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━━ 𖥔 ִ ་ ،𝟯𝟭. 𝗔 𝗺𝗮𝗻𝗶𝗽𝘂𝗹𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝘂𝗺 𝘀𝗼𝗿𝗿𝗶𝘀𝗼 𝗱𝗼𝗰𝗲.

𝗡𝗢𝗧𝗔 𝗗𝗘 𝗘𝗫𝗧𝗥𝗘𝗠𝗔 𝗜𝗠𝗣𝗢𝗥𝗧𝗔𝗡𝗖𝗜𝗔: O conteúdo a seguir contém cenas envolvendo maus tratos contra animais. Caso haja algum tipo de sensibilidade, recomendo que pule diretamente para os parágrafos finais para evitar qualquer desconforto ao ler.















━━ Segunda parte da Grand Line, Novo Mundo ; em algum lugar do mar.

O peito de Elisabette subia e descia enquanto ela chorava desesperadamente, suas mãos trêmulas ainda agarrando a camisa de Law, que a fitava em estado de choque, compartilhando do mesmo desespero, embora tentasse ocultar a todo custo. Há anos, ele sentira o mesmo ao receber o diagnóstico cruel de que estava contaminado pela terrível doença do Chumbo Branco. Ver alguém em tal estado de vulnerabilidade ativou um gatilho profundo em sua alma, uma dor que ele havia enterrado nas profundezas mais sombrias de seu coração. O olhar dela era um espelho de seu próprio olhar, como quando ele se observava, buscando as manchas brancas que se espalhavam por seu corpo infantil, um corpo ainda tão pequeno pela tenra idade.

As mãos do Cirurgião da Morte se moveram até as dela, segurando-as com firmeza. Com um toque resoluto, ele afastou suas mãos de si, criando uma distância entre seus corpos, na tentativa de evitar ainda mais constrangimento e desconforto. Ele a fitou nos olhos, testemunhando as lágrimas que desciam por suas bochechas redondas, enquanto seus lábios tremiam ao sussurrar palavras desconexas e inaudíveis. Ainda assim, ele sabia que eram súplicas desesperadas por socorro.

- Eu sou médico, porém...

- Em Punk Hazard você removeu as partes ruins das crianças, não foi? Você não pode fazer o mesmo em mim? - balbuciou ela, a voz entrecortada por soluços.

- Eu poderia. - um brilho de esperança iluminou as orbes azuis da jovem, que quase esboçou um sorriso com a resposta que recebera. ‐ Mas não enquanto você estiver sem seu coração. Isso colocaria sua vida em risco.

- O quê? Então... então não... não tem jeito mesmo? - murmurou Elisabette, chorosa, suas mãos apertando as dele com tanta força que os nós de seus dedos ficaram brancos.

- Eu... eu não posso garantir nada. A Febre das Árvores é uma doença tão antiga que nunca me interessei em pesquisá-la...

Suas palavras pareceram pressionar ainda mais os delicados botões de seu frágil coração - mesmo que longe de seu corpo -, precipitando-a em um abismo de angústia e medo. Elisabette continuou a apertar as mãos dele, as suas próprias tremendo de maneira incontrolável, como quando enfrentava o gélido inverno de Punk Hazard. Dada a situação, ela preferiria mil vezes estar tremendo de frio, à beira do congelamento, do que tremer por lágrimas diante de alguém, especialmente Trafalgar, que já havia presenciado um momento de sua vulnerabilidade. Naquela primeira vez, ele apenas a ouvira chorar; agora, estava a vê-la, testemunhando sua fraqueza em toda a sua crueza.

Ela se sentia miserável e estúpida diante daquela situação. Quantas vezes havia dito a si mesma para não chorar, considerando tal ato como infantil? E agora, lá estava ela, chorando como uma tola diante de seu aliado, que apenas a observava com olhos arregalados e cenho franzido. Suas bochechas ardiam de vergonha, uma humilhação intensa consumindo-a por inteiro.

A mulher de cabelos platinados afastou-se do maior, arrastando seus joelhos até estar longe e soltou as mãos dele, pousando as suas sobre as coxas, apertando forte a parte nao rasgada do tecido de sua camisola azul claro manchada por seu sangue e lágrimas. Ela respirou fundo e enxugou as lágrimas de suas bochechas, limpando o nariz ensanguentado com o punho. Elisabette o encarou em silêncio e trincou os dentes, se levantando e o vendo fazer o mesmo, ambos ainda mantemos distância um do outro. Novamente, a birkan estufou o peito e arregalou o olhar para ele.

