━━ Segunda parte da Grand Line, Novo Mundo ; Ilha de Porzellanpuppen, Cidade das Ruas de Kristalle.

Elisabette despertou com um fraco bocejo escapando de seus lábios, sentindo a cama leve demais. Ao abrir os olhos, notou que estava sozinha. Sua primeira reação foi franzir o cenho, confusa, enquanto olhava ao redor e se embolava nos cobertores para esconder seu corpo nu. Ela piscou algumas vezes, voltando a bocejar e esfregando os olhos, sentindo o quadril dolorido e as pernas ainda dormentes pela noite anterior. Suas bochechas coraram ao recordar cada detalhe do que havia acontecido, como se estivesse revivendo o momento. Balançando a cabeça para afastar os pensamentos, ela olhou em volta, ainda sonolenta, mas buscando algum sinal de Law que, aparentemente, não estava no quarto.

Confusa, ela franziu o cenho e levantou-se da cama, caminhando até o banheiro. Ao passar pelo espelho, paralisou ao perceber algo: estava andando sem precisar da muleta. Sua primeira reação foi arregalar os olhos e encarar o joelho; embora tivesse notado que estava um pouco manca, isso não lhe importou. Agora, não precisaria mais de muleta nem da ajuda de ninguém para realizar atividades básicas, como tomar banho ou se vestir.

Elisabette sorriu vitoriosa e voltou a procurar Law pelo quarto. Olhou atrás do armário, das portas e até levantou os móveis para verificar se ele não estava escondido debaixo da cama - "bobagem, mas nunca se sabe", pensou consigo mesma enquanto colocava o guarda-roupas de volta no lugar e cruzava os braços, batendo um pé no chão, curiosa e confusa sobre onde ele poderia estar e, para piorar a situação, sem tê-la avisado.

A jovem avistou suas roupas dobradas sobre o criado-mudo, e um sorriso amável brotou em seus lábios. Não tardou a pegá-las e lançá-las sobre a cama, aproveitando a nova habilidade de conseguir fazer tudo sozinha. Em seguida, correu para o banheiro para desfrutar de um longo banho, permitindo-se deliciar na espuma que rapidamente se formou na banheira, cobrindo seu corpo inteiro e deixando apenas seu rosto à mostra, fora de todo aquele sabão.

Assim que finalizou suas higienes pessoais, Elisabette saiu do banheiro com a toalha na cabeça e o restante do corpo descoberto, deixando um rastro de água e sabão por onde passava enquanto perambulava pelo quarto em busca de uma escova de cabelo. Ao encontrá-la, começou a vestir suas roupas secas, comemorando mentalmente por não precisar mais usar roupão ou permanecer nua. Embora isso não parecesse importar no momento, ela deu de ombros e deitou-se na cama, olhando para o teto.

Com os pés e os braços batendo na cama como um peixinho fora d'água, agonizando até a morte, Elisabette foi retirada de sua distração - uma tarântula albina zanzando em uma fresta no teto - ao sentir a presença do Cirurgião da Morte se aproximando do quarto, até o momento em que a porta foi aberta, revelando sua figura alta e esguia, com algumas sacolas pequenas em suas mãos. Ele a encarava com o mesmo olhar frio e penetrante que ela havia, contra sua própria vontade, aprendido a se acostumar. Um sorriso gentil e receptivo surgiu em seus lábios rosados enquanto ela se sentava no meio do colchão, com as pernas entrelaçadas.

- Bem-vindo de volta! - disse ela, acenando para ele. - Onde você estava? Saiu sem avisar.

- Fui comprar algo para comermos. Não é saudável ficar tanto tempo com o estômago vazio, especialmente você, que ainda está se recuperando do que aconteceu em Dressrosa... - respondeu Law calmamente, aproximando-se dela em passos lentos e entregando uma das sacolas. - Seu joelho ainda está inchado?

- Na verdade... - a jovem levantou-se com um equilíbrio perfeito, o que fez com que ele a encarasse com leve surpresa, seus olhos se arregalando quando ela deu um salto e chutou de forma certeira o candelabro, espalhando alguns cacos de vidro ao redor deles. - Estou perfeita novamente, como papai costumava dizer.

- Estou vendo... isso é... impressionante, para ser sincero.

- Tenho um corpo tonificado capaz de suportar 100 vezes o meu peso; acha mesmo que um joelho fraturado ia me segurar, Law-san? De forma alguma! - ela sorriu com arrogância, apoiando as mãos no quadril em uma pose desafiadora e exalando uma aura quase narcisista.

