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━━ 𖥔 ִ ་ ،𝟰𝟳. 𝗢 𝗰𝗼𝗻𝗳𝗼𝗿𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝘂𝗺 𝗮𝗯𝗿𝗮𝗰̧𝗼.

━━ Segunda parte da Grand Line, Novo Mundo ; Reino de Dressrosa.

Após a derrota de Donquixote Doflamingo pelas mãos de Monkey D. Luffy, o capitão do bando dos Piratas do Chapéu de Palha, Dressrosa finalmente se libertou das maldades ocultas causadas pelo Shichibukai e Tenryubito renegado. Algumas pessoas choraram de emoção, outras gritaram de alegria, enquanto a maioria comemorava correndo livremente pelas ruas do país. Embora tudo estivesse destruído e apenas ruínas permanecessem do que um dia haviam sido os prédios que constituíam o reino, os cidadãos ainda assim estavam satisfeitos e alegres com a liberdade que conquistaram depois de tanto tempo sofrendo sem nem imaginar a dor.

Os Chapéus de Palha, junto com os samurais de Wano e Bellamy, se reuniram na casa de Kyros para descansar após a luta, deixando Luffy adormecido e acolhido sobre a cama. Elisabette, após sofrer diversas queimaduras em seu corpo devido ao uso do El Thor, foi levada por algumas enfermeiras de Dressrosa para o hospital local para ser tratada de forma mais adequada.

Embora relutantes com aquela decisão, Robin e Franky compreenderam que ela precisava daquele tratamento assim que observaram a jovem desfalecida nos braços de Trafalgar. Este, por sua vez, não sabia se pediria desculpas ou se apenas permaneceria calado, mas tudo o que lhe restou foi, de fato, permanecer em silêncio e deixar que o médico de bom coração a levasse para longe dele, de seus cuidados, de sua observação e atenção. Afinal, quer queiram ou não, Trafalgar sabia como tratá-la, conhecia suas alergias, os remédios que funcionavam corretamente com ela e dominava a ficha médica dela de cor. Entretanto, optou por seguir a arqueóloga e deixar que eles a tirassem de suas mãos, vendo-a sendo levada quase como um cadáver em uma maca mal feita e quase caindo aos pedaços.

Contudo, quando a noite caiu sobre o reino e todos adormeceram, o Cirurgião da Morte, mesmo estando fisicamente cansado e psicologicamente esgotado, saiu escondido para ir vê-la.

O batuque dos passos de seus sapatos foi o único som escutado por Law enquanto ele caminhava apressadamente pelas vielas, seus olhos vasculhando cada beco, cada entrada e cada prédio em busca de alguma construção não tão destruída que parecesse o que restava de um hospital.

Seu coração estava acelerado no peito, ansioso para vê-la, encontrá-la de uma vez e conferir com seus próprios olhos como estavam seus ferimentos, garantindo que estavam cuidando bem dela. Law sabia que, enquanto não a visse e não pudesse ter a absoluta certeza de que tudo estava de fato bem, ele não conseguiria relaxar. Foi doloroso para ele vê-la sucumbir pouco a pouco à fadiga e à exaustão, seu corpo desistindo de responder às suas vontades em momentos cruciais. Ele sabia que tudo isso era causado não apenas pela batalha que enfrentavam, mas também pela Febre das Árvores, que ainda consumia seu corpo como uma praga espalhando-se por sua pessoa.

Sua busca durou cerca de meia hora até que se deparou com um prédio aparentemente "abandonado" com uma cruz vermelha apagada no topo, o que o fez suspirar aliviado ao concluir que finalmente havia encontrado o maldito hospital que tanto procurava em busca da pirralha barulhenta.

Na surdina, o moreno utilizou uma Room para se teletransportar para o interior do prédio, sempre tomando cuidado para não chamar a atenção de ninguém e tentando passar despercebido. Apesar disso, ele percebeu que não seria possível, pois todos ali pareciam adormecidos, incluindo médicos e enfermeiras - uma grande parte deles estava encostada nas paredes ou nos batentes das portas, caídos em um sono profundo.

Foi então que, no último quarto, um pouco mais afastado dos demais, ele finalmente a encontrou.