- Você não pode contar isso a ninguém. - seu pedido soou como uma ordem e, de fato, era.

- Não vou contar.

- Obrigada... - ela sussurrou, olhando para a mancha verde em seu antebraço, depois o fitou novamente. - E sobre Caesar Clown, quero saber se tenho permissão para arrancar alguns dentes dele, para garantir que ele fique de bicho calado.

- "Bicho calado"? - Law arqueou uma sobrancelha.

- Isso, em silêncio, sem dizer nada sobre isso.

- O correto é "bico", não "bicho".

- Oh! - seus olhos brilharam em surpresa.

Contudo, algo a fez desviar sua atenção do Cirurgião da Morte e olhar para o alto, onde se deparou com a lua, cujo cintilar prateado era a única fonte de iluminação na área externa do navio. Seu corpo estremeceu ao contemplar a lua cheia, recordando-se do fatídico dia em que havia visto Enel pela última vez. Naquela tarde, algumas horas mais tarde, uma lua cheia igualmente majestosa dominava o céu. Grande, brilhante... Fairy Vearth, a terra prometida e sagrada, onde ela sonhava ser feliz e governar ao lado do pai. Mas agora... seus dias estavam contados. Seus olhos baixaram para o chão, notando os respingos de sangue e água que manchavam seus pés pálidos, o que a fez contrair os dedos e cerrar os punhos com força.

O que deveria ela fazer? O destino de Skypiea estava em suas mãos, assim como a vida de Gan Fall - ela prometera salvá-lo e o faria. Elisabette sentia uma urgência desesperadora em se manter viva, não apenas pelas Ilhas do Céu, mas por si mesma, para viver o que ainda não havia vivido. Tanto a ser feito e tão pouco tempo para agir. E se, Deus a livre, ela sucumbisse à Febre das Árvores? Quem traria as plantas ao país? Quem encontraria Nekomamushi para obter a Akuma no Mi do Serafim e levá-la ao seu avô, para que ele, enfim, comesse o fruto e purificasse o solo de Upper Yard?

Por anos, ela havia assombrado o povo de Skypiea, tanto os shandias quanto os skypieans, ceifando vidas ou impondo o medo para obter um respeito forçado daqueles que julgava inferiores e meros mortais. Diferente dela, uma autoridade, a autoproclamada Anjo da Morte, a Santa do Jardim Superior, a Guardiã... a Praga.

Agora, ironicamente, Magni se via diante da missão de salvar aqueles que tanto humilhou, aterrorizou e feriu. Era uma ironia cruel - ela poderia rir facilmente da situação trágica, contemplando o destino de tanta repulsa e desprezo que sentia pela ralé, como costumava chamar. Elisabette se sentia ridícula, uma maldita hipócrita. Depois de tanto infernizá-los, de repente sentia o desejo de salvá-los como se tivessem alguma importância? Hipócrita. Mil vezes hipócrita. Toda aquela desgraça não era apenas culpa de seu pai, mas dela também, e ela sabia. Ah, como sabia.

Algo percorreu sua mente e invadiu seus pensamentos: havia contraído a Febre das Árvores quando ainda estava em Skypiea ou depois? E se fosse a segunda opção, de quem teria sido? Ela engoliu em seco ao olhar para o mastro do navio, fixando o olhar no ninho do corvo lá no alto. Seus olhos azuis se arregalaram e sua expressão tornou-se ininteligível para Trafalgar, que ainda permanecia à sua frente, encarando-a com o olhar costumeiro, embora ainda intrigado.

- Foi ele.

- "Foi ele" o quê?

- O Kaminari me contaminou. - ela sussurrou, sua voz quase inaudível.

- Quem é Kaminari?

- Ele. - a jovem apontou na direção do ninho do corvo. - O meu Pássaro do Sul. Só pode ter sido ele. Não há outra explicação. - disse ela, seu olhar escurecendo enquanto o brilho em suas orbes parecia desaparecer.

- Do que você está falando? - Law fez menção de segui-la quando ela começou a andar, mas, no mesmo instante, ela se virou para encará-lo. Foi como olhar nos olhos da morte. Ela estava diferente. Parecia... outra pessoa.

- Não me siga. Ele pode te contaminar também. - ao terminar de falar, os pelos do corpo de Law se eriçaram. A ideia de estar novamente enfrentando algo daquela natureza era perturbadora e agonizante. - Preciso eliminar essa ameaça antes que se espalhe. - concluiu, abrindo suas asas e levantando voo.