- Corpo tonificado ou não, você ainda precisa comer. Sente-se e coma. Agora.

- Claro, mas não porque você mandou! Você não é meu capitão. - disse ela, franzindo a testa enquanto um beicinho se formava em seus lábios ao sentar-se novamente. - O que trouxe? - perguntou curiosa, abrindo a sacola e depois a marmita, vendo onigiris e outros rolinhos. - Oh, essa coisa aí.

- Sim, coma "essa coisa aí" para não passar mal e me causar mais problemas do que já estou tendo que lidar neste lugar.

- Você não estava tão chateado assim ontem à noite...

- Coma sua comida, Elisabette-ya!

- TÔ COMENDO! - exclamou ela desesperada, começando a enfiar os onigiris rapidamente na boca e engolindo sem mastigar.

Trafalgar permaneceu em silêncio, o rosto enrugado em uma careta irritada enquanto a observava comer desesperadamente os onigiris e os rolinhos, o que deixava suas bochechas infladas pelos pequenos bolinhos. Isso trazia à sua mente a imagem de um periquito se afundando em uma vasilha de sementes, fazendo birra como protesto contra seu dono - e, evidentemente, ele se via como o tal dono do periquito malcriado. O pensamento era bobo, até mesmo ingênuo demais vindo dele, mas não pôde evitar sorrir levemente mais uma vez diante de sua imaginação infantil. Afinal, era isso que ela fazia com ele.

O tempo que passava com Elisabette parecia tão lento e monótono por conta dela que, sem perceber, ele se via envolvido em suas loucuras, nas tiradas de sarro, nas brincadeiras, ouvindo suas histórias com atenção e segurando a risada sempre que ela se assustava com alguma idiotice que apenas ela parecia ter a capacidade de transformar em algo tão sério.

Não que Elisabette fosse uma criança, mas era o espírito agitado dela e sua ingenuidade para certas coisas tão conhecidas para ele que o faziam sentir-se criança novamente, como se aquele menino da Cidade Branca pudesse aproveitar o que a inocência da infância lhe proporcionava. Era um sentimento bom e, ao mesmo tempo, amargo em sua língua, fazendo-o sentir o estômago revirar e a cabeça borbulhar com tantas ideias passando por sua mente, tantas memórias, tantos "e ses".

Olhando-a em silêncio, admirando seu rosto arredondado e bochechudo, os lábios rosados com alguns grãos de arroz grudados neles, veio à sua mente a lembrança do dia em que Corazón lhe contou sobre a lenda das Ilhas do Céu, sobre a bobagem dos anjos da guarda que cuidavam das pessoas. Era irônico pensar que, anos após aquela bendita história, ele teria conhecido o, então, Anjo da Morte em vez do que poderia ser seu tal Anjo da Guarda. Law recordou-se de quando viu pela primeira vez o cartaz dela, ainda adolescente, com um sorriso travesso e raios ao seu redor, posando como uma celebridade para seu cartaz de procurada. Tudo o que ele pensou ao vê-la foi: "Ótimo, uma pirralha brincando de ser pirata", zombando e acreditando que ela não duraria mais um dia após o incidente de Enies Lobby e, céus, realmente quase não durou.

No momento em que seus olhos cruzaram com os dela na Casa de Leilões de Escravos, o semblante sereno e confuso dela ao encontrar seu olhar fixo nela tornava evidente sua confusão diante da forma como ele a encarava, até mesmo encolhendo os ombros e demonstrando... medo, ao prender seus olhos nos dele numa batalha para ver quem quebraria o contato visual primeiro. Para muitos, Law estaria zombando dela ou então olhando o que não deveria; entretanto... era o casaco de plumas negras envolto em seu corpo que o atraiu antes de tudo.

Talvez tenha sido um motivo bobo e até mesmo idiota, mas, no fim, foi uma bênção que aquele simples detalhe naquela garota o tenha atraído para ela todas as vezes em que se encontraram pelo "mar azul", como ela chamava o mundo abaixo dos céus. Duas vezes em Sabaody, uma vez em Marineford e, novamente, dois anos depois de tudo, em Punk Hazard, seu coração disparou em um misto de surpresa e confusão ao vê-la novamente após tudo o que haviam passado na Grand Line.

