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Capítulo Quatro

ANY GABRIELLY
EUA · New York · Manhattan

Antes de retornarmos para os Estados Unidos, Josh e eu passamos um dia inteiro conhecendo as joalherias de Seul para uma pesquisa pessoal do Sr. Beauchamp, quando anoiteceu jantamos no quarto de hotel e pela madrugada nós partimos de volta para casa no jatinho particular.

Voltei com jóias de presente, a do leilão e mais um par de brincos e pulseira de brilhantes.

Isso pode parecer um tanto estranho. Josh e eu não temos um relacionamento de amizade, nada que fuja do profissional, mas ele insiste em me dar presentes em todas as ocasiões que eu faço um bom trabalho, ou em datas festivas. No início eu rejeitei muitos deles, até que ele começou a mandar motoboys indo e vindo mesmo com minhas recusas.

Passei apenas a aceitar. Engoli o orgulho e a desconfiança de suas intenções.

Cheguei a pensar que ele estava tentando me comprar para conseguir algo de mim. Mas passei a perceber que era a maneira como ele demonstrava sua gratidão para comigo, já que ele não consegue demonstrar de forma tão mais simples como falar.

Gratidão essa pelo episódio que aconteceu a dois anos atrás, o dia do acidente, dia onde o inferno se provou realmente quente demais para qualquer um conseguir suportar.

O dia que desencadeia uma longa história.

Faz algumas horas que cheguei e capotei em minha cama, depois de ter jogado a mala debaixo dela. Eu estava procrastinando a umas duas horas seguidas enquanto pensava sem cessar na mensagem de King.

Eu tenho menos de vinte e quatro horas.

Meu celular vibrou em cima da cama, notificando a chegada de novas mensagens. Eu abri e li as mensagens enviadas por Lamar.

Lamar:
Ela está segura onde pediu.

Lamar:
Ela precisa de você! Ela não para de perguntar sobre sua mãe e sobre um tal de Dante.

Lamar:
Não sei tudo sobre sua vida, Any, mas estou preocupado com que possa estar acontecendo.

Eu respirei fundo e esfreguei minha têmpora.

Me:
Não tem com o que se preocupar.
Eu estou bem!
Obrigada pela ajuda, o dinheiro cairá na sua conta.

Eu respondi sem explicações lógicas, apenas respostas clichês de quem não quer, ou não consegue, se abrir. Fiz uma transferência bancária pelo aplicativo do banco e mandei um comprovante para Lamar.

Tomando coragem, me levantei da cama e fui para um banho rápido, mas revigorante. Vesti meu conjunto de desporto e minha bolsa com alguns itens que gosto de manter perto, caso seja necessário em algum momento, na academia.

Eu segui para a academia do meu condomínio, que fica a cinco minutos de caminhada. Tive a sensação de estar sendo vigiada, uma sensação conhecida e que sabia que sentiria e penso que já estava demorando demais para ser um fato do dia.

Eles não tentariam nada contra mim, não até que eu decida voltar ou não.

Dezoito horas.

Eu olhei para as horas que faltavam,  segundo meu alarme. Tenho até o pôr do sol de amanhã para partir de Manhattan e voltar para a escavação da minha cova.

Assim que cheguei encontrei o personal trainer que me auxilia nos exercícios e Joalin Loukamaa.

— Como foi a viagem com o gostoso do seu chefe? — ela perguntou com um tremendo sorriso malicioso.

— Oi Any, como foi de viagem? Conseguiu descansar? Tudo bem com você? — eu falei com desdém.

— Você é tão dramática. — a loira suada me puxou para um abraço.

Fiz careta e coloquei as mãos nos ombros dela, a afastando de mim.

— A viagem foi ótima, eu cheguei muito bem. — respondi ao meu próprio comentário sarcástico.

Joalin rolou os olhos.

— Diz logo, verdade que dividiram a mesma cama?

— Quem te contou?

— A irmã dele. — ela disse mordendo o lábio.

— Eu devia ter adivinhado. Ele disse a ela. — foi a minha vez de revirar os olhos.

— Ele contou quando nós duas estávamos jantando juntas. — explicou. — Agora me diga, rolou algo?

— Não. — falei curta e grossa.

— Como não? Um gostoso daquele e nem pra você dá uma ficada. — ela negou com a cabeça e pegou sua garrafinha com água.

— Eu até poderia ser louca de avançar nele, mas isso deixaria as coisas estranhas e isso é o que eu menos quero. — falei pendurando minha bolsa.