- Pássaro do Sul...

Elisabette voou até o ninho do corvo, pousando na beirada da pequena área e encarou o pássaro adormecido, notando de imediato a magreza do animal, que denunciava seu estado de saúde. Seus olhos estavam fixos na figura à sua frente, que parecia tão vulnerável e indefesa diante de sua autoridade. Sorrateiramente, a platinada adentrou o ambiente minúsculo e ajoelhou-se próximo a Kaminari, que respirava de forma laboredada. Sem avisos, ela abriu o bico do animal, despertando-o bruscamente. Ele começou a se debater abaixo dela, que segurava firme seu bico para mantê-lo aberto e examinar sua língua, vendo as manchas verdes no músculo em sua boca.

Seu sangue ferveu. Como poderia ter sido tão descuidada e trazido aquele maldito bicho enfermo consigo antes de verificar se estava tudo bem? E se ele tivesse contaminado seus companheiros também? E se Luffy fosse contaminado!? O mero pensamento a fez grunhir de ódio e desespero, sentindo seu corpo inteiro ficar tenso ao fitar os olhos do pássaro assustado, que sequer tinha forças para cantar.

Ela se colocou de pé diante dele, sua expressão ainda sombria e amedrontadora para o pobre animal, que a encarou com pavor, encolhendo-se em um canto, buscando algum alívio, alguma proteção. A birkan ergueu a mão e sussurrou o nome de sua foice, que não demorou a retornar para entre seus dedos. Ela apertou o cabo com força. Um sorriso macabro formou-se nos lábios rosados da jovem, que mantinha a atenção fixa em Kaminari, que soltava alguns grunhidos - uma forma dolorosa de implorar pela própria vida, sabendo o que estaria por vir desde o momento em que notou a presença dela.

- Kaminari... seu pequeno traidor. - seus cabelos platinados caíam sobre o rosto, conferindo-lhe uma aparência ainda mais assustadora. - Fiz tudo por você, para que ficasse confortável no navio. E como você agradece? Passando-me esse vírus maldito.

Com um único golpe, o Anjo da Morte ceifou a vida do Pássaro do Sul, arrancando sua cabeça com um corte certeiro de foice. Elisabette ficou em silêncio, observando o sangue jorrar e os olhos da criatura se arregalarem, encarando-a em seus últimos segundos de consciência antes de finalmente vir a óbito. Silenciosamente, ela agarrou o corpo e a cabeça do recém-assassinado, arremessando-os em direção ao mar e ouvindo o impacto ao caírem na água. Seu olhar permaneceu inexpressivo, sem remorso ou arrependimento. Ao olhar para o lado, viu três ovos envoltos em algumas folhas secas e pedaços de pano rasgado.

Ela arqueou uma sobrancelha e ajoelhou-se próximo a eles, pegando um em suas mãos e arregalando os olhos ao se dar conta de que eram ovos de Pássaro do Sul. A jovem piscou algumas vezes antes de começar a ponderar a situação em silêncio. "O Kaminari... era fêmea?", pensou consigo mesma antes de franzir o cenho e entortar o nariz. Em seguida, esmagou os três ovos com as mãos, cada um recebendo um soco para estourar.

Pronto. Elisabette havia resolvido não apenas um, mas quatro problemas de uma só vez. Kaminari e os filhotes, que provavelmente nasceriam já mortos ou infectados pela Febre das Árvores, colocariam todos os seus companheiros e aliados em risco de contaminação, algo que ela não poderia permitir de forma alguma. Era cruel? Sim, para quem não estava habituado a lidar com tal situação. Elisabette desenvolveu certo afeto por seu Pássaro do Sul, considerando-o um bom parceiro durante sua estadia solitária no Arquipélago Sabaody antes de encontrar seus amigos. No entanto, sacrifícios precisavam ser feitos para garantir a sobrevivência daqueles a quem amava - ou, mais precisamente, daquele que adorava: Luffy.

Pelo garoto com chapéu de palha, Magni D. Elisabette estaria disposta a enfrentar um país inteiro se sentisse que uma única pessoa pudesse estar contra ele. Ela o protegeria a todo custo, submetendo-se às suas ordens como um anjo submisso e temente a Deus. Por Luffy... ela iria até o inferno, se necessário fosse.