A forma como se aproximaram foi tão dolorosa que quase o fez desmoronar algumas vezes ao lembrar-se de si mesmo, quando ele estava em uma situação vulnerável, refém de uma doença que o destruía aos poucos, assim como a Febre das Árvores fazia com ela.

O olhar perspicaz que reluzia nos olhos dela enquanto ela enfrentava Vergo contrastava de maneira dolorosa com o desespero que se apoderava de seu semblante ao notar a primeira mancha em sua pele. Essa visão foi como uma facada certeira em seu coração, comprimindo seu peito de uma forma que jamais imaginara ser possível em relação a ela. O pânico que percorreu sua espinha ao considerar a possibilidade de aquela doença ser contagiosa quase o consumiu, levando-o a um desespero avassalador ao pensar na ideia de estar novamente à mercê de algo que poderia lentamente lhe roubar a vida e a vontade de viver.

As lágrimas escorriam por suas bochechas, e a vermelhidão ardente que tomava sua face jovem fazia com que ele absorvesse a dor dela como Corazón havia feito consigo - tomando as dores dele para si, como se ele tivesse algum valor em sua vida. Agindo por ele da mesma forma que seus pais teriam agido se estivessem presentes, tratando-o como se ele fosse sua carne, seu sangue, sua criança, seu filho.

As lembranças vívidas de tudo o que havia passado, das noites em que acordou sob os soluços bêbados e altos de seu salvador - que frequentemente se via em prantos pela angústia de testemunhar o pequeno garoto naquela situação, temendo não poder salvá-lo e, ainda assim, fazendo tudo ao seu alcance - foram o que levou Law a não hesitar ao estender sua mão para Elisabette. Ele se viu entregando seu tempo a ela, corpo e alma, indiferente ao quão irritante ou insensata ela pudesse parecer. Algo em seu olhar, em sua essência, despertou nele um desejo profundo de impedi-la de sofrer como ele sofrera; esse impulso o fez querer salvá-la da mesma forma que fora salvo.

Assim que percebeu que ela havia finalizado seu último onigiri, um sorriso suave e tímido brotou nos lábios dele ao vê-la limpar a boca com cuidado e se deitar relaxadamente na cama, exibindo uma expressão de satisfação que o deixou igualmente contente, por sentir que, de alguma forma, estava cuidando bem dela.

Em silêncio, o moreno tatuado acomodou-se ao lado dela na cama, observando-a fechar os olhos e estender os braços, segurando-se delicadamente na barra da camisa dele, como se desejasse assegurar-se de que ele ainda estava ali e que não se afastaria - como se ele tivesse sequer considerado tal possibilidade, uma vez que já se encontrava exatamente onde desejava: ao lado dela, em um estado de tranquilidade e paz. Era uma ironia sutil, pois Elisabette era tudo, menos calma; ainda assim, estar com ela proporcionava a ele momentos serenos e prazerosos que valiam a pena viver.

De repente, algo acendeu na mente de Law, despertando-o de seu devaneio. Imediatamente, ele levou a mão ao bolso de sua calça, retirando um pequeno caderno de dentro e lançando-o suavemente sobre os seios da mais jovem. O objeto quicou como se tivesse sido lançado em um trampolim, o que o fez franzir o cenho e ponderar sobre como, de fato, funcionava a anatomia do corpo dela.

- O que é isso?

- Um caderno. - ele respondeu, dando de ombros. - Aproveitei que fui comprar comida e resolvi passar pela papelaria da cidade para ver se conseguia algo.

- Caramba! Obrigada! ♡ - Elisabette exclamou, sorrindo amplamente ao saltar de onde estava e pular sobre ele, que emitiu um fraco grito de dor, quase sendo esmagado pelo peso dela devido à diferença significativa entre eles. - Quanto custou?

- Argh... não muito... - Law respondeu, um pouco atordoado, enquanto recuperava o fôlego e segurava firme na cintura dela.

- Eu vou te pagar agorinha mesmo, viu? Nem pense em aumentar minha dívida com você!

- O quê? Não. Não precisa.

- Como não!?

- Isso é um presente. Não precisa me pagar nada. - ele disse em um tom sério, seu olhar acinzentado penetrando os olhos dela com uma intensidade que a fez fraquejar.