— Sempre sendo estritamente profissional. — ela zombou.

Eu fiquei calada e segui para o alongamento do dia com ajuda do personal.

Ao mais tardar, eu retornei para casa depois de duas horas de treino pesado, no caminho de volta avistei um capanga de King, um que eu conheço muito bem. Enrolada em minha toalha eu deixei o banheiro ao ouvir meu celular tocar ao som de Lana Del Rey.

— Alô. — eu atendi a chamada quando vi no visor que era meu chefe tirano. O silêncio reinou. — O senhor precisa de algo?

— Srta. Gabrielly, preciso de um favor seu. — a voz do meu chefe soou após alguns segundos de silêncio. Seu tom sai fraco.

— Diga, senhor. O que precisa que eu faça? — eu questionei, ainda que eu quisesse e pudesse rejeitar por estar em meu dia de folga.

— Preciso que vá até a empresa, em minha sala e pegue algo para mim. — sua voz tem um peso.

— O senhor está bem? — perguntei com preocupação.

— Pegue uma bolsa azul marinho pequena, está dentro do meu armário. Seja rápida, por favor! — ele disse rápido e trêmulo, antes de desligar.

Com o cenho franzido eu deixei meu celular de lado e fui me vestir.

Levei quarenta minutos para seguir caminho de meu apartamento até chegar em sua sala, graças ao trânsito e ao fato de que pela hora a empresa já estava quase fechada. Só tinham os seguranças, eles estranharam minha presença, mas entenderam quando expliquei.

Levei mais meia hora até abrir o armário, encontrar a bolsa e dirigir pelo caminho mais rápido para a casa do meu chefe. Eu cheguei até a cobertura e a porta já estava aberta.

Eu entrei chamando por ele.

— Chefe. — eu corri até o homem estirado no tapete da sala. Senti o desespero começar a me corroer. Eu peguei a bolsinha dele e abri.

Mil pensamentos ao mesmo tempo começaram a me atordoar.

Tinha um tipo de remédio, insulina, e uma seringa dentro. Minha única reação foi encher a seringa de insulina do vidrinho e aplicar na parte superior do braço direito do Josh.

Ele está suando em excesso e seu corpo tem leves espasmos. Eu retirei a seringa após injetar o líquido e me aproximei mais dele. Ergui a cabeça de Josh e coloquei em meu colo, confortavelmente.

— Então você é diabético?! — eu sussurrei, negando com a cabeça. — Como você foi chegar a essa ponto, Sr. Beauchamp?

Fiquei olhando para seu rosto coberto por uma fina camada de suor. Tentei acordá-lo, pois não conseguiria cuidar dele nesta posição. Josh abriu os olhos após alguns segundos.

— Any. — ele murmurou se remexendo. — Ele tentou levantar, mas não conseguiu graças a uma tontura.

— Vamos para seu quarto, o senhor precisa de um banho. Me explica o que foi que aconteceu. — eu me levantei e o segurei, com meu braço ao redor de seu tronco.

— Eu não sei. — ele coçou os olhos e acompanhou meus passos até a escada que dá no segundo andar, onde fica o quarto dele. — Eu comi o mesmo de sempre, do restaurante, minha dieta especial, mas comecei a passar mal e não encontrei meu remédio de jeito algum. Só lembrei de ter um em meu escritório e como você é a única que tem a chave reserva pedi sua ajuda.

Ele foi explicando por todo o caminho até seu quarto.

— A comida foi entregue aqui? — eu questionei com desconfiança sobre algo.

— Sim. — ele se sentou em sua cama. Liguei o ar-condicionado.

— Talvez alguém tenha feito isso. — eu sussurrei para mim mesma.

Porra.

Maldito.

— O senhor se sente melhor agora? — questionei parando em sua frente.

— Sim, só preciso de um banho.

— Consegue fazer isso sozinho?

Ele assentiu, eu balancei minha cabeça.

— Então vai, vou pegar água.

Eu retornei para o andar debaixo e peguei meu telefone na minha bolsa. Disquei um número antigo.

— Eu sei o que está tentando, não vai conseguir nada de mim desta maneira. Se me quer deve se esforçar mais. — eu disse assim que King atendeu.

— Fique esperta, Any. Muito mais esperta do que é, sei onde a velha está e a importância do seu chefinho pra você. Acredito que não quer perder as únicas pessoas que te resta. — ele falou com prepotência. — Você ainda tem quatorze horas.

Eu apertei o telefone entre meus dedos assim que ele desligou em minha cara.

