👼 𝑪𝒂𝒑𝒊́𝒕𝒖𝒍𝒐 14 👼
𝐒𝐈𝐍𝐀 𝐃𝐄𝐈𝐍𝐄𝐑𝐓
New York; EUA
Sexta-feira
18:45 da tarde
Estava sentada no sofá da sala, lendo um dos meus livros preferidos, minha mãe estava no shopping esbanjando dinheiro com suas amigas sanguessugas, e meu pai deve ter saído com algum amigo dele, eu não faço a mínima ideia.
Esse era meu único momento de paz, era o único momento em que eu não era julgada, ofendida ou agredida... Ficar sozinha era muito significante pra mim, porém muito difícil de se acontecer.
Escuto passos da escada e me encolho no canto do sofá.
- Onde está sua mãe? - ouço a voz grossa de meu pai, mas não olho pra ele -
- Saiu tem pouco tempo... - falo e continuo lendo -
Ele se senta ao meu lado, quase colado em mim e liga a televisão em um jogo de futebol qualquer.
Sinto seu olhar queimar em meu corpo, e descruzo minhas pernas para não chamar o mínino de atenção, já que eu estava de short.
Meu coração começa acelerar assim que sinto sua mão em contato com minha coxa, acariciando e apertando a mesma, me remexo desconfortável e vejo ele se encostar totalmente em mim e subir sua mão para minha intimidade.
Entro em alerta imediatamente e me levanto rápido, recebendo um olhar raivoso do mesmo.
- Por favor para... - falo baixo e ele se levanta e agarra meus braços com força -
- Escute bem o que eu vou te falar... Você vai ficar quietinha, enquanto eu faço o resto ok? - ele fala no meu ouvido e aperta minha bunda - Delícia... -
Empurro o mesmo e subo correndo para meu quarto, e vejo que o mesmo estava correndo atrás de mim.
- VOLTE AQUI MARIA! - gritava furioso -
Tento fechar a porta do meu quarto, mas ele coloca a mão impedindo e empurra com mais força, me fazendo cair no chão e lágrimas brotarem em meu rosto.
- N-não... Por favor... Não... - eu me arrastava pra trás a cada passo que ele dava em minha direção, sorrindo maldoso -
Ele agarra meus pulsos e me puxa pra cima, colando seu corpo com o meu.
- Eu não via a hora de desfrutar desse seu corpinho... - ele fala e aperta meu seio -
Eu já chorava horrores e gritava sem parar, mas ninguém podia me ajudar, nós moramos em uma casa enorme sem vizinhos algum, e todos os empregados já haviam ido embora.
- SOCORRO! POR FAVOR! NÃO FAZ ISSO COMIGO... - gritei e ele me jogou na minha cama e me deu um tapa na cara -
- CALA A BOCA PORRA! -
Só era ouvido o barulho dos tapas, do meu choro, gritos por socorro, e o gemido de satisfação dele...
- Sina!? SINA?!... -
*Sonho off*
- Sina! Acorda meu amor! - escuto Noah falar e me sento na cama rapidamente toda suada -
As malditas lembranças voltaram... Era sempre assim, todas as noites era uma lembrança diferente, uma parece que hoje veio uma das piores.
- Ei! Ei! Ei! Olha pra mim baby... - Noah pega meu rosto com suas mãos, mas eu afasto elas imediatamente com medo e começo a chorar - Calma... Sou eu, o Noah... - fala e eu pulo para seu colo apertando o mesmo em meus braços -
- N-não me deixa... Por favor... - sussurro a última parte e ele me aperta -
- Eu nunca vou te deixar baby... - ele sussurra em meu ouvido e escondo meu rosto em seu pescoço -
Ele começa a fazer cafuné em meu cabelo e me balançar como se estivesse me ninando.
- Está mais calma Sweet? - sussurra e eu levanto minha cabeça e olho para o mesmo -
Coloco uma mão em seu pescoço acariciando sua nuca, e a outra puxo seu cabelo para trás e aliso sua pele delicadamente olhando em seus olhos verdes cativantes, vendo sua pupila totalmente dilatada.
Deixo um leve selinho em seus lábios macios e quentes, e colo nossas testas ainda encarando ele.
- Eu não te mereço... - sussurro e ele coloca a mão em meu rosto fazendo um carinho -
- O certo é, o mundo e muito menos eu te merecemos meu pequeno anjo... - sussurra e me beija calmamente -
Nos separamos ofegantes e nos deitamos novamente, ele coloca seu rosto em meu pescoço, seus braços circulam minha criatura em modo protetor e enrosca nossas pernas, enquanto eu começo a brincar com seu cabelo.