Diferentemente de qualquer reação que ele pudesse imaginar naquele instante - como um agradecimento envolto em risadas descontraídas, uma negativa seguida de tentativas de devolver o presente -, Elisabette simplesmente segurou o rosto dele entre as mãos e, com um gesto delicado e decidido, selou seus lábios aos dele. O impacto do beijo o paralisou por alguns segundos, antes que uma onda de desejo o impulsionasse a apertar com fervor a cintura dela, atraindo-a para mais perto, como se desejasse fundir seus corpos em um só.

À medida que o beijo se tornava mais intenso e profundo, suas línguas travavam uma batalha apaixonada por dominância. Ela suspirava contra os lábios dele, emitindo pequenos gemidos sempre que ele mordia delicadamente seu lábio inferior, deixando marcas sutis na pele delicada da região de sua cintura.

Law virou-se na cama, pressionando o corpo dela contra o colchão, utilizando seu peso para imobilizá-la de forma irresistível. O gesto a fez arfar em descontentamento, enquanto ela virava levemente o rosto para encará-lo, até ser surpreendida por uma mão cobrindo seus lábios e outra segurando firmemente seu pescoço, quase impossibilitando-a de respirar com facilidade. Em meio àquele turbilhão de emoções, ela agradeceu internamente pelo fato de ele não possuir um terceiro braço para obstruir também seu nariz - um pensamento tão inocente que beirava o absurdo.

Os olhos de Elisabette se fixaram nos dela, enquanto ela tentava se desvencilhar do seu peso, mas esse movimento apenas resultou em sua parte inferior esfregando-se contra o membro enrijecido dele, ainda contido pela calça, intensificando a tensão entre os dois.

- Ontem à noite, eu fui com cuidado, respeitando ser sua primeira vez, mas agora... - ele mordeu com intensidade a bochecha dela, arrancando-lhe um gemido abafado pela palma de sua mão. - Vou descontar toda a raiva que você me fez passar há dois anos.

O estômago da platinada se contorceu em um frio incontrolável, enquanto uma gota de suor escorria por seu rosto ao sentir a mordida forte em sua bochecha. Ela não hesitou em continuar tentando empurrá-lo para longe, mas quanto mais se esforçava, mais a dureza de Law se tornava evidente, e ela, por sua vez, sentia a umidade entre suas pernas se tornar cada vez mais perceptível, fazendo seu rosto e ombros corarem.

Quando a mão dele finalmente soltou sua boca, ela o encarou de lado, com um beicinho envergonhado que fez o tatuado engolir em seco. A expressão dela era de uma doçura ingênua e vulnerável, uma combinação que antes poderia provocar nele um estresse indomável, mas que agora apenas intensificava seu desejo por ela e sua vontade de tê-la novamente.

Os dedos dele foram ágeis ao afastar a calcinha dela, não demorando a se afundar em sua intimidade molhada, arrancando dela um grito que mesclava prazer e dor ao senti-lo colidir com uma área sensível de seu corpo. O impacto a fez arquear as costas e tentar unir as coxas, mas foi surpreendida por um puxão de cabelo que a obrigou a ficar de joelhos na cama, de costas para ele. Law sorriu ao contemplar a visão diante de si: Elisabette, com as pernas trêmulas, o rosto todo tingido de um rosado intenso, entrelaçado pelo constrangimento e pelo desejo. Ela mordia os lábios, com um brilho de lágrimas nos olhos - uma cena que ele havia desejado ardentemente por tanto tempo, mas que por longos momentos se impediu de vivenciar e usufruir.

- Você sabe o quanto você me irritou ao passar a noite roncando no meu quarto, como uma pirralha folgada? - ele murmurou, erguendo o corpo para se sobrepor a ela, descendo os lábios até seu ouvido. - Ou o quanto eu quis te matar por ter me roubado?

- Ahh... eu pedi desculpas... e devolvi tudo... AI! - a jovem gemeu, sentindo um arrepio percorrer suas asas ao sentir mais uma puxada em seus fios platinados.

- Pedir desculpas não resolveu absolutamente nada; continuei irritado com você e só não te matei por consideração ao Mugiwara-ya. - ele sussurrou em seu ouvido, passando a língua suavemente pelo seu pescoço até chegar à nuca. - Sua pirralha ingrata.