Filho da puta.

Eu peguei um copo e o enchi de água, o esvazeei duas vezes e depois o enchi para meu chefe. Respirei profundamente para controlar minha raiva.

Não posso transparecer nada para Josh.

O esperei sair do banheiro com o copo em mãos. Após alguns minutos ele saiu enrolado em um roupão.

— Toma. — eu entreguei o copo. Ele esvaziou em questão de segundos e deixou o copo vazio na escrivaninha.

— Obrigado pela ajuda, prometo te recompensar depois. — ele diz enquanto caminha para seu closet.

— Não precisa disso. — eu falei, sendo orgulhosa como sempre.

— Claro que precisa, você me ajudou em sua folga. Salvou minha vida, querendo ou não. — ele gritou de dentro do closet.

Ele retornou após alguns minutos, vestido com uma roupa casual. Calça moletom e uma camisa com estampa dos Vingadores.

Não posso negar que adoro esse estilo nerd que meu chefe tem quando ninguém está vendo.

O vejo sentar na cadeira em frente a escrivaninha e abrir o laptop.

— Vai trabalhar? — eu perguntei. Ele assentiu. — Só pode estar ficando louco.

Eu fui até ele com indignação, fechei o laptop. Ele me encarou com os braços cruzados sobre o peito.

— O que pensa que está fazendo? — ele franziu a testa.

— Estou cuidando do meu querido chefe. — forcei um sorriso e o puxei para fora da cadeira. — Com certeza esse desmaio não foi só por causa da glicose alta, foi também pela exaustão. O senhor tem que parar de trabalhar como uma máquina, você é um ser humano.

Falei seriamente.

— Está parecendo minha mãe. — ele revirou os olhos.

— Então estou certa, a Sra. Beauchamp sempre tem razão. Aliás, vou ligar para ela e avisar sobre esse episódio. — ameaço.

— Nem fodendo. — ele diz bravo.

— Se você não descansar vou contar tudo e mandar ela te internar. — falei com um sorriso debochado.

— Tente. — ele disse com um meio sorriso.

— Não me teste, Sr. Beauchamp. — falei me elevando.

— Tente, Gabrielly. Apenas tente. — ele falou a centímetros de mim.

Eu engoli em seco pela proximidade extrema.

— Então é o que vamos ver. — semicerrei os olhos.

Puxei meu celular do bolso e disquei o número de Úrsula. Antes que eu pudesse começar a chamada ele puxou meu celular e ergueu-o no alto.

— Me devolve. — eu fiquei na ponta dos pés, tentei pegar.

— Tão pequenina. — zombou de mim. Eu pisei nos pés dele e pulei para alcançar meu telefone.

Minha tentativa resultou em ele caindo para trás, seu braço rodeando minha cintura e eu caindo por cima dele.

Uma cena clichê do caralho.

Seus olhos azuis intensos tão fixos no meu. Espalmei o peitoral do meu chefe, puxei meu telefone em seu momento vacilante e sai de cima dele.

— Não fique me desafiando, não sabe do que sou capaz. — falei séria.

Ele surpreendentemente começou a rir.

Meu chefe tirano está rindo de mim? Me tornei uma palhaça e não estou sabendo?

— Do que está rindo? — guinchei e ele pôs a mão sobre o abdômen rindo.

Eu reparo em como seus olhos quase fecham por completo quando ele gargalha, em como as covinhas ficam tão nítidas e em como ele parece um homem não amargurado.

Me peguei quase sorrindo com essa visão. Quase vacilando e transparecendo para ele.

— Você brava parece um pinscher pequeno e fofo. — ele diz e se levanta.

— Ha ha ha. — rio falso.

— Você já pode ir embora, obrigado pela ajuda. Amanhã deve receber a recompensa. — ele acena.

— Não confio no senhor. Se eu sair daqui voltará para o trabalho, então ficarei até ter certeza que você não poderá voltar ao trabalho. — falei me sentando na poltrona em seu quarto.

Sua expressão que antes era de divertimento se torna a carranca séria de sempre.

— Sem chances. — ele diz.

— É o que vamos ver. — sorri genuinamente e disquei novamente o número de Úrsula. Agora ela atendeu antes que ele pudesse pegar.

To be continued???

Quem será que é esse King e o que ele quer com ela?

Qual será esse passado da Any? E essa mulher que Lamar escondeu?

Só eu acho que eles já são muito perfeitos juntos.

Que acidente de dois anos atrás será esse?

Josh tem diabete tipo 1.

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