
━━ 𖥔 ִ ་ ،𝟰𝟭. 𝗝𝗼𝗴𝗼𝘀 𝗠𝗼𝗿𝘁𝗮𝗶𝘀.
━━ Segunda parte da Grand Line, Novo Mundo ; Reino de Dressrosa.
Pessoas gritavam em desespero, crianças choravam de pânico e tudo se misturava no ar como uma sinfonia infernal. Civis atacavam uns aos outros, fuzileiros atiravam contra seus próprios companheiros, piratas apunhalavam seus aliados, todos agindo contra suas próprias vontades, todos sendo controlados por Donquixote Doflamingo como se fossem meras marionetes sem vida e sem salvação. Explosões eram ouvidas nos quatro cantos do país; os prédios eram arrastados e destruídos à medida que o Planalto das Flores era erguido pelas cordas do Shichibukai, que também afastava o Palácio, buscando mantê-lo distante de Luffy e dos outros, ciente de que, por mais abobalhado que fosse, representava um grande perigo apenas por conter o maldito D. em seu nome.
Elisabette estava ajoelhada próxima a Law, tentando quebrar as algemas de Kairouseki que prendiam seus pulsos, mas todos os seus esforços pareciam estar sendo em vão. Já havia tentado de diversas maneiras; até mesmo tentou mordê-las, mas nada parecia adiantar, pois não eram algemas comuns, o que a frustrou ainda mais. Tudo o que ela desejava era libertá-lo, pois sabia que, uma vez algemado com aquele material, a vulnerabilidade dele aumentaria de forma alarmante.
Um suspiro profundo e angustiado escapou entre os dentes trincados de Elisabette, enquanto seu olhar azulado se encontrava com os olhos do Cirurgião da Morte, que a encarava com um desespero e estresse palpáveis. Trafalgar estava exausto, e ela podia sentir isso em cada fibra de seu ser, pois compartilhava da mesma fadiga que o consumia. Em menos de uma hora, haviam atravessado uma perseguição tenebrosa, uma fuga que se assemelhava a escapar de demônios carniceiros nas profundezas mais sombrias do inferno. Seu corpo doía até os ossos; tudo o que desejava era se entregar ao aconchego de seu travesseiro e dormir por horas, quiçá dias, se isso fosse possível. Ele, por sua vez, anelava apenas para que aquela realidade não passasse de um pesadelo insuportável, desejando acordar ao lado de Corazón, que não tardaria a afagar seus cabelos com ternura.
Ambos estavam esgotados, cansados e famintos. Tudo o que Elisabette e Law almejavam era a paz.
A mão dela envolveu delicadamente a dele, em um gesto carinhoso e protetor. Seus olhos permaneciam fixos nos dele, como se em um silêncio eloquente prometesse que encontraria uma solução para aquela tormenta. E, apesar da sensação paralisante de impotência que a dominava, o capitão dos Piratas de Copas não viu outra alternativa senão confiar sua vida nas mãos dela, mesmo que apenas momentaneamente.
Por fim, a voz de Doflamingo começou a ser ouvida em todos os cantos, enquanto o sangue da jovem platinada fervilhava em suas veias. O aperto em sua mão, que segurava a de Law, aumentava à medida que ela olhava para todos os lados, em busca do homem que desejava dilacerar naquele momento, por motivos mais do que suficientes. Aquele homem era um desgraçado. Ele enganou por anos as pessoas daquele país, fazendo-as acreditar que era seu salvador, o rei digno de governá-las. Aprisionou inocentes para produzir aquela maldita SMILE e, agora que tudo havia vindo à tona, pretendia exterminar a todos até não sobrar ninguém, tudo isso para manter sua sujeira escondida sob os panos.
"Cidadãos e visitantes de Dressrosa, eu poderia ter reinado com terror desde o início. Após descobrir a verdade, aposto que muitos de vocês agora desejam me matar. Um jogo para me eliminar. Estou no Palácio Real e não vou fugir nem me esconder. Se conseguirem tirar minha vida, o jogo termina, como esperado.
Mas há outra forma de finalizá-lo, que consiste em matar todos aqueles cujos nomes direi agora. Eu lhes oferecerei um enorme prêmio pela cabeça de cada um deles. Matar ou morrer. Todos neste país serão caçadores! A única forma de sobreviver... é matando os 13 criminosos de Dressrosa!"