Elisabette estava com o corpo cheio de bandagens cobrindo suas feridas, especialmente as queimaduras em suas mãos e braços. Seu rosto também estava enfaixado, com bandagens envoltos ao redor de sua cabeça e cobrindo seu olho ferido, o que levou Law a crer que essa era a lesão mais profunda e complicada para lidar naquela situação. Além disso, havia um tubo de soro conectado em seu pulso e uma máscara de oxigênio cobrindo sua boca e nariz.

O homem engoliu em seco e finalmente se aproximou, parando próximo a ela para poder observá-la melhor. Ele a examinou atenciosamente, um arrepio percorrendo sua espinha. Ela parecia tão frágil e delicada naquele estado, com seu corpo coberto de bandagens, usando uma batina de hospital e necessitando de aparelhos para respirar e soro para se nutrir.

Hesitante e cuidadoso, sua mão se moveu em direção à sua testa e afastou seu cabelo para o lado, permitindo uma melhor visualização de seus olhos adormecidos. Seu coração acelerou novamente, a culpa lhe corroendo. Ela estava naquele estado porque dera tudo de si em uma luta que nem sequer era dela; ela estava naquele estado por lutar até os ossos por uma vingança que não tinha nada a ver com ela e nem mesmo era de seu interesse. Ela estava naquele estado porque... lutara por ele.

- Tral-san... - sua voz, fraca e quase inaudível, ecoou pelo quarto, imediatamente atraindo seus olhos de volta para seu rosto.

- Não fale. Poupe suas forças.

- O Luffy... ele... ele conseguiu, não conseguiu...? - ela murmurou, sem forças para abrir os olhos, mas sabendo que era Law quem estava ali.

- Sim... o Mugiwara-ya venceu. - sua resposta foi direta, embora houvesse certa suavidade em seu tom.

- Que bom... - finalmente, ela conseguiu abrir um dos olhos, procurando por sua face e sorrindo fracamente ao encontrar seu olhar. - Você... como... como você está?

- Estou vivo.

Uma risada agridoce e fraca escapou de seus lábios, sua mão apoiando na testa enquanto ria da resposta dele.

- Você não parece muito feliz com essa resposta... - ela disse, rindo, ao ouvir um estalar de língua vindo dele.

- Suas manchas. Não tratamos delas hoje... os remédios ficaram todos no Sunny.

- Não será necessário... - Elisabette adotou uma postura séria para falar. - Eu só vou descansar mais algumas horas e irei para Green Bit. As plantas que preciso estão lá. Uma vez que eu as tiver em mãos...

- Você fica. Eu vou.

- Hein?! - ela franziu o cenho.

- Não vou repetir. Você ouviu. - ele retrucou, encarando-a de cima enquanto cruzava os braços. - Você não sairá desse hospital até os próprios médicos daqui lhe darem alta.

- Eu só recebo ordens do meu capitão.

- Elisabette-ya, pare de agir como uma criança birrenta e preste atenção. Isso não é brincadeira. Sua saúde está em risco. Você tem noção de que quase literalmente fritou com a quantidade de correntes elétricas que percorreram seu corpo? - Law falou em um tom ríspido e agressivo, observando-a encolher ao ouvi-lo falar dessa maneira com ela.

Era comum que ele falasse de forma grosseira, mas desta vez era diferente. Ele a estava repreendendo verdadeiramente, e isso a incomodou, fazendo-a sentir constrangida.

- Se não morreu com aquele tiro em seu rosto ou quando se jogou do topo do palácio, você iria morrer eletrocutada por conta própria. Você tem alguma ideia do tamanho da merda que você ia fazer? Eu perdi as contas de quantas vezes você chorou como um bebê em desespero porque não queria morrer, apenas para se jogar de peito na morte na primeira oportunidade que aparecesse! - ele se aproximou dela novamente, observando como seu corpo se retraía sobre a maca enquanto ela o encarava atônita. - Eu disse e irei dizer novamente: você não sairá desse hospital até os próprios médicos daqui lhe darem alta. Entendeu?

- ...entendi. - a jovem murmurou, ainda encolhida.

