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⤷ capítulo III

|Em Busca de Caspian|
❃✿❃

A jornada até os narnianos era longa e, até o momento, conflituosa. Haviam decidido ir pelo Espelho D'água, atravessando um longo rio de barco, em direção ao Monte de Aslam. À medida que avançavam, a pequena baía parecia cada vez menor. O mar se alargava e a água agora parecia até mais azul. Era um cenário lindo, e só se ouvia o chapinhar dos remos e o deslizar da água. Pedro, Edmundo, Susana e Nina revezavam os remos.

O sol começava a ficar quente, e Nina tentava ignorar a discussão travada no barco:

— Se formos pelo caminho por onde você veio, serão uns dois dias de viagem! — disse Pedro ao anão. — O mais rápido é ir por cima, é só atravessar o rio Beruna, e andar mais um pouco, com esforço, talvez possamos fazer o trajeto em um dia e meio.

— Ninguém vai por cima, é uma floresta muito densa e próxima aos telmarinos! — retrucou Trumpkin —, e temos que evitar o inimigo. Recomendo seguirmos por baixo, majestade.

Nina observava o ambiente ao seu redor, a floresta sempre muito quieta.

— Nárnia mudou bastante, Pedro — comentou Edmundo, de forma humilde, enquanto remava. — Não a conhecemos mais tão bem...

Eles contornavam lentamente as baías do Espelho D'água, se aproximando da margem. A loira, soltou um suspiro de alívio notando que já estavam chegando e, cansada da discussão, resolveu interrompê-los.

— Então cavalheiros... — brincou. — Iremos por cima ou por baixo?

— Por cima é mais rápido. — falou Pedro, decidido. Edmundo deu de ombros e o anão suspirou, mas assentiu. As meninas se entreolharam revirando os olhos.

Ah, o orgulho masculino, pensou Nina ironicamente.

— Desde que não fiquemos perdidos eu me dou por satisfeita! — comentou por fim, enquanto todos desembarcavam do barco.

Caminharam por um tempão, adentrando a floresta densa. Eram árvores enormes, formavam um labirinto natural que ela se esforçava muito para reconhecer.

— Nossa, eu não estou reconhecendo nadinha! Reconhecem algo, meninas? — exclamou Susana, olhando ao redor.

— Mulheres são assim mesmo — brincou Pedro, Nina ergueu a sobrancelha o encarando —, nunca conseguem guardar um mapa na cabeça!

— É porque já temos a cabeça cheia de outras coisas! — retrucou Lúcia sem se deixar abalar.

A loira decidiu ignorar a interação.

Ela olhava ao redor, tentando se orientar, mas a sensação de que estavam perdidos começou a crescer dentro dela. Diferente do que Pedro afirmou, Nina tinha sim um excelente senso de direção. A caminhada parecia interminável, e o terreno, mesmo que desconhecido, se tornava cada vez mais irregular.

Nina e Edmundo trocaram olhares preocupados.

— Pedro, tem certeza que estamos no caminho certo? — questionou Edmundo, desconfiado.

— Claro que tenho! — respondeu o loiro, mas sua voz não soava tão confiante como antes.

A vegetação parecia se repetir. As mesmas árvores, as mesmas pedras cobertas por musgo... Era como se estivessem andando em círculo.

— Acho que estamos perdidos. — disse Nina, finalmente quebrando o silêncio.

Pedro parou e olhou ao redor, tentando disfarçar a preocupação.

— Não estamos perdidos. Só precisamos encontrar um ponto de referência!

— E como vamos fazer isso se não sabemos onde estamos? — perguntou Lúcia, tentando manter a calma.

Nina se escorou em uma das árvores, para recuperar o fôlego. Suas pernas estavam começando a ficar doloridas.

— Devíamos ter ouvido o N.C.A — murmurou Susana, preocupada.

— Ou talvez se tivéssemos ouvido a opinião das mulheres que, segundo alguns, nunca conseguem guardar um mapa na cabeça, estaríamos melhor agora. Certo, Pedro? — Nina provocou, lançando um olhar significativo para o loiro, que corou envergonhado.

As meninas deram risadinhas, se entreolhando.

— Quem é N.C.A? — perguntou Edmundo,  tentando amenizar o clima.

— Nosso caro amiguinho. — explicou Lúcia, sorrindo e olhando para o anão. — Mas ele prefere a sigla, N.C.A.

Nina riu observando Trumpkin que tinha uma careta no rosto.

— Sim, muitoo gentil da parte de vocês. — brincou ele, com um leve sorriso.

— Então, N.C.A, alguma ideia de onde estamos? — perguntou Nina.