Elisabette tentou protestar, mas antes que pudesse sequer se virar para inverter as posições e derrubá-lo, uma redoma azul-claro envolveu o quarto, fazendo-a arregalar os olhos e trincar os dentes. De repente, suas roupas haviam desaparecido como um passe de mágica. Surpresa e intrigada, por um impulso natural, ela cobriu os seios, o que lhe deu tempo suficiente para que Trafalgar a empurrasse de volta à cama, deixando-a deitada de frente para ele. Seu olhar tenso e curioso se fixou no dele, enquanto um sorrisinho nervoso brotava em seus lábios rosados ao vê-lo abrir o zíper da calça.

Seu interior contorceu-se ao contemplar novamente seu membro, duro e pulsante por ela, a cabeça avermelhada pingando de desejo. A visão a fez perder o pouco que lhe restava de vergonha, e, surpreendendo-a mais uma vez, Law agarrou uma de suas pernas e a levantou, colocando-a sobre seu ombro. Elisabette arregalou os olhos ao perceber que ele havia escolhido a perna que antes estava com o joelho fraturado. Em seguida, ele agarrou seu membro rígido, direcionando-o à sua entrada com um semblante sério e indecifrável. Com uma delicadeza cuidadosa, aproximou-se dela até que finalmente se encaixasse suavemente.

Um gemido disfarçado de suspiro escapuliu entre os dentes dela ao sentir-se preenchida por seu tamanho, quase a rasgando novamente, enquanto ela apertava os olhos com força. Foi então que sentiu a mão dele tocar seu rosto com uma gentileza quase amorosa, seu polegar acariciando sua bochecha como sempre fazia, em um gesto que parecia eternizar o momento. Seus olhares se entrelaçaram, e seus lábios se encontraram, dando início a um beijo lento e profundo, repleto do sabor intenso do desejo reprimido que ardia entre eles.

Agora, finalmente sozinhos naquela cama, podiam saciar a ânsia que os consumia, lidando com a profanaidade provocada pelo pecado capital da luxúria.

Foi então que Law começou a movimentar seu quadril, iniciando suas estocadas de forma lenta e regular, permitindo que ela se acostumasse ao seu tamanho. Aproveitando aquele momento íntimo, ele deixava delicados beijos e suaves mordidas por seu pescoço e peito, enquanto suas mãos firmemente seguravam sua cintura, como se quisesse impedir que ela desaparecesse ou escorregasse de seus dedos para sempre. Não que essa realidade estivesse tão distante; ele compreendia que, em algum momento, tudo isso se tornaria apenas uma lembrança a ser esquecida. Assim, aproveitaria cada instante ao máximo, entregando-se a ela como se não houvesse amanhã, fazendo dela sua mulher mesmo que por um tempo com fim marcado.

Sentindo que sua boceta apertada começava a se alinhar perfeitamente a ele, o Cirurgião da Morte quase se viu agradecido ao Deus que regia o destino dela, enquanto mudava seu ritmo, aumentando gradualmente a intensidade com que a penetrava. Os gemidos suaves e chorosos dela ecoavam em seus ouvidos, enquanto suas mãos, em busca de forças e consolo, se agarravam à camisa dele a cada impacto certeiro em seu ponto sensível. Ele entregava-se por completo àquele momento, desejando fazê-la perder-se em sua essência.

O suor escorria de sua testa, misturando-se ao de Elisabette, que continuava a gemer e a lacrimejar a cada movimento firme e profundo. Ela se recusava a pedir que ele parasse; por algum motivo inexplicável, aquela dor tornava-se um prazer avassalador. A ideia de estar com ele daquela maneira, completamente entregue a Law, como se fosse dele de corpo e alma, despertou nela um sentimento inédito - um desejo ardente de ser possuída por ele sempre que quisesse. Se pudesse, entregaria-se sem hesitar ou questionar, aceitando com gratidão cada momento em que ele desejasse tê-la ao seu lado. A fusão de dor e prazer transformava aquele instante em uma doce eternidade.

- Law-san... - ela gemeu seu nome, os olhos ardendo em lágrimas enquanto buscava seu olhar, não demorando a encontrá-lo. - Vá mais forte, por favor...

- Mais forte? - sua voz soou rouca e mais grave do que o habitual, quase perdendo o foco ao ouvir o pedido dela.

- Por favor... - a sentinela implorou, suas unhas cravando-se em suas costas por cima da camisa, perfurando sua pele e provocando uma dor intensa que apenas acendia ainda mais a chama do tesão entre eles.

- Você quer que eu vá mais forte?

- Sim... por favor...

