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━━ 𖥔 ִ ་ ،𝟱𝟬. 𝗖𝗼𝗯𝗿𝗮𝗻𝗰̧𝗮 𝗱𝗲 𝗱𝗶𝘃𝗶𝗱𝗮𝘀.

━━ Segunda parte da Grand Line, Novo Mundo ; Reino de Dressrosa.

Bellamy permaneceu em silêncio, fixando o olhar no olho restante dela, enquanto um filme passava em sua mente, relembrando todos os momentos que vivera ao lado dela, desde que se conheceram naquela masmorra até o instante em que ele partiu, deixando-a para trás e ciente da dor que causaria a ambos, especialmente a ela, que tanto temia a solidão. Havia muitas coisas que ele desejava dizer a Elisabette, tantas explicações para oferecer, na tentativa de se redimir e apaziguar a situação. No entanto, sabia que nada do que dissesse poderia apagar tudo o que fizera ou acalmar seu coração, especialmente considerando que suas ações a afetaram de maneira inimaginável.

Ele a soltou e se afastou, rolando para o lado e deitando-se de costas em meio ao campo de girassóis. Ambos permaneceram ali em silêncio, contemplando o céu azul e ensolarado - tão bonito, tão pacífico, como se nada tivesse acontecido, como se sempre tivesse sido assim, tranquilo.

Elisabette o encarou de lado e suspirou, levando as mãos ao rosto e apertando os olhos antes de se voltar para ele. Tocou-o no ombro para chamar sua atenção, a qual lhe foi prontamente dada. A expressão de desgaste mental e físico era evidente no semblante de ambos os jovens; tudo o que conseguiam fazer era respirar suavemente e tentar não explodir diante das inúmeras emoções contidas em seus peitos - dor, angústia e dúvida.

- Eu pensei que estávamos bem juntos... quer dizer, não que de fato tenhamos estado juntos; nós apenas... - ela sentiu a língua se enrolar, as palavras se entrelaçando de forma confusa, enquanto as frases pareciam destituídas de sentido. - Eu... eu simplesmente não compreendo.

- Você tem o direito de sentir raiva.

- Eu não falei que estou com raiva... - murmurou, desconcertada, suspirando enquanto envolvia ambos os braços no dele, aproximando-se e se encolhendo contra ele. - Eu só quero entender por que você partiu.

- Acredito que eu apenas desejava provar a mim mesmo que ainda valia algo. Então... falei algumas idiotices ao Doflamingo, revelei segredos que não deveria ter compartilhado, roubei os shandians... Fiz merda pra caralho, Elisabette. - Bellamy respondeu da maneira mais clara e sincera que lhe foi possível, desviando o olhar para o lado e contemplando a angústia que se desenhava em seu rosto.

- E valia?

- Não.

A jovem de cabelos platinados limitou-se a assentir e permaneceu em silêncio, ainda segurando o braço do Hiena, que também optou pela quietude, apenas para desfrutar do que ambos sabiam serem, novamente, seus últimos momentos juntos. Afinal, queriam ou não, em breve seguiriam caminhos distintos, uma vez que, no fundo, ela tinha plena consciência de que Bellamy não acompanharia Luffy da mesma forma que ela o fazia; da mesma forma, ela não seguiria Bellamy como ele seguia Doflamingo. Ambos sabiam que não era para ser; ambos estavam cientes de que quanto mais insistissem nessa conexão, maior seria a dor na despedida.

Contudo, a culpada era ela.

E isso ela sabia.

Ela era a responsável por ter se apego excessivamente, ciente de que dali nada poderia florescer.

Ela era culpada por ter se vinculado a alguém que jamais seria seu, por alguém que nunca, em hipótese alguma, a escolheria. Não importava quão puro e genuíno fosse o sentimento entre eles, nascido de algo doce e reconfortante como a amizade que cultivavam.

Elisabette tinha plena consciência de que o apego que havia formado era meramente uma resposta à sua incapacidade de suportar a dor da solidão, ao temor profundo do desespero que a solidão poderia lhe infligir, caso enfrentasse essa realidade novamente.

