Vida e obra: Severo Snape - Parte 3
Aquela noite Snape ficou ansioso, muita coisa aconteceu aquele dia. Ele ficou se perguntando quem o tal "Lord" seria, mas teve medo de investigar, vindo do Issac , coisa boa não era, Severo sabia disso.
Ele desviou do caminho das masmorras, após o jantar e resolveu ir para a biblioteca pegar um livro diferente, e lá ele encontrou com Lilian sozinha lendo um livro sobre cuidados com enfermos, ferimentos e lesões físicas.
- Pretendendo ser curandeira? - Perguntou Severo com sinceridade a ela.
- É bem interessante. Não seria uma má ideia. - Ela respondeu séria.
- Eu acho que nunca vou conseguir me desculpar com você. - Se lamentou notando que ela estava chateada.
- Na verdade você não me deve isso. - Ela falou fechando o livro e se levantando. - Aquela garota estava certa. No máximo você poderia se desculpar com o Thiago.
- Ah, claro. - Murmurou bufando aborrecido, se virando e andando.
- Espera. - Ela o chamou pegando em seu braço. - A noite está bem bonita, não acha?
Snape olhou desconfiado para onde ela estava segurando. Lilian sorriu com um sorriso tímido e ele sentiu que ela queria conversar.
- Sim, relativamente quente. - Ele respondeu pensativo.
- Não só isso, o céu está sem nuvens.
Ele a encarou esperando o próximo passo que não ouve, então lendo os pensamentos da garota, ele entendeu o que ela queria.
- Que tal a torre de astronomia? Da pra ver todo Castelo de lá.
- Verdade! Vamos! - Ela exclamou largando ele.
Snape não entendia muito bem as motivações de Lilian e tendo o poder de ler sua mente ele se atreveu, mesmo que se culpando, a buscar respostas.
Pela primeira vez eu senti o mesmo que Snape. Quando os dois andavam juntos muitos olhares recriminador e julgador acontecia. Eu não sei exatamente o motivo, mas para Snape o fato deles serem se casas rivais causava uma chacota constante que analisando o olhar de Lilian, isso a incomodava também.
No topo da torre, Lilian escorou na pilastra de proteção e olhou a linda via-lactea com emoção. Severo se encantou com a luz da Lua banhando os cabelos ondulados e ruivos da garota. Ele quase se perdeu de si mesmo, desejando estar eternamente ao seu lado. Ele só queria que tudo se resolvesse com ela w poder dizer o quanto a amava.
- Chuva de meteoros. - Ela sibilou e ele suspirou.
Mas um som ao longe chamou sua atenção, ele olhou para baixo, lá próximo do Salgueiro Lutador ele notou alguma coisa que não sabia explicar, por hora decidiu ignorar, já que apreciar Lilian parecia muito melhor.
- Você está bem? - Ele perguntou.
- É, acho que estou. - Ela respondeu olhando para o céu.
- Está pensativa igual ao dia que te conheci.
- Verdade. É que papai anda meio estranho, brigando com a minha mãe. - E foi se agachando para se sentar no chão, Snape a acompanhou ficando ao seu lado. - Todo começo de ano quando vamos ao Beco Diagonal e ele vê os livros, reclama da compra, e sempre fala umas coisas bem estranhas.
- Que coisas?
Ela suspirou fundo olhando um ponto no chão.
- "É sempre uma mulher bruxa, sempre uma mulher." - Ela buscou remedar o pai com um tom de voz mais grave. - Ouvi ele falando a noite "a inquisição foi necessária".
- Meu Deus. - Ele sussurrou impressionado.
- Eu sei que ele está frustrado por causa de dinheiro, mas isso me chateia. Petúnia parece ser agora é a favorita dele e eu da mamãe, mas isso não é legal, eu sei que ela se sente mal sem mim. Ela deve ouvir esses absurdos o tempo inteiro quando não estou. É muito estranho ficar meses fora.
- Sua irmã não era muito gentil comigo. - Ele respondeu pensativo. - Engraçado que parece que todos que estão ao seu lado me tratam mal. - Desabafou ele.- Mas sinto muito pelo seu pai, eu sei como é ter um pai complicado.
- Severo, promete pra mim que nunca vai machuca-los? Não é por eles, é por você, não seja agressivo como seu pai.
