|Capítulo 26|
P.O.V Adhara Addams
Fomos para o pátio principal, que estava lotado de vários pais, e logo avistei Wandinha. Weems estava fazendo um discurso.
—Nunca Mais foi criada como santuário para nossas crianças aprenderem e crescerem, sem importar quem ou o que são. Ficaram sabendo do terrível incidente com um de nosso alunos. Fico feliz em anunciar que Eugene está melhorando e o prognóstico é de recuperação total. Vamos pensar positivo e façamos este Dia da Família o melhor de todos— disse Weems, e todos bateram palmas. Olhei para Wandinha, que estava falando com Enid, e logo minha irmã se aproximou de nós.
—Olha ela aí. Sentimos falta desse olhar acusador e desprezo juvenil —papai disse, se aproximando e abraçando Wandinha, logo se separando dela.
—Como vai, minha nuvenzinha cinza?— mamãe disse.
—Achei que Mãozinha estivesse dando notícias. Descobri seu fraco subterfúgio—respondeu Wandinha.
—E como vai nosso amigo? Ele ainda tem os cinco dedos?—perguntou papai.
—Relaxa, pai, nem eu ou Wandinha quebramos os dedos dele. Ele tá bem.— comentei.
—Ainda.—reforçou minha irmã.
—Então, nos conte tudo.—pediu mamãe.
—Deixei que me abandonaram aqui, fui caçada, assombrada, e alvo de tentativa de homicídio.—respondeu Wandinha, com certo sarcasmo na voz.
—Aí, Nunca Mais, eu te amo tanto!— alegrava-se papai.
(...)
Mamãe segurava o antigo anuário enquanto papai e eu estávamos na sala da Weems.
—Nosso antigo anuário— comentou mamãe, abrindo o livro.—Não vejo isso há mais de 20 anos. Nos divertimos muito, não foi, Larissa?— disse, olhando para Weems.
—Às vezes, sim. Outras, nem tanto— respondeu Weems.
—Não seja tão modesta. Sua presença sempre foi magnânima. Como uma frondosa sequoia gigante.— disse mamãe, e eu segurei para não rir da expressão do papai.
—E acho que isso faria de você uma lenhadora —disse Weems.
—Aí está o senso de humor pungente que sempre adorei. Você se lembra do dueto que fizemos para o Show de Talentos do Solstício? Sua imitação da Judy Garland foi perfeita.—relembrou Morticia
—Parece mesmo suicida— murmurou Wandinha.
—Minha foto sumiu.— questionou mamãe.
—É mesmo? Que estranho.—murmurrou Weems.
—Posso pegar emprestado? Assim, eu e Gomez podemos relembrar os bons tempos— pediu mamãe.
—Certo. Pois vamos ao que interessa— disse Weems, e mamãe se sentou, cruzando os braços.—Infelizmente, a adaptação da Wandinha está sendo, no mínimo, desafiadora. Mas Adhara foi bem tranquila.
—Como o assunto é a Wandinha aqui, eu vou sair, fu.— falei, querendo sair da sala.
—Pode ficar —disse Weems, olhando para mim.
—Porque eu me recuso acreditar na cultura da farsa e negação que permeia esta escola. Começando pelo monstro que matou Rowan e feriu Eugene.— comentou Wandinha.
—Apesar de ter ouvido falar que ele estava 'melhorando.— completei.
—Sempre incentivamos Wandinha e Adhara a falarem o que pensam. Às vezes, sua língua afiada fere profundamente.— disse papai.
—A terapeuta dela acha que ela não tem se aberto muito. Já Adhara nunca foi. A terapia não tem produzido os resultados desejados—sugeriu Weems.
—Não sou cobaia— recusou Wandinha.
—A Dra. Kinbott e eu conversamos e ambas achamos que seria bom vocês fazerem uma sessão em família este fim de semana— disse Weems.
—Não—respondemos eu e minha irmã.
—Eu já esperava essa reação, mas seus pais hão de enxergar o benefício," disse Weems.
—Hh, tá! Eu não vou!—digo, virando-me e saindo, ignorando meus pais chamando, batendo a porta.
(...)
Estava jogada na cama, emburrada, encarando o teto do meu quarto quando a porta se abriu. Mamãe entrou silenciosamente.
—Minha querida?— disse Morticia, entrando suavemente. Olhei para ela e me sentei na cama. Ela se aproximou, o vestido negro esvoaçando como uma sombra elegante.—Por que não vem com a gente?— perguntou, sua voz suave e persuasiva.