Elisabette não proferiu mais nenhuma palavra, permanecendo em silêncio enquanto observava o moreno lhe dar as costas com uma postura arrogante e sair andando sem lhe dar satisfação. Ficou claro que seu destino seria Green Bit e que seria ele quem iria lhe trazer as plantas com a substância que se tornaria não apenas a sua cura, mas também a salvação de Skypiea.







Após algumas horas, Law retornou ao hospital e encontrou Elisabette ainda acordada, contemplando a janela com um olhar perdido. Sua mão livre roçava delicadamente a faixa que protegia seu olho ferido. Ela permanecia quieta e silenciosa, mergulhada em seus pensamentos. Ele se perguntava quais eram os assuntos que absorviam sua mente nesses momentos de introspecção e quais eram os temas tão poderosos que a levavam ao silêncio, ao foco em sua própria mente.

Em uma de suas mãos, Law segurava uma sacola cheio das plantas que ela tanto desejava, enquanto na outra, uma seringa com um líquido esverdeado - a substância Quonine, a cura para a Febre das Árvores que ela almejava encontrar há semanas para tratar-se.

Ao perceber sua presença, a platinada lentamente se virou para encará-lo, ambos com olhares cansados e sonolentos, ainda que obstinados demais para permitir que seus corpos descansassem. Ele se aproximou da maca, parando a uma distância adequada, apenas dois ou três passos de distância, mantendo seu olhar fixo em seu rosto abatido. Enquanto analisava seu semblante, seus olhos se detiveram em seus lábios rosados, recordando o momento em que, dominado não apenas pela culpa, mas também pela emoção do instante, a beijara. Ele ainda lidava com a indiferença dela, já que ela pareceu não se importar com o que havia acontecido, não dizendo uma única palavra sobre o incidente - quase como se o tivesse completamente ignorado.

O maior pendurou a sacola na cabeceira da maca e estendeu a seringa em sua direção, encorajando-a a pegá-la. No entanto, contrariamente ao que ele esperava, Elisabette recuou com um olhar assustado, fitando-o nos olhos com um misto de aflição e medo.

"Ela tem medo da agulha", ele pensou consigo mesmo, suspirando e aproximando-se ainda mais. Ele tocou seu braço com cuidado, segurando-a com firmeza, mas cautelosamente para não apertá-la mais do que o necessário, pois, apesar das circunstâncias, não desejava causar-lhe mais dor do que ela já estava sentindo. Afinal, ter queimaduras em suas mãos e braços deve ser extremamente doloroso durante a cicatrização, e ele nem conseguia imaginar estar em seu lugar sem sentir uma agonia no estômago.

- Não... eu não gosto disso... isso machuca. - murmurou a mais jovem, trêmula, tentando puxar o braço e se afastar ao colocar a mão sobre a dele. - O Chopper me aplicou uma injeção uma vez, quando um cavalo me mordeu na cabeça... doeu muito.

- Dói, mas é uma dor rápida e necessária para sua recuperação! - Law respirou fundo, sua mão soltando seu braço e indo para o seu rosto, tocando sua bochecha manchada, acariciando-a cuidadosamente.

Odiava admitir, mas aquilo já havia se tornado um hábito e uma necessidade - tocar-lhe o rosto dessa forma enquanto enganava a si mesmo, dizendo que era apenas uma consulta.

- Vou aplicar a injeção rapidamente e com cuidado. Não irá doer, e se doer, será como uma picada de mosquito.

- Tudo bem... vou confiar em você. - ela choramingou, estendendo o braço para o Cirurgião da Morte e respirando fundo.

- Boa menina.

A injeção foi aplicada com habilidade e rapidez. Law segurou o braço dela firmemente, mas com gentileza, enquanto o líquido era injetado. A jovem mordeu o lábio inferior, seus olhos se fechando brevemente ao sentir a sensação da agulha penetrando sua pele.

Quando tudo terminou, Law afastou a agulha, cobrindo a área com uma gaze limpa. Ele encarou-a com uma mistura de preocupação e atenção, observando-a atentamente enquanto ela relaxava o braço, sua expressão suavizando.

- Doeu?

- Um pouco...