E ela se entregaria a qualquer um que cruzasse seu caminho e conseguisse romper a barreira de desconfiança que erguera ao seu redor. Com o primeiro que se colocasse diante dela e demonstrasse o mínimo interesse em vê-la como um ser humano - não como uma arma, não como uma guerreira ou uma ameaça, como sempre fora percebida. Seja Bellamy, seja Luffy, seja os Chapéus de Palha ou Law - qualquer um que reconhecesse sua humanidade teria fácil acesso ao seu coração. E, por mais que jamais admitisse isso para si mesma, essa era a mais pura verdade. Ela era sozinha; nasceu, cresceu e se tornou mulher na solidão. Contudo, quando alguém lhe estendeu a mão, ela se quebrou por completo.

- Eu simplesmente não considero correto o que você fez, pois não foi justo. Você poderia ter me comunicado e não ter partido sem mais nem menos. - ela proferiu as palavras com a ferocidade de uma arma disparando contra um alvo, e ele era esse alvo; seu desejo era feri-lo. - Você acha que foi fácil? Eu fiquei sozinha, Bellamy. Você me deixou sozinha.

- Eu sei.

- Você era a única pessoa em quem eu podia confiar naquele lugar, e você se afastou sabendo disso.

- Eu sei.

- Estávamos bem.

- Eu sei.

- Você poderia ter pensado em mim.

- Eu pensei em você, Elisabette. Pensei muito em você. - Bellamy respondeu, encarando-a com um olhar penetrante, repleto de dor. - Mas eu precisava fazer aquilo. Era algo relacionado a mim, não a você.

- Doflamingo era mais importante do que nossa amizade?

- Da mesma forma que seu pai é mais importante do que qualquer outra pessoa em sua vida.

Elisabette parou e o fitou com um olhar assustado, o queixo caindo enquanto mantinha o olho fixo em seu semblante, que, em nenhum momento, demonstrou arrependimento por suas palavras. Algo quebrou dentro dela e se contorceu de uma forma que ela pôde sentir a dor fisicamente; uma agonia em seu queixo, a garganta se fechando e uma sensação de formigamento na ponta dos pés, ao mesmo tempo em que seu nariz se arrebitava quando ela se levantou para se manter sentada, evitando quebrar o contato visual, mesmo quando ele se levantou para sentar-se também.

No instante em que viu a expressão dela mudar de serena e tranquila para assustada e aflita, Bellamy mordeu a própria língua como uma forma de punir a si mesmo por tocar em uma ferida que sabia ainda estar aberta e inflamada nela.

Entretanto, ele preferiu manter o silêncio, ciente de que nada do que dissesse reverteria o efeito causado por suas palavras, assim como ela não o perdoaria de qualquer forma.

Porra, por que ela tinha que ser assim? Ele a abandonou sozinha, falou sobre ela para Donquixote Doflamingo, revelou coisas sobre as Ilhas do Céu e, ainda assim, ali estava Elisabette, diante dele, olhando em seus olhos, apenas cobrando respostas em vez de desferir um soco nele como Hiena sabia que merecia. Ah, como merecia. Ele sabia que merecia todos os socos e chutes do mundo que aquela idiota pudesse lhe dar e, mesmo assim, nada seria capaz de reverter as consequências de suas ações - a dor da solidão, a dor da traição; nada.

Bellamy sentiu algo arder em seu coração, mais doloroso do que todas as pancadas que havia recebido de Dellinger e mais doloroso do que a revelação de que Doflamingo nunca o viu como alguém em quem pudesse confiar para ocupar tal cargo em sua tripulação. Ele sabia que nada do que dissesse reverteria sua situação, nem mesmo desejava fazê-lo; tinha consciência de seus erros e sabia que não merecia perdão. Também estava ciente de que ela acabaria por perdoá-lo porque, mais do que ninguém no mundo, ele a conhecia verdadeiramente - por dentro e por fora. Ele a conhecia, e ela o conhecia. Apesar de todas as dificuldades, um dia eles foram inseparáveis. No entanto, ao olhá-la e ver o estado em que se encontrava, tendo em mente que indiretamente havia causado aquilo, Bellamy, A Hiena, se questionava silenciosamente: "seria demais querer estar com ela novamente?"

Era uma pergunta tola e ingênua para alguém como ele fazer, mesmo que para si mesmo; afinal, a resposta era tão óbvia que ele sentiu, por um breve instante, uma vontade quase incontrolável de rir da bagunça que havia feito e do desejo que ainda conseguia sentir ao vê-la e ouvi-la novamente, enxergando tudo ao seu redor com mais clareza.

