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11-Caído em terras

19 de fevereiro de 1945.

Júlio e eu éramos tão próximos, o considerava um irmão... Sua bondade ia além da minha compreensão.

Sua amizade era tudo que eu tinha depois da minha família.

Fazíamos quase tudo juntos, até passeios Jô fim da tarde...quando os soldados se recolhiam. Júlio conseguiu pôr Oliver e sua arrogância no lugar dele...com tanta sutileza.

Sei que nutria um sentimento por Ursel, que não era correspondido da forma que queria, mas ainda sim o mantinha -, talvez na esperança que um dia o doce jovem órfão que fora acolhido em nossa casa, sem rumo, sem nada... Tivesse o amor dele. Do meu irmão sensível, romântico, sonhador.

Acredito que Ursel sequer percebeu, era ruim demais em perceber brechas tão grandes que daria para deixar passar uma tornado.

Safira, Safira provavelmente detectou tudo como um cão farejador especialista.

E se manteve calada, mas só de olhar para Júlio César quando ele falava, sentia o tom da voz dele mudar... Sabia o que ele tinha feito só de pensar nele, e descobriu que ele uma noite pedira as estrelas que abrissem o coração do meu irmão e o deixasse se abrigar ali.

Este era o poder dela.

Ver atitudes, ações passadas que as pessoas faziam só de imaginá-las.

Admirável.

Pouco antes da Invasão as ilhas Iwo Jima.

Eu me preparava para a invasão, equipamentos e tudo o necessário, iríamos marchar para a ilha e começar a invadir as ilhas.

Avistei Ursel de relance na correria. Mas antes que eu pudesse ir até ele, o mais rápido o possível e tentando parecer um humano normal.

Júlio apareceu correndo, ofegante e parou em frente ao Ursel, fazendo sinal com as mãos para que ele parasse o caminho que pretendia fazer (possivelmente até mim para se despedir e desejar sorte).

Ursel o olhou com um sentimento de cuidado, paciência.

- Ursel, eu preciso que saiba de uma coisa antes que eu vá. - Proferiu o moreno, fitando com os olhos azuis tão intensos quanto os céus estrelados, o meu irmão a sua frente.

Usei meus poderes para ouvir o que eles conversavam.

- O que Júlio? Não diga como se nunca mais fossemos nos ver...

Júlio fez sinal freneticamente com as mãos finas.

- Eu te amo, e não é como um irmão ou um amigo, eu não se se vou voltar... Por isto quero que saiba que te amo. - Ursel ficou paralisado por segundos que parecem uma eternidade contida.

Não tinha palavras, não conseguia se expressar, apenas encarava o amável Júlio com dúvida, talvez até tentando dizer algo que buscava no fundo da mente. Com certeza não queria mágoa-lo.

Antes que Ursel pudesse dizer qualquer coisa a seguir, Júlio segurou seu rosto entre as palmas e lhe deu um beijo, um selar de lábios parado e proveitoso.

Ursel não reagiu contra, mas também não aceitou, uma instabilidade estranha.

Os soldados e outros, não tinham sequer tempo para olhar para os dois e ofendê-los ou algo do tipo. A sua cegueira se resumia a invasão que faríamos.

Júlio não tinha muito ao que se agarrar, a família morrerá a anos, não tinha fortuna ou filhos...irmãos, ninguém, absolutamente ninguém. Então eu, Safira e Ursel fomos seus motivos durante aqueles dois anos e alguns meses.

- Adeus. - Disse olhando profundamente nos olhos do meu irmão que ainda se mantinha perplexo, mas algo nos seus olhos amêndoados brilhavam bastante.

Júlio desvencilhou-se devagar do Ursel e correu sem olhar para trás, rumo à batalha.

Meu irmão ainda processava o que havia acontecido, quase pude jurar que vi uma lágrima escorrer dos seus olhos tão sedutores e românticos.

Não sei ao certo se nutria e fingia que não, um sentimento por Júlio, mas sua partida o abalou e isto eu tive certeza -, por mais que tenha se mantido inexpressivo e que não tenha pronunciado sequer uma palavra ao rapaz.

Feito um raio, Ursel veio até mim, com os olhos ainda estáticos e sentindo o impacto do beijo de Júlio sob si.

Não tinha ninguém ao seu redor para ver ele usando sua velocidade anormal.

- Irmão, boa sorte. - Desejou colocando a mão sob meu ombro.

Coloquei a alça da arma em meu peito do lado direito e o abracei...como nunca havia feito, pois poderia voltar morto e não queria desperdiçar a oportunidade de fazer tal coisa.

Do fundo de minha alma, busquei toda a sinceridade para dizer:

- Perdão. - Balbuciei ao seu ouvido.

Ursel se manteve digerindo tudo aquilo, e inexpressivo feito uma estátua.

- Diga a nossa mãe que a amo e sou grato por tudo, e a nosso pai... Perdão... A Safira, que desejo toda a alegria que uma alma alegre e reluzente como a dela merece, sua bondade lhe trará coisas boas futuramente. - Me afastei e então, fui... Feito um flash de luz irradiando fortíssimo, usando minha velocidade.

Sem olhar para trás.

🗺️

Durante a invasão.

Sujos de terra, sentindo o coração morto estremecer a cada tiro novo disparado contra nosso lado (e muitos acertavam a maioria dos soldados que miravam), nós estávamos avançando aos poucos, e sendo atacados também pela resistência dos japoneses.

Estávamos usando tudo que tínhamos, a artilharia mais pesada, granadas... Tudo.

Os barulhos estavam ensurdecedores e pertubantes, mal escutava os próprios movimentos sob a terra.

