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Apaixonada por um Idiota

O sinal do intervalo tocou e todos saíram da sala. A única interação que Pranpriya e Jung-kook tinham ultimamente, era para fazer o tal trabalho, e, ainda assim, Jung-kook podia jurar que ela o odiava, pois ela mal o olhava, mas ele não sabia o real motivo, ou melhor, não queria encará-lo.

Enfim, a garota saiu e foi encontrar seus amigos, Sana e Kunpimook, no corredor.

— E aí, Pranpriya? — Sana diz, ao vê-la, e Kunpimook dá um pequeno sorriso, acenando para a mesma.

— Tenho que falar com ele. Mas não sei como. — diz, inquieta.

— Uou, oi pra você também! — ele a estranha. — Ele quem? — Franze o cenho.

— Nossa amiga tá apaixonada, Kunpimook! — Sana ri e a abraça de lado, que a empurra.

— O Jung-kook. — responde seriamente, fixando seu olhar no chão, pensativa.

— Isso explica muita coisa. — ele resmunga. — Você só fala desse garoto, Pranpriya. — diz e ele a olha, como se o questionasse. — Todos os dias quando saímos da escola, o que você mais fala é sobre o quanto ele é idiota e você está confusa. É sério, eu só quero o que é melhor pra você. — Se aproxima e segura suas mãos.

Ela suspira e desvia o olhar, então, ela sai de perto de ambos, seguindo o corredor à sua frente.

— O que deu em você, Kunpimook? — ela pergunta, colocando o pirulito de morango na boca.

...

A aula estava para terminar e Pranpriya tinha decidido que iria falar com Pranpriya, mas queria se manter reservada a falar com seus amigos, tanto porque Kunpimook estava estranho e ela poderia desistir em um segundo. Mas, para seu azar, eles na tiveram nenhuma aula para fazerem seu trabalho e ela não pôde falar com ele de uma forma mais discreta, teria que ser na frente de todo mundo, onde todos poderiam ver.

— É... Jung-kook! — a chama, ajeitando a alça de sua mochila, então, ele a olha, abrindo um pequeno sorriso, um pouco surpreso. — Pode me esperar na praça? — pergunta e ele franze o cenho, mas assente positivamente.

Ela força um sorriso fraco e ele se vira, confuso, se perguntando o que seria. Enquanto ela sai dali avoada, ele se encontra com os amigos.

— Vocês não vão acreditar... — diz, ainda incrédulo.

— Me faça acreditar. — Ji-min sorri e o olha.

— A Pranpriya... me chamou pra conversar... — fala em um tom baixo, mas Ji-min solta um efeito sonoro de surpresa, chamando a atenção de alguns.

— Sério? — Yoon-gi parecia tão surpreso quanto ele, mas menos escandaloso.

— Sim... — Suspira, sorrindo, olhando para o corredor à sua frente, ainda sem acreditar, até que seus pensamentos fazem seu sorriso desaparecer. — Acham que ela vai terminar comigo? — pergunta, os olhando.

— Acho que ela vai é se declarar, isso sim! — Ji-min fala, ainda alto.

— Fala baixo, seu... — Ameaça lhe dar um soco, mas o mais baixo aponta para o namorado, que o triturava com o olhar, fazendo-o acabar rindo. — Bom, acho isso impossível. Não ela. — Suspira novamente. — Bom, ou encontrá-la agora e acho melhor eu aparecer sozinho. — brinca, ao chegarem do lado de fora da escola.

— Certo, boa sorte e me convida pro casamento. — Ji-min provoca, indo em outra direção com Yoon-gi.

— O de vocês sai primeiro! — brinca de volta, se afastando e acenando para ambos, que retribuem.

Ele suspira e vai caminhando até a praça. Assim que é possível, ele olha em direção ao local marcado e vê Pranpriya já sentada lá, olhando-o nos olhos. Ela suspira e desvia o olhar para baixo, enquanto ele se aproxima.