- Sendo sincera, Bellamy... eu achei que, caso encontrasse você novamente, teria muitas coisas para falar e perguntar, mas... acho que não consigo.

- Eu realmente não entendo o porquê da sua insistência em continuar aqui, falando comigo, mesmo depois de tudo... - disse ele, suspirando e levando uma mão até os cabelos. - Elisabette, eu forneci a localização de Skypiea de bandeja para Doflamingo e falei sobre Shandora, sobre os tesouros e sobre a tecnologia. O que você acha que ele fez com essas informações?

- E você acha que eu me importo? Não é problema meu o que acontece ou deixa de acontecer com eles, Bellamy. - retrucou a jovem de cabelos platinados, erguendo o queixo e torcendo o nariz. - O que eu tinha para resolver sobre Skypiea já estou finalizando. De resto, já não é mais problema meu.

- Você mente como se não sentisse.

- Hein?

- Esquece... - murmurou Bellamy, sentindo um puxão de cabelo. - Qual é!?

- O que você quis dizer com isso?

- Quando você mente, sua orelha fica vermelha. Sabia disso? - ele disse em um sussurro acusatório, seguido de um beicinho, o que a fez franzir o cenho e tocar as orelhas com confusão.

- O quê!? Mentira! - ela exclamou, surpresa, puxando suavemente as próprias orelhas com espanto. - Que bizarro!

O loiro de pele bronzeada riu com a expressão feita por ela, uma enxurrada de lembranças de tempos bons que não voltariam mais enchendo sua mente ao recordar os momentos descontraídos como aquele, quando Elisabette o surpreendia com suas "primeiras vezes".

Diferente da maioria, Bellamy nunca conseguiu vê-la como uma menina ou uma criança, apesar de sua ingenuidade em relação a algumas coisas e da inocência que ainda brilhava em seu olhar, apesar de tudo. No fundo, ele sabia que isso se devia ao fato de ela ter sido privada de viver normalmente, de aprender, de simplesmente estar ali para viver a vida que lhe foi dada. Elisabette, desde seu nascimento, já havia sido condenada a ser uma arma e era assim que ela vivia - como uma arma, uma assassina... uma genocida.

Então, pegando os dois jovens desprevenidos, Law apareceu de repente, seu olhar severo fuzilando a platinada que, ao percebê-lo, notou a fúria contida em seus olhos acinzentados. Imediatamente, engoliu em seco e encolheu os ombros, enquanto uma sombra macabra cobria o rosto do Cirurgião da Morte. Ele não demorou a agarrá-la e jogá-la por cima do ombro, pegando sua muleta enquanto saía andando de volta para a casa de Kyros, deixando Bellamy para trás, confuso e sem entender o porquê do comportamento agressivo e repentino do tatuado. Contudo, ele não fez nada; apenas ficou quieto e desviou o olhar da cena.

- Ei, Tral-san! - ela começou a espernear, tentando sair de seus ombros, mas apenas sentiu o aperto dele em sua cintura aumentar. - Ai!

- Você deveria estar de repouso. Já foi um erro terem te mandado embora do hospital sem que você estivesse completamente recuperada, e você ainda fica rolando no chão como uma toupeira. O que você quer, sua irresponsável? Piorar? Se for isso, eu mesmo quebro sua outra perna. - Law retrucou com rispidez na voz, encarando-a de lado, com uma veia saliente em sua testa.

- Com licença? Eu só estava resolvendo algumas pendências com o Bellamy e você me atrapalhou.

- Com ele agarrado em cima de você? Essa é nova.

- O que está insinuando, hein? - a jovem puxou o chapéu dele da cabeça e o abraçou enquanto fazia um beicinho. - Não posso falar com meus amigos? Bellamy é meu amigo há muito tempo.

- Se o amigo for ele, então não. Não pode.

- Por quê!?

Como era de se esperar, ele não a respondeu; apenas continuou andando até o momento em que chegaram em frente à casa de Kyros, onde ele a colocou sentada cuidadosamente sobre um banco de madeira encostado na parede, fazendo com que ela o olhasse com o cenho franzido e colocasse o chapéu dele em sua própria cabeça, nunca ousando desviar sua atenção dos olhos dele.

