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Orion

- Que música bonita. A voz dela é tão linda.

- Que bom que gostou. Quando eu ouvi, lembrei de você.

- Você acha que tem muito o que se lembrar da gente?

- Tem sim. Conversar com você no pátio no meu aniversário de dezoito anos, me fez ter bons sonhos. Gostei de ver você no nosso dormitório da Grifinoria, foi tão bom. Fiquei vendo você dormir por horas.

- Você é um pouquinho doidinho, não é?

- Você faria o mesmo, eu sou muito lindo. - Ironizou sorrindo - Não como você, mas gostaria.

- Não mesmo. - E rismos.

Ele era tão orgulhoso de si em nossos sonhos, muito mais do que pessoalmente, era encantador. Estava de noite, e sob a luz do luar estávamos dançando, lentamente. Minha mãos em seus ombros, as dele na minha cintura, parecia uma valsa a beira mar.

- Bobagem. - Prossegui. - Seu sorriso é muito lindo, uma pena não ter assistido você dormindo. Eu queria ter a voz dessa moça para cantar assim pra você adormecer.

- Wooon, que linda. Você é tão menininha, ficaria incrível cantando.

- Ah, eu não sei ser menininha, não. Ela é bruxa?

- Não sei. Mas acho que não, eu ouvi em Londres, sentei num bar trouxa e fiquei pensando na gente.

- Eu estou te deixando doente?

- Não.

- Tem certeza?

- Porque acha isso?

- Snape.

- Como ele pode concluir isso?

- Lendo a mente, analisando.

- Doente é ele, Jenna. Ainda não entendo sua amizade com ele.

- Ah, você nem me perguntou do NOMs. Só consegui três "O", e sem ajuda dele provavelmente seria só um ou nem isso.

- Poxa, isso deve ser bom.

- Bom?

- Eu tirei só dois "O", em Feitiços e Poções. Fred só em poções.

- Hum. Nada mal... ainda não acredito que não fizeram o NIEMs.

- Mamãe também não.

- A letra dessa música é incrível... O que é Tylenol?

- Acho que um remédio. - Disse ele sorrindo e ficamos um tempo nos olhando.

- Você não fica triste depois de sonhar comigo?

- Já me acostumei.

- Porque está de noite?

- Gosto daquela constelação. Orion... - Disse ele olhando para o céu.

Ele criou um céu perfeito, a linha da Via Láctea me dava até medo de tão brilhante.

- O que foi fazer em Londres?

- O que?

- Você entendeu.

- Ahm... me encontrei com a Angelina.

- Ah.

- Ela contou que a Sophia socou a Cátia.

- Sophia é maravilhosa.

- Hum.

- "Hum" o que!? Nesses anos todos nenhum de vocês me defenderam.

- Você não precisava.

- Não é essa questão.

- Você ainda anda com o Lammont e ele amaldiçoou o Fred.

- Ahn... - Na minha cabeça era diferente a situação, mas fazia todo sentido.

- Ahn? Entende, não é? Mas pode ficar feliz, Fred não fala mais com ela, ele ficou chateado com o jeito que ela te tratou.

- Mil anos depois, quanta conveniência...

- Hey, aqui a gente não briga, certo!?

- Hum, verdade.

- Fred foi numa boate trouxa esses dias.

- Ah-ah! É por isso que a gente se dava bem, ele é tão aventureiro!

- O que quer dizer? - Indagou ele, me olhando atravessado. - Que eu não sou maluco o suficiente pra você.

- Você sabe que não. É muito conservador. Olha como estamos, isso é romântico demais pra mim.

- Conservador? - Jorge riu com carinho. - Se você tivesse sido mais abusada comigo...

- Cínico! E por uma acaso você iria gostar de se eu jogasse você numa sala qualquer do Castelo e ter subido em cima de você?

- Talvez, você nunca tentou.

Que pena.

- Jorge, vamos ser realistas. Você se afastou de mim quando notou que eu estava me interessando por você, mas eu entendo, você tinha vergonha da Sonserina...

- Jenna, você nunca vai me perdoar por isso, não é? Eu já disse sobre o dia que contei ao Fred da gente, ele ficou mal.