Não foi necessário que Elisabette implorasse uma quarta vez. Ele, com um gesto decidido, colocou sua outra perna por cima do ombro e agarrou seu quadril com toda a força que possuía, começando a penetrá-la com uma intensidade inigualável. Cada movimento resultava em gemidos dela que se intensificavam, levando-o a segurar seu pescoço com firmeza, apertando-o o suficiente para fazê-la engasgar.

Ele observou, encantado, enquanto ela mordia os lábios e o encarava com um desespero que fazia seu peito arder de desejo. A visão daquela expressão de pânico o excitava ainda mais. Com uma mistura de deboche e prazer, ele apertou seu pescoço novamente, aplicando pressão na garganta dela até que ela engasgasse mais uma vez e tossisse. O sorriso que brotou em seus lábios refletia a satisfação diante da cena provocante que se desenrolava entre eles.

Prestes a alcançar seu limite, Law retirou-se bruscamente dela e a ajudou a sentar-se na cama, seu corpo quase desfalecido enquanto ela o olhava com uma expressão de confusão. Ele se colocou de joelhos à sua frente, segurando seu queixo com firmeza, apertando suas bochechas enquanto a forçava a encará-lo nos olhos. Os olhos dela cintilavam em luxúria e prazer, enquanto suas mãos se agarravam ao pulso dele numa tentativa fútil de afastá-lo.

De repente, um tapa ressoou em sua face, despertando-a do transe e fazendo-a encará-lo com um semblante confuso e o cenho franzido. Com a mão na bochecha, ela o observava com um misto de indignação e perplexidade, enquanto uma curiosa faísca de desejo começava a surgir em sua expressão.

- Você se recorda do que viu na revista do Kuroashi-ya, passarinho? - Law questionou, sua voz impregnada de malícia, já antecipando a resposta. Um sorriso radiante iluminou o rosto dela.

- Sim, eu me lembro...

- Então, seja uma boa menina e atenda aos meus desejos. - ele proferiu essas palavras com um tom sedutor, enquanto segurava seu pau e o guiava até que estivesse posicionado contra os lábios dela.

Com delicadeza, Elisabette segurou-o com uma mão e passou a língua na ponta vermelha, seus olhos fixos nos dele, absorvendo cada reação que ele manifestava. Ela estava atenta a cada movimento de seus lábios, olhos e sobrancelhas, guiando-se por eles para discernir se deveria prosseguir com aquele gesto ou não. Lembrando-se do que havia visto na revista de Sanji, ela lambeu toda a extensão robusta de Law, ouvindo-o arfar de prazer enquanto sua língua deslizava ao redor de sua glande, coberta pelo pré-gozo que se misturava aos fluidos corporais dela. Um sorrisinho travesso e afetuoso surgiu nos cantos de seus lábios rosados enquanto ela continuava.

Seu ritmo era ao mesmo tempo delicado e cuidadoso - quase gentil - enquanto ela o envolvia com maestria, como se estivesse saboreando cada centímetro dele. Ele ficava trêmulo de prazer, instigando-o a segurar um punhado de cabelo da jovem e trazê-la mais perto, fazendo com que seu membro inteiro tocasse o fundo de sua garganta. As lágrimas brotavam em seus olhos, mas ela não hesitava; agarrava-se à barra de sua calça para encontrar equilíbrio e ditar movimentos mais rápidos e precisos.

Sentindo seu pênis pulsar intensamente, prestes a se entregar ao clímax, Law se deixou levar pelo momento e gozou profundamente na garganta dela. Ele segurou sua cabeça com firmeza, empurrando-a novamente para que não houvesse chances de fuga, forçando-a a engolir cada gota de seu sêmen. Seus olhos encontraram os dela com um sorriso satisfeito ao notar as bochechas levemente inchadas, enquanto uma protuberância suave deslizava por seu pescoço, revelando que ela havia aceitado tudo o que ele lhe oferecera.

Com um sorriso de contentamento nos lábios, o tatuado afastou-a lentamente, observando seus lábios rubros e seu rosto todo corado, enquanto ela buscava fôlego em meio àquela necessidade urgente. Seu peito subia e descia em um leve desespero agonizante, como se cada respiração fosse um lembrete da intensidade do momento que acabaram de compartilhar.