Parece até que ela tinha um ponto empático, mas infelizmente, ela não tinha... Snape viu sua verdadeira intenção, além de proteger os amigos, era tentar não instiga-los a briga, já que eles viviam perdendo pontos para Grifinoria e Lilian vivia ganhando eles de volta.
- Tudo bem. - Ele respondeu aborrecido mas fingiu um sorriso de compreensão.
Lilian ficou desconfiada, mas não por esse assunto.
- Está namorando aquela garota Black? - Ela perguntou buscando seu olhar.
- Não. - Ele respondeu com sinceridade encarando-a. - Ela só estava defendendo a casa, é o jeito dela.
- Vocês são amigos? - Indagou Lilian abraçando os joelhos. - Já vi estudando com ela.
- Ela só queria entender mais sobre defesa e poções, duvido que tenha segundas intenções, ela é um puro sangue, sabe? - Disse Snape com lamentar na voz.
Achei Snape meio sínico, mas ele ainda era ingênuo demais para eu concluir.
- Vocês da Sonserina tem esses preconceitos, não é? - Ela perguntou com temor nos olhos.
- Não só a Sonserina. - Respondeu Snape voltando a demonstrar aborrecimento.
- Não vejo isso na Grifinoria.
- Acho que lá tem outro perfil de babacas.
- Você me acha babaca? - Ela perguntou com um sorriso no olhar fazendo Severo notar uma confiança e meiguice incomum nela.
- Não, eu te acho perfeita. - Ele falou encarando seus olhos. - E lamento muito não ter ido para lá... - se lamentou sussurrando, se referindo a Grifinoria - mas agradeço pelo pouco que ainda conversamos e que posso ver seus olhos tão de perto.
Ok, eu me emocionei. Severo era hoje a pessoa menos amorosa e romântica que eu conhecia, a vida em algum momento o corrompeu cruelmente e eu estava alí me aproximando a casa minuto do que ele viria a ser um dia.
- Eu não sei o que dizer. - Ela respondeu quase murmurando se aproximando dele.
Mas parecia que saber como agir.
Se Snape já era naturalmente pálido ele ficou quase translúcido com a aproximação dela. Quanto mais perto, mais seu coração acelerava e seu estômago o alertava sobre seus sentimentos.
Lilian beijou Severo com confiança e delicadeza e ele se perdeu em si mesmo, até esqueceu que era um legilimente. Ele esqueceu de tudo.
- O céu...- Ela mumurou tímida , olhando para cima.
- É... - Ele nem sabia o que responder vendo o reflexo de alguns meteoro refletidos na iris dos olhos dela.
Como dois jovens inexperiente o próximo beijo não durou um muito e ela se levantou acanhada com um sorriso tímido. Snape a acompanhou em silêncio até os corredores como se tivessem feito algo que ninguém deveria saber. Ela se despediu e ele mal conseguiu dizer "boa noite" sem gaguejar.
Voltando para as masmorras, ele foi pensando no fato, mergulhado em sentimentos, até chegar a sala comunal da Sonserina e se deparar com a realidade.
- Eles fizeram algo contra você!? - Praticamente gritou Narcisa, o recepcionando com ansiedade.
- Eles quem? - Ele perguntou confuso.
- Potter, Lupin , Pettigrew e o meu primo. Eu ouvi eles tramando algo contra você! Vou falar com o Sirius, ele não é louco de arrumar briga comigo!
- Não, não precisa... - Ele respondeu baixo se lamentando por ela estar tirando sua paz. - Narcisa, eu estava na biblioteca, desculpa. - Mentiu distraído.
- Você está sorrindo porquê!?
Ele estava falando sorrindo e isso era quase impossível.
- Que? - Ele não tinha notado. - Ah.. achei um livro de poções muito bom.
- E onde ele está!? - Ela perguntou desconfiada, cruzando os braço.
- Ele quem?
- O livro! - Exclamou ela espalmando.
Snape ficou ainda mais perdido e não conseguiu criar uma desculpa tão rápida, ele estava pensando nos olhos de Lilian. Mas graças ao universo ele não precisou se justificar, Bellatrix o salvou puxando sua irmã para distante dele.
- Você está aí, sua safadinha! - Ela sibilou dramaticamente com uma voz muito aguda e continuou com um tom melodramático desnecessário. - Estamos te esperando esse tempo todo e você aqui procurando esse esquisito!? Cisa, olha pra você se envolvendo com mestiços!