— Oi! — Ele diz, se sentando ao lado dela.

— Oi... — Ela permanece olhando para baixo, enquanto ele deixa sua mochila no chão e se prepara para olhá-la.

— Queria falar comigo? — Ele a olha.

— Sim... — responde, mas não diz nada, enquanto se preparava para como dizer isso. Por mais que tivesse ensaiado um bilhão de vezes, era difícil no ao vivo.

— Eu achei que estivesse com raiva de mim... — diz, quebrando o silêncio. — Quer dizer, mais do que antes... — Quer dizer, você tinha raiva de mim? — pergunta, e antes que ele pudesse sequer pensar no que estava dizendo, ela pega sua mão, o deixando ainda mais surpreso.

— Jung-kook. — Olha nos olhos dele, o deixando sem reação. — Eu não sei como te dizer isso. Eu gosto de você! — diz e o beija. A vontade é maior do que sua razão. Jung-kook retribui, mesmo confuso. Ele jamais imaginou que ela faria isso, sabendo que era ele. Ele mesmo admitiu isso!

Ela se separa do beijo pela falta de ar e olha para baixo novamente, com as bochechas vermelhas.

— M-me desculpa... — diz, sem olhá-lo.

— N-não, não tem problema! — diz, apertando um pouco a mão dela, sem perceber. — Eu gostei, e-eu só... não imaginava... — explica, olhando para baixo também, até que ela resolve o olhar e ele volta a olhá-la no mesmo segundo.

— É que... eu te odiava, porque pensava que você só queria ficar comigo pra provar que conseguia, porque eu era a única garota que não queria ficar com você, e o Mark mesmo disse que isso era verdade. Eu sei que você é um idiota, mas eu acabei me apaixonando por você! — explica tudo de uma vez.

— Espera aí... O Mark te disse isso? — Franze o cenho.

— Disse.

— Ele mentiu! Eu nunca disse isso, na verdade, eu sequer pensei nisso! — disse, assustado.

— N-não? — Se surpreende.

— Não, Pranpriya. Eu gostei de você pelo que você é. Eu não sei, você me conquistou. — explica, dando de ombros.

Quando ela mal percebeu, estava sorrindo. Então, ela se inclina e o beija novamente.

— E... agora? — ele pergunta, ao interromper o beijo.

— Você quer...? — O olha, insegura.

— Namorar? — Ele diz e ela abre um pequeno sorriso, por saber que não estava pensando nisso sozinha.

— Quero! — Sorri. — Eu... tenho que ir pra casa. — Ela fica de pé, ao olhar no relógio e ver que já era tarde.

— Quer que eu te acompanhe? — pergunta, fazendo o mesmo.

— Claro! Pode ser. — diz, sorrindo.

Eles andam juntos em direção à casa de Pranpriya. Timidamente, ele pega a mão dela durante o caminho e ela não conseguia evitar o sorriso bobo. Aquilo estava mesmo acontecendo!, era o que ambos pensavam. Ele estava mesmo de mãos dadas com a garota que o odiava e estava mesmo namorando o garoto que pensava ser um idiota.

Ao chegar na casa dela, ele para na frente e ela caminha até a porta. Ela o puxa para ficar mais perto dela e cola suas testas.

— Eu queria volta àquela noite no baile... — ela diz.

— Podemos voltar... — Ele pega sua mão. — Posso? — se refere à segurar sua cintura. Ela assente e ele a pega, com gentileza.

Eles fazem movimentos de dança delicados, que não chamassem muita atenção das pessoas que passassem, enquanto ambos sorriam sem conseguir parar.

Depois de um tempo, ela se inclina e lhe dá um selinho, se afastando dele.

— Até amanhã. — sussurra.

— Até amanhã... — ele responde, sorrindo bobo.

Ela sorri e entra em sua casa, acenando para ele, que faz o mesmo, mesmo que estivesse completamente em transe.

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