- Quer conversar um pouco? - pergunta e eu suspiro -
- Sim... Eu preciso desabafar tudo o que eu venho guardando... - falo e respiro fundo - Minha vida nunca foi um mar de rosas, meus pais eram aquele tipo de pessoas que só ligavam para os status, eles eram tão ambiciosos que eram capazes de fazer coisas estúpidas, e isso só piorou quando eu nasci... - dou uma pausa - Eu tinha que fingir que tudo era perfeito, que minha vida era perfeita, meus pais eram perfeitos, minha casa era perfeita - dou uma risada sem humor - Mas a realidade era outra, eles me obrigavam a estudar em casa, para eu não ter nem um amigo sequer, já que segundo eles, todos só queriam o meu dinheiro e popularidade, se eu fizesse qualquer coisa errada, por mínima que fosse, ou eles me deixavam sem alguma refeição do dia ou eles me batiam de chicote, vassoura, cinta ou mangueira... Teve uma vez que eu defendi um empregado por ele ser negro, minha mãe jogou um vaso de flor em mim, e um dos cacos se aprofundou na minha barriga - levanto minha blusa e ele olha pro corte e acaricia o mesmo, e sinto as lágrimas escorrerem - Quando eu completei 13 anos, as coisas ficaram muito piores... Nessa época eu já estava virando uma quase-mulher né, foi então que eu percebi o comportamento diferente do meu pai, as vezes eu pegava ele olhando pro meu corpo de uma maneira diferente sabe? Como se ele me desejasse... Até que um dia ele... E-ele abusou de mim... E-e... Eu tentei... Eu juro que tentei sair dali, eu gritava, me dabatia, m-mas... - fecho meus olhos fazendo com que as lágrimas caem instantaneamente, e sinto Noah me apertar mais -
- Se você quiser parar... - ele fala mas eu nego -
- Não... Eu já guardei isso por muito tempo - respiro fundo - E isso foi se tornando cada vez mais frequentemente, ele abusava de mim um vez por semana, foi por isso que eu criei um certo trauma de homens, mas com você foi diferente... - falo e sorrio, e sinto um beijo em meu pescoço - Eu entrei em depressão, comecei a ter crises de ansiedade, e foi ai que eu conheci a música... Onde eu conheci um dom que eu jamais saberia que tinha, e se tornou um hábito cantar, era a única coisa que me fazia eu me sentir viva... Com 16 anos eu percebi que não podia mais aguentar aquilo, então eu fugi, eu peguei minhas economias que eu guardei durante os anos, com a mesada que meus pais me davam, e consegui sair de casa e fui para uma cidade no interior, aluguei um pequeno quartinho em uma lanchonete, e comecei a trabalhar lá mesmo como garçonete, foi aí que eu conheci o Krystian - solto uma risada fraca - Nos conhecemos lá e ele disse que eu tinha um perfil e tanto para ser modelo, se passaram 3 meses e ele me chamou para ir junto com ele pra Nova York, e eu aceitei, não tinha nada a perder mesmo... Então alugamos um apartamento e começamos a morar juntos, e ele começou a cursar moda já que era o sonho dele, e como eu passei parte da minha vida estudando, consegui pular um ano e fiquei adiantada, comecei a trabalhar e fui juntando meu dinheiro - suspiro alto - Completei 18 anos e comecei a cursar música, consegui um emprego na United School's, e ali eu conheci a Sofya, quando consegui conseguir dinheiro suficiente, eu comprei um apartamento só pra mim, já que Krystian havia assinado um contrato com a Gucci e ele iria viver viajando, ele até queria me dar o apartamento, mas eu neguei até cansar a beleza dele, como ele mesmo disse - rimos -
- Mas e as crises de ansiedade? - ele pergunta e levanta a cabeça para me olhar -
- Elas nunca saíram da minha vida... Eu sempre tenho pesadelos constantes com as lembranças, eu comecei a ir no psicólogo, comecei a tomar remédios, mas nada resolvia, foi então que eu conheci a Stella e você - ele sorri pra mim - A cada dia que saímos, a cada momento que tínhamos, era muito significante pra mim e ainda é, eu nunca mais tive uma crise... - sorrio fraco e ele alisa meu rosto -
- Você é tão forte anjo... Mesmo depois de tudo isso, você continua demonstrando tanta felicidade, eu admiro tanto você... - fala e me dá um selinho demorado -
- Você e a Stella são tudo que eu tenho mais de precioso, então não me decepcione, por favor... - falo e ele abraça minha cintura e coloca sua cabeça de volta em meu pescoço -
- Eu nunca vou te decepcionar meu anjo... - sussurra e eu me entrego ao sono -
Hallooo🌻
Tudo bom com vcs?
Quem vem matar os pais da Sina comg?
Assim de saúde 💁
Não esqueçam de VOTAR e COMENTAR!
Bebam água vadias 👁👄👁🔫
XOXO Anjinha💘
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