Valendo 100 milhões de Berries:
1. Rebeca, Neta do Rei Riku e Gladiadora Condenada do Coliseu Corrida;
2. Nico Robin, a Filha do Demônio, Pirata dos Chapéus de Palha;
3. Kin'emon Fogo-Fátuo, Samurai do País de Wano;
4. Viola, Outrora Princesa de Dressrosa;
5. O Ciborgue Franky, Pirata dos Chapéus de Palha.
Valendo 200 milhões de berries:
6. Kyros, Outrora Comandante do Exército Real de Dressrosa;
7. Zoro, o Caçador de Piratas, Pirata dos Chapéus de Palha.
Valendo 300 milhões de berries:
8. Sabo, Chefe de Comando e Estado-Maior do Exército Revolucionário;
9. Luffy do Chapéu de Palha, Capitão dos Piratas do Chapéu de Palha;
10. Trafalgar Law, o Cirurgião da Morte, Capitão dos Piratas de Copas, ex-Shichibukai;
11. Riku Doldo III, Outrora Rei de Dressrosa.
"Mas há um homem e uma mulher que foram os que mais me irritaram hoje! E é por culpa de um deles que vocês estão neste jogo! Quem matar o homem receberá... 500 milhões de berries!"
12. "Deus" Usopp, Pirata dos Chapéus de Palha.
"E quanto à mulher... eu simplesmente não aceito um passarinho desgovernado voando por aí como bem quer. Vocês me trarão ela viva, não importa o estado. Arrebentada, descabelada, desmembrada... quero-a com vida."
13. Elisabette, o Anjo da Morte, Pirata dos Chapéus de Palha.
Os olhos de Viola se arregalaram em horror e pânico ao ver o rosto da jovem mulher de cabelos platinados estampado em um telão, imediatamente direcionando sua atenção para ela, que estava parada ao seu lado, também encarando sua imagem com um semblante confuso e o cenho franzido, a indignação evidente em sua expressão. A respiração entrecortada da princesa saía como rasgos doloridos em sua garganta, enquanto sentia seu estômago revirar ao recordar as noites em que dormira com Doflamingo, das últimas vezes em que estivera com ele e o ouvira falar sobre aquela "passarinha" do bando do Chapéu de Palha.
- Espere... você, você é Elisabette? Das Ilhas do Céu? - murmurou ela ao se aproximar da mais nova, que apenas a fitou de soslaio.
- "Das Ilhas do Céu." - repetiu, em um tom baixo e neutro, como se estivesse recapitulando o que acabara de ouvir. - Sou eu.
- Mas... você... você é apenas uma menina.- disse Viola, sua voz caindo para um tom desesperado, ainda encarando a birkan à sua frente.
- Como?
- Você é jovem demais. Você... você tem idade para ser filha dele.
Elisabette apenas entortou o nariz, inclinando a cabeça para o lado enquanto tentava compreender a que ponto aquela mulher estava tentando chegar, sem nem mesmo imaginar quão profundo e obscuro era o buraco ao qual a princesa de Dressrosa se referia de maneira implícita, temendo assustá-la ao falar diretamente sobre o que realmente queria dizer com suas palavras que, aos ouvidos da jovem de cabelos platinados, soavam como enigmas confusos e sem sentido.
Ela era a tal "passarinha" do bando do Chapéu de Palha de quem Doflamingo falava, a quem dedicava palavras entusiásticas ao relatar como havia sido divertido vê-la atingir um Almirante da Marinha com um fruto do tipo logia, causando-lhe uma cicatriz irreversível. Ela era a "mulher digna" dele, a mãe de seus filhos. Pois, segundo as próprias palavras de Doflamingo: "Não a conheço pessoalmente, mas o que escutei sobre ela me fez pensar que é hora de trazer herdeiros que estarão aqui quando o mundo mudar. Afinal, ela é filha de DEUS." Viola nunca compreendeu o que ele queria dizer, o porquê daquela obsessão e de onde havia tirado toda aquela história sobre herdeiros, dignidade e Ilhas do Céu. Donquixote Doflamingo era um poço de mistérios que ela se recusava a decifrar, mas no qual se via presa ao fundo daquele buraco.
Elisabette piscou algumas vezes, ainda encarando a mulher à sua frente, ambas se olhando nos olhos até o momento em que a platinada apenas recuou. Entretanto, as palavras de Viola martelavam em sua mente, especialmente sobre a voz dela falando nitidamente sobre as Ilhas do Céu. De onde havia tirado aquilo? Por que havia feito aquela pergunta a ela? Sua pele arrepiou ao considerar o pior, a segurança de Aisa, Conis e, especialmente, de Wyper. Skypiea ainda era, de fato, segura? A ideia de receber uma resposta negativa para sua indagação a fez estremecer.
- Tem alguma noção do que está fazendo, Mugiwara-ya? Nosso plano era destruir a Fábrica de SMILE e gerar um conflito entre Doflamingo e Kaido. - começou Law de repente, atraindo a atenção de todos para si. - Mas se matarmos Doflamingo agora, Kaido vai descontar a raiva de perder seu SMILE em nós! E aí, teremos que encarar um Yonkou furioso!
- Isso não é problema neste momento. Olha só este país! Se eu não detiver Doflamingo agora, o que será dele!?
Magni observou a cena em silêncio, seu olhar fixo em seu capitão, enquanto lembranças há muito adormecidas ressurgiam em sua mente. Eram recordações tão doces que, ao mesmo tempo, provocavam uma dor aguda em sua cabeça, como chutes incessantes que ecoavam em sua alma.
Dois anos atrás. Elisabette jazia caída ao chão, seu corpo marcado por feridas profundas, encarando Luffy com um olhar de horror absoluto. Suas mãos tremiam sobre o cabo de sua foice, enquanto lutava para compreender a magnitude de sua derrota diante de um pirata do Mar Azul - um garoto que parecia não ser muito mais velho do que ela, tampouco mais forte. Os eventos trágicos no Reino de Dressrosa, o cruel jogo arquitetado por Doflamingo, onde matar ou morrer se tornava a única garantia de sobrevivência para seu povo, as palavras de Luffy... tudo a fez voltar seu olhar para o passado, para seu lar distante, para Skypiea.
Embora a situação não fosse, de fato, semelhante, Elisabette conseguia perceber as semelhanças, o que lhe causava um arrepio na espinha e nas asas, como se estivesse retornando àqueles dias.
Um suspiro suave escapou entre seus lábios, enquanto sua expressão refletia um misto de confusão e frustração. Ouvindo o pânico das pessoas ao seu redor, o choro das crianças que ecoava por todos os lados e as palavras de Doflamingo ditando as regras de seu jogo de sobrevivência, ela revivia tudo em sua pele. Recordou-se de quando estava em prontidão ao lado de Enel e dos Sacerdotes, lembrando-se do exato momento em que ele estabeleceu as regras de seu próprio jogo: 75 participantes, 5 indivíduos que ascenderiam ao Deus de Skypiea.
Naquele dia, Elisabette presenciou o terror diante de seus olhos. Pessoas que, aos seus olhos, eram fracas e, em menos de algumas horas, foram capazes de pôr fim a oito anos inteiros de tirania sob Enel.
Ela imediatamente afastou aqueles pensamentos de sua mente ao escutar uma breve discussão entre Luffy e Law. Seu olhar se tornou alerta ao encarar os dois capitães. O garoto com o chapéu de palha segurava Law sob um braço, enquanto o imediato do outro, que parecia simplesmente ter aceitado a situação, deixando-se levar pelo aperto de seu capitão. Por fim, Monkey a encarou e fez um sinal com os lábios, apontando para suas costas. A jovem de cabelos platinados deu um passo à frente, confusa, pousando uma mão no quadril e mantendo a outra livre ao lado do corpo.
- Sobe nas minhas costas! - ordenou o Chapéu de Palha e, sem hesitar, a sentinela obedeceu. - Certo, vamos!
- Espere! Ainda estou algemado! - protestou Trafalgar, totalmente vulnerável às loucuras do outro Supernova.
- Isso aí sai com o tempo.
- Não sai, não!
- Eu vou pegar a chave. - interveio Viola, explicando em seguida que havia visto onde a chave havia caído graças às suas habilidades.
Entretanto, antes mesmo de ouvir o restante da fala da princesa, Luffy saiu correndo com os três agarrados ao seu corpo, pulando do planalto em que estava e inflando sua barriga para servir de amortecedor ao chegarem ao chão. Enquanto caíam, o olhar de Elisabette encontrou novamente o de Law, que a encarava com o cenho franzido, como se estivesse desacreditado por ela estar compactuando, sem hesitar, naquela maluquice de se jogar ladeira abaixo, confiando apenas na elasticidade do corpo do capitão dos Piratas do Chapéu de Palha.