- Hum, não é sobre isso. É sobre você não contar a ele sobre a nossa ligação.

- Conta você. Vai lá, conta.

Afrontoso. Ele sabia que não tínhamos coragem de encarar ele.

- É por isso que não saímos do lugar. Pelo menos a vida continua para você, não é mesmo?

- Você está sozinha?

- É, posso dizer que sim. Eu me sinto sozinha o tempo todo, vazia.

- Aposto que tem muitos casinhos por aí.

É , eu sabia me distrair, mas isso não me fazia feliz.

- Jorge, não importa. Se eu me apaixonar, se eu amar outra pessoa, se eu beijar alguém, quando eu vou dormir eu penso em você. Sonhos como esses, com você, fazem eu acordar chorando.

- Poxa, eu sinto muito. - Disse ele triste.

- Você sempre será o primeiro... E quando vai ser a inauguração?

- Em agosto. Mando carta com a data.

Meu coração acelerou, eu iria voltar a ver ele.

- Muito bom! Vou com a Sophia. E você, imagino que vai estar com a Angelina.

- Não estamos namorando, Jenna!

- Não ainda. Bom, nem eu estou namorando com nenhum dos meus casinhos. - Disse eu com sarcásmo, rindo.

- Muito boba mesmo.

E nos beijamos ao som distante das ondas.

Abrir os olhos com pesar, era doloroso acordar. A realidade nunca mais foi a mesma depois daquele mergulho no profundo mar Jorge.

Era muito cedo, acho que o sol tinha acabado de nascer, estava um dia muito quente. Uma pena não ter minha própria casa para eu andar nua, sinceramente. Mas andar descalço já era um avanço.

Desci os degraus da escada que estavam maravilhosamente gelados, tentando secar as lágrimas dos olhos. Não fiquei contente quando vi Júnior na cozinha lendo um livro e tomando chá com bolinho.

- Ah, bom dia. - Cumprimentei entre engasgo.

- Temporada de pesadelos?

Sempre a mesma pergunta. Eu não respondi, estava tentando não falar para não chorar ainda mais. Peguei um copo para tomar água, mas estava muito difícil suportar o sentimento. Achei que estaria sozinha na cozinha, deveria ter ficado no quarto até me acalmar. Me escorei na pia para tentar controlara minha dor.

- O sonho foi tão ruim assim? - Insistiu meu irmão preocupado, se levantando.

- O problema, Gustav - falei tomando ar. - não é o sonho, e sim é a porra da realidade! - Gritei arremessando o corpo na pia fazendo os cacos de vidros saltarem na minha frente, mas nem eu nem meu irmão fomos atingidos.

- Jenna...

Meu irmão estava sendo gentil, e eu só tinha ele ali. O abracei e chorei em silêncio mais um pouco com meu rosto sobre seu peito. Eu nunca tinha abraçado ele, eu nunca tinha ouvido o coração dele bater, os tempos estavam diferente.

- Eu acredito que vai melhorar, - Disse ele retribuindo o abraço com temor encaixando seu queixo na minha cabeça. - Você é forte, sempre descobre um jeito de lidar com as situações.

- É o que parece, não é? -  Indaguei me afastando dele, limpando os olhos. - Sabe, eu nem sei onde eu acertei esses anos todos, mas onde eu errei está muito claro.

- Porque é uma impulsiva irresponsável. - Disse mamãe na porta da cozinha, seguida por papai.

Minha mãe estava impaciente quando pegou sua varinha e sem falar o feitiço, consertou o corpo, talvez eu tivesse a assustado. Ela sempre reagia com impaciência quando me via surtar, nunca me abraçava como Sophia, nunca se preocupou como Jorge, em me perguntar e me acalmar. Péssimo dia para ela ser reativa comigo.

- Irresponsável? Você nem se preocupa em me entender. Nunca quis me ouvir...

- Você é muito mimada, Gustav estragou você! - Exclamou ela me olhando com raiva, colocando o copo consertado sobre a pia.

- Vai culpar o papai das suas negligências?

- Negligência!? Você é muito privilegiada por ter um pai e uma mãe! Deveria dar mais valor.

