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𝐱𝐯𝐢𝐢. Emma & Tooru (2)


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❝ Olá, meu alien! Nós somos um mistério um para o outro, será por isso que é ainda mais especial?❞ - bts !



Após um jantar num restaurante cujas tigelas de ramen são grandes o suficiente para alimentar uma família inteira e uma viagem em torno de uma competição de quem conseguia ficar mais tempo sem piscar no banco de trás, Emma sentia-se terrivelmente cansada, mas estranhamente energizada ao sair de um banho que dedicara um longo tempo para acabar a água quente como uma espécie de punição pro papai Miles por não tê-la avisado da vinda de Tooru, considerava uma traição das piores, principalmente quando preenchera o silêncio dos últimos jantares com um planejamento do que faria ao chegar em Miyagi e vencera uma discussão para as noites de vôlei serem adiadas para a próxima semana.

( Precisava ligar para Takeru e garantir que ainda o levaria para passar um tempo em Sendai. Até mandaria mensagem para Hajime, tentaria ver se o garoto poderia acompanhá-la, já que tinha certeza que Tooru estaria ocupado com quer que seja sua nova namorada.)

Ainda na porta do banheiro, secando os próprios ouvidos com uma toalha felpuda e um punhado de cotonetes, Emma pôs os aparelhos auditivos. E, por um momento, apenas observou o próprio primo. O garoto de cabelos e olhos castanhos encontrava-se espalhado num colchão próximo a cama, só de cueca e uma blusa larga, sua atenção no celular. Com certeza, atualizando Hajime do que fizera até agora.

Ela guardou um comentário sobre como Tooru tratava o melhor amigo como seu namorado e apertou a toalha em torno das mechas cacheadas, sem dar muita importância se iria danificá-los ou não. Naquele momento, só conseguia ouvir sua cama chamando-a e atenderia o chamado.

( Mas já sentia que Annabeth fosse absolutamente notar, listando uma forma melhor que poderia cuidar do próprio cabelo.)

─ Finalmente, tá limpo, seu porco!─ Ela disse, já deitada, apoiando o rosto no travesseiro. 

Tooru pareceu ofendido, pondo suas orbes na garota e deixando o celular de lado.

─ Olha, quem fala! Quem ficava fugindo até chuva era você!

─ E por que será, né?─ Emma balançou uma mão para suas orelhas. 

─ Nah, ─ O garoto acenou com a mão.─ isso é só desculpinha sua.

Ela arqueou uma sobrancelha e bufou.

─ Disse o cara que gosta de Gilmore Girls.

─ O que?─ O levantador parou.─ O que isso tem a ver?

─ Não sei, diga você...

─ Isso é um absurdo, sabia? Você vê Supernatural!

─ Você é um imbecil?─ Emma piscou os olhos, incrédula.─ Quem me fez assistir Supernatural só porquê ficou revoltado que o Jared Padalecki saiu de Gilmore Girls foi você!

Por um momento, Tooru não pareceu saber muito bem o que fazer ou rebater as palavras da garota loira-pálida, o que a fez erguer uma sobrancelha com o brilho de desdém, desafiando-o. Ao perceber, Tooru deixou seu queixo cair, pressionando uma mão contra o peito, antes de agarrar seu travesseiro, transferindo um golpe nas costas de Emma. A garota gargalha, não retribuindo o óbvio ataque, decidindo silenciosamente que está cansada demais para continuar uma guerra que nunca perdeu.

( Emma não pensa na vez que começou uma guerra de travesseiros e foi massacrada por Takeru, que na época tinha seis anos.)

─ Ainda não me disse porque veio, ─ Começou, erguendo as mãos, movendo os dedos.─ e nem vem com essa de surpresa.

Ela não tinha percebido o que fizera, foi um ato instintivo, algo que seu corpo inconscientemente acostumou-se a permitir quando estava ao lado de Tooru. E quando o garoto ajustou sua postura, franzindo as sobrancelhas numa expressão pensativa por um momento, antes de mover as mãos, os dedos alterando-se em inúmeros sinais, quase como se estivesse forçando a memória muscular a funcionar antes de dizer:

─ Você disse que tinha que ver a Rie primeiro.