Trumpkin olhou ao redor pensativo.

— Desde que não nos desviemos muito para a esquerda, acho que não haverá erro. — respondeu ele, tentando aliviar a tensão, contudo se sentia quase que igualmente perdido.

Pedro sorriu satisfeito, mas voltou seu olhar para o grupo.

— Vamos seguir em frente então. — disse ele envergonhado — Me desculpem, pessoal, mas não podemos perder tempo discutindo.

O grupo voltou a avançar em silêncio. Alguns minutos haviam se passado quando Lúcia exclamou de repente:

— Que é isso aqui??

Quase sem perceberem, tinham chegado a um pequeno precipício que se elevava sobre um desfiladeiro, no fundo no qual corria um rio. A correnteza era forte e o barulho de água colidindo com pedra era nítido e, honestamente, assustador. Nina calculou em sua mente uma queda de pelo menos quinze metros, uma queda mortal.

Era o rio Beruna, aquele que tanto procuravam, mas, devido ao tempo, ele havia afundado profundamente na terra. Afinal haviam se passado mil anos e como havia estudado em suas aulas de geografia, o solo mudava muito. Um desabamento podia ter arrastado parte daquela encosta, gerando um precipício. Também podia ter havido um tremor da terra ou qualquer coisa do tipo.

Trumpkin foi o primeiro a falar.

— Este é o rio Beruna, majestades.

— Olhem o lado bom, nós não estávamos perdidos! — exclamou Pedro, com um sorriso amarelo.

— Realmente, Pedro, mas isso não muda o fato que é impossível atravessar isso aí! — respondeu Nina, encarando o amigo incrédula. Ele estava sendo tão cabeça dura nos últimos dias, pensou.

Na realidade, há uma maneira de atravessar. — começou Trumpkin ironicamente — Pulando.

Pedro os encarou com uma careta.

— O melhor é voltar e ir pelo outro lado. Sabia que tinha algo errado! — falou Susana impaciente.

— Quase nos perdemos na ida, podemos muito bem nos perder na volta. — explicou Edmundo, tentando manter a calma.

— Majestades, que tal irmos por baixo? — insistiu Trumpkin.

E assim desatou uma nova discussão. Onde cada um empunha aquilo que acreditava ser o certo e, no final, não chegavam a lugar algum.







Olhem, olhem! — exclamou Lúcia, interrompendo o momento. — Aslam! — disse ela e todos se viraram em direção ao local que apontava, mas não havia nada. — Aslam! Vocês não o viram?

Nina observou atentamente o local, acreditava em Lúcia. Mas ficou extremamente desapontada de não o ver também.

Não havia nada, nem ninguém, lá.

— Você acha mesmo que...? — começou a dizer Pedro, Nina o encarou incrédula. Ele não acreditava na irmã?

— Onde você pensa que o viu? — indagou Susana intrigada.

— Não falem como se fossem adultos! — disse Lúcia batendo o pé.

—Eu... eu sou adulto. — murmurou Trumpkin, mas todos o ignoraram.

— Não penso que o vi! Eu vi mesmo! — explicou Lúcia.

— Mas onde, Lú? — perguntou Edmundo.

— Lá em cima, entre aquelas roseiras no mato. Do lado contrário ao qual vocês querem ir. Acho que Aslam queria que fôssemos por onde ele estava... lá em cima, não por baixo.

Surpresos, os outros se entreolharam em silêncio.

— Pode ser muito bem que tenha visto um leão. — disse o anão. — Dizem que há leões nesta floresta!

— Não estão entendendo! — exclamou Lúcia. — Acham que não sou capaz de reconhecer Aslam se o vir?

— Claro que é capaz, Lú. — defendeu Nina de prontidão. — Eu acredito em você, e, no final, já estávamos basicamente perdidos. Não custa nada ir até o outro lado, certo pessoal?

Nina observou quando os mais velhos se calaram, desviando o olhar.

— Só podem estar de brincadeira! — repreendeu ela. — Realmente não acreditam?

— Falo por mim, majestade — começou Trumpkin amargamente —, mas Aslam sumiu muito antes de vocês. Não estou muito a fim de seguir um fantasma que não é visto há milênios.

Nina o encarou surpresa, um narniano sem fé?

— Não fiquem zangadas, só acho que por baixo será muito mais rápido... — murmurou Susana, Trumpkin acenava em concordância. — E, no final, só um de nós viu algo!

Nina encarou sua amiga chocada. Antes que pudesse retrucar Edmundo foi em defesa da irmã.

