocrática.

— O que eu queria falar com você é algo que não tem haver com o ataque — Suas sobrancelhas se franziram quando você ouviu isso, mas assentiu levemente com a cabeça e esperou, ansiosa — Recebemos fotos de você e Tobirama nessa farsa toda de noivado e tudo mais. Fotos muito convincentes de vocês dois, inclusive se beijando.

— Achei que isso fosse parte do plano.

— E é. Vocês dois estão fazendo um trabalho excepcional em fazer todo mundo acreditar que estão apaixonados um pelo outro.

— E qual o problema?

— Eu não sei sobre Tobirama, mas você não é uma boa mentirosa, [Nome] — Você já sabia onde aquela conversa ia chegar — Você é ótima em esconder os seus sentimentos e se manter fria em diversas situações. Mas você não consegue fingir que gosta de alguém, nunca conseguiu — Um suspiro pesado escapou dos lábios dele e você foi incapaz de falar qualquer coisa — Não importava o quão importante era a situação, você nunca conseguiu fingir que era agradável ficar com alguém que você detestava.

— Isso é verdade — Respondeu, tão baixo que nem soube dizer se ele tinha ouvido.

— Então eu vejo fotos de você se pegando com o homem que você mais detestava no mundo quando saiu daqui do Japão — Mais uma vez, você apenas assentiu — Você sabe que eu não vou lhe julgar nem me meter na sua vida dessa forma, mas eu queria saber de uma coisa, se você se sentir confortável em responder.

— Claro — Tentou parecer firme, mas sabia que não tinha conseguido no momento em que a palavra hesitante saiu de sua boca.

— Você está apaixonada por Tobirama?

Não sei. Estou? Eu também estou tentando descobrir isso, irmão. A forma como aquele homem olha para mim faz com que meu corpo trema. O jeito como ele parece preocupado comigo me deixa louca. E a forma como eu me sinto perto dele é tão indescritivelmente louca que eu não consigo me imaginar sem ele no meu dia a dia. Mas ele ainda é irritante e grosseiro. Ainda brigamos pelo menos uma vez por dia e não é incomum eu querer estrangular ele. Não sei o que fazer e estou assustada.

Claro que não — Mas foi isso o que você respondeu, dessa vez, de forma mais firme — Eu sei o quão importante é fazer com que todos pensem que estamos realmente juntos. Acho que é por isso que ficou mais fácil fingir. Mas você me conhece e sabe da minha história com ele — Cada palavra que saia da sua boca era como uma faca sendo enfiada no seu coração — Não existe a possibilidade de eu me apaixonar por aquele homem.

— Tudo bem — Depois de alguns segundos em silêncio, Madara respondeu — Só quero deixar claro que eu não seria contra isso e, inclusive, tenho certeza que Hashirama seria o mais feliz nessa história.

— Eu sei que Hashi morreria de felicidade se eu e Tobirama acabássemos juntos no final de tudo — Você pensou sobre isso, sobre um final juntos, e tentou ignorar a sensação de conforto que percorreu o seu corpo — Mas não vai acontecer.

— Certo. Fico feliz que você falou comigo sobre isso.

Um sorriso falso foi estampado nos seus lábios e você rezou para que ele fosse convincente o suficiente.

Do outro lado da portinha que separava os quartos, Tobirama agarrou o celular, que estava na mão dele, com força. O que ele tinha acabado de ouvir doía demais. Claro que o relacionamento de vocês dois era complicado. Vinha de uma longa história de brigas e conflitos. Mas falar que não existia a possibilidade de você se apaixonar por ele o pegou desprevenido. Talvez ele merecesse isso mesmo, pela forma que lhe tratou ao longo dos anos.

O Senju tinha criado algum tipo de esperança com aquela viagem. Acreditou, por um tempo, que não era tarde demais para vocês. Se deixou levar pela ideia de que vocês pudessem superar o passado e criar algo novo no futuro.

Mas naquela hora, ouvindo as palavras saindo da sua própria boca, ele se forçou a esquecer todas essas esperanças. Porque, no final das contas, por mais que as coisas estivessem melhores momentaneamente, vocês não passavam de inimigos.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro