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━━ 𖥔 ִ ་ ،𝟰𝟯. 𝗣𝗿𝗮𝘁𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝘀𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗲 𝗳𝗿𝗶𝗼.









━━ Segunda parte da Grand Line, Novo Mundo ; Reino de Dressrosa.

Doflamingo disparou cinco Cordas Projétil na direção de Elisabette, que conseguiu desviar de todas, mas resultou em Moocy sendo atingido e não demorando a tombar, debilitado pelos tiros que o acertaram e pelo sangue que começou a jorrar de seu corpo. A jovem de cabelos platinados sentiu a tensão palpável no ar ao testemunhar o desespero de seu capitão ao cair na água quando o touro virou, restando apenas Law ainda algemado acima dele. Naquela situação, os dois eram vulneráveis; tanto Luffy quanto ele. Apenas ela poderia resolver aquilo naquele momento, e ela sabia disso. Todo o peso estava sobre seus ombros agora e, se ela falhasse, se ela morresse... tudo estaria perdido.

Porra! O que ela deveria fazer? Elisabette não era burra, apesar de tudo. Conhecia seus limites e sabia que não possuía energia suficiente para lutar com todas as suas forças, especialmente contra alguém tão forte quanto Doflamingo, como ele mesmo havia demonstrado ser.

A Birkan engoliu em seco e apertou o cabo de Inazuma entre os dedos, sentindo as ondas de eletricidade percorrendo suas veias e envolvendo seu corpo em forma de pequenos raios de energia azulada, que rapidamente criaram feixes de luz no túnel escuro. Seus olhos estavam fixos nos do Shichibukai, percebendo a aura maligna que emanava dele - ele era um homem ruim, de corpo e alma; talvez desde o nascimento já estivesse destinado a ser assim... assim como ela.

Entretanto, Doflamingo começou a proferir palavras que a fizeram parar para ouvir e olhar de esguelha para o Cirurgião da Morte ao perceber que aquelas frases eram destinadas a ferir diretamente seu ego e psicológico. Ele falava sobre o homem que o salvou, Corazón. Elisabette não sabia quem realmente fora Corazón nem qual era sua importância para Law, mas algo dentro dela - bem no fundo do seu coração - não importava quão distante estivesse - fez com que reunisse forças, quase inexistentes, e toda a afeição que havia adquirido por ele para... lutar por ele. Elisabette não compreendeu isso à princípio; no entanto, não queria vê-lo daquela maneira: atordoado, frustrado... assustado? Ele podia esconder seus sentimentos, mas ela sabia; sentia o medo nele, no coração dele. O medo... era o mesmo medo de uma criança.

No entanto, antes que pudesse avançar contra o homem, os dois caçadores de recompensas que haviam se aliado a Luffy retornaram com toda a velocidade e atacaram o corpo de Donquixote Doflamingo, atingindo-o em cheio com suas espadas e tridente. Sua figura desfez-se em fios brancos, revelando ser apenas mais um clone.

Magni permaneceu em silêncio, tentando processar a situação, até que um forte rubor apareceu em suas bochechas ao perceber que havia feito toda uma cena para absolutamente nada. Ela encolheu os ombros e colocou a foice em suas costas novamente, fazendo um beicinho grande e franzindo o cenho antes de caminhar até onde seu capitão estava submerso na água. Agarrando-o pelo braço, lançou-o para fora d'água sem qualquer cuidado. Em seguida, encarou Moocy, pegou-o pelos chifres e o arremessou para longe, ouvindo apenas o grunhido de Trafalgar ao cair por baixo do touro e quase ser esmagado.

- Isso foi embaraçoso! Como ele ousa brincar conosco assim, com esse papo de que veio nos salvar? Quem ele pensa que é!? - murmurou Elisabette, irritada, enquanto batia os pés com força até chegar onde todos estavam e arrancar o animal de cima de seu aliado.

- Ai, Lis! Cuidado aí, pô! - exclamou o garoto com chapéu de palha, acariciando o galo em sua cabeça. - 'Cê precisa maneirar na força!

- Estou irritada!