- Eu disse. - Trafalgar sorriu fracamente, mas com uma sutil zombaria, enquanto observava-a deitar-se novamente sobre a maca e puxar o cobertor, aparentemente exausta.

Finalmente, o silêncio se instalou no pequeno quarto do hospital, que se uniu à quietude de Dressrosa após um dia inteiro repleto de caos. Fora uma tarde agitada, não só para aqueles que estavam em pé lutando desde cedo, mas para todos os habitantes daquele país, que tanto fizeram para sobreviver e salvar aqueles que não conseguiam se proteger sozinhos. O cansaço era real, o descanso era necessário, e todos o fizeram, pois mereciam descansar depois de tanto tempo, de tanta dor, de tanto sofrimento... eles finalmente puderam fechar os olhos em paz para uma longa noite de sono.

Cada um lutou suas próprias batalhas naquele dia.

Alguns lutaram pela sobrevivência, como o povo do reino de Dressrosa, que lutou a todo custo para permanecer vivo e gozar de sua liberdade.

Outros lutaram pela honra, como os fuzileiros navais, que protegiam os civis, os únicos inocentes no meio de toda aquela bagunça causada pelo Governo Mundial e pelas coisas ocultadas pela Marinha, que seus próprios soldados agora se recusavam a acreditar na imprudência de sua parte.

Alguns lutaram por vingança, como Trafalgar Law, que fez tudo para vingar o homem que o salvou quando ninguém mais via esperança na longitude de sua vida.

E outros lutaram para ver seus amigos sorrindo com o doce sabor da liberdade em suas línguas, como Monkey D. Luffy e seus companheiros fizeram, dando tudo de si para proteger e defender aqueles que foram oprimidos e impedidos de sorrir e desfrutar do ar da liberdade.

Elisabette olhou para o homem de pele tatuada ao seu lado, seu olhar sonolento encontrando o dele, que transmitia o mesmo sentimento em seu semblante inexpressivo. Quando encontrou os olhos acinzentados dele, ela logo lembrou de quando se beijaram em meio à destruição, sentindo um borbulhar no estômago e balançando a cabeça para afastar aquele pensamento. Em seu lugar, veio a lembrança de suas próprias palavras e do momento em que se humilhou diante dele em busca de perdão, sem obter nenhuma palavra ou resposta.

Mas ele havia feito tudo o que fez por ela, e ela nem entendia o porquê. Afinal, quem estava devendo algo a alguém ali era ela, e ela o devia muito. Muitas berries estavam envolvidas para ter seu coração de volta... e se não conseguisse? Ele levaria em consideração o laço que haviam criado e a devolveria? Talvez não, talvez sim. Law ainda era uma bagunça de sentimentos para ela.

- Você ainda não me respondeu... - o murmúrio suave e cansado da birkan chegou aos ouvidos dele, que ergueu uma sobrancelha em curiosidade.

- Sobre o quê?

- Se você me desculpa. Por tudo. Pelas risadas, os gritos e por ter permanecido, você sabe, agarrando-se a você como se fôssemos amigos ou algo semelhante... - a voz dela soava em um misto de tristeza e amargura, fazendo com que ele compreendesse que ela falava a sério sobre tudo o que havia dito horas antes. - Eu sei que você não me suporta, que me acha uma pirralha barulhenta; eu só... queria ser sua amiga.

- Não.

- Não?

- Eu não te desculpo! - Law respondeu com rispidez passiva, fazendo-a arregalar o olho enquanto o encarava espantada, sentindo algo estranho, como uma adaga perfurando-a com a rejeição.

O Anjo da Morte apenas se calou e sorriu de forma sutil para ele, aceitando sua recusa com boa vontade, embora lhe doesse não ouvir as palavras que desejava. Sendo honesta consigo mesma, ela sabia que seria egoísmo de sua parte se chatear com o "não" que lhe fora dado; afinal, por que ele deveria perdoá-la? Depois de tudo, não havia razões para isso.

- Eu não te desculpo porque não há motivos para pedir desculpas.

- O quê? Como não? - Elisabette franziu o cenho.

- Não há motivos. Simples assim.