- Não me venha com esse papo de vítima que cresceu sem os pais. Sophia é mais amável comigo do que você e ela nunca os conheceu!

- Porque será que ela é amável? Talvez só quisesse se aproveitar dos seus erros.

- Se aproveitar?! Tem certeza que sabe o que é amor!? Porque como mãe você é péssima! Se tivesse sido minha amiga...

- Amiga? Eu sempre estive disponível pra você.

- Hostil comigo, você não sabe ser amiga de ninguém! Você nasceu primeiro, você deveria me dar um bom exemplo!

- Exemplo? Eu tinha 9 anos quando perdi meus pais, você não tem noção do que passei!

- Se fossemos amiguinhas talvez eu soubesse. Esse papo de que cresceu sozinha não isenta você da sua responsabilidade!

- Você sempre me culpando das merdas que você faz? Eu te aconselhei, eu dei a você um dom...

- Você não deu merda nenhuma! Foi a minha bisavó! Você se acha uma boa vidente mas não sabe a metade do que eu sei!

- E você sabe o que eu sei!?

- Já chega com essa discussão! Não vão chegar a lugar algum! - Exclamou meu pai, mais enérgico, se aproximando da minha mãe.

- Esse é o seu problema, Gustav, você não suporta discussões, sempre conivente com os insultos dela.

- Vá para o seu quarto, Jenna. - Ordenou papai visivelmente chateado e começando a se irritar.

- Você é conivente mesmo, pai, com os erros dela! Merecia uma esposa muito melhor!

- Vá para o seu quarto, AGORA!- Gritou ele com autoridade.

Achei melhor subir. Eu nunca fiquei de castigo, mas achei melhor não arriscar minhas férias. Eu tinha muita coisa pra fazer e não podia vacilar nos meus planos.

Entrei no meu quarto fechando a porta com violência e me deitei. Decidi não pensar no sonho já que isso me deixava angustiada, e me lembrei dos últimos minutos com Snape. Eu era muito louca mesmo.

Ainda que consegui convencer o Professor dos meus planos antes da veritaserun passar. Imagino que não seria muito difícil já que eu estava rebolando em cima dele. Aquilo foi golpe baixo da minha parte, mas foi incrível.

Achei que fosse me sentir mal de ter falado tudo que eu disse para ele. Fui estúpida e agressiva, mas era visível que ele tinha se divertido, e eu não estava afim de sofrer por isso, eu tinha problemas maiores.

Mas era bom lembrar do último diálogo, pelo menos isso não me fazia chorar.

- Desculpa, Severo. - Murmurei para ele, ao seu lado na cama. - Não gostei das coisas que eu te disse, eu fui muito grossa.

Estávamos nus em cima da sua cama com um lençol preto, frio, elegante sobre nossas pernas. Repousei minha cabeça em seus ombros, e fiquei por muito tempo passando a mão e pernas em seu corpo, era uma sensação muito relaxante depois da tensão que estávamos.

- Humm, foi uma experiência interessante.

- Para você tudo é uma experiência, não é?

- Quase tudo. - Ele respondeu com um sorriso triste.

- Eu não sabia que era tão agressiva.

- Eu já fui assim, com o tempo essas dores passam.

- Dores?

- Na adolescência florece muitas frustraçõe e emoções difíceis, imagino que com sua vidência tudo fique mais perturbador. Não é porque é adulta que tudo some, isso pode ecoar para sempre se não resolver.

- Você é adulto a muito mais tempo que eu.

- E ainda não sou maduro, ora veja onde estamos, tenho muito que amadurecer.

Pois é. O que nosso tédio e imaturidade nos faria...

- Você realmente quer se arriscar, me levando à Dinamarca?

- Sim. - Ele estava mais confiante que eu. - Nunca soube de um Djinn, sempre foram uma lenda, mas se você conseguir capturar, então eu não duvido de mais nada.

- Acha que consegue na Borgin & Burkes um receptáculo seguro?

- Tem alguns lá, mas ninguém acredita mais nesse tipo de magia, então não acho que vai levantar suspeitas.

- Assim espero.