Novamente, a jovem de cabelos platinados abriu suas asas e sentiu o frescor da brisa noturna em seu corpo esbelto, suspirando de prazer apesar da situação em que se encontrava. Ela contemplou o céu, fitou a lua e, no silêncio da madrugada, iniciou uma prece para Enel - seu pai, seu Deus. Com as mãos juntas, ela suplicou por ele, rezou para ele, pois sabia que um dia ele retornaria. Talvez não por ela e para ela, mas ele voltaria. Porque sempre retornava. Ele prometera. Ela sabia. Sentia. Pois era filha dele, sangue do mesmo sangue, carne da mesma carne, parte dele.

Ela retornou para onde Law estava, pousando na amurada do navio e segurando-se na rede de cordas, notando o olhar do moreno pairando sobre sua figura feminina. Elisabette o encarou de volta, ambos mantendo a seriedade na troca de olhares, como uma conversa silenciosa sobre a situação, como se ambos dissessem um ao outro que nada daquilo seria discutido, tanto sobre a doença quanto sobre ela estar infectada.

- O que você fez?

- Eu salvei o capitão. Ele está seguro agora. - ela sussurrou, sua voz soando como um mantra divino: calmo, ameno, seguro.

- Aquilo que caiu no mar era o corpo do seu Pássaro do Sul?

- Não. Era o corpo de uma traidora.

- Traidora? Era um maldito animal.

- Ela queria feri-lo. Ia matá-lo. Eu não poderia permitir.

- Você é maluca, sua pirralha? - falou ríspido, franzindo o cenho e sentindo-se cada vez mais intrigado com o comportamento repentino da sentinela.

- Não. Eu sou leal. Você é o capitão do seu navio, não entende como é? Seus tripulantes provavelmente fariam loucuras para mantê-lo vivo, sim? Pois bem, eu apenas fiz o mesmo pelo meu Senhor. - um sorriso simples e singelo formou-se nos lábios rosados dela, falando com uma calma absurda, como se suas palavras fossem comuns, nada estranhas para si.

Naquele momento, o Cirurgião da Morte se deu conta de que aquela mulher não possuía pensamentos sãos. Nada nela parecia correto. Sua personalidade infantil alternava, em um piscar de olhos, para algo completamente diferente, quase tão sádica quanto, ou mais, do que ele já fora ou poderia ser. Ela referir-se ao Chapéu de Palha como uma autoridade maior que um capitão, seu "Senhor", como havia dito sem hesitação ou receio, deixou-o perplexo diante de tamanha devoção. Definitivamente, ela não parecia sã. Não parecia... certa. Parecia errada, estar errada.

Entretanto, Elisabette não se importava com o olhar de julgamento vindo do mais velho. O que ele estivesse pensando ou falando não a afetava; ela era inabalável quando se tratava de sua fé, de sua devoção.

Nada nela nunca o interessou, exceto quando presenciou sua auto-ressuscitação com eletropulso, utilizando descargas elétricas desferidas por seu próprio coração, que era envolto por uma camada de eletricidade. Por dois anos inteiros, isso o impediu de estudá-lo, pois sempre que tentava tocá-lo diretamente ao atravessar o cubo de proteção, recebia choques capazes de deixá-lo tonto e com náuseas. Para Law, Elisabette era uma criatura estranha. Um ser estranho. Seja pelo seu passado nas Ilhas do Céu, sobre o qual descobriu apenas superficialidades através da carta que havia lido, ou das interações que presenciou entre ela e Urouge, o Monge Louco.

E o D. em seu nome foi o que mais o deixou atônito. Na noite em que ouviu seu choro, seu desabafo, e o segredo sobre possuir tal nome, ficou intrigado. O pai dela havia lhe dito para guardar segredo; então, o pai dela - cuja identidade ele desconhecia - poderia ter conhecimento sobre o significado do D.? Enel, como lembrava vagamente, sabia qual era a vontade dos D.? Aquilo ainda era algo que o deixava pensativo, ansioso. Lembrou-se das palavras de Corazón, quando o homem lhe disse que os D. eram inimigos dos Deuses. E ela era como um anjo, como aqueles que via em revistas e pinturas. Quem ela era, de fato? Ele questionou a si mesmo na calada da noite.

- É uma noite muito bonita, apesar de tudo. - disse a birkan, seus olhos fixados na lua cheia que se refletia em seus olhos azuis claros enquanto sua mão apertava o antebraço manchado, buscando algum conforto em si mesma.

- Sim, é. - murmurou Trafalgar quase silenciosamente, sentando-se novamente no banco ao redor do mastro do navio.

