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⤷ capitulo IV


Londres, 1943

|A Sala Proibida|

❃✿❃

Para Nina, os dias que se seguiram foram como um sopro de ar fresco em sua rotina solitária. Ter mais crianças na casa havia renovado seus ânimos de uma forma que não imaginava ser possível. Em pouco tempo, sentia-se imensamente próxima dos irmãos Pevensie, como se os conhecesse há anos. A presença deles preenchia espaços vazios daquela casa, trazendo risadas, brincadeiras e uma energia juvenil.

Não foi surpresa alguma a ligação que se formou entre Pevensie e Nina. Eram todos, exceto um, muito respeitosos, queridos e amigáveis. Nina nunca se sentira tão satisfeita e plena como naqueles dias. Tinha Pedro para desafiá-la em uma partida de xadrez, algo que ela adorava, e é claro, para ajudá-la com suas difíceis tarefas de matemática. A conexão com Susana era ainda mais profunda, compartilhavam o amor por livros, e apesar de suas personalidades diferentes, encontravam um equilíbrio perfeito em sua amizade: uma sonhadora e a outra racional.

Com poucos anos de diferença, Lúcia, a caçula dos Pevensie, despertava o lado lúdico e infantil de Nina. Adorava conversar com a garota e, muitas vezes, se divertiam brincando de bonecas no jardim. Susana, por outro lado, achava essa atividade um tanto infantil para sua idade, mas não se importava em participar ocasionalmente para alegrar as meninas.

No entanto, havia Edmundo. O jovem rapaz era um enigma para Nina, seu comportamento fechado e, por vezes, hostil, o tornava um desafio constante. Por mais que ela tentasse se aproximar, sempre era recebida com olhares de desconfiança e respostas curtas. Houve momentos que se sentiu intimidada com a sua presença, mas isso não a impediu de continuar tentando conquistar sua amizade.

Naquela manhã, contudo, o dia não era propício para brincar no jardim. Dias chuvosos eram comuns na região, mas Nina não se incomodava. Para ela, não havia nada mais reconfortante do que se aconchegar com uma caneca fumegante de chá, um livro envolvente e o suave som de chuva batendo na janela. Entretanto, ela não estava mais sozinha na casa.

Naquele dia, a monotonia foi quebrada pela presença dos irmãos Pevensie da biblioteca. Pedro, Susana, Lúcia e Edmundo estavam reunidos, cada um imerso em sua própria atividade, mas todos compartilhavam uma aura de tédio. Observando-os, Nina se aproximou, curiosa para saber o que os irmãos estavam fazendo:

— Vamos Pedro tente... é gastrovascular. Nada? Gas-tro-vas-cu-lar.— Susana tentava animar o irmão mais velho com um jogo de palavras, enquanto Lúcia oferecia um sorriso gentil para Nina ao notar sua presença. — Ah, Nina, aí está você. Junte-se a nós!

Antes que ela pudesse responder, a voz de Edmundo interrompeu o momento, carregada de sarcasmo.

— Cuidado Kirke, talvez você acabe morrendo de tédio. — o tom sarcástico não passou despercebido, mas Nina optou por ignorá-lo, mantendo um sorriso no rosto.

— Não se preocupe Edmundo — retrucou ela com tranquilidade, — Particularmente, acho o jogo da Susana bastante... criativo!

O comentário arrancou uma risada discreta de Lúcia, enquanto Susana sorria em agradecimento. Mas, a realidade, é que estavam todos, sim, muito entediados. Foi então que a mais nova se levantou, com uma proposta inesperada:

— Podemos brincar de pique-esconde? — A pergunta veio cheio de entusiasmo, e todos os olhos se voltaram para ela. Pedro sorriu, observando com carinho a expressão animada de sua irmã mais nova.

— Mas estamos nos divertindo tantoo — brincou ele, lançando um olhar irônico para Nina, Lúcia e Edmundo, que soltaram risadinhas, enquanto Susana fechava o gigante dicionário com uma expressão irritada. No entanto, antes que a reposta pudesse ser dada, Pedro fechou os olhos e começou a contar, e, em um piscar de olhos, todos corriam para fora da biblioteca.

Nina se dirigiu rapidamente para seu esconderijo favorito, no sótão da casa.  Quando Max Reynolds, seu amigo de infância, vinha brincar, ela se escondia lá e o menino nunca a encontrou. Enquanto subia as escadas de maneira apressada, escutava os passos apressados de seus amigos. Ao chegar no sótão, abriu a pequena escada e subiu, seu coração acelerado. Ela se escondeu debaixo de uma mesa empoeirada e esperou. Ela esperou por um bom tempo, um longo tempo, então, quando percebeu que ninguém iria a encontrar, decidiu sair do esconderijo.

Enquanto vagava pela casa, confusa e perdida em pensamentos, de repente foi abordada por Lúcia, que parecia agitada.

— Nina! Nina! — Lúcia segurou suas mãos, pulando de alegria. Nina ergueu uma sobrancelha notando o quão gelada estavam. — Aí está você! Tenho tantas perguntas! Você já foi a Nárnia? Fica na sala vazia! Você irá adorar. Eu vi um fauno, Nina! O nome dele é Senhor Tumnus...