—Não quero falar com aquela loira!— retruquei, ainda irritada.—Mamãe, eu já fui uma vez e quase a matei! Tive que usar um feitiço para apagar a memória dela. Decidi que não vou mais.
—Eu estarei lá—disse mamãe, acariciando meu rosto com um toque suave e reconfortante.—Você não precisa dizer nada. Apenas vamos, como uma família.
—Não sei como Wandinha aguenta ir.—
Suspirei, sentindo a resistência diminuindo sob seu olhar carinhoso— Eu vou. Só porque você está me pedindo.— levantei-me, relutante.
Mamãe sorriu, um sorriso que parecia iluminar a escuridão ao nosso redor, e beijou minha testa.
(...)
Estávamos todos na sala da Dra. Kinbott. Eu mexia distraidamente no meu colar, enquanto Feioso devorava algum lanche. Meus pais estavam sentados, trocando olhares de cumplicidade, e Wandinha, como sempre, mantinha sua expressão de desdém absoluto.
—Então, quem quer começar?—Dra. Kinbott começou com seu sorriso irritantemente entusiasmado.—Que tal discutirmos como é ter Wandinha e Adhara fora de casa?
—Quer dizer...—Feioso foi o primeiro a falar— Pra mim, está sendo difícil. Nunca pensei que sentiria tanta saudade de ser torturado ou de ajudar a Adhara com seus feitiços.— a psicóloga se voltou para nossos pais
—Morticia, Gomez.—disse ela com aquele sorriso ensaiado.—Como vocês estão lidando com isso?
—É uma tortura para nós também—mamãe respondeu com sua habitual serenidade
—Felizmente, na roda do meu irmão Chico, cabem dois.—papai completou, com seu humor peculiar
—Nada como uma boa esticada para revelar o melhor um do outro.—mamãe sorriu, apoiando-se no queixo do papai
—Querida mia— murmurou papai, pegando a mão dela e começando a beijá-la com intensidade crescente.
—Por amor de Deus! Parem!—explodi, irritada, e uma das luzes da sala estourou com o meu surto, atraindo todos os olhares para mim.
—Chega!" Wandinha se levantou de repente.—Já passou da hora dos meus pais encararem a realidade. Eles mentiram para mim, guardando segredos. Segredos assassinos que precisam ser abordados.— todos ficamos em silêncio, prestando atenção na tensão que se formava no ar.—Quem era Garrett Gates, e por que foi acusado de matar?
—Wandinha— intervi, tentando acalmar as coisas, mas ela me ignorou.
—Suas acusações foram retiradas —disse mamãe com firmeza.—Seu pai é inocente.
—O xerife local não parece convencido.— Wandinha continuou, desafiadora. Mamãe se levantou, a tensão crescendo no ambiente.
—Wandinha, pare! Aqui não é hora, nem lugar— mamãe advertiu.
—Na verdade, aqui é exatamente o local.—Dra. Kinbott, animada com a perspectiva do conflito, interveio—
Estas sessões são para...
—Ah, cala a boca!— interrompi, a raiva fervendo em minha voz.
—Doutora, isso não é da sua conta.Mamãe apontou para a Dra. Kinbott, furiosa—Eu me recuso a discutir uma caça às bruxas com você agora.
—Querida, quem sabe a gente...—
Papai tentou acalmar a situação
—Não!—mamãe cortou, a fúria evidente. "Esta sessão acabou."
Wandinha saiu da sala, e enquanto eu me levantava para segui-la, papai me segurou pelo braço gentilmente. No momento em que ele tocou, fui tomada por uma visão.
Chuva caía pesadamente... Garrett estava com raiva, seu rosto distorcido pelo ódio... Papai lutava contra ele, desesperado... Mamãe, com uma expressão determinada, pegava uma espada e se colocava entre eles, matando Garrett para salvar papai... Vi papai tirar a espada das mãos dela...
Voltei à realidade, encarando meus pais. Algo dentro de mim sabia que eles eram inocentes, apesar de tudo o que acabara de ver.
Mais um capítulo amores espero que gostem e me desculpem se tiver erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰
Desculpe a demora amores, eu tava escrevendo o capítulo especial.
O que acharam desse capítulo amores??
Meta 90 ou 100 curtidas amores se isso acontecer irei amanhã de uma vez 3 capítulos isso msm serão 3.
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Até o próximo capítulo amores 🥰 🥰 🥰
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