— A última vez que não acreditamos em Lúcia, cometemos um grande erro. — Declarou Edmundo, ele havia aprendido com seus erros passados e confiava nas palavras da irmã.

Pedro, Susana e Trumpkin, por outro lado, apenas suspiraram tristemente.

— Mesmo se Lúcia tenha visto algo, como vamos atravessar? Pulando? O único caminho que há é por baixo, sinto muito...— disse Pedro, suavemente, encerrando o assunto.

Ele começou a caminhar, seguido de Trumpkin e Susana. Edmundo suspirou frustrado, mas seguiu logo atrás.

Nina, respirou profundamente tentando manter a calma, e envolveu os ombros de Lúcia, confortando-a enquanto começavam a caminhar lentamente.

— Acredita mesmo em mim, Nina? — perguntou Lúcia, cabisbaixa.

— Houve algum momento que eu não acreditei em você, Lú? — perguntou Nina, sorrindo. A menina riu baixinho, mas seus olhos estavam marejados.

— Por que será que Aslam sumiu? — perguntou a mais nova, confusa.

— Não sei dizer, Lú. — falou pensativa. — Talvez ele acredite que, por enquanto, você seja suficiente para guiar nosso caminho.  — tentou encorajá-la.

— Mas veja, não estou fazendo um bom trabalho até agora. — falou magoada. — Não acreditaram em mim.

Antes que Nina pudesse responder, o som de passos fez com que as duas parassem no meio do trajeto. A loira já estava com a flauta em mãos quando Edmundo apareceu correndo. Os outros vinham logo em seguida.

— Mudança de plano! — exclamou ele, agarrando as mãos das meninas e puxando as para longe. — Telmarinos.

— Aqui?! — perguntou Nina, com os olhos arregalados, olhando para trás.

— Lá embaixo, milhares deles! — explicou Edmundo, recuperando o fôlego. — Estão destruindo as árvores, parece que estão construindo uma ponte. Teremos que seguir por cima mesmo, Lúcia.

Nina sentiu um arrepio de preocupação, enquanto corriam morro a cima. Eles precisavam se apressar, pois Nárnia estava em perigo.

Algum tempo depois, os seis, agora de volta ao topo, observaram o declive, todos tentando bolar um plano em suas cabeças. Querendo ou não, tinham que atravessar o rio. Nina já sentia uma dor de cabeça latejante se formando, fruto da tensão crescente.

Com um suspiro, ela se aproximou de Lúcia:

— Onde é que disse que viu Aslam mesmo, Lú? — perguntou.

Lúcia sorriu para sua amiga, puxando-a até um local enquanto tentava encontrar as palavras certas para explicar.

— É um pouco confuso, — falou a mais nova, todos pararam para a escutar, Lúcia segurava firmemente a mão da amiga —, eu o vi logo ali, entre os arbustos aqui, mais alguns passos e.... AHHH!

Nina gritou quando o solo sob seus pés cedeu, levando-a junto com Lúcia.

Elas afundaram, caindo sob uma passagem. Nina sentiu seu estômago revirar enquanto o ar escapava de seus pulmões em um grito de supresa. A sensação de queda pareceu durar uma eternidade, até alcançarem o fundo. A realidade é que foi tudo muito rápido, pouquíssimos segundos. O coração da menina batia acelerado em surpresa.

Pedro, Susana, Edmundo e Trumpkin correram até a borda do precipício, ficaram aliviados ao notarem que as meninas estavam bem.

Nina estava boquiaberta, observando Lúcia com uma mistura de alívio e admiração estampada em seu rosto.

— Ele... estava bem aqui! — exclamou Lúcia, um sorriso gigantesco estampado em seu rosto.

Haviam acabado de encontrar um caminho.





Depois disso, o trajeto tornou-se mais simples. O caminho diante deles era uma trilha natural, encaminhando-os para o lugar certo. A passagem subterrânea revelou-se um atalho inesperado, mas muito bem-vindo. Trumpkin jurava que tudo era uma grande coincidência, e Nina não tinha forças para convencê-lo do contrário.

Após atravessarem o desfiladeiro, foi mais fácil se localizar, e todos seguiram caminhando em direção ao crepúsculo que tingia o céu. Provavelmente teriam que acampar durante a noite.

O silêncio da floresta era quebrado apenas pelo som do farfalhar das folhas. Edmundo aproximou-se de Nina, a preocupação ainda visível em seu rosto.

— Você está bem mesmo, Nina? — o menino se referia ao tombo que ela e Lúcia sofreram.

Ela olhou para ele e riu, era pelo menos a terceira vez que ele a perguntava isso na última hora.

— Estou bem, Ed. — respondeu. — Foi só um susto, como eu já te disse...