Dressrosa estava em completo caos. Um caos repleto de pessoas furiosas em busca de vingança, mas também lutando pela sobrevivência. Executivos da Família Donquixote tentavam matá-los; piratas, fuzileiros navais e até mesmo civis estavam envolvidos naquilo, na esperança de receber não apenas a recompensa por suas cabeças, mas também desejando a libertação de seu país daquele monstro que era Doflamingo. Afinal, naquele momento, era matar ou morrer, e nenhum dos inocentes planejava sucumbir e testemunhar mais mortes causadas por aquele homem que outrora fora tão gentil e que, de repente, revelou-se tão cruel e sanguinário.
Zoro estava prestes a combater o Almirante Fujitora quando Pica surgiu. Luffy e seus companheiros arregalaram os olhos com terror devido ao tamanho daquele que se tornaria seu próximo oponente. Elisabette imediatamente se colocou à frente de Law, segurando dois Impact Dials em suas mãos, preparada para defender não apenas a si mesma, mas também seu aliado, uma vez que qualquer dano causado a ele seria capaz de enfraquecê-la de imediato.
- Agora, aqueles que ousaram se rebelar contra nossa família... - antes que o Executivo pudesse continuar suas palavras e finalizar suas ameaças, duas risadas altas ecoaram escandalosamente.
- SHISHISHISHI! A VOZ DELE É MUITO FINA!
- EH EH EH EH EH! NEM MINHA VOZ É ASSIM!
- Chapéu de Palha! - gritou Pica, indignado.
De repente, todos começaram a correr desesperados, deixando o quarteto de piratas confuso até o momento em que uma enorme mão, composta por uma parte de Dressrosa - equivalente a uma cidade inteira - ergueu-se no alto, formando uma sombra grande o suficiente para escurecer todo o local em que estavam. Pica estava prestes a atacá-los e, com apenas um único soco, todos sabiam que ele poderia formar uma cratera gigante onde quer que seu punho rochoso afundasse. As risadas dos dois chapéus de palha haviam sido suficientes para encher o homem de ódio, com a fúria gritando aos quatro ventos em seus ouvidos, não lhe dando outra escolha senão matá-los naquele mesmo instante.
O garoto com chapéu de palha agarrou Trafalgar com firmeza e o colocou debaixo do braço, ordenando a seus dois subordinados que batessem em retirada, os quais não tardaram a obedecer às ordens de seu capitão. No entanto, pegando todos de surpresa, a corrente de kairouseki que prendia as algemas nos pulsos de Law se enrolou em uma pedra, trazendo os dois com força total para trás ao tropeçarem devido ao impacto.
Roronoa parou no exato momento em que ouviu o moreno com cicatriz no peito gritar, virando-se para encarar o que havia acontecido e se deparando com Pica prestes a esmagá-los. Antes que pudesse fazer qualquer coisa, impulsionada por seus instintos ardentes, Elisabette saltou de onde estava e correu o mais rápido que pôde, agarrando seu capitão pela gola da camisa e, sem pensar duas vezes, o arremessou para longe junto com o Cirurgião da Morte. Antes do punho do inimigo afundar no chão e esmagá-la junto, ele pôde ver um brilho diferente nos olhos dela.
Era como se fosse uma pessoa totalmente diferente daquela com quem ele havia lidado no último mês. Contudo, aquela desconhecida agindo perigosamente de forma suicida era alguém que ele lembrava ter visto anteriormente; lembrava dela como "conhecida", por assim dizer. Na mesma noite em que Elisabette havia se livrado a sangue frio de seu Pássaro do Sul, ela tinha aquele olhar diferente.
"Eu salvei o capitão. Ele está seguro agora."
"Não. Eu sou leal. Você é o capitão do seu navio, não entende como é? Seus tripulantes provavelmente fariam loucuras para mantê-lo vivo, sim? Pois bem, eu apenas fiz o mesmo pelo meu Senhor."
Foram as palavras que Magni D. Elisabette havia utilizado para justificar sua própria falta de sanidade e humanização. Era evidente que ela não era sã, que não possuía pensamentos coerentes ou comportamentos adequados. Afinal, tornar-se um pirata é uma loucura, mas tratar seu capitão com tanta submissão a ponto de matar um animal e se lançar de peito na direção da morte era algo... exagerado? Law não soube dizer, nem o que pensar ao vê-la quase ser esmagada pelo soco de Pica antes que Luffy enrolasse uma perna ao redor da cintura dela e a ricocheteasse para perto deles mais uma vez.