Law arregalou os olhos em descrença ao vê-la agir daquela forma, embora já estivesse acostumado. No entanto, não disse nada; apenas permaneceu em silêncio enquanto sentia o Chapéu de Palha agarrá-lo e puxá-lo para cima do ombro, anunciando que já sabia uma forma de sair daquele lugar e chegar ao terceiro nível o mais rápido possível, cortando caminho para encontrar Doflamingo no Palácio Real.

Honestamente, eles esperavam qualquer coisa, menos que Luffy utilizasse seu Elephant Rifle para abrir uma passagem acima deles, lançando-se para o alto com seu aliado e sendo imediatamente seguido por sua companheira. A cena surpreendeu a todos ali, incluindo seus novos aliados, os lacaios de Doflamingo e alguns fuzileiros navais que estavam presentes naquele momento. Era evidente o choque de todos ao vê-los surgindo como demônios submergindo do inferno.

Os olhos de Elisabette brilharam em um tom intenso de azul enquanto rodava sua foice nas mãos e começou a disparar raios cortantes contra seus adversários. Seu corpo movia-se em perfeita sincronia com o vento, como se fosse uma só com a brisa do caos gerado pelas explosões e tiroteios. Seus pés tocavam o chão apenas para ganhar impulso e voar rapidamente em direção àqueles que ousavam tentar atingir Law e Luffy. Suas mãos deslizavam, com as unhas rasgando braços e rostos de quem se aproximasse dela ou deles. Naquele instante, ela era o verdadeiro tormento de qualquer um que se mostrasse contra o garoto com chapéu de palha.




Depois de se unirem para impedir que os soldados da Família Donquixote impedissem Luffy de chegar ao Palácio Real, seus aliados abriram um caminho livre para que ele continuasse seu trajeto. Entretanto, novos problemas surgiram, causando mais cansaço e fadiga, embora ainda houvesse tempo para resolvê-los. Enormes bonecos quebra-nozes apareceram como um exército pronto para massacrar o Chapéu de Palha e aqueles que o acompanhavam naquele momento - Trafalgar Law, Elisabette, Cavendish e Kyros. Foi então que Robin e Bartolomeo apareceram para ajudar, informando-os de que Rebecca já se encontrava no quarto nível, no Campo de Flores, aguardando por eles com as chaves que poderiam libertar o Cirurgião da Morte das algemas de Kairouseki que o prendiam e drenavam suas forças.

Graças às escadas criadas pelas barreiras de Bartolomeo, os dois chapéus de palha não tardaram a correr pelos degraus em direção ao Campo de Flores, onde não encontrariam apenas Rebecca, mas também Doflamingo, que obviamente estava no Palácio Real aguardando por eles, cheio de si e com seu ego inflado ao acreditar que seria ele a rir por último; que seria ele a ver todas aquelas vidas dizimadas em prol de sua má reputação. Afinal, o que é a vida de um simples humano comparada ao triunfo astuto de um Dragão Celestial? Nada. Não é nada. É escória.

Foi então que, como um milagre surgido em meio a todo aquele inferno, no instante em que o trio alcançou Rebecca, a garota conseguiu arremessar a chave diretamente para as mãos de Elisabette. Antes mesmo de ser engolida por um quebra-nozes colossal, ela libertou Law, que rapidamente criou uma Room suficientemente grande para cercá-los e fatiar o boneco em inúmeros pedaços. Assim, a birkan foi libertada, aterrissando graciosamente entre os girassóis ao lado do Cirurgião da Morte e do Chapéu de Palha. Ela se posicionou entre eles, uma mão tocando o solo gramado enquanto a outra erguia Inazuma em direção ao céu, seus olhos fixos em Diamante e Kyros, que já se preparavam para travar sua própria batalha.

- Este é o palácio? - perguntou o garoto com chapéu de palha assim que chegaram à entrada.

- Sim. Finalmente chegamos. - respondeu Law em seu tom monótono habitual, lançando um olhar de canto para a platinada, notando que ela parecia perceber algo ou, ao menos, tentar.

- Meu Mantra está fraco, mas consegui sentir alguém lá em cima... é alguém... familiar? Não sei ao certo. - sussurrou a jovem, estreitando o olhar enquanto devolvia a atenção ao tatuado parado ao seu lado. - A propósito, sua Akuma no Mi é impressionante. Garanto que só vi poderes tão incríveis assim duas vezes na vida. - ela sorriu.

- Pode crer! Seu poder é uma mão na roda!

- Mas também consome muita da minha energia. Um lado bom das algemas de Kairouseki é que vocês ficaram me carregando o tempo todo. Com isso, poupei energia. - o mais velho respondeu com clareza, levando uma das mãos até seu abdômen e criando uma pequena esfera azulada, da qual logo retirou três projéteis de si. - Aquele miserável usou balas de chumbo de propósito!

- 'Tá tudo bem com você, Tral?

- Não precisa se preocupar.

- Mas você foi baleado e retirou as balas sem mais nem menos. Como está seu corpo por dentro? Você está bem mesmo? - Elisabette se aproximou bruscamente dele, suas mãos deslizando pelo abdômen em busca de mais ferimentos.

Quando sentiu os dedos dela a acariciar sua pele, Law prendeu um grunhido na garganta e fechou levemente os olhos, incapaz de desviar o olhar do semblante preocupado dela. A jovem de cabelos platinados o tocava com um desespero quase palpável, em busca de qualquer sinal de que algo estivesse errado em seu corpo. Esse toque, carregado de aflição, fez seu coração estremecer, como se todo o mundo ao seu redor houvesse desaparecido. Por um breve instante, a presença dela acalmou sua alma aflita, que há horas se afundava em angústia e incerteza.

Angústia por ter que revisitar incessantemente os sombrios corredores de seu passado conturbado a cada segundo que se arrastava naquele lugar. Recordações das pessoas que havia perdido dançavam em sua mente, e o sorriso terno de Corazón, dirigido a ele antes de partir para sempre, ecoava em seu coração como uma melodia triste. Incerteza por não saber se, ao final de sua jornada, a vingança que tanto almejava seria concretizada; se os anos dedicados àquela busca valeriam a pena ou se tudo não passaria de mais um fracasso em sua vida.

Por mais que tentasse manter-se forte, Law sabia que, no fundo, empregava todas as suas forças para não se encolher no chão e chorar como uma criança saudosa da mãe.

E talvez - apenas talvez - ele fosse realmente assim. Sob aquela fachada fria e autoritária, sob a máscara de um homem sádico e cruel, residia um menino assustado que apenas desejava encontrar alguém a quem se agarrar. Alguém que lhe oferecesse amor e carinho; alguém que segurasse seu rosto entre as mãos e assegurasse que tudo ficaria bem. Alguém para beijar-lhe a testa e sussurrar que ele não estava sozinho; alguém para repousar em seu peito e proporcionar um abraço caloroso e reconfortante que o ajudasse a encontrar descanso em meio ao turbilhão emocional que o consumia.

- Beleza! Bora lá, derrotar o Mingo! - exclamou Luffy, repleto de entusiasmo, enquanto começava a aquecer-se para a luta.

- Sim, senhor!

Quando os dois estavam prestes a sair correndo, Trafalgar os agarrou pelas orelhas e os trouxe de volta.

- Esperem! Não podemos derrotar Doflamingo apenas com força bruta. Mantenham a calma. - repreendeu o mais velho, franzindo o cenho ao notar o moreno de cicatriz bufando e a mais jovem entre eles o encarando com um beicinho.

- O quê!? Como posso me acalmar agora que finalmente cheguei aqui!?

- Se não mantiver a calma, não conseguirá derrotá-lo!

Retirando-os de sua discussão sobre ir ou não até Doflamingo com todas as suas forças e sem nenhum plano em mente, uma garotinha que aparentava ter entre 8 e 9 anos apareceu. Seus cabelos eram curtos e de um tom verde menta, seus olhos formavam um par de azuis turquesa, e ela vestia uma roupa vermelha com capuz e orelhinhas de urso, adornada com uma coroa dourada acima da cabeça e um monóculo cor-de-rosa. A pequena chorava desesperadamente, alegando estar perdida e precisar de ajuda, afirmando não saber onde estavam seus pais, o que imediatamente levantou suspeitas em Trafalgar, que não conseguiu acreditar naquela história, ao contrário de seus dois aliados que tentavam acalmá-la.

Por mais que não fosse portador do Haki da Observação, seus instintos gritavam para mantê-la longe, independentemente do quanto ela chorasse e implorasse por ajuda. Law conhecia o olhar de alguém em perigo, de uma criança verdadeiramente desesperada, e aquela menina tinha tudo, menos o doce olhar inocente de uma criança indefesa e vulnerável. Por trás daqueles olhos assustados e repletos de lágrimas cristalinas, ele percebeu perversidade e maldade borbulhando naquele corpo pequeno.

E, apenas para confirmar suas suspeitas, uma munição com o rosto de Usopp foi disparada na direção deles, atingindo a menina que imediatamente se assustou com a careta e começou a chorar de verdade devido ao pânico que rapidamente a dominou. Como um impacto perfeitamente sincronizado para atingi-la física e psicologicamente, a garota desmaiou ao perder a consciência e caiu no chão. No exato momento em que ela caiu, vários lacaios de Doflamingo surgiram ao redor da menina, chamando-a pelo nome de "Sugar-sama" e deixando claro para os três piratas que aquela menina não era nada mais do que mais um membro da Família Donquixote enviado para atacá-los. Honestamente, faltou pouco para que fossem derrotados.

- Oxi... vamos! - Luffy murmurou com um beicinho confuso, envolvendo seus braços em torno de sua sentinela e aliado, que não tardaram a se segurar nele quando, de repente, o garoto com chapéu de palha se arremessou para o alto com os dois.

Os três se desprenderam uns dos outros ao cruzar sobre o palácio, suas silhuetas emergindo do ar em um salto perfeitamente sincronizado, lado a lado.

Trafalgar Law, com um gesto decidido, agarrou Kikoku com uma mão e a desbainhou no instante em que seus pés tocaram o solo. Seus olhos, chamejantes de sangue e determinação, fixaram-se em Doflamingo, enquanto um lampejo de esperança pulsava em suas veias. Após anos de luta e sacrifício, ele finalmente vislumbrava a realização de seu objetivo de vida: vingar aquele que lhe salvara quando tudo parecia perdido e sem sentido. Ao seu lado, Monkey D. Luffy aterrissou com precisão calculada, endireitando-se em uma postura ereta. Com um movimento cuidadoso, ajustou seu chapéu de palha sobre a cabeça, encarando o adversário com uma seriedade que prenunciava que, a partir daquele momento, tudo se tornaria uma questão de vida ou morte. Magni D. Elisabette permaneceu flutuando no ar, suas asas batendo com graça e poder enquanto segurava Inazuma firmemente com ambas as mãos, faíscas elétricas percorrendo todo seu corpo como se sua essência estivesse prestes a explodir em raios.

Os três fitavam Doflamingo com semblantes severos e uma determinação quase palpável, tão intensa que poderia ser cortada com uma faca. O homem à sua frente sorriu de forma zombeteira; não estava surpreso por eles terem chegado até ali. Conhecendo o histórico de cada um daquele trio, ele sabia quão perigosos e formidáveis eram individualmente. E juntos? Oh, merda, ele sabia que seria uma luta épica e divertida, valendo cada osso quebrado e cada gota de sangue que fosse derramada - tanto dele quanto deles.

Luffy havia se tornado mundialmente conhecido e figurava na lista negra do Governo Mundial ao desafiá-los apenas para salvar sua companheira. A catástrofe provocada em Enies Lobby ficaria eternamente gravada na história da humanidade; o garoto havia demonstrado quão poderoso e perigoso poderia ser. E quando desferiu um soco em um Tenryubito na casa de leilões em Sabaody? Aquela ousadia ecoou por dias e noites, todos surpresos e atônitos diante da audácia daquele jovem oriundo do East Blue, frequentemente considerado um mar de pessoas fracas.

Entretanto, seu nome ascendeu à grandeza verdadeira durante a Guerra dos Maiorais ao desafiar todo o exército da Marinha. Ele trouxe consigo novos aliados das profundezas de Impel Down para lutar pela libertação de seu irmão Portgas D. Ace. Luffy era indubitavelmente uma força a ser reconhecida - um problema colossal não apenas para a Marinha, mas também para outros piratas. Doflamingo tinha plena consciência disso e não hesitaria em admitir isso com um sorriso macabro nos lábios. Afinal... o título de "Inimigo dos Deuses" caía como uma luva para aquele garoto; o D. que carregava fazia jus à sua lenda crescente.

- Apenas para que eu tenha certeza, pois posso estar enganado: por que os três vieram até aqui? - perguntou o Rei de Dressrosa, sorridente, sentado em uma posição altiva enquanto os observava com escárnio e diversão.

- Para arrebentar a sua cara!

- Digo o mesmo!

- Estou desapontado, Law. - Doflamingo falou com ironia em seu tom de voz, ciente de que cada uma de suas palavras direcionadas ao Cirurgião da Morte era suficiente para atingi-lo no mais profundo de seu ser.

No instante em que seus pés tocaram o chão, um arrepio percorreu o corpo de Elisabette ao avistar uma figura caída próxima aos pés de Doflamingo. Seus olhos se arregalaram em reconhecimento à silhueta familiar. A pele alva da birkan empalideceu a tal ponto que parecia quase tornar-se transparente, consumida pelo espanto, como se estivesse prestes a desvanecer-se da vista de todos os presentes. Os pelos de seu corpo se eriçaram por completo, e suas asas agitaram-se freneticamente naquele momento tão inoportuno, na exata hora em que reconheceu Bellamy ali, ferido e à beira da morte. Sua respiração se entrecortou no peito, enquanto mordia os lábios com força; seus olhos pareciam prestes a saltar de seu rosto ao contemplar a situação precária em que ele se encontrava.

Era evidente quem havia causado tal calamidade, uma constatação tão dolorosa que penetrou em seu ser como uma adaga afiada atravessando sua pele inúmeras vezes. Mesmo à distância, ela sentiu seu coração se contorcer diante daquela visão desoladora.

Durante um longo um ano e meio, Elisabette anseou pelo reencontro, sem saber como ou com qual justificativa; desejava apenas vê-lo novamente, mesmo que isso significasse discutir como costumavam fazer, arremessar objetos um ao outro ou quebrar abóboras sobre sua cabeça, para que, ao final do dia, pudessem dormir de mãos dadas após banharem-se juntos nas águas do rio. Havia tantas coisas a serem ditas, tantas perguntas não formuladas; seu maior desejo era vê-lo novamente, recuperar o tempo perdido e revelar-lhe os sentimentos que nunca soube compreender enquanto estavam juntos... Mas vê-lo naquela condição? Naquela situação humilhante? Era insuportável. Ela não conseguiu suportar.

Doflamingo proferia palavras dolorosas com o intuito de humilhá-lo, ciente da imensa admiração que Bellamy nutria por ele. Utilizando sua devoção e lealdade, Doflamingo o reduzia a um estado de destruição completa, de dentro para fora. Luffy também estava irado com a situação, mas não da mesma forma que ela. Ela... sentia o ódio fervendo em suas veias novamente, absorvendo toda a fúria do Hiena. Céus, como ele poderia ser tão leal a Donquixote Doflamingo? Que absurdos ele estaria disposto a cometer por esse homem? Como aquele maldito fora capaz de massacrá-lo daquela maneira? Ela não compreendia; apenas se sentia cada vez mais possessa e angustiada a cada segundo.

- BELLAMY! - gritou ela, prestes a correr na direção do loiro. No entanto, foi contida por seu capitão, que imobilizou seus braços.

- Solte o Bellamy!

- Essa decisão... - Donquixote pisou nas costas do homem, que apenas grunhiu. - Fica a cargo do vencedor. Este idiota veio até aqui para morrer nas minhas mãos, não é, Bellamy? Você competiu no Coliseu para se tornar um Executivo da minha família... e foi derrotado de maneira patética. Isso já me dava motivo suficiente para te matar, mas eu te concedi uma segunda chance. Se você matasse o Chapéu de Palha, eu te tornaria um Executivo. Porém! Você desperdiçou essa oportunidade e agora será executado. Concorda, Bellamy? - mais um pisão foi desferido em suas costas e, diante de tamanha humilhação, lágrimas começaram a escorregar pelos olhos do loiro.