Júlio ao meu lado, se arrastando no chão assim como eu -, para não sermos vistos e acertados.

Eu faria o que pudesse para protegê-lo, inclusive fazer escudo com meu corpo, mesmo que ele fosse um vampiro agora, não tinha muita massa corporal para seu corpo sustentar tantas balas, e o processo de cura poderia ser mais lento que o esperado. Safira e meus pais certamente chorariam dia e noite, se minha morte chegasse, mas Ursel não... Ele ficaria se sentindo orgulhoso, diria que eu era um homem honrado e bom de coração, que se sacrificou e foi um herói. Uma bela ação que ele não esqueceria e faria questão de contar a todos que o usassem perguntar.

Um ator heróico, respeitável e digno de medalhas.

Um estrondo que abalou a terra.

Gotículas de sangue espirraram em meus rosto e eu não ousei mover um músculo por segundos que pareciam a eternidade que eu vivia.

Júlio...

Ele não havia erguido o corpo, não havia sequer movido mais que o pé...e o acertaram.

Seu corpo balançou com o impacto, de joelhos, e ele caiu para trás, os olhos ainda cheios de lágrimas e tristes - mas não havia medo ali.

Uma bala grande acertará o centro da sua cabeça, no meio da testa coberta por terra.

O mundo parou ali... A invasão, os barulhos, a fumaça... Tudo parou.

A grande névoa silenciosa e traiçoeira que escondia os soldados japoneses, fez total silêncio naquele momento.

Arrastei-me até o corpo caído e morto do meu amigo que mal pude defender, mal pude aproveitar sua amizade.

Agarrei seu macacão e o mexi, mas sabia que não adiantaria nada... Ele não voltaria, eu só recusava aceitar.

- Sinto muito, sinto muito. - Mal consegui pronunciar, o choro invadiu meus olhos, o corpo ficou fraco o bastante para que eu não conseguisse sustentar as próprias pernas em pé.

Deitei a cabeça em seu peito, lamentando.

Antes que outros disparos voltassem a atingir o solo.

Eu gritei, do fundo da alma, um grito tão doloroso que os céus se abalaram...Um grito que podia ser ouvido dos quatro cantos da terra com facilidade.

Senti o peso das do sol sob mim, senti o ar ficar pesado, a visão falhar.

As mãos tremerem.

Eu fiquei cego, fiquei com tanta ira que não podia enxergar mais nada a minha frente, nem armas, nem medo da morte.

Aquele sangue escorrendo, os olhos estalados do meu pequeno amigo, tão jovem e puro de alma.

Só desejei derrubar os céus, só desejei arrancar cabeças e fazê-los sangrar.

O demônio possuiu meu corpo, sanguinário, revoltado.

Se ergueu como o sol se erguia no horizonte e eu levantei feito um projeto automático.

Mesmo não os enxergando, mesmo não tendo muita noção de que armas portavam para atirar em mim, ou quais outros equipamentos tinham para fazer os chãos se abalarem.

Júlio estava morto e eu iria vinga-lo.

Deixei o demônio possuir todo o meu ser e agi com ele, com prazer.

Marchei rumo a eles atrás dos nevoeiro de fumaça que os escondia e logo peguei impulso... Estava correndo como uma grande besta.

Tão rápido que só vi tudo ao redor virar um borrão, as pedras rochosas... O solo, os outros soldados.

Sangue por sangue.

Mate-os.

Arranque braços, pernas e cabeças.

Sem dó.

Vociferava o demônio, me controlando, sob alma e mente.

Ele era inocente... Inocente da maldade deste mundo, inocente do próprio estado que se encontrará.

Era tudo que eu pensava.

Um por um, derrubei mais de 150 homens, arrancando seus membros, destruindo suas armas a joelhadas, jogando um corpo contra o outro... Mordendo seus pescoços deixando furos jorrando sangue até que sangrassem até a morte, dolorosamente - invisível no meio do nevoeiro causado pelas explosões no solo, eu agarrava seus pescoços com uma mão só e os quebrava.

Ou arrancava cabeças, ou segurava-os em pé e enfiava a mão nas espinhas, nos seus ossos e puxava para fora deixando osso e carne expostos dançando numa linha ferozmente cruel e horrível.

Quando não quebrava osso por ossos, começando de baixo ou de cima, não importava, só queria matá-los, fazê-los sangrar e gritar feito os desgraçados que eram.

Não era pelo país, não era pelos outros soldados que tinham famílias e foram mortos, mesmo sendo obrigados a servir o exército. Era por ele... Minha pequena fração de luz.

Que tinha se dissipado, arrancada de mim com tanta selvageria.

Farejei o medo, farejei a desgraça.

Quando finalmente encontrei o responsável pelo tiro que acertou Júlio, não precisei dizer nada para que ele se entregasse.

- ¹Onegaishimasu! - Perante mim, o covarde se ajoelhou até quase seu rosto tocar a terra, curvando os joelhos e as costas, desarmado.

- Kare no namae o shitte imasu ka? - Sussurrei afiado, como um predador diante da sua presa.

Quando o homem negou todo se tremendo, temendo o próximo passo que eu daria, eu enrijeci a coluna.

Fúria tomou os meus olhos já tão amargos e abalados.

Num movimento rápido, antes do covarde terminar de implorar por misericórdia -, eu torci seu pescoço e arranquei sua cabeça, a jogando sob a terra.

As mãos sujas de sangue, encharcadas... E a roupa também.

Havia sido tão letal quanto aquela bala.

De alguma forma, parecia que Júlio César sabia o que ia lhe acontecer.

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