Elisabette colidiu a testa com o queixo de Law, ambos gritando simultaneamente em decorrência da dor repentina, enquanto o garoto com chapéu de palha inflava a barriga e saltitava de onde estavam para evitar serem esmagados pelo Executivo da Família Donquixote, arremessando-os para longe o suficiente do Palácio Real.
As pernas de Luffy se entrelaçaram ao redor de sua sentinela e de seu aliado, unindo-os em um abraço apertado, com a jovem platinada pressionada contra o peito de Law, que sentia todo o corpo dela colado ao seu. A saia curta dela estava amarrotada em suas calças jeans, revelando boa parte de suas coxas e quase sua calcinha, que ele percebeu ser rendada. O tatuado cerrou os dentes ao senti-la se balançar na tentativa de se soltar, esfregando suas nádegas contra a virilha dele - foi como atiçar um touro com um pedaço de pano e torcer para não enfurecê-lo.
- Pare de se mexer... ou vamos cair! - disse Law, de maneira ríspida, ao vê-la virar o rosto para encará-lo.
- É o que estou tentando fazer! - retrucou a mais nova, voltando a balançar as pernas e o corpo. - Luffy, por favor, me coloque no chão!
- Pó' deixar!
O capitão dos Chapéus de Palha, então, se soltou de onde estava pendurado, fazendo com que os três caíssem de uma vez, um sobre o outro. A jovem de cabelos platinados caiu esparramada no chão, sentindo Trafalgar cair com o rosto entre seus seios e, por fim, o menor entre eles cair sobre os dois, fazendo-a gemer pela dor de ter recebido duas pancadas de uma só vez.
- Chapéu de Palha. - de repente, um jovem loiro surgiu, capturando a atenção dos quatro presentes.
Era Cavendish, do Cavalo Branco - também conhecido como O Príncipe Pirata. Sua beleza etérea fez com que o queixo de Elisabette se despencasse em admiração, enquanto suas bochechas se tingiam de um vermelho ardente. Seus longos cabelos dourados reluziam como milhares de estrelas sob o brilho do sol, e seus olhos azuis cintilavam como o céu em uma serena manhã de verão. Sua pele alva parecia tão suave quanto a seda mais refinada, e suas vestes, adornadas com delicadeza, pareciam ter sido confeccionadas pela mais habilidosa costureira.
Seu caminhar era tão gracioso que lembrava o de um ser celestial vagando pelo paraíso. O contorno de seu rosto, delicado e suave, evocava a imagem dos anjos retratados nas mais belas pinturas. Se estivesse com seu coração à mão, ela poderia afirmar que pulsava aceleradamente, como uma britadeira descontrolada. Não havia dúvidas: Cavendish era o homem mais encantador que ela já tivera a oportunidade de contemplar em toda a sua existência.
- Que... que homem lindo! - ela murmurou quase em um sussurro quase silencioso, o que não tardou a provocar o olhar fulminante de Trafalgar, que a fuzilou com seus olhos acinzentados.
- Não o elogie. Ele não é confiável.
- Eu quero me casar com ele.
- Não quer, não! - Law rangeou os dentes e franziu o cenho, incapaz de identificar a origem do ódio que sentiu das palavras dela.
Enquanto Cavendish se exibia, proclamando como seria novamente adorado e como os holofotes se voltariam para sua beleza ao derrotar Doflamingo, corações pulsantes brotavam nos olhos de Elisabette. Ela o observava com uma paixão evidente em seu olhar deslumbrado, suas bochechas rosadas intensificando-se em um tom ainda mais vibrante ao vê-lo saltitar de um lado para o outro, discorrendo sobre sua glória e grandeza. Cada palavra proferida por ele instigava ainda mais a atração da sentinela do Chapéu de Palha.
Por outro lado, o Cirurgião da Morte sentiu seu desprezo ultrapassar todos os limites, sem conseguir compreender o porquê - ou, melhor dizendo, compreendia, mas não desejava admitir. Law sentiu suas mãos tremerem ao contemplar o olhar azulado de Elisabette, repleto de admiração por Cavendish, como se ele fosse uma entidade magnífica ou alguém inigualável, quando na verdade não passava de um narcisista presunçoso. Um imbecil. Um idiota mimado. Um playboyzinho insignificante que não valia nada. Definitivamente, não era digno da atenção dela.
E por que ele se via tão incomodado, afinal?
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