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𝗦𝗘𝗩𝗘𝗡 : 𝖧𝖨𝖪𝖠𝖱𝖨 𝖳𝖮𝖬𝖨𝖮𝖪𝖠.

━━━━━━━━━━━━ CAPÍTULO SETE.
Hikari Tomioka.

QUANDO HIKARI ERA CRIANÇA, NENHUM DE SEUS COLEGAS DE CLASSE queriam ser seus amigos por conta de sua condição. Hikari era cega, e as crianças não entendiam isso, por mais que fosse explicado diversas vezes pelas professoras. Mas havia uma professora muito querida por Hikari, ela que também possuía uma filha cega de nascença.

A mãe de Hikari não possuía qualquer condições de comprar um carro para levar a sua filha até uma escola onde ela possuíria uma melhor educação. Situadas em Kamagasaki, a maior 'favela' do Japão, viviam na pobreza desde que seu pai desapareceu.

A filha da senhora Bo já havia crescido, e hoje ela era uma mulher casada e bem de vida, com isso, os livros infantis dela estavam pegando poeira nas estantes. Ao saber da condição da Tomioka, a senhora Bo se sensibilizou de verdade, e ali estava ela sentada ao lado de Hikari na mesa escolar, no horário do recreio.

─Vamos, Kari, é seu agora!─Revelou a professora, num largo sorriso no rosto ao encarar a menininha a sua frente segurando o livro infantil.

A loira piscou algumas vezes, tateando a capa macia do objeto gelado e repleto de relevos. Ela conseguia lê-los, pareciam ser peixes, corais e golfinhos. Aí topo do livro uma escritura em braille, dizendo "Vida Marinha livro 1: Golfinhos".

─Golfinhos?─Perguntou Hikari, com os dedinhos curiosos passeando por toda a capa do livro.

─Gosta de golfinhos, Hikari?─Perguntou a professora, acariciando os cabelos longos e brilhosos da menina.

─Gosto quando você fala deles.─Ela sorriu largo, abrindo o livro de vez.

Ela leu do braille: "Os golfinhos são os mamíferos marinhos que possuem uma diversidade de adaptações ao meio. São considerados símbolo em se adaptar e superar os problemas.".

Hikari não sabia, mas, viera daí a sua fascinação por golfinhos.

HIKARI CORREU, O QUE ESTAVA ACONTECENDO? PERGUNTOU-SE, DE PÉS apressados contra o corredor da escola jujutsu de Tóquio. Uma explosão, seguida de um tremor forte que bagunçou os móveis do quarto de Okkotsu, o mesmo que tentava acompanha-la em uma corrida dentre a escola, mesmo que estivesse relutante sobre aquele possível beijo.

Ele ainda estivera queimando de vergonha, enquanto a outra mais parecia fingir que nada aconteceu.

Hikari chegou até o pátio da escola, e seu olhos mal puderam acreditar no que viu: destruição.

─Maki! Maki!─Ela gritou, correndo até a Zenin jogada no chão, se ajoelhando ao lado da amiga. Ela estava machucada, no entanto ela se tranquilizou quando colocou a orelha em seu peito, escutando seu coração bater.

Ela tocou aos seus cabelos verdes agora soltos, sua feição era dolorosa. Havia sangue em suas roupas. Hikari juntou as sobrancelhas, girando o pescoço o máximo que podia para poder analisar o local. Observou Toge desacordado a poucos metros dali, em um monte de tijolos destruídos, e Panda também desacordado.

Uma gota de suor escorreu de sua testa. Quem fez isso? Estava tudo destruído, quem quer que tenha feito isso deve ser bem forte.

Seu olho humano não era capaz de vê-lo, porém seu olho amaldiçoado sim. Ela praguejou, de sobrancelhas juntas e boca entristecida, levando seus dedos até o tapa olho em sua cabeça. Ela tocou ao tecido negro, trincando em seus cabelos loiros quase brancos, no entanto, parou no mesmo instante em que passos foram escutados.

─Ah, olá.─O dono da voz cantarolou, batendo ambas as mãos uma na outra.

Os olhos da menina se arregalaram. Essa energia... Pensou, era algo de outro mundo, um feiticeiro especial! Era a mesma sensação de quando lutava contra sua sensei, medo e um frio na barriga que parece não ter fim. Tomioka esqueceu totalmente do que iria fazer, deixando uma de suas mãos pousadas no próprio cabelo, enquanto suas orbes eram trêmulas e confusas.