- Mas eu consigo obter sem ele suspeitarem... Nem se lembrarem... - Ele me encarou com um certo carinho, sempre era difícil ter certeza do que ele sentia quando estava tranquilo.

- Você consegue qualquer coisa.

E com mais alguns beijos gentis, sem paixão, dormimos. Não sei que tipo de relacionamento tínhamos, mas me incomodava aquela instabilidade, não sei porque tanta expectativa, eu estava sendo uma hipócrita.

Voltei meus pensamentos à realidade, me levantei e fui até a minha mesa de leitura. Eu precisava escrever à Sophia e confirmar da sorte que tinha do aniversário dela cair dois dias depois do noivado da Patrícia e que provavelmente, Snape daria um jeito de me levar à Dinamarca entre esses dias que eu ficaria na casa dela.

- Fobos! - Gritei ele da janela do meu quarto após escrever. Mas é claro que ele não apareceu. Charlotte sobressaltou de susto na sua casinha fofa, que mamãe comprará para ela. Eu nem percebi que ela estava no quarto.

Tive medo de descer as escadas e bater de frente com a minha mãe, mas fui confiante em desprezar meus pais tomando o café da manhã deles, na cozinha.

Fui até o jardim de entrada e gritei mais duas vezes até ele aparecer. Pousou no muro aparentemente irritado.

- Mas você é muito preguiçoso, estou considerando abandoná-lo! Preciso que vá até Sophia...

Parei quando notei o vizinho trouxa da casa ao lado me olhando com curiosidade. Sua expressão também era triste, tinha olheiras profundas e estava cuidando de um menino pequeno, brincando no chão, talvez tivesse uns três anos.

- Você está falando com um corvo? - Perguntou ele com uma voz rouca e baixa.

- Ahm... - Não sabia o que responder.- Somos estranhos.

- Sei que são.

Apesar da minha convivência com minha avó ser natural, eu não sabia como me portar na frente de um trouxa estranho. Porque não optamos por uma vizinhança bruxa ou ocultar nossa casa? Não tinha pensado sobre isso antes.

Aquele menininho fofinho e descontraído no chão caçando pedras, me fez lembrar da visão que tive beijando Sophia. Aquela menina era muito bonita mas se via que era misteriosa também.

- Jenna. - Chamou papai da porta, olhando torto para o vizinho. Fobos voou e não me deu muita atenção. Fiquei irritada. - Pegue o Lucky.

- Pois é, esse corvo não me respeita a muito tempo.

- Eles são instáveis, mas tenho certeza que quando se sentem necessários, se aproximam.

Era uma boa observação, eu não tinha pensado sobre isso, até porque ele precisava ser necessário naquele momento.

- Pai. - O chamei ao passarmos pela porta. - Me perdoa?

- É claro. - Papai suspirou e me abraçou. Tive medo de perder ele, sabia que a qualquer momento algo poderia acontecer. Ele me deu um beijo na cabeça antes de começar a falar. - Eu entendo sua instabilidade, mas acho que precisa se aproximar mais da sua mãe. Pensa um pouco: imagina você instável assim, sem uma mãe ou um pai? Foi difícil esses anos todos para mim, também. Ela não consegue entregar aquilo que ela não teve.

Que sentimento horrível me abateu, pensando nela sozinha sem os pais. Eu realmente tive que me forçar a pensar sobre isso. Mamãe não era reativa sempre, mas tinha dias que ela estava mais alterada, e confesso que eu também era assim, ainda que eu tinha amigos para abraçar, já ela eu não sei.

Passei na frente da cozinha olhando pro chão, pensando se valia a pena me desculpar com ela, e vi que meu irmão que ainda estava na lá com um jornal em mãos, a capa dele me intrigou, Lúcio Malfoy estava nela.

- O que é isso!?

- Ah. - Disse ele vendo eu apontar para o jornal. - Não soube? Não leu?

- Não, se estou te perguntando!

- Esse jornal é da semana passada. O Ministério não conseguiu abafar isso. - Disse ele rindo me entregando o jornal.

Nele estava escrito " O Ministério da Magia indiciou Lucius Malfoy a Askaban."

***
Músicas de inspiração:
Corinne Bailey Rae: Another rainy day
E
Daniel Caesar - HER


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