- Escuta... você já resolveu a Febre das Árvores para mim; ainda não tive a oportunidade de agradecê-lo por isso. - ela começou, endireitando o corpo para ficar mais ereta. - Serei eternamente grata por sua dedicação ao meu tratamento e por ter permanecido ao meu lado mesmo quando nada mais parecia ter solução. Você foi ótimo. Obrigada.

- Eu só...

- Espere. - levantou a mão. - Não terminei.

- Perdão.

- Continuando... muito obrigada pela ajuda, pelo tratamento e por ter estado comigo durante as noites em que passei com a cara enfiada na privada. Mas agora... não preciso mais dos seus cuidados; já não há mais motivos para fingir que se importa.

- Como? - Trafalgar arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços. - O que está dizendo?

- Você pode resolver suas próprias questões agora; não precisa mais se preocupar comigo ou me vigiar para ter certeza de que eu não vou me afogar no meu próprio vômito! - Elisabette levantou a voz, histérica, nervosa e claramente frustrada. - Você não tem mais motivos para ficar perto. Apenas isso.

Por uma razão que lhe escapava à compreensão - ou que ele simplesmente preferia ignorar -, algo dentro dele se estilhaçou ao ouvir as palavras que brotaram dos lábios rosados e ressecados da moça sentada à sua frente. Ela o olhava com um misto de determinação e um brilho tênue de culpa, o mesmo que ele havia percebido no Campo de Flores momentos antes de beijá-la como se aqueles fossem seus últimos segundos de vida.

Se fosse sincero consigo mesmo, Law poderia admitir que não imaginava que ela conseguiria sobreviver à Febre das Árvores. A surpresa ainda o envolvia ao contemplar como seu corpo havia suportado uma descarga elétrica de voltagem incerta, mas que fora suficiente para quase consumi-la de dentro para fora, queimando seus braços. Se não fosse por ele tê-la retirado do ar a tempo para socorrê-la, talvez ela tivesse encontrado a morte instantaneamente com o impacto da queda. Ela estava frágil, sensível e vulnerável, e parecia não se importar em continuar lutando, contanto que a luta fosse por Luffy. Isso o intrigava e irritava simultaneamente, pois ele não desejava vê-la cometer erros semelhantes àquela vez fatídica, quando se atirou do alto do Palácio Real ou desafiou Doflamingo em seu estado debilitado.

Entretanto, Elisabette era assim; ele sabia disso. Ele sentia em cada fibra de seu ser e tinha certeza de que ninguém conseguiria mudar a maneira como ela era ou como agia. Ele mal conseguia entender o porquê de tanto esforço e tanta garra.

Os olhos do Cirurgião da Morte permaneciam fixos na figura dela, seu olhar hipnotizado tanto pelo único olho azulado exposto quanto pelas bandagens que cobriam quase todo o seu corpo. Uma faixa na cabeça envolvia seu olho ferido, agora provavelmente inválido; o gesso em sua perna; curativos delicadamente aplicados em sua bochecha; os lábios machucados e a ausência de um dente - ela estava completamente destruída, e tudo isso era culpa dele, por tê-la arrastado para aquela situação.

Claro, ela estava ali por ser uma Chapéu de Palha, mas ele poderia tê-la enviado para Zou, não poderia? Aos poucos, Law havia aprendido a lidar com ela, com suas birras, sua teimosia e suas imprudências. Ele poderia tê-la convencido a ir, se realmente quisesse que ela o fizesse...

Contudo, a verdade era que Law era egoísta. A ideia de tê-la longe quase o sufocou ao considerar a possibilidade de ordenar que Elisabette fosse para Zou, mesmo que isso significasse sua segurança e bem-estar. No fundo, nas sombras mais obscuras e vazias de seu coração, tudo o que ele desejava era mantê-la por perto. Ele queria garantir que ela não escapasse de suas mãos, que não voasse para longe e não pudesse mais estar sob seu controle. Embora não estivesse totalmente sob seu domínio como gostaria, ele ainda ansiava por tê-la próxima a ele, exclusivamente dele.

- É estranho eu dizer isso após o que ocorreu na noite passada, entre os girassóis, mas é que... - Elisabette se perdeu em suas próprias palavras, confusa com sua decisão e sentindo-se ridícula naquele momento. - Sei lá. Sinto-me estranha. Você é esquisito e está fazendo com que eu sinta coisas estranhas.

- "Coisas estranhas", é? Entendo.

- Sei que ainda somos aliados e essas coisas, mas eu só... não preciso mais de você. O que eu desejava, você já conseguiu por mim. Não necessito mais dos seus cuidados.