Emma ergueu uma sobrancelha. Depois de sua desastrosa festa de nove anos, em que passara metade do tempo como mediadora e tentava fazer com que Rie não fizesse Tooru dizer algo que acabaria com os dois se estapeando, não era novidade que Tooru não gostasse nem um pouco de sua irmã mais velha.

─ E o que? ─ Ela esperou por uma reação que não fosse um dar de ombros e suspirou, continuando a realizar sinais.─ Não é uma competição.

─ Eu sei.─ Respondeu, sorrindo. Tooru parou, pensando e continuou:─ Só não queria que você tivesse que ver a Rie antes de mim e logo no meu aniversário.

─ Expliquei um bilhão de vezes que era só no dia antes.

─ E?─ Emma quis socá-lo.─ Sério, Emmy, ninguém merece o castigo de ver Rie.

A garota loira parou e o encarou. Ao longo dos anos, recriara aquela mesma conversa com o primo mais velho mas em diferentes versões. A última terminara com uma Emma emburrada, tentando entender o que havia de tão errado em faltar um jantar familiar para estar presente no aniversário de dezoito anos de sua irmã e um Tooru determinado a ignorá-la por não perceber quão errado é ser a única menor de idade entre quem já estava mais próximo da fase adulta ou muito menos considerar os riscos, já que não conhecia ninguém, além de Rie que nunca realmente foi responsável por Emma.

( Emma nunca contara nada para papai Miles, imaginando que se um Tooru de quatorze anos pudesse ficar irritado com uma mera cogitação, então nem sequer deveria dizer algo ao pai.)

─ Ela é minha irmã, Tooru.─ Ela murmurou, dessa vez sem sinalizar. Queria mais do que nunca esconder-se nos lençóis. E se o garoto viu o quão desanimada ficou com o assunto, não lhe deu indicações, na verdade, apenas afirmou:

─ Meia-irmã.

Emma fez uma pausa, chocada demais. Ele não estava errado. Mas nem ela ou Rie realmente diziam algo sobre tal assunto, era como se fossem irmãs e ponto final. Não parecia importar que sua irmã fosse fruto de uma casamento aparentemente estável enquanto Emma era apenas a prova de uma traição ou do que acontecia quando se envolvia com alguém tão inconstante quanto Karin Fukushima.

─ Que merda isso deveria significar?─ Perguntou quando se recuperou, já sentindo alguma coisa parecia com raiva borbulhar em seu âmago.

Tooru suspirou, lhe dando as costas e afofando o travesseiro por tempo demais.

─ Só tô dizendo que você não tem que estar o tempo todo do lado de Rie.─ Sua voz parecia suave demais, lembrando-a daqueles domadores de animais selvagens que sempre mantinham um tom manso para que não fossem atacados. Tooru a olha por cima do ombro, a cor castanha de suas orbes parecia mais clara.─ Você não deve nada a ela, Emma.

Mas Emma deve. Mais de um especialista sobre bipolaridade disse que Karin poderia ter tido um episódio por conta do estresse de toda a situação que a rodeava, com um bebê de uma traição pairando sobre seus ombros e o iminente divórcio com Nobuyuki. Se não fosse pelo nascimento de Emma, Karin nunca entraria naquele carro. Rie ainda teria suas pernas funcionando perfeitamente e conquistaria quantos torneiros de vôlei quisesse, poderia até chegar nas olimpíadas sem esforço. E mesmo que nunca dissesse nada sobre, Rie quem mostrara os papéis pálidos carregados com uma letra difícil pertencente a médicos, quem a encarou com os olhos afiados e permitira que uma silenciosa acusação atingisse uma Emma de onze anos.

Emma devia a Rie, ou pelo menos acreditava que poderia fazer o papel destinado a Karin Fukushima. Ela poderia atender suas ligações ás cinco da manhã sobre o casamento, fazer amizades com quem a irmã pedisse e não ser ela mesma para garantir que Rie tivesse seu casamento perfeito, pois se foi a causa de todo o sofrimento, também poderia esforçar-se para ser uma espécie de cura ou uma atadura ambulante, impedindo que Rie sangrasse no próprio altar ao perceber que sua tão amada mãe não esteve ao seu lado nos últimos dezesseis anos por conta de sua meia-irmãzinha mais nova.