Nina observava Lúcia com curiosidade, mas também com confusão. As palavras saiam em um emanharado animado, e ela tentava entender o que Lúcia estava tentando dizer. Nárnia? Um fauno? E a sala vazia? Ela se lembrava vagamente da sala trancada que seu pai mencionara, mas não conseguia fazer uma conexão.

Antes que pudesse formular uma resposta, os outros irmãos chegaram, interrompendo a conversa com expressões de preocupação e vergonha. Susana, especialmente, parecia constrangida com a empolgação da mais nova.

— Lúcia! — chamou a morena, tentando acalmar a situação. — Pare de espalhar essa baboseira. Vai assustar Nina.

Nina, por sua vez, os encarou confusa. Pedro hesitou por um instante, antes de responder:

— Lúcia só está brincando, ela tem uma imaginação muito fértil. Acho que ela quer que brinquemos com ela. — falou o mais velho, mas Nina não pôde deixar de notar o rubor no rosto da mais nova.

— Não estou brincando, é de verdade! — insistiu Lúcia, conduzindo-os em direção à sala. — É lindo lá dentro, vocês vão adorar. Senhor Tumnos faz um chá delicioso. Entrem...entrem!

Nina ficou boquiaberta ao ver a sala proibida destrancada. Lembrava-se de quando tentara entrar ali na infância, sem sucesso. Por que a sala estava aberta agora?

Com o coração acelerado, ela observou o grande armário diante dela, lembrando-se das histórias de seu pai. Era um artefato misterioso e muito importante para ele, mas ela nunca o vira pessoalmente, não até então. Com passos hesitantes, aproximou-se do armário e admirou os belos desenhos que o adornavam. Edmundo lhe afastou da porta, pelos ombros, abriu o guarda-roupa e entrou, seguido por Susana e, por fim, Lúcia, confusa. Não havia nada do outro lado, como a mais nova prometeu.

Nina observava os irmãos com cautela, sentindo uma mistura de emoções. Lúcia parecia acreditar que um mundo mágico realmente estava lá.

— Lúcia, mas que grande baboseira! — as palavras de Edmundo cortaram o ar como uma lâmina afiada, atingindo Lúcia em cheio — Realmente pensou que acreditaríamos em você?

Então, Lúcia desabou em lágrimas e Nina se viu tomada por uma sensação de perplexidade. Não havia motivos para a mais nova mentir. Seus olhos percorreram os irmãos em busca de resposta, mas o que encontrou foi apenas confusão e desconforto refletido em seus rostos. Com um suspiro resignado, Nina se aproximou da mais nova e a envolveu em um abraço caloroso, oferecendo-lhe o conforto que ela tanto precisava. As lágrimas molhavam o bonito cardigã cor de rosa da menina, mas Nina não se importou.

— Shhhh, está tudo bem, Lú. Vamos tomar um chá de camomila.— A loira pôs uma mão reconfortante sobre os ombros da mais nova, seus soluços eram altos enquanto a guiava para fora da sala. Seus irmãos mais velhos observavam tudo muito confusos. — Não se preocupem, nós voltamos mais tarde.





Com o coração ainda palpitando de preocupação e curiosidade, Nina conduziu Lúcia até a acolhedora cozinha. Os soluços da mais nova logo deram lugar a um silêncio, interrompido apenas pelo som dos passos das duas meninas.

Quando finalmente se sentaram na mesa de madeira da cozinha, Nina serviu uma xícara de chá para cada uma, junto com alguns biscoitos para beliscar. O aroma doce do chá pairava no ar, criando uma atmosfera tranquila.

— Eu não sou mentirosa, Nina. — as palavras de Lúcia eram uma mistura de desespero e determinação, e a Kirke sentiu seu coração se apertar em simpatia.

—Eu sei que não, Lú. Mas às vezes as pessoas só acreditam em algo quando têm provas concretas, não é sua culpa. — sussurrou Nina, encarando-a gentilmente. Ela desejava poder dissipar toda a angústia da mais nova. — Sabe, aquela sala costuma ficar trancada, eu nunca havia entrado lá antes. Meu pai... ele me contou, uma vez, que o guarda-roupa de lá era o artefato mais importante aqui de casa, entende? — confessou Nina, com um nó na garganta.

Os olhos de Lúcia se arregalaram em surpresa diante da revelação. A loira pensava que ela já sabia sobre o armário, constatou.

— Eu nunca vi nem falei com o seu pai, Nina! Ele sempre está trancado no escritório, não tinha como eu saber de uma coisa dessas... — explicou Lúcia, confirmando as suspeitas de Nina: A Pevensie não conhecia as histórias de seu pai, então como ela poderia saber sobre o mundo mágico que cresceu escutando sobre?

O coração de Nina deu um salto ao compreender o significado da revelação.

— Então me conte tudo, Lúcia! Me conte tudo o que viu. — implorou Nina.

E assim Lúcia contou, contou sobre como havia se escondido no armário e caído em um mundo mágico chamado Nárnia. As palavras dela fluíam com sinceridade, revelando tudo o que tinha vivido. Nina se viu imersa em um turbilhão de emoções enquanto absorvia cada detalha, com surpresa e fascínio.

— Eu acredito em você... — murmurou Nina por fim, com sinceridade. Os olhos de Lúcia ficaram marejados.— Eu acredito, Lúcia.

•❃✿❃•

i. Que comece a aventura, caros leitores.•*

ii. Não seja um leitor fantasma, apoie a história com algum comentário e um voto ⭐️.

Joy

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