- Ótimo.

- Isso... - ela murmurou, encolhida, ainda se sentindo uma bagunça pela situação em que havia os colocado.

Olhando para os lados com cautela, certificando-se de que não havia ninguém por perto, um sorriso ligeiramente sádico e provocante se formou nos lábios do capitão dos Piratas de Copas. Em um movimento brusco, ele agarrou as bochechas da mais jovem com uma de suas mãos, apertando-as com força, obrigando-a a comprimir os lábios em um beicinho irresistível. Confusa e sem forças, Magni tentou segurar seu pulso, buscando libertar-se daquela pressão, mas seus esforços foram em vão. Assim, os dois se envolveram em uma troca de força, encarando-se intensamente - ela, assustada e confusa; ele, determinado a realizar algo que ela sabia que poderia destruí-la ali mesmo.

Law aproximou seu rosto do dela, observando quando Elisabette começou a fechar os olhos, preparando-se para beijá-lo mais uma vez. "Tão ingênua que beira a tolice", pensou ele antes de empurrar sua cabeça para trás, fazendo-a colidir com a parede de madeira. O olhar dela se arregalou em um misto de susto e surpresa ao encará-lo novamente, o ar entre eles carregado de uma tensão elétrica e palpável. Ele estava decidido a dominar aquele momento, e ela sabia que não poderia escapar do desejo que os envolvia.

- O que ocorreu no Campo de Flores e na noite passada não se repetirá, passarinho. - ele sussurrou, sua voz suave e penetrante, reverberando próximo ao ouvido dela. Um arrepio percorreu todo o corpo da platinada, que engoliu em seco, sentindo a intensidade daquele momento. - Somos apenas aliados, nada além disso.

- Eu... eu sei, mas eu apenas... pensei que...

- Não tente tirar proveito do que aconteceu para me passar a perna, senão eu realmente quebrarei as suas. - ele falou sem rodeios, afastando a mão de suas bochechas e deslizando os dedos pela face arredondada até o pescoço delicado dela. - Não se esqueça de que ainda está em dívida comigo. Um bilhão de berries não é uma quantia que se paga facilmente por ter livrado minha bunda de alguns chutes.

- Eu sei! Eu vou te pagar! - retrucou ela, eufórica, suas mãos agarrando o pulso dele em um impulso desesperado para se afastar ao sentir seu aperto firme na região. - Cada centavo! Vou pagar!

- Eu sei que você pagará. Afinal, você não tem para onde fugir desta vez, não sem seu coração. - a possessividade em sua voz era palpável, como se ele reivindicasse não apenas a dívida, mas também a própria essência dela, deixando claro que havia um laço entre eles que ia muito além do simples acordo.

Sem qualquer cuidado, Law pressionou mais uma vez o pescoço de Elisabette, observando com um olhar intenso enquanto a pupila dela quase desaparecia em meio à íris azul de seu olho. Sua pele, por alguns instantes, tornou-se tão pálida que parecia prestes a se desvanecer diante dele. Finalmente, ele a soltou com um empurrão contra a parede, afastando-se e retornando para o interior da casa de Kyros, deixando-a sozinha com seus pensamentos - completamente atônita, desesperada e frustrada, sentindo seu ventre arder em chamas ao ainda recordar a sensação dos dedos delgados e macios que haviam apertado sua garganta com firmeza. O fôlego lhe faltou por segundos que pareceram se prolongar numa eternidade, marcando seu corpo e sua alma de forma indelével.

Ainda nervosa e absorta, a sentinela dos Piratas do Chapéu de Palha levou a mão até o pescoço, dedilhando com delicadeza o local onde havia sido apertada. Deslizou a ponta dos dedos por ali, como se ainda pudesse sentir a pressão, e algo dentro dela a fez balançar, como se estivesse prestes a desmoronar.

Elisabette suspirou e deixou as mãos caírem ao longo do corpo, encarando o céu com um olhar perdido. Pensava no que faria e como conseguiria se livrar daquela situação sem precisar pedir ajuda a seus companheiros, temendo colocar tudo a perder. Conhecendo-os bem, sabia como reagiriam se soubessem que Trafalgar Law, o temido Cirurgião da Morte, tinha seu coração como garantia de que ela pagaria uma dívida contraída em nome de Luffy.

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