Mas, seria demais pedir para que Tooru pudesse compreender um pouquinho de sua situação. Ele é o filho que seus pais tanto admiraram e inspiraram para que alcance seus desejos e completamente adorado por sua irmã mais velha. Ele jamais entenderia o que é ser Emma.

─ Eu vou dormir, amanhã é um longo dia na escola.─ Falou ela, apertando os lábios numa linha.

─ Você disse que podia passar o dia todo comigo...─ Soou como uma espécie de choramingo esperançoso.

Emma dar de ombros. E finge que não vê o olhar angustiado de Tooru quando puxa os lençóis, empurrando a cabeça contra o travesseiro sem desejar boa noite.

De repente, a vinda de Tooru tornou-se amarga em sua boca.

Quando amanheceu, pouco antes do alarme soar, Emma estava de pé e determinada a iniciar uma nova rotina. Então, mesmo que já estivesse vestia para mais um dia na selva que é Inarizaki, continuava em frente ao espelho, focada em seguir um tutorial para manter seus cachos definidos pelo resto do dia até ouvir papai Miles descer as escadas. Ela deslizou o gloss por seus lábios, observando seu reflexo por um momento.

Quase teve a impressão de estar de frente para uma outra pessoa. Suas mechas rodopiavam num aspecto bonito que nunca pensara ser capaz de ter, pareciam ondas e umas até mesmo caíam por seu rosto por conta da franja que costuma mais atrapalhar do que qualquer coisa, os olhos azul-roxeados passavam a impressão de serem maiores com o rímel e a boca brilhava debaixo das luzes. Emma estava bonita, parecida demais com as outras garotas de sua escola, mas não se reconhecia, aquela dor oca em seu estômago lhe dizia que doía mas não deixara de sentir-se feliz por isso, pensara que era uma escolha que a levaria para um futuro melhor, onde viveria sem as críticas de Rie ou os olhares de má fé acostumados a se grudar em suas costas enquanto caminhava pela Inarizaki.

Teve cuidado ao afastar um fio dos olhos, ajustando sua postura. Fora uma nova rotina, um pouco estranha inicialmente, mas há um fio de esperança ali, uma expectativa que esperava alcançar.

Aquela manhã adquiriu um tom estranho de cinzento, notara Emma ao se sentar na cozinha. Não parecia que iria chover ao longo do dia, era apenas como se o mundo estivesse um pouco triste, o que era estranho, já que estavam caminhando pelo verão já. Papai Miles não comentou nada, apenas deslizou uma xícara de café na direção de Tooru quando o mesmo se sentou ao lado de Emma.

Eles não disseram uma única palavra para o outro, mas, o garoto deslizou uma mão por debaixo da mesa, agarrando os dedos. Quando sentiu os olhos levemente roxeados em si, gesticulou tão rápido que Emma demorou a entender o que deveria ser um pedido de desculpas. Foi simples, atrapalhado, acompanhado por um encolher de ombros condenatório e aquele olharzinho de cachorro sempre amolecia e congelava qualquer raiva que poderia pensar nutrir. 

Foi simples e não deveria ser comparado a gravidade do que dissera na noite anterior, mas,  Emma já ficara muito tempo sem Tooru. E não queria ficar mais tempo sem ouvi-lo falar sobre como suas namoradas nunca entendiam que vôlei é sua prioridade ou como Hajime tinha um admiradora secreta. Além disso, logo seria o aniversário de dezoito anos do garoto.

Emma riu, cotovelando suas costelas. Tooru sorriu. Ambos trocaram um olhar e estava claro que estavam bem.

( Mesmo que ele ainda falasse mal de Supernatural, algo que Emma nunca sabia se poderia perdoar ou não.)

Ela respirou, sentindo-se mais leve e preparada para cruzar a selva selvagem que Inarizaki é para a maioria dos adolescentes.


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