- Você complica tudo!

- Você complica ainda mais.

Um leve sorriso de canto se formou nos lábios de Trafalgar ao contemplar a expressão envergonhada dela, como se não esperasse tal resposta vinda dele. Suas bochechas arredondadas estavam intensamente coradas, contrastando de maneira sublime com sua pele alva. Os lábios, comprimidos em uma linha reta, revelavam um misto de timidez e vulnerabilidade, enquanto madeixas platinadas caíam suavemente sobre seu rosto. O luar parecia reluzir nas mechas loiras e prateadas dos cabelos da sentinela, conferindo-lhe uma aura etérea.

Embora ela parecesse estar em pedaços, havia uma beleza incomensurável em sua fragilidade, como uma flor que desabrochou no meio da destruição e se recusou a ser corrompida. No entanto, ele sabia que essa última parte não refletia a verdade; ela era tão marcada pelas imperfeições do mundo quanto ele.

Law levou uma mão até os longos fios que compunham os cabelos dela, afastando-os para trás e revelando a seminudez de seus ombros largos, marcados pelas curvas de seus músculos definidos. Seu olhar se perdeu por um instante naquela parte de seu corpo antes de retornar ao contato visual, percebendo a sonolência evidente em sua expressão cansada, que parecia prestes a ceder ao sono a qualquer momento, lutando contra isso apenas para... permanecer mais tempo ao seu lado.

- Eu já vou. Descanse, pela manhã Nico-ya virá aqui para vê-la.

- Não... não vai... - ela praticamente choramingou ao se afastar, suas mãos segurando firmemente o braço dele e o puxando de volta.

Quando parou, ele a encarou com seus olhos indecifráveis e, antes mesmo que pudesse pronunciar qualquer palavra, repreendê-la ou simplesmente questioná-la, Elisabette envolveu a cintura dele com os braços e o abraçou. Seu rosto repousou sobre o abdômen dele, enquanto ele permanecia estático, confuso e perdido, mas sem um pingo de vontade de afastá-la ou de se distanciar de seu abraço. Após tanto tempo, ele não apenas aprendeu a se acostumar com aquilo, como também descobriu que gostava.

- Eu não quero ficar sozinha... eu não gosto de ficar sozinha... por favor, não me deixe sozinha...

- Eu... eu não posso ficar aqui.

- Por quê? - ela o olhou com confusão e frustração, seus braços apertando-se contra ele.

- Porque eu não posso ficar com você.

- Eu sei. Mas é apenas por hoje. - seu sussurro fraco quase o fez soltar a corda que o puxava para longe dela, mas ele segurou firme e manteve o rosto com sua carranca habitual. - Por favor... não há mais ninguém neste quarto, apenas eu. Eu não gosto de ficar sozinha.

E, no fim, ele se deu por vencido. Law olhou ao redor e avistou uma cadeira de madeira velha encostada em um canto. Caminhou até ela, trouxe-a para perto da maca em que a platinada estava e a posicionou ao seu lado. Em seguida, sentou-se, cruzou as pernas e os braços e ficou observando-a em silêncio, arqueando uma sobrancelha ao se deparar com a confusão estampada em seu rosto.

- O que foi agora?

- Você não vai dormir?

- Vou.

- Na cadeira?

- Não, vou dormir no chão. - o maior respondeu debochadamente e se arrependeu no instante em que a viu olhá-lo com uma expressão que deixava claro que ela havia levado suas palavras a sério. - Eu vou dormir na cadeira, pirralha.

- Negativo! Você pode dormir aqui comigo.

- E você também quer meu cu raspado?

- Oh, nojeira! Pode ir me tirando! - uma gota de suor escorreu da testa dela enquanto o encarava de lado.

Ao mesmo tempo em que era agradável estar na presença dela, ainda era irritante lidar com suas reações exageradas e suas explosões de energia, que se assemelhavam a uma bomba de açúcar explodindo, deixando tudo ao redor agitado e barulhento. Ele a encarou com os olhos estreitos e os punhos cerrados, antes de suspirar e levar uma mão ao rosto, empurrando levemente o chapéu para trás. Pegou-o e o colocou sobre a cadeira, virando-se então para a mais jovem, que ainda o observava.