E, realmente, apesar de toda a situação que haviam presenciado, era uma noite bonita. Um céu escuro sem nuvens, com pequenos pontos brilhantes formando constelações nas alturas, e a grande lua iluminando as áreas obscuras do Thousand Sunny. Era a única testemunha, além do Supernova, que presenciara a crueldade que fervilhava no sangue de Magni D. Elisabette. Para todos que a conheciam de longe ou observavam tudo apenas por seu ponto de vista, ela não passava de uma moça triste que tentava o melhor para superar seus demônios. Na realidade, ela era o seu próprio demônio. Ela era má. Ela sabia que era. Mas preferia acreditar que era a vítima, a coitada, aquela de quem deveriam sentir pena.









Quando a manhã chegou, Elisabette recolheu-se para dormir e despertou apenas quando o relógio marcava três da tarde. Seus cabelos estavam emaranhados e suas asas arrepiadas. Sua camisola havia sido atirada para longe assim que pôs os pés no quarto, adotando a nudez novamente para descansar após uma noite repleta de transtornos. Nessa noite, descobrira seu contágio, identificando Kaminari como o transmissor. Para proteger seus companheiros, precisou eliminar o animal e, ao descobrir que seu Pássaro do Sul era na verdade uma fêmea que havia botado ovos - estes que provavelmente dariam filhotes contaminados -, tomou a decisão de esmagá-los para impedir o nascimento dos passarinhos.

Ela bocejou e se espreguiçou, olhando ao redor e notando sua toalha novamente dobrada na beirada de sua cama. Não tardou em puxá-la para enrolar em seu corpo e levantou-se dando mais um bocejo, caminhando com passos preguiçosos até o lado de fora do quarto das meninas, dirigindo-se ao banheiro.

A jovem de cabelos platinados tomou um banho demorado, ainda sonolenta e sentindo certa fraqueza nas pernas, vez ou outra apoiando a testa na parede para descansar de pé. Assim que finalizou suas higienes, voltou para o quarto e vestiu uma blusa curta de rosa claro com estampa de corações vermelhos e uma minissaia preta. Bocejou novamente, encarando a mancha em seu antebraço. Suspirou e olhou em volta no quarto, vendo a maleta de maquiagem de Nami posta em uma das prateleiras. Imediatamente foi até lá, abrindo a maleta e procurando por pó de arroz, sabendo que sua pele clara seria disfarce suficiente para ocultar a mancha verde em seu corpo.

Finalmente pronta, ela pegou a escova de cabelo e dirigiu-se ao convés, sabendo que seus companheiros, aliado, samurais e o refém estariam todos ali reunidos.

Ao sair do navio, deparou-se com a cena familiar: Nami e Robin de biquíni tomando sol, Zoro e Sanji discutindo, Luffy, Usopp e Chopper pescando, Brook cantando, Franky demonstrando suas diversas habilidades robóticas para Momonosuke e Kin'nemon, enquanto Law e Caesar observavam tudo em silêncio.

Com um sorriso solene nos lábios rosados, Elisabette pigarreou para chamar a atenção de Zoro e Sanji. Imediatamente, os dois a olharam - o espadachim com desinteresse e o cozinheiro com corações nos olhos ao ver que sua anjinha havia finalmente despertado de seu descanso. Ela balançou a escova de cabelo, insinuando que queria que alguém a escovasse. Antes mesmo que pudesse proferir uma palavra, o loiro acertou um chute certeiro no Caçador de Piratas e correu até ela, ajoelhando-se em sua frente com uma mão no peito enquanto segurava a dela com a outra, dando vários beijos em seu dorso.

- Eu me encarrego da tarefa de cuidar dos seus lindos cabelos, Minha Anjinha! - declarou Sanji, com os olhos brilhando de paixão por ela, como um bobo apaixonado.

- Isso é tão gentil da sua parte, Sanji.

Law, encarando tudo com sua habitual carranca, mergulhou nos pensamentos da noite anterior, refletindo sobre a metamorfose abrupta de Elisabette. Durante a madrugada, havia presenciado seus olhos azuis perderem o brilho, cedendo lugar a um olhar sombrio e implacável, digno de alguém capaz de mover céus e terras para se saciar com sangue inimigo. E agora, ali estava ela, sorrindo docemente, agindo com uma delicadeza quase angelical.

"Uma manipuladora nata", ele concluiu em silêncio, com um misto de fascínio e desconfiança.

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