Edmundo a olhou nos olhos, procurando qualquer sinal de mentira. Satisfeito, ele sorriu de volta. Lúcia que os observava, aproximou-se dos dois, com um sorriso travesso.

— Ah, como vocês são adoráveis! — provocou ela, risonha. — Quando eu crescer, vou ter um namoro assim, bem fofinho !

Nina e Edmundo riram e se entreolharam, os dois com as bochechas coradas. O irmão empurrou sua irmã de brincadeira.

— Ora, Lúcia, pare com isso. Você não deve se preocupar com esse tipo de coisa, é muito nova ainda! — falou ele suavemente, mas parecia realmente assustado com a possibilidade de sua irmãzinha querer namorar um dia.

Nina riu com isso.

— Relaxe, Ed. — disse ela, piscando na direção da mais nova. — Lúcia vai encontrar alguém especial quando for o momento certo. Não é mesmo, Lú?

Isso pareceu despertar Edmundo dos pensamentos. O menino sorriu brincalhão e perguntou:

— Ah é? Então quer dizer que eu sou alguém especial?

— Não. — respondeu Nina, a mentira estampada no rosto.

— Ah, mas mentir é muito feio Nina — O moreno tinha aquele sorriso ladino estampado no rosto, junto ao olhar travesso que a lembrava da primeira vez que o conheceu. — Mentirosos precisam ser punidos!

— Não comece, Edmundo! — retrucou Nina, dando um leve empurrão nele. Ela o conhecia muito bem e sabia que ele estava prestes a fazer algo... — Estou falando sério! Ed! Para! Não!!!

Lúcia riu, os olhos brilhando de diversão. Nina saiu correndo enquanto Edmundo corria atrás tentando fazer cócegas nela. Correram em círculos em volta de Lúcia.

— Pare com isso! Estávamos tendo uma conversa com a Lú...

Edmundo riu, mas parou de correr e olhou para a irmã.

— Ainda quer um namorado? — perguntou Nina brincalhona, mas ofegante.

— Hm, eu vou esperar mais um pouco. — respondeu Lúcia animada. — Mas até lá, vou me divertir provocando vocês!

O moreno revirou os olhos, passando o braço pelo ombro da irmã.

— Muito bem dito, Lú. — disse ele, mudando de assunto. — Agora nós temos um príncipe para encontrar.

Lúcia, ainda sorrindo, voltou a caminhar entre eles. Após alguns minutos de silêncio, ela perguntou:

— Vocês acham que Aslam vai aparecer de novo?

Nina olhou para Lúcia com um olhar pensativo.

— Eu acredito que sim, Lú. — disse a loira. — Aslam sempre aparece quando mais precisamos dele!

Trumpkin, que andava logo atrás, lançou um resmungo inaudível. Edmundo virou-se para ele:

— O que foi, Trumpkin? — perguntou o menino, com a voz carregada de curiosidade.

Trumpkin hesitou por um momento, antes de finalmente falar.

— Eu só... não sei se acredito nisso tudo. — admitiu ele, um tanto envergonhado. — Sempre ouvi histórias do Grande Leão, mas nunca vi nada que provasse que ele é real. Se Aslam é realmente tão bom, por que não apareceu até agora? Onde estava ele quando éramos perseguidos?

Lúcia olhou para o anão com uma expressão determinada.

— Mas ele é real! — insistiu ela. — Eu o vi, mas todos nós o conhecemos!

Trumpkin deu de ombros, tentando não parecer rude.

— Eu acredito que você acredita, majestade. — disse ele, suavizando o tom. — Quem sabe ele realmente já existiu. Mas até ver com os meus próprios olhos, é difícil de acreditar.

Edmundo assentiu, tentando explicar.

— Aslam sempre está presente, mesmo quando não o vemos. Às vezes, não percebemos sua presença porque estamos focados nos nossos próprios medos e dificuldades. Eu mesmo, já cometi esse erro antes.

Nina assentiu e então falou:

— Às vezes, é preciso ter fé antes de ver. Aslam sempre sabe o que faz...— comentou ela, pensativa. — Nárnia é um lugar mágico, nem tudo precisa ser explicado ou visto para ser real.

Trumpkin olhou para eles, ponderando as palavras. E, pela primeira vez, parecia menos cético. Talvez, afinal, houvesse algo de verdadeiro na fé que esses jovens tinham em Aslam e em Nárnia.

❃✿❃

i. Tudo bem, gente? Como foi a semana de vocês? Aproveitaram o feriado? *•.🌿

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Obrigada pelos 7k, até a próxima semana!

Joy

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