- E então? - ela riu ao vê-lo bufar enquanto se sentava na beirada da maca e começava a desfazer as amarras dos cadarços de seus sapatos, tirando-os logo em seguida e ficando apenas com as meias.

- Só desta vez e somente porque preciso conferir como você passará a noite após a vacina, se terá alguma reação alérgica ou algo assim. - Law retrucou, deitando-se na maca ao lado dela, mas mantendo certa distância entre seus corpos.

- Obrigada.

- Não foi uma...

Elisabette apenas o observou, esperando que ele completasse a frase.

- De nada. - o moreno murmurou, desviando o olhar da atenção dela.

Elisabette permaneceu em silêncio, deitada de costas e olhando para ele com a cabeça virada para o lado. Observava-o acomodar-se em uma posição desconfortável para caber na maca sem tocá-la, o que a fez revirar os olhos. Sem avisos, ela o puxou para perto, juntando seus corpos ao abraçá-lo com cuidado para não arrancar os aparelhos conectados a ela. Aninhou-se contra o peito dele enquanto, hesitante, Trafalgar retribuiu o abraço envolvendo seus braços em torno da cintura dela. Ele sentiu os seios dela, cobertos pela fina camada de tecido que formava a blusa, tocarem seu abdômen, fazendo-o prender um grunhido na garganta e apertar os olhos.

E assim, permaneceram naquele estado sereno, deitados em um espaço apertado na maca, seus corpos unidos em um abraço seguro e caloroso, enquanto suas pernas se entrelaçavam suavemente uma na outra.

O olho dela estava quase se fechando, e o suave movimento do seu peito, subindo e descendo lentamente, anunciava que a jovem estava prestes a adormecer. Law sentiu uma onda de gratidão por esse momento; tudo o que ele menos desejava era que algo inesperado ocorresse, forçando-o a se afastar dela. Na verdade, ele também ansiava por dormir, por encontrar um refúgio de descanso após uma jornada exaustiva. Sabia que seu corpo clamava por repouso, antes que a falta de sono o fizesse sucumbir ao cansaço.

Foi então que o Cirurgião da Morte voltou seu olhar para o semblante dela, observando a sonolência que parecia quase levá-la a um doce descanso. O aperto de seus braços em torno do corpo dele se dissipava lentamente, até que, de repente, ela abriu um dos olhos com um movimento suave, fitando-o com uma expressão de ternura.

Estavam mais próximos do que ele jamais imaginara que poderiam estar. Nem mesmo durante aquele beijo no Campo de Flores haviam compartilhado uma proximidade tão intensa - as únicas ocasiões em que a sentira tão próxima foram nas noites em que ela se deixava levar pelo desespero e pelas crises de ansiedade, momentos em que a angústia a consumia ao pensar na Febre das Árvores devorando seu corpo. Nesses instantes, coubera a ele segurá-la firmemente, oferecendo consolo e ajudando-a a reencontrar-se em meio ao turbilhão emocional.

Em um silêncio envolvente e com um olhar curioso, ele observou Elisabette retirar delicadamente a máscara de oxigênio de seu rosto, evidenciando que já não necessitava mais dela. Com um gesto suave, ela a deixou de lado e, em seguida, elevou um pouco o corpo, permitindo que seus rostos se alinhassem, seus olhares se cruzando em uma conexão quase sobrenatural.

Naquela atmosfera intimista, onde a única iluminação provinha das estrelas cintilantes e da lua radiante que adornava o céu, o ambiente parecia ser banhado por uma luminosidade suave e reconfortante. A luz prateada iluminava o quarto de maneira delicada, proporcionando a ambos visões tranquilizadoras um do outro, como se o universo inteiro conspirasse para intensificar aquele momento singular entre eles.

- Por que você me beijou? - Elisabette sussurrou o mais baixo que pôde, sua voz quase inaudível.

- Foi o calor do momento.

- Naquela hora, realmente estava bastante quente... - ela respondeu suavemente, quase cantarolando, enquanto seu olhar se fixava nos lábios dele. - Aquele cara da gosma colocou fogo em tudo.