- Me deixa Bella, me solta! - Exclamou Narcisa se desvencilhando. - Eu faço o que eu quiser!
- Se estivesse com o Lúcio como eu te falei...
- Ele tem dezesseis anos, você é louca. - Ela enfrentou a irmã com arrogância.
- Como se fizesse diferença... - Debochou Bella estranhamente ajustando a roupa na altura dos seios.
- Pra você nunca faz, não é? - Indagou a loira com expressão de nojo.
- Não suje o nome da nossa família! - Gritou ainda mais Bellatrix , fazendo vários alunos da sala se voltarem para elas.
- Bellatrix, deixe-a em paz! - Gritou Severo, se aborrecendo por ela estar chamando a atenção para eles.
- Quem você pensa que é, mestiço esquisito! - Ela gritou pegando a varinha.
- Não fale assim com ele! - Gritou Narcisa segurando o braço da irmã.
- HEY! - Gritou Issac do meio da sala. - Saia as duas daqui! - Ordenou o monitor vindo de encontro a elas, apontando a varinha para Bellatrix.
- Issac... - Sibilou Bella , com ódio.
- Eu falei SAIA! - Exclamou Issac se aproximando lentamente, encaixando sua varinha abaixo do queixo de Bellatrix alinhando seu olhar com o dela - Não vai querer brigar comigo de novo, ou será que vai? - Ele a intimidou com malícia.
- Desgraçado!
Bellatrix arrastou com ódio Narcisa novamente para o corredor dos dormitórios femininos, enquanto o Monitor ria maldosamente de boca fechada.
- Aquela vadia acha que me compra com sexo. - Ele falou baixo so para o Severo ouvir. - Mas eu prefiro as inexperientes, se é que você me entende.
Não, Snape não entendia e poderia jurar que ficou pálido novamente, principalmente quando Issac cinicamente abraçou ele pelos ombros empurrando-o sorrateiramente para um canto vazio da Sala Comunal.
- Então. - O monitor prosseguiu sério. - Não perguntou pra mais ninguém sobre o Lord?
- Não.
- Você é discreto Severo, e sinto que é confiável. Gosto disso em você. Principalmente porque não anda mais com o Gustav. - Ele olhou para trás para ver quem estava os observando. - Ele é muito perdido e fraco, não vai querer estar do lado dos fracos quando a grande revolução chegar.
- Grande Revolução.
Guerra. Foi o que eu julguei.
- Siiimmm. - Ele começou a falar ainda mais baixo se aproximando tanto do rosto do Severo que achei que fosse um flerte. - Vamos nos unir ainda mais, meu querido. - O elogiou olhando em seus olhos. - Os mais fortes irão acender, será inevitável. O mundo não será mais essa mentira e mistura bizarra de trouxas e bruxos, estaremos em posição equiparavel ou maior que os inferiores.
- Está me dizendo que esse tal Lord pretende tomar o poder político mundial?
- Eu não preciso explicar quase nada para você. - ele se afastou um pouco sorrindo. - Adoro homens inteligentes sabia. - Agora eu tive certeza que era um flerte principalmente porque ele umedeceu os lábios - Eu sinto que você fará parte desse futuro. Eu sinto que você se beneficiará muito estando ao nosso lado.
- Nosso?
- Somos muitos e nos ajudamos constantemente. Nada nos faltará, entende? - Ele deu um riso maldoso.
- E como conheço vocês?
- Você já nos conhece, só não sabe ainda. Lamento ser meu último ano aqui, mas vou me corresponder com você constantemente . - Ele falou passando a mão no braço no Snape , que o olhava serenamente mas em pânico por dentro. - Não quero perder você de vista. - Eu senti náuseas e ódio dessa cena. - Milorde gosta do quão envolvido sou em recrutar seus servos. - E levantou as sobrancelhas com um sorriso gentil.
- Servos? - Indagou Snape.
- É maneira pobre de dizer, somos muito mais que isso, Severo. - Ele falou sussurrando. - Somos o futuro da humanidade. - Snape sutilmente afirmou com a cabeça e Issac concluiu com um sorriso malicioso. - Come a loirinha antes do Malfoy, ok, Lúcio é péssimo. Ele não quis que eu ensinasse ele direitinho... - Ele deu uma piscada longa lembrando de algo.- Os puro sangue são muito burros porque o orgulho os cegam, arrogantes e pobres de planejamento , mas nós não somos. - Ele finalizou lançando uma piscada para Snape de forma quase carinhosa.
