|Capítulo 31|
P.O.V Adhara Addams
Estávamos do lado de fora do escritório do prefeito. O ar fresco da noite era um alívio bem-vindo após o confronto tenso lá dentro. Mamãe parecia aliviada, mas o olhar de Wandinha estava fixo nela, carregando uma expressão que eu raramente via em minha irmã.
—Você foi impressionante lá dentro, mamãe— Wandinha disse, sua voz carregada de uma admiração contida.
— Foi incrível mesmo.—eu sorri e concordei
—Quando suas visões começaram, Wandinha?— mamãe nos olhou com um sorriso suave e perguntou para Wandinha
—Uns meses atrás, antes de eu vir para a Nunca Mais— ela respondeu, ainda absorvendo tudo.
—Pena que não tenha me contado.
—mamãe suspirou levemente—Sei que tivemos nossos problemas, navegando pelos baixos traiçoeiros da nossa relação de mãe e filhas— disse, olhando de Wandinha para mim com um carinho profundo.—Mas estou sempre aqui, meninas. Sempre.
—Às vezes, quando toco em alguém ou algo, tenho visões violentas do passado ou do futuro—Wandinha confessou, sua voz um pouco mais suave.—Eu não sei como controlar..
—Nossa habilidade psíquica está no espectro de quem somos.— respondeu ela—Dada a minha disposição, minhas visões tendem a ser positivas. Isso me torna uma pomba.
—Então e eu?—Wandinha perguntou, sua voz cheia de curiosidade.—Que enxerga o mundo sob uma lente escura?
—Você é um corvo.—mamãe respondeu com uma expressão grave—Suas visões são mais potentes, mais poderosas. E você também, Adhara.—disse, voltando-se para mim.—Você puxou uma de nossas ancestrais, uma grande bruxa poderosa. Mas, sem o treinamento adequado, essas visões podem levar à loucura. Se eu pudesse ajudar, eu ajudaria. Mas nosso treinamento não vem dos vivos. Algum antepassado aparece para nos guiar quando estamos prontos.
—Goody já apareceu para mim—disse Wandinha, seu tom sério.
—Assim como Astoria.—assenti, acrescentando— Nós duas já as vimos antes.
—Tomem cuidado, meninas.—mamãe nos olhou com preocupação—Goody e Astoria eram bruxas poderosas, mas a vingança as levou longe demais, e nem elas conseguiram se salvar.
(...)
Encostada no carro, eu observava ansiosamente enquanto meu pai era liberado. Quando finalmente ele cruzou o portão, corri para abraçá-lo com força. Senti um alívio imenso ao sentir seu abraço caloroso. Logo, todos nós nos aproximamos.
(...)
Estava de pé ao lado da minha cama, escondendo cuidadosamente o presente de aniversário de Wandinha. Olhei para os meus pais, que me observavam com sorrisos cúmplices.
—Fiquem tranquilos, Wandinha não vai saber do presente dela— assegurei a eles, deslizando o pacote para debaixo da cama.
—Obrigada, minha querida— mamãe disse, seu olhar cheio de ternura.
—Ela vai adorar o presente.—papai abriu um sorriso largo
—Com certeza.— concordei.
—Querido, preciso falar com a Adhara a sós.—mamãe deu um passo à frente, sua expressão se suavizandoPapai assentiu, ainda sorrindo, e saiu do quarto.
—Claro.—disse, fechando a porta suavemente atrás de si.
—O que foi, mamãe?— virei-me para mamãe, curiosa.Ela me olhou com um brilho malicioso nos olhos.
—Você e o Xavier...—começou, deixando a frase no ar.—Vocês dois já chegaram a fazer... aquilo?
—Que?— senti meu rosto esquentar instantaneamente—Não! Mamãe!— exclamei, completamente embaraçada.
—Não precisa ficar com vergonha, filha.—mamãe deu uma risada suave— Eu e seu pai não esperamos até o casamento. Sabe, nosso quarto sempre fi...
—Mamãe! —interrompi-a rapidamente, levantando as mãos—Não quero saber dessas coisas, especialmente sobre você e o papai. Ai meu Deus. Vamos despedir da Wandinha.—falei, pegando sua mão e puxando-a para fora do quarto, tentando mudar de assunto o mais rápido possível.
(...)
Wandinha: Não forçar-
Eu estava observando enquanto Wandinha abraçava Feioso. Ele a apertava com força, claramente emocionado.
— Não força.—munurrou ela com desgosto empurrando o Feioso, abri meus braços para ele e o puxei para um abraço apertado.