Sentindo suas pernas fraquejarem e ambos os joelhos perderem a sensibilidade, Elisabette caiu para trás sobre a cama, seu olhar perdido e zonzo enquanto ainda tentava respirar de forma regulada. Ela sentiu o colchão afundar ao seu lado quando Trafalgar se deitou junto a ela, igualmente cansado, levando um braço à testa. Seus corpos estavam suados, exaustos e sem energia após o ato, ambos tentando recuperar suas forças e reorganizar os pensamentos um ao lado do outro. O quarto se enchia com o som de seus suspiros ofegantes e de seus gemidos fracos pela falta de fôlego.

- Machuquei você? - Law foi o primeiro a quebrar o silêncio, ainda sem olhá-la, mantendo o braço sobre a testa para cobrir os olhos.

- Não... eu acho... ainda estou inteira... - ela respondeu com um sorriso tímido, aproximando-se dele até que pudesse deitar a cabeça em seu peito, aninhando-se ali. - Você é tão bom de abraçar; gostaria de poder fazê-lo sempre. Mas, às vezes, sinto que se eu te abraçar de repente, você pode arrancar minha cabeça fora outra vez. - riu.

- Não vou arrancar sua cabeça por causa de um abraço. - o maior retrucou, franzindo o cenho enquanto a observava, notando sua expressão serena ao se aconchegar cada vez mais em seu peito, como um passarinho buscando abrigo no ninho.

- Não sei, você é maluco.

- Por você. - ele sussurrou com a voz quase inaudível, sua confissão escapando involuntariamente de seus lábios. Torcia para que Elisabette não tivesse ouvido, embora soubesse que as chances disso eram mínimas.

Elisabette, no entanto, optou por não responder ao que ele acabara de revelar, desconsiderando suas palavras e envolvendo-o em um abraço ainda mais apertado. Sentiu quando um dos braços dele a envolveu com firmeza, trazendo-a para mais perto, de modo que sua cabeça pôde repousar delicadamente em seu ombro. Ela o observou com atenção, notando seus olhos cerrados e o semblante sereno e pacífico, que parecia até mesmo vulnerável - uma faceta que ela nunca houvera testemunhado nele, nem mesmo nos momentos de maior perigo em Dressrosa.

Algo em seu coração aquecia-se ao contemplar aquela visão, enquanto suas bochechas coravam ao pensar nele de uma maneira tão agradável e carinhosa. Um sorriso iluminou seu rosto, e, impulsivamente, ela deixou um beijo suave na bochecha dele antes de se acomodar novamente em seu ombro, desfrutando da conexão íntima e reconfortante que compartilhavam naquele instante.

Elisabette não sabia ao certo o que eram um para o outro ou qual era o seu significado na vida dele, mas tinha plena consciência de que aquilo não seria eterno. A conexão que haviam construído e fortalecido desde seu reencontro em Punk Hazard inevitavelmente encontraria um fim - um desfecho que ela não sabia se estava pronta para enfrentar, especialmente agora que logo retomariam a jornada rumo a Zou, em busca da derrota de Kaido. Essa vitória não apenas selaria a aliança entre os Chapéus de Palha e os Piratas de Copas, mas também marcaria o término daquilo que compartilhavam.

Era um pensamento melancólico, uma tristeza profunda que quase a fez agonizar ao contemplá-lo. Contudo, no fundo de seu ser, ela sabia que era isso que o destino lhes reservava. Afinal, não se pode esperar um final feliz de uma história de terror¹.

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e para encerrar o arco de Dressrosa com chave de ouro, mais um hot saboroso e delicioso dos LisLaw! afinal, eu fiz vocês esperarem quase um ano inteiro para que eles pudessem simplesmente aproveitar os prazeres da vida um com o outro, né? então, nada melhor do que dar uma pausa deixando com vocês uma coisinha maravilhosa antes de voltar novamente em fevereiro com mais dos nossos bebês LisLaw. garanto que o arco de Zou + Polar Tang vai dar o que falar, viu? vai ser uma emoção atrás da outra: raiva, felicidade, tristeza... tantas emoções! quero agradecer também por tudo, tá? pelos comentários, pelas visualizações, por quem ainda tem paciência de acompanhar a dinâmica deles de esquizers to lovers (acabei de inventar KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK)

fiquem sabendo que eu não vou sumir, só vou dar uma pausa mesmo de um mês igual sempre, porque eu não sou de ferro e já tô quase surtando por estar cinco meses direto escrevendo sem descanso ☕️☠️ tô doidona da cabeça, preciso nanar um pouco e botar One Piece em dia antes de iniciar o próximo arco. enfim, obrigada novamente, amo vocês 🤍