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Nasci em 30 de outubro de 1980, quase nove meses antes do famoso Harry Potter. Apesar disso, a maior parte das nossas histórias raramente se cruzaram, embora tenham corrido paralelas.

Minha mãe, Chloe Brown, trabalhou no Departamento de Mistérios, e meu pai Gustav Hernesto Gibbon, foi promotor do Ministério da Magia. Eles se conheceram ainda jovens em Hogwarts, onde minha mãe se formou antes de se casar. Boa parte da história da nossa família foi um mistério para mim durante a infância, cuidadosamente escondida pela minha família.

Meu tio, irmão do meu pai, foi um Comensal da Morte. Já meu pai, por recusar as ideias de Voldemort, enfrentou grandes desafios para proteger nossa família, mas essa parte fica para minha fase adulta.

Do lado trouxa, minha avó paterna, Eileen Müller, era uma historiadora judia, refugiada da Segunda Guerra Mundial. Sobreviveu às atrocidades daquele período e trouxe consigo uma sabedoria rara sobre a natureza de líderes tirânicos. Já meu avô, Hernesto Gibbon, um bruxo negro nascido em Nova York em 1911, enfrentou o racismo da época fingindo ser branco. Ainda jovem, ele se aliou a Grindelwald, mas após a queda do líder, conseguiu anistia e tornou-se um respeitado Auror da MACUSA. Em 1945, Hernesto conheceu Eileen nos Estados Unidos, com uma família que a abrigou, impressionou-se por sua história de superação e a pediu em casamento. Eles se mudaram para Londres, onde seu relacionamento seria aceito, já que nos EUA o casamento entre bruxos e não-bruxos era ilegal.

Minha mãe nasceu em 1950, neta e filha de videntes famosas, herdou um dom peculiar: a vidência probabilística, uma vidência sutil que permite enxergar além de uma única possibilidade. Em 1963, ela ingressou em Hogwarts na Sonserina, onde conheceu meu pai, um ano mais velho. Não foi surpresa que eu também carregasse esse "carma" ao ser selecionada para a mesma casa.