—Vou sentir sua falta— ele murmurou com os olhos marejados.
—Também vou.— respondi, beijando a testa dele. Ele se afastou um pouco e nossos pais se aproximaram.
—Ao menos não podemos dizer que o fim de semana não foi emocionante.— comentou papai.
—Sabia que você não é capaz de ser um assassino.— rrespondeu Wandinha encarando papai o mesmo apareceu aliviado, mesmo que um pouco ofendido.
—Por mais que isso doa, gracias, minhas pequenas armadilhas— disse ele, beijando minha bochecha e depois a de Wandinha, antes de se afastar para dar espaço a mamãe, percebi que ela
segurava um antigo anuário.
—Enquanto folheava as páginas deste anuário— começou, mostrando o livro, —Eu me lembrei dos tempos maravilhosos que vivi aqui.— ela nos entregou o anuário e continuou—Mas foram apenas isso, meus tempos. Vocês têm seus próprios caminhos para trilhar. Não quero ser uma estranha na vida de vocês. Se precisarem de mim para qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, é só usar a bola de cristal.
—Obrigada, mãe? dissemos eu e Wandinha em uníssono. Wandinha recebeu um beijo de mamãe a distância, em seu estilo característico, enquanto eu me aproximei para um abraço. Mamãe fez carinho nos meus cabelos e deixou um beijo suave na minha testa. Então, ela se afastou e foi em direção ao carro.
Abri o anuário e olhei as páginas junto com Wandinha. Algo ali chamou nossa atenção, e nos inclinamos juntas para ver melhor.
(...)
Assim que entramos na sala da diretora Weems, minha indignação transbordou.
—Sua!—exclamei, meu olhar fixo nela.
—Eu sabia— Wandinha disse ela, a voz baixa mas firme. —Vimos o Rowan ser assassinado naquela noite.
—Como é que é?—Weems parecia confusa, mas não o suficiente para esconder a verdade
—Quando Rowan apareceu depois— Wandinha continuou—Era você.— eu coloquei o anuário na mesa, mostrando uma foto de mamãe e da diretora Weems.
—Quando você participou do show de talentos com minha mãe, não estava só imitando Judy Garland—declarei.—Você se tornou ela. Você é um metamorfo.
—Que teoria fascinante.—Weems suspirou, mas seu rosto não demonstrava surpresa
—Estou curiosa pra saber o que o xerife vai achar— provocou Wandinha. A diretora se levantou e se inclinou sobre a mesa, olhando diretamente para nós duas.
—Vocês não vão contar para ninguém.— disse ela, a voz baixa e ameaçadora. —E não importaria muito se contassem. O pai do Rowan já sabe o que aconteceu e apoia minha decisão. Ele não quer envolver as autoridades.
—Por que ele concordaria?—perguntei, tentando entender o absurdo da situação.
—Porque Rowan não estava bem da cabeça.—explicou Weems.—Suas habilidades estavam enlouquecendo-o, e ele tentou matar vocês duas. Sua morte trágica nos permitiu retificar a situação sem afetar a imagem da escola ou de Rowan"
—Você e o prefeito Walker são iguais— acusou Wandinha.—Enterrando corpos para encobrir seus segredos.
—Fiz o que era necessário para proteger esta escola e seus alunos do mal.—Weems manteve a compostura
—Diga isso ao Eugene—retrucou Wandinha.—Como você estava protegendo?
De repente, ouvimos um barulho do lado de fora. Corremos até a sacada e olhamos para o jardim.
—O que foi isso?—perguntou Weems, alarmada. Metade do campo estava em chamas, com algo escrito em meio ao fogo:
"CHOVERÁ FOGO"
Eu encarei a cena em choque, sentindo meu coração disparar. Segurei a mão de Wandinha e apertei forte.
Mais um capítulo amores espero que gostem e me desculpem se tiver erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰
O que acharam desse capítulo amores??
Maratona 3/3
Era para ser 6 só que tou arrumando uns cosias, por isso postei uma maratona com 3 capítulos.
Meta 90 ou 100 curtidas amores pfv não sejam leitores fantasma amores 🥰❤️🥰❤️
Vamos tentar faz um cosia? Se até domingo batemos 15k ou 14,6k não importa amores, irei trazer outra maratona com 6 capítulos, sim esse sim é oficial, pq vou passar hoje e sábado escrevendo capítulos para domingo sair a maratona
Só preciso de uma coisinha, qual horário vcs querem que sair.
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