Eu entendi perfeitamente. Meu tio era dono de adjetivos grotescos que eu não sabia nem redigir mas , inteligência e estratégia estava no topo deles. Ele sabia recrutar, falar e como falar.
Snape era ingênuo aos 13 anos, e muito carente. Em silêncio ele queria fazer parte de algo maior, ser notado e acima de tudo, queria que as pessoas respeitassem sua personalidade, seu jeito de ser sem julgá-lo e ele via nesse grupo a chance de reconhecimento.
Eu poderia sair da sua mente naquele momento e eu já tinha entendido tudo, mas para o seu cansaço, eu não sai.
Senti Snape saindo daquela cena e voltando para seus pensamentos mais inocentes com Lilian. O vi convidando-a no final de uma aula a visitar novamente a Sala Precisa, e ela aceitando de forma estranha.
No horário típico das noites de estudos ela o alcançou vestindo sua capa, escondendo os cabelos numa noite aparentemente fria.
- Uau, tal como vi no primeiro ano. - Falou Lilian com um olhar preocupado cruzando os braços logo ao entrar na sala.
- Sim! É o meu refúgio e...
- Severo, você acha isso certo? - Ela Indagou o encarando. - Você não é mais criança, sabe que não pode fazer esses experimentos escondido. Pelas cores dessas poções eu julgaria estar muito a frente do que aprendemos hoje.
- Ah, claro. - Ele murmurou perdido. - Você está certa. - Fingiu compreensão.
- Sugiro falar com Dumbledore.
- Acha que ele não sabe o que acontece no castelo? - Ele perguntou olhando para os caldeirões, evitando encará-la.
- Pensando melhor, ele é mesmo brilhante, talvez já saíba e só... - Ela parou pensativa.
- Só?
Ela queria dizer "tenha pena" mas ela não concliu com sinceridade.
- Talvez... - ela pensou "ele esteja esperando o pior acontecer " - só ache inocente seus interesses.
Severo achou mesmo que fosse rolar mais um beijo mas ele percebeu que ela se arrependeu e isso devia ao fato de mais alunos estarem julgando ele próximo dela.
- Tudo bem Lilian. - Ele falou desanimando. - Você não precisa vir mais aqui e eu vou conversar com o professor...
- Com o diretor?
Ele começou a ficar nervoso.
- Sim. - Ele respondeu de má vontade. - Pode ir.
- Então vamos agora.
- Lilian, você quer me denunciar, fica a vontade. - Disse Snape bufando.
- Não foi isso que eu disse.
- É o que você está insinuando. - Afirmou ele com mais autoridade. - Se acha que uso esse lugar, o único lugar que eu encontro paz, para tramar algo contra alguém você deve fazer uma denuncia contra mim.
- Você está exagerando. - Tentou Lilian se defender cruzando os braços.
- Exagero é todos desconfiarem de mim por eu ser da Sonserina!
- Mas você está fazendo um monte de poções avançadas...
- Sim, é veritasserun! - Ele exclamou apontando para o caldeirão.
- E porque você fez!?
- É uma das poções mais difíceis! Se eu conseguir fazer ela eu consigo qualquer coisa. Mas você está com medo de eu forçar alguém a usar, como se eu precisasse!
- É claro que não!
- É, sim. Porque não toma então e me prove que eu estou errado!
Ele ficou surpreso pelo próprio impulso.
Lilian ficou visivelmente tão nervosa quanto ele e quase chorou.
- Você não precisa ser agressivo como seu pai.
Se tinha uma coisa que ofendia brutalmente Severo, era ela usar seu pai contra ele. Ela não fazia ideia do quão maldoso era, do quão profundo atingia e o destruía.
Ele não respondeu, apenas foi até o caldeirão e realmente pegou uma pequena amostra de veritasserun numa pequena concha e bebeu.
- Você não precisa fazer isso. - Ela falou chocada.
- Me pergunte agora quais minhas verdadeiras intenções.
- N-ão...
- Me pergunte! Porque Lilian? - Sua voz começou a aumentar. - Porque você não confia em mim!? - Ele exclamou com lágrimas nos olhos.