─Tomioka?─Perguntou a voz masculina, numa confusão cômica. Ele riu pelo nariz, pousando ambas as mãos na cintura.─Caramba, como você cresceu!

Hikari estava trêmula e congelada.

─Não vai dizer nada?─O desconhecido perguntou, Hikari resmungou medrosa.

Ela piscou algumas vezes, encarando Maki desacordada a poucos centímetros de si, Zenin respirava calmamente, diferente de Tomioka. Uma gota de suor frio veio ao chão, e Hikari finalmente teve coragem para encara-lo.

Era aquele rosto, o primeiro rosto que viu na vida. O rosto do homem que devolveu a sua visão. Seu coração doía, ela lembrou de sua mãe em coma no hospital, tudo para poder devolver a visão para sua filha.

─Geto...─Ela murmurou, deixando ambos os braços molengas caírem no chão de cimento quebrado.

─Hm, se lembra de mim?─Ele questionou num sorriso, rodeando a dupla de feiticeiras no chão.─Que bom que está bem, vejo que se adaptou bem ao seu olho.

Como ela iria esquecer? Ele possuía o primeiro rosto que viu na vida. A imagem de seus olhos se abrindo e podendo ver o mundo pela primeira vez, encarando o homem do cabelo negro comprido a sua frente, a menininha perguntou sobre sua mãe, no entanto não obteve resposta.

É agora, pensou. Hikari esperou por esse momento durante toda a sua vida, esperou pelo momento de poder quebrar a sua maldição e salvar a sua querida mãe. Ela pouco se importava se iria ficar cega de novo, só queria a saúde de sua mãe.

Geto caminhou por mais alguns instantes, até parar no mesmo local em que chamou por Hikari.

─E a sua mãe, como ela está?─Suguru perguntou, certamente ele já sabia da situação crítica de Rei Tomioka, e de como ela estava a beira da morte no hospital. Os médicos não sabiam como descrever seu caso.

Hikari rangeu os dentes, sua mão foi ligeira em alcançar a lança de Maki jogada ao lado de seu corpo, loira se pôs de pé. Geto elevou umas das sobrancelhas, uma aura estranha apareceu ali tão de repente.

─Como ousa...─Ela suspirou, apertando o cabo da ferramenta da Zenin.─Como ousa debochar da minha mãe?!

Raiva, Hikari nunca sentiu tanta raiva na vida. Nem ela ao menos se reconhecia agora. Estava fervendo, pela primeira vez quis matar um ser humano, fazê-lo sofrer.

Humpf!─Geto riu, cruzando os braços.

─Desgraçado. Eu vou te matar!─Ela gritou, correndo. Suguru sorriu com seu entusiasmo.

Hikari correu, e utilizando o peso da arma ao seu favor, ela golpeou na direção de Suguru, entretanto nada foi atingido. Ela repetiu o ato, uma duas, três vezes, sentindo sua pele quente ferver em chamas, notando gotas quentes de suor pingar no chão.

Geto gargalhou, notando-a se afastar, escorregando de pé no chão da escola. Cansada, ela utilizou a lança como apoio. Ambas as sobrancelhas juntas Hikari notou o quão forte aquele cara era, ela não tinha nenhuma chance contra ele.

Pelo menos, se eu morrer... Começou, suspirando, na tentativa de acalmar a si mesma, se eu morrer minha mãe será livre.

Ela pensou em Rei, e todo o sofrimento que seu olho a deu durante todos esses anos. Estava na hora de acabar com isso de uma vez.

Seu olhar entristecido veio ao chão, e com a mão livre ela se livrou do tapa olho. Suguru assoviou, trocando o peso de uma perna a outra, ele analisou a estrutura de Hikari, era apenas uma adolescente.

─Uau.─Ele soprou como uma canção, notando os olhos da moça virem lentamente em sua direção.

Um olho humanoide comum, e o outro um ser amaldiçoado e preso. Uma orbe vermelha de escleras escuras, acompanhada de uma pupila negra e pontiaguda, que se tornou ainda mais fina quando encarou Geto.

Ele era seu alvo.

─Andou cuidando bem dele?─Ele questionou, num sorriso.─Sabe, acontece que esse olho aí é um objeto amaldiçoado.─Revelou.