- VAI TOMAR BEM NO MEIO DO SEU CU! - bradou a platinada, surpreendendo a todos ao desferir cotoveladas no garoto com chapéu de palha e libertar-se do aperto que a mantinha presa pelos braços.

Elisabette girou Inazuma com destreza em suas mãos e, em um salto extraordinariamente alto, lançou-se com toda a velocidade que seu corpo era capaz de alcançar na direção do Shichibukai. O impacto foi tão fulminante que Doflamingo não teve tempo hábil para desviar, sendo atingido em cheio. Ele foi arremessado para trás, formando uma cratera no chão, enquanto ria alto ao vê-la voar novamente em sua direção, seu corpo resplandecendo em intensos tons de azul e branco. A foice da jovem girou majestosa no ar, e uma barreira de eletricidade se formou ao redor dos dois no exato momento em que ela deslizou a perna pelo chão, desferindo uma rasteira que o fez cair mais uma vez.

Bellamy, ainda estirado no chão, virou minimamente o rosto e a avistou. Sua visão turva não tardou a reconhecer aquele borrão escuro repleto de faíscas elétricas; as plumas negras pertenciam àquela mesma garota com quem compartilhara abrigo cerca de meio ano nas Ilhas do Céu: Elisabette!

Os olhos dele se arregalaram sutilmente ao observar a jovem desferir golpes devastadores contra Doflamingo, que apenas ria de forma desdenhosa enquanto suportava os ataques. A fúria dela parecia crescer exponencialmente até que, com um movimento brusco, o homem agarrou seu rosto com uma única mão e a lançou contra o chão. As pernas dela se ergueram no ar antes de desmoronarem inertes quando ele a soltou e a golpeou com um chute violento no rosto, utilizando suas cordas para aprisioná-la contra o solo de concreto. Luffy e Law arregalaram os olhos em incredulidade, prestes a avançar contra Donquixote, quando este lhes fez um gesto claro de "pare".

- Você pareceu surpresa e confusa com meu interesse em você, boneca... não tem ideia alguma do porquê de querer assim, todinha para mim? - o Shichibukai sussurrou em um tom rouco, mas todos o escutaram, inclusive Hiena, que apertou os punhos com força.

- Ei... por favor... não... ela... ela não... eu... tudo o que eu disse... era... mentira... - Bellamy balbuciou com dificuldade, entre lágrimas e a dor que sentia por todo o seu ser. - Ela... ela... não machuca... ela...

- Seu amiguinho Bellamy me falou bastante sobre as Ilhas do Céu, sabia? Tecnologia inovadora, armamentos fortes e diferenciados... muito tesouro. Mas sabe o que realmente me interessou? A fedelha birrenta que o país inteiro deseja morta da forma mais nojenta e violenta possível. - ele riu ao vê-la encará-lo confusa e atordoada. - Fuffuffuffuffu! Filha de Deus, hein? Esse é um título... interessante.

- Do que... Bellamy...? - Elisabette encarou o loiro de soslaio, como se perguntasse o que estava acontecendo.

- As Ilhas do Céu... parecem um lugar bem desprotegido sem seu Deus... e sem a Praga que impede os invasores, não é?

Elisabette sentiu um frio na espinha ao conectar as peças do quebra-cabeça que Doflamingo lhe apresentava. A expressão desolada de Bellamy e as palavras insinuantes do Shichibukai começaram a fazer sentido.

Bellamy havia falado sobre tudo o que viveram, sobre tudo o que havia visto em Skypiea e, de fato, ela não podia negar que o poder e a autoridade de Enel eram o que mantinham as Ilhas do Céu livres de invasores com potencial perigoso. Assim como ela tinha a responsabilidade de manter possíveis ameaças distantes não apenas de Upper Yard, mas também de Skypiea, afinal, ainda era território de seu pai. Merda, o que Doflamingo queria? Onde ele realmente queria chegar com tudo aquilo? Seu sangue gelava, e a simples possibilidade de que seus aliados das Ilhas do Céu estivessem correndo algum tipo de perigo a deixava apavorada.

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