- Eu confio...
- Não, eu posso ler seus sentimentos, seu pensamento. - Ele parecia estar sentindo os efeitos da poção como da vez que eu o vi, uma expressão exagerada de sentimentos no rosto. - Eu nunca quis aprender essa merda de ler mentes , eu só queria fazer as coisas certas para as pessoas gostarem de mim!
- Você aprendeu ler pensamentos?
- Sim. E me dói ver que você não tem empatia NENHUMA POR MIM! Sempre foi a Grifinoria, para você se provar como bruxa, seus interesses em primeiro lugar.
- Já chega! - Exclamou ela de braços abertos.
- Não. - Ele respondeu calmo.
- O que vai fazer aqui!?
- Eu vou continuar a estudar o máximo que eu poder, eu vou aprender tudo porque aprender, Lilian, APRENDER , é a única amiga que eu realmente tenho.
- Não quer fazer mal aos outros?
Eu comecei a ficar com raiva dela.
- É claro que não! - Ele voltou a se alterar. - Eu pareço me importar com alguém!? Eu só gosto de você Lilian!
- Vai avisar ao diretor?
Ela não deu a mínima para os sentimentos dele.
- Não! Eu não vou seder aos seus pedidos, você nem se importa comigo de verdade, não me escuta!
- Eu sabia.
- Sabia que os professores tem pena de você?
- O que!?
- Tal como têm de mim, por motivos diferentes. As pessoas não são tão amáveis quanto você pensa. A verdade é bem dolorosa, quer saber o que suas amiguinhas de Grifinoria pensam de você!?
- Não! Já chega! - Ela gritou indi para a saída da sala.
- Ótimo, porque eu também estou cansado de não falar a verdade pra você, porquê você não confia em mim!
Ele se arrependeu muito de ter tomado veritasserun, mas poderia ser muito pior se Lilian não tivesse saído. E nós três sabíamos disso.
Foi esse o ponto de virada no humor e na personalidade do Snape. O sentimento de culpa e de vergonha o consumiram durante muito tempo, mas ele seguiu em frente em silêncio criando estratégias para ficar o máximo que poderia longe dos alunos da Grifinoria, ele teria surtar.
Meses depois , após a chegada dos alunos das férias, Narcisa apareceu com um pacote para Snape.
- Perdi esse ano seu aniversário, mas consegui te fazer uma surpresa. - Ela falou empolgada o encontrando-o sozinho na biblioteca.
- Eu acho que jamais vou conseguir... - Agradecer? Ele mumurou surpreso.
Narcisa tinha dado a ele um kit de ferramentas para as aulas de poções, ele realmente não teve reação.
- Não precisa! - Ela respondeu empolgada. - Agora eu vou pra festa de chegada das meninas, desfrute bem do seu kit. - E ela deu um beijo de despedida em sua bochechas.
Severo a assistiu partir aos pulos balançando seus cabelos loiros de um lado ao outro e eu apenas pensei: " acho que sei como ele pode agradecer". Sem malícia, ela com certeza tinha sentimentos por ele.
A próxima situação que encontrei na mente de Snape foi bem interessante: Certo dia , provavelmente no final do seu terceiro ano, um grupo de alunos da Sonserina se aproximavam do Grande Salão com visível lamentar. Severo estava lendo um livro sentado na grande mesa e pouca atenção deu.
- Eu não quero mais essa merda! - Gritou uma jovem garota descabelada jogando sua vassoura sobre a mesa. - Eu desisto do time!
E pra minha surpresa, era minha mãe.
- É por isso que eu odeio mulheres no time, cheias de chiliques! Vai culpar seu cabelo agora, Sooth? Faz uma trança!- Exclamou o capitão do time com raiva próximo dela.
- Ah, cala a boca, Flint!
- Você que fez merda! - Gritou o capitão com autoridade.
- Ela foi boa sim! - Gritou um garoto se aproximando. Ele era alto de cabelos relativamente grande e bagunçado de olhos azuis , da Grifinoria . Ele encarou o capitão com autoridade o suficiente para ele se afastar e sentar mais longe. Pelo jeito, não achava que Chloe valia a discussão.- É que o Thiago é melhor. - E ele atrevidamente pegou a vassoura da mesa. - Não se lamente Sooth, você me surpreendeu e garotas da Sonserina não constuam fazer isso. - E ele olhou para a vassoura.- Você tem uma vassoura muito boa, sabia?