Hikari suspirou confusa e surpresa, ao mesmo tempo.

─Esse olho é capaz de drenar energia amaldiçoada de qualquer pessoa, e converte-la para outro alguém. Nesse caso, o Dorein está sugando a energia amaldiçoada da sua mãe, e transformando-a em sua.─Contou Geto, gesticulando. Ele sorriu quando a feição de Tomioka se tornou triste.

'Dorein', então esse é o seu nome.

─Sabe, Kari...─Continuou ele, a apelidando.─O Dorein pode ser utilizado de várias maneiras, a princípio eu queria utiliza-lo para tirar a energia do mundo todo, mas isso é impossível...─Ele riu, dando alguns passos para frente.─Mas ele também pode ser utilizado para enfraquecer outra pessoa...

Geto desvilhenciou seu braço, trocando o peso de uma perna a outra de novo.

─O meu objetivo foi concluído, sua mãe está enfraquecida.─Suguru revelou.

Minha mãe enfraquecida?

─Porque quer enfraquecer a minha mãe?─Perguntou ela, confusa, ainda apoiada na arma de Maki.─Porque escolheu a mim? Podia dar a visão para qualquer outra criança!

O rapaz riu, fechando os olhos por breves momentos.

─Eu não escolhi você, escolhi sua mãe.─Soprou o do cabelo negro.─E sobre a sua visão, bem... Nem eu sei direito como isso aconteceu, a hipótese mais aceita é que o seu olho converteu energia amaldiçoada em positiva inconscientemente.

Estava tudo caindo aos pedaços, Hikari não era capaz de compreender. Ela sentiu uma pontada no coração, durante todo esse tempo achou que o problema era ela, mas na verdade, sua mãe quem era o objetivo principal.

Suguru perdeu o sorriso, assim como perdeu a atenção dos olhos distintos de Hikari em si. A garota cambaleou, suas orbes coloridas indo em direção ao chão.

Porque? Ela se perguntava, de coração dolorido.

─Agora eu vejo, que realmente, a sua mãe não era uma ameaça.─Ele deu de ombros.

─"Uma ameaça"? Você pode falar algo que faça sentido?!─Questionou a feiticeira, ainda cabisbaixa.

─Você sabe o sobrenome da sua mãe, Hikari?─O rapaz questionou, num suspiro longo.

─Yamada.─Respondeu.

─Yamada...─Ele suspirou, se lembrando dos contas antigos sobre Yuno Yamada.─Dizem que, muito antigamente, existiu um feiticeiro cego, que sozinho derrotou uma maldição nível especial.─Ele começou, notando os ombros da menina se enrijecerem.─Durante todo esse tempo que sua mãe esteve no hospital eu a estudei, e conclui que ela não é capaz de ser como Yuno.

Quem diabos é esse? Ela perguntou, ao mesmo tempo em que uma forte ventania veio, forte o suficiente para soltar seus fios do rabo de cavalo.

Ela resmungou, uma feição cansada e dolorida foi direcionada para Suguru Geto. Uma lágrima pesada escorreu de sua bochecha rosada, e aqueles lindos cabelos loiros voavam com a brisa quente, grudando em sua face devido ao suor.

Ela chorou, queria que aquilo acabasse de uma vez. Geto, por outro lado, cruzou os braços, observando a menina chorar, enquanto seu rosto não possuía qualquer emoção aparente.

A menina disse entre soluços:

─Se a minha mãe não é como esse tal de Yuno... Porque você não acaba com todo o me sofrimento de vez?─Hikari perguntou. Suas mãos calejadas apertaram o cabo da arma em mãos, seu olho amaldiçoado dilatou a pupila devido aos lágrimas. Ela soluçou.─Eu faço qualquer coisa... Eu sumo da sua vista se for preciso, só... Acaba com isso.

Há essa altura Tomioka só queria que tudo acabasse. Ela soluçou mais uma vez, apertando os olhos.

Geto possuía uma expressão vazia, sem qualquer emoção. Ele parecia estar no mínimo sentido com seu sofrimento.

─Tem certeza que é isso o que quer?─Ele perguntou, relaxando os braços.─Depois de tudo o que sua mãe sacrificou, você quer voltar a ser cega?

Uma forte ventania os envolveu de novo. Hikari perdeu suas forças, a ferramenta de Maki veio ao chão.

