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O Tal "Primeiro Encontro"

          ...

          No outro dia, Pranpriya acordou cedo. Talvez saber que veria aquele garoto tenha a motivado. Assim que acordou, começou a se arrumar. E mesmo que o uniforme não ajude, seu cabelo loiro com mechas azuis ajudava a deixá-la linda, e não precisava de esforço.

          Assim que terminou, estava dentro do horário e podia pegar um ônibus.

          Então, a loira sai de casa e caminha um pouco, até chegar à um ponto perto de sua casa.

          ...

          Esperou pouco até que o ônibus chegou e a menina entrou. Assim, que entrou, não olhou quem estava envolta, apenas se sentou e ficou. Observava a vista, até que olha para o lado e vê aqueles cabelos castanhos e olhos de jabuticaba do outro lado do ônibus. Achou que estava alucinando. Ninguém pensa numa pessoa e a vê logo em seguida... não é?!

          Antes que o garoto percebesse o jeito que Pranpriya o olhava, ela se virou e fechou os olhos, tentando não pensar muito naquilo.

          ...

          Ao chegar na escola, Pranpriya deixou o garoto descer primeiro, para não notar sua presença. Talvez não sabia como reagir, se falaria "oi" ou não. Talvez ele já até teria a esquecido...

          Ao entrar, Pranpriya viu Seul-gi abrindo um sorriso. Sabia que a morena a tinha visto saindo do ônibus perto dele. Já estava se preparando para repreendê-la.

          — Ei, gatinha! Eu vi tudo, pode ir contando... Vocês estão ficando, não é? — pergunta sem parar, empolgada.

          — Para com isso! Ele nem sabe que eu estava naquele ônibus... e, mesmo se soubesse, ele não me conhece.

          — Você parece triste com isso... — Seul-gi arqueia uma sobrancelha, intrigada.

          — O-o quê?! Não! — Franze o cenho, desviando o olhar.

          — Ô, meu bem. Não fica assim, tudo bem? — A abraça de lado, começando a andar para dentro da escola. — Ele vai ver hoje mesmo que você é uma garota maravilhosa! — Beija sua bochecha.

          — Ele não liga e eu menos ainda. — Torce os lábios.

          As meninas entram na escola e vão direto para a sala. Depois de pouco tempo, o sinal toca e a aula começa.

          ...

          O sinal toca. Pranpriya já estava cansada daquilo tudo, e já estava louca para voltar para casa. Tinha até esquecido da sua "aula particular" com o novo professor.

          Enquanto guardava seus materiais, Seul-gi chega perto dela, com um sorriso empolgado.

          — Tá pronta?

          — Pronta pra qu... Ah, droga! Ainda tem isso... — bufa, se levantando.

          — Vou fingir que você disse que se preparou a aula inteira pra isso. — diz, indo mais perto dela.

          — Deixa de ser boba, Seul-gi. — a repreende. — Esse menino não quer nada comigo. — reclama, andando e olhando para o chão.

          — Ah... — Abaixa a cabeça. — Eu não sabia que você não queria...

          — Uh... desculpa, Seul-gi. — percebe que foi indelicada. — Eu... só tô nervosa, okay? — Segura os ombros da garota.

          — Não, tá tudo bem. Se você não quiser, não vai. Eu não queria te forçar, ou nada do tipo... — diz, ainda meio cabisbaixa.

          — Não, não... — Volta a seu estado normal. — Eu tô precisando mesmo dessa aula. — Logo é retribuída por um sorriso da garota, e sinaliza que elas comecem a andar para fora da sala, já que quase todos já tinham saído.

          ...

          Ao andar um pouco, Pranpriya acha o garoto, perto das janelas. Era difícil o encontrar, sorte dela que o encontrou.

          — Okay, agora é com você. Boa sorte! — Dá um beijo em sua bochecha.

          — Não fica me beijando assim, porque se sua namorada ver... já sabe. — brinca, enquanto continuar andando e indo até o garoto e Seul-gi até o pátio.

          Ao se separarem, Jung-kook nota a presença da garota e tira os olhos de seu caderno, onde praticava as contas da dúvida da garota.

          — Ah, oi. — Ele abre um sorriso simpático, chegando para o canto do banco para que ela pudesse sentar-se.

         — Oi. — retribui, meio fraco e se senta.

          — Eu... passei a noite estudando sobre isso e pedi ajuda à minha mãe. Ela disse que você é uma boa aluna. — Sorri novamente e a olha, timidamente.

          — Ah, agradeça à ela por mim. E... obrigada por fazer isso. — Encara o chão.

          — Não foi nada. Eu... vou te explicar. Posso? — Se refere à se aproximar mais dela, meio receoso.

          — Claro... — Observa vendo ele colocando o caderno entre os dois e ficando mais próximo, e acha fofo ele ter sido tão hesitante, e acaba dando um sorriso ladino.

          Quando ele se aproxima, ela sente o cheiro de seu perfume e se sente como no dia anterior, invadida por aquele cheiro, que lhe deixava se sentir bem.

          ...

          Após algumas explicações, Pranpriya tinha entendido a matéria que nunca tinha dado a mínima. Era como se a voz dele entrasse na sua cabeça e tudo ficasse mais fácil.

          — É isso. Quer tentar? — pergunta animado.

          — Acho que sim. — Sorri, mais confiante.

          — Okay. — Lhe entrega o caderno.

          Ao pegar o caderno, Pranpriya encara uma das contas que o garoto fizera e consegue passar das duas primeiras linhas tranquilamente. Mas, na terceira, ela para e não sabe o que fazer.

          — U-hum... — Segura o lápis mais forte, forçando-o contra o papel.

          — Quer ajuda? — Se aproxima, sorrindo fraco.

          — U-uh... sim. — Pranpriya não era de aceitar ajuda muito fácil, mas sabia admitir que ia precisar.

          — Okay... — Se aproxima e toca a mão dela e acaba corando um pouco. Pranpriya podia sentir o calor de seu corpo perto do seu. — É... agora você tem que trocar, lembra? — Olha para ela, que também estava um pouco vermelha pela presença dele.

          — Ah... é. — ela lembra do que ele lhe ensinou e consegue seguir com a conta.

          Jung-kook ri um pouco de sua surpresa. Pranpriya, apesar de suas dificuldades, consegue terminar a conta e mostra para ele, meio insegura se estava certo.

          — Sim, você foi bem. — Sorri. — Você só esqueceu de simplificar, mas você consegue, tenho certeza. — diz orgulhoso.

          — Que bom que você acha. — Sorri tímida, colocando uma parte do cabelo atrás da orelha.

          — Sim você foi boa. Muito boa. — Pega o caderno, delicadamente. Mas nessa fala, Pranpriya sente que aquilo tinha outro significado. Ele estava dando em cima dela?

          — A-ah... — O olha.

          Ou era um delírio, ou ele estava mesmo dando em cima dela. Mas, nesse momento, seu celular toca.

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