- Ah, me deixa, Black, eu não preciso da sua piedade. - Ela falou se sentando e virando as costas contra ele.
- Não estou sendo condescendente e aposto que você sabe disso. - Ele falou com firmeza buscando o olhar dela. - A sua irmã quer fazer o teste para o ano que vem e se ela for metade do que você foi hoje...
- Ah, claro, ela será melhor jogadora, sim! - Ela gritou olhando para o garoto. - Terá as melhores oportunidades, o melhor trabalho, fora que é uma vidente muito melhor do que eu!
- Será? - Indagou o garoto com deboche e um sorriso gentil.
- Largue a vassoura dela, Sirius! - Gritou uma terceira pessoa que havia se levantado da mesa da Sonserina.
- Ou o que , Gibbon?
Ora, ora, ora. Eu ia assistir a briga do que entendi ser os futuros rivais da minha mãe.
- Eu falei para você largar! - Gritou Gustav ameaçando pegar sua varinha.
Gustav não esperou e arrancou a vassoura das mãos de Sirius com brutalidade , fazendo vários alunos da Sonserina se levantarem para comprar a briga e consequentemente, os da Grifinoria indo em defesa de Sirius.
Nessa hora Snape considerou tirar os olhos do livro e observar o caos se formando a sua frente.
- Você é idiota!? - Gritou Chloe. - Não está vendendo que ele só quis ser gentil comigo?
Então, mamãe, esse era o problema.
- Ele quer amaldiçoar a Sonserina, não deixe ele tocar em nada que é seu! - Gritou Gustav se justificando.
- Você está louco. - Debochou Chloe tirando a vassoura das mãos de Gustav.
- Esse maluco é um doente! - Gritou Sirius apontando para Gustav.
- Alunos! Alunos! - Gritou McGonagall, se aproximando do grupo. - Parem com essa confusão! O que está acontecendo?
Gustav tomou a frente para responder.
- Ele estava com a vassoura da Chloe em mãos, se engrandecendo pela vitória da Grifinoria.
- Qual o seu problema, Black? - Perguntou a professora com impaciência. - Porque sair da sua mesa num dia tenso como esse!?
Eu concordei com ela.
- Professora, eu só estava consolando a Sooth.
- Moleque, vai consolar a sua mãe, olha a confusão que você se meteu!
Eu ri por dentro.
- Que merda, professora! - Exclamou Sirus indignado. - Você vai me culpar agora por eles serem uns desequilibrados!?
- Isso inclui eu também? - Perguntou Chloe com cinismo no olhar e sorriso bem estranho pra ele.
- Não, é claro que não, Chloe. - Respondeu Sirus com uma voz melancólica, como visível arrependimento.
- Fala direito com ela, você não tem intimidade! - Exclamou Gustav empurrando Sirius.
- Chega! Já chega! - Gritou McGonagall afastando Gustav. - Os dois na detenção no sábado às 8, quem sabe uma atividade colaborativa não ajude vocês.
- Ah, vai se fuder! - Gritou o Grifinorio dramaticamente levantando os braços para o teto.
- Sirius Black! Não fale comigo desse jeito! - Gritou a professora indignada com o indicador pra cima.
- Professora, concordo plenamente com seu julgamento nessa situação - Falou Chloe cinicamente pegando no braço da professora. - Infelizmente as pessoas me julgam muito frágil por eu ser órfã e sentem que me devem algo por seus remorsos , mas Sirius foi um cavalheiro comigo, ele estava falando a verdade. O problema foi o Gibbon.
- Ah. - Murmurou a Murmurou a professora surpresa. - Mas o linguajar do Black não pode ser normalizado. Menos 10 pontos para Grifinoria e obrigada por destruir o meu sábado. - Ela concluiu bufando. - Sentam todos AGORA!
Tenho certeza que a professora soltou um "merda" antes de voltar para mesa dos professores. Eu não me lembrava dela tão enérgica, talvez a velhice estava cansando-a.
Gustav sentou relativamente próximo do Snape e olhou com censura.
- Você nem se meche, não é? Você não passa de um covarde por causa daquela garota.
- Eles são muitos e eu estou só.
Snape analisou a própria frase e fez um paralelo com o que Issac havia dito... talvez ele não precisasse mais estar só.
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