─Eu quero que a minha mãe volte para mim...─Ela começou, abaixando a cabeça em meio ao choro.─Eu sacrifico tudo para isso.

Gerou suspirou, rodopiando no próprio eixo. Ele encarou o chão, o céu, Maki desacordada, assim como Panda e Toge, depois migrou seus olhos estreitos até a loira chorosa.

─Está bem.─Respondeu.

Ele estendeu sua mão e, para Hikari, foi como se ele estivesse puxando seu olho via telepatia. Doeu, Tomioka gritou quando seus joelhos perderam a força. Sua cabeça doía, tudo rodava, perdendo as forças.

Ela viu sua mãe, lembrou de quando ela cantava para Hikari dormir. Lembrou de como Rei era sua melhor amiga, de como fazia de tudo para sua filha cega se adaptar ao mundo. Das risadas, das brincadeiras, das saborosas comidas de Rei.

Rei era o seu tudo, seu porto seguro e sua âncora.

Seus cabelos bagunçados voaram com a brisa, e choques percorreram todo o seu corpo. Seu olho amaldiçoado parecia saltar para fora de seu crânio quando gritou.

No entanto, Tomioka sentiu uma presença maior.

─Hikari!─Era Okkotsu. Sua feição não era nada boa, ele estava apavorado.

A loira estendeu a mão na direção do rapaz. Não conseguia se mexer, parecia que Geto estava drenando todo as sua energia amaldiçoada, tirando todas as suas forças.

─Não, Yuta!─Ela devolveu na mesma intensidade, antes de seu olho explodir e tudo se tornar escuro.

MEI E REI ERAM IRMÃS, E DESDE QUE UMA DOENÇA desconhecida acometeu sua irmã mais velha, Mei fez questão de visita-la sempre que podia, vez ou outra encontrando Hikari pelos corredores da escola, sempre antipática e apressada.

A mais nova colocou o buquê de flores ao lado da cama hospitalar de sua irmã, ajeitando as rosas vermelhas e recém colhidas. O dia era ensolarado, e a morena encarava a janela do quarto da Tomioka mais velha.

─Hoje o dia está ótimo pra caminhar.─Revelou Mei, colocando uma mecha de seu cabelo castanha para trás da orelha.─Hm, é mesmo, hoje o seu sobrinho disse as primeira palavras!─Mei contou feliz e sorridente, se lembrando de quando o filho silabou "mamãe".

A mais nova se aproximou da cama, observando Rei. Ela estava entubada, envolvida pela manta branca do hospital de Osaka, havia um eletrocardiograma contando seus ritmos cardíacos calmos. Ela possuía uma feição serena, não parecia estar sentindo dor, porém Mei as vezes duvidava da capacidade dos médicos locais, isso porque nenhum deles sabia o que Rei tinha.

A moça sorriu entristecida, desejando o melhor para a sua irmã mais velha. Ela se lembrou de quando Hikari veio aqui semana passada, de quando sobrinha e tia conversaram por breves momentos. Hikari sempre foi assim, dedicada nos estudos, mentalizou a morena, se lembrando do motivo da conversa ter sido tão rápida.

─Enfim, eu preciso ir, irmã.─Revelou a mais nova, alcançando sua bolsa que estava na poltrona do quarto.─Preciso pegar o próximo ônibus para trabalhar, até mais.─Contou ela, caminhando até a porta do quarto.

Porém ela parou, olhou melancólicamente para sua irmãzona, um olhar triste e doloroso, porém que foi interrompido por batimentos cardíacos frenéticos, que ia aumentando conforme os segundos passavam.

─Rei?─A mais nova perguntou, praticamente retórica.

Ela se afastou da porta, a respiração de Rei foi se tornando irregular, tendo leves espasmos na cama. Com pressa ela correu até a maca, apertando o botão onde chamava as enfermeiras.

─Rei, o que está acontecendo?!─Perguntou a mulher, escutando o aparelho de monitoramento do coração ficar cada vez mais frenético.

As enfermeiras chegaram numa pressa, ordenando que Mei se afastasse da maca, assim o fazendo-o. Mei arregalou os olhos, no mesmo instante em que Rei abriu os seus após tanto tempo desacordada.

Rei estava de volta.

• Perdão pelos errinhos de português! Eu revisei mas e bem provável que algum tenha escapado :(

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