- Sim, o Trebol. - Trafalgar sentiu um nó na garganta ao perceber que ela começara a aproximar-se demais, ciente de onde aquilo poderia levar e incapaz de recuar.

Timidamente, Elisabette inclinou-se para mais perto, seus lábios encontrando os dele com um toque suave e delicado, dando início a um beijo lento e repleto de ternura. Ambos fecharam os olhos, entregando-se às carícias que os envolviam. As mãos dele seguravam firmemente a cintura dela, atraindo-a para mais perto, até que sentiu o corpo dela completamente colado ao seu, cada curva de sua silhueta parecendo se encaixar perfeitamente nos músculos definidos dele.

Seus braços a envolviam com intensidade, enquanto as mãos dela seguravam o rosto dele entre as palmas, como se quisesse preservar aquele momento eterno. O mundo ao redor desaparecia, e tudo que existia era a conexão profunda entre eles, aquecida pela paixão que pulsava em cada toque e em cada suspiro compartilhado.

Traindo todos os seus ideais de não tocá-la, consumido por uma ardente fome de contato, Law levantou cuidadosamente a batina dela em direção aos quadris, suas mãos deslizando lentamente pela cintura, até que finalmente encontraram a pele exposta. Ele apertou com firmeza, sentindo algo profundo pulsar dentro de si ao ouvi-la arfar sob o toque delicado de seus dedos na curva de seus quadris largos.

Afastando os lábios dos dela, ele começou a trilhar beijos suaves ao longo de sua mandíbula, explorando cada centímetro até chegar ao seu pescoço. Deixou estalos gentis e doces por toda a pele alva que brilhava sob o luar, como se cada toque fosse um sussurro da paixão que os unia. A atmosfera ao redor parecia vibrar com a intensidade daquele momento, onde o desejo e a ternura dançavam em perfeita harmonia.

As mãos dele encontraram o caminho para as nádegas dela, envolvendo-as com um aperto simultaneamente firme e gentil. O desejo pulsava dentro dele, quase gritando por liberdade em sua calça jeans ao ouvir o suave choramingar que escapou dos lábios dela sob o toque. A mente dele se tornava uma zona ao notar o olhar dela dirigido ao seu rosto, repleto de emoções conflitantes. Seu olho, marejado, refletia uma vulnerabilidade inesperada; as bochechas coradas denunciavam a intensidade do momento; e os lábios inchados, resultado do beijo ardente, pareciam perguntar silenciosamente se ela estava desfrutando ou se sentia aversão àquele toque.

Ignorando qualquer hesitação, ele inclinou-se novamente e tomou os lábios dela em um ósculo apaixonado. Sua língua invadiu seu interior com fervor, buscando saborear cada nuance de seu gosto, empreendendo uma busca desesperada por tê-la completamente. O desejo ardia entre eles, transformando aquele instante em um delírio de sensações e promessas não ditas.

Por fim, em busca de fôlego, os dois se afastaram minimamente, mantendo as testas unidas enquanto seus peitos subiam e desciam, recuperando o ar perdido durante o ato. Law sentia suas mãos tremerem ao recordar onde estavam repousadas, e rapidamente retornou à cintura dela, puxando-a para perto e segurando-a com firmeza, mas tendo o cuidado de evitar o tubo de soro em sua veia, não desejando arrancá-lo devido à sua brusquidão.

- Você não pode contar isso a ninguém. - ele mencionou, sentindo o corpo dela se aconchegar contra o dele, enquanto as mãos dela se agarravam ao seu sobretudo.

- Eu sei.

- Bom.

- Tral-san...

- Diga.

- Um dia você nunca mais me verá. - Elisabette resmungou contra o peito dele, fechando os olhos lentamente até adormecer, deixando-o só.

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pra quem tava esperando que finalmente rolasse um hot, por favor, me desculpem, mas ainda não é a hora lkkkkkkkkk

não esqueçam que a Lis é um pouco bobinha pra alguns assuntos, então ela meio que trata sexo somente pra reprodução e não em prol do prazer ☝️😭 mas não se preocupem... o Law vai mostrar que sexo vai muito além de apenas procriar rs

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