Alguém para Chamar de Amor
No dia seguinte, Min-ho acorda ao lado de Ji-sung, que ainda estava dormindo. Ele tinha que voltar para casa, para se arrumar para a escola, mesmo que gostaria de ficar ali, abraçado com Ji-sung, para sempre...
Ele se levanta, devagar, para não acordar o garoto, e sai da cama. Ele abre a porta e vai embora, deixando a casa.
...
Ao chegar na sua, ele abre a porta e vê seu pai, sentado, o esperando.
— Min-ho, que bom que voltou! — diz e o abraça.
— Pai...? — se surpreende, pois seu pai nunca foi de mostrar muito afeto.
— Me desculpa pelas coisas que te disse ontem, eu estava muito nervoso com aquilo... É claro que eu vou te aceitar, ok? — diz, acariciando seu cabelo.
— Obrigado, pai... — Sorri.
Ele continua entrando e vai para seu quarto, se trocar. Depois, ele volta e vai para a escola. Ele pega uma maçã e vai, por já estar fora do horário.
— Foi ruim acordar sem você... — Ji-sung envia uma mensagem, seguida de um emoji triste.
— Sinto muito, esquilinho... Precisava trocar de roupa para a escola...
— Me abraça quando chegar lá, tá?
— Claro, meu amor.
Ji-sung finaliza com um coração que Min-ho retribui.
...
Quando chega à escola, fica do lado de fora, esperando Han.
Não demora muito para que ele chegasse, junto com Felix, e se aproximasse dele.
— Bom dia, amor! — Min-ho o abraça.
— Bom dia, gatinho... — Sorri e retribui.
— E eu não ganho abraço? — Felix brinca.
E os três entram para escola adentro.
...
Assim que a aula termina, eles saem da escola.
— Amor, como vai voltar para casa? — Ji-sung pergunta, preocupado.
— E-eu me resolvi com meu pai hoje de manhã... Ele disse que me aceitaria, sim. — explica.
— Ah, que bom! — Sorri.
— Sabem que se precisarem de qualquer coisa, podem ficar na minha casa. — Felix completa, oferecendo.
— Eu sei, Lix. — Sorri.
— Sabe que pode ficar na minha também. — Ji-sung também diz.
— Eu sei, vocês são incríveis. — O olha. — Bom, vou ficando por aqui. — diz, chegando na porta de casa.
— Qualquer coisa, me liga. — Felix diz, ajeitando a mochila.
— Eu sei, tchau, amor. — Lhe dá um selinho. — Tchau, Lix. — Acena e entra em casa.
Ji-sung e Felix seguem o caminho juntos, para suas casas.
...
Assim que chega em casa, Min-ho afrouxa sua mochila, sentindo-se cansado. Mas, assim que ia a colocar sobre o sofá, ouve uma voz feminina e familiar o chamando.
— Min-ho! — Alguém o abraça por trás.
— Roseanne... — Solta um suspiro.
— Sabe que pode me chamar de Rosé, gatinho... — diz, sorrindo quando ele e vira.
— Não temos intimidade... — diz, sério. — O que está fazendo aqui? — Franze o cenho.
— Seu pai me chamou para almoçar. — diz, sem deixar seu sorriso. Ela estava com uma roupa tão provocativa que parecia ter segundas intenções ali.
— E-ele o qu... Eu pensei que eu tivesse dito que não queria nada com você! — diz, perplexo.
— Ow, não seja bobo... Eu sei que você só está fazendo charme... — Se apóia em seu peito, parecendo convicta do que dizia.
— Filho! — O homem chega na sala. — Que bom que chegou! — Sorri. — Roseanne ficou feliz com meu convite.
— Pode me chamar de Rosé, sogrinho... — Ri e o abraça de lado.
— Como pôde fazer isso comigo, pai?! — O olha, decepcionado, pois sabia de seus motivos.
— M-mas, filho... — Seu sorriso, e o da garota ao seu lado, desaparecem.
— Achei que entendia o meu lado... — diz, pegando sua mochila, sem o brilho nos olhos, que acabara de ser arrancado pelo homem.
Min-ho abre a porta e deixa a casa. Roseanne chega a abrir a porta, tentando o alcançar, mas ele já estava longe demais, e ela acaba por entrar de novo.
Ao sentir seguro que ninguém o ouviria, Min-ho se encosta em um poste e pega seu celular.
— Lix, pode atender agora? — diz, mandando um recado pela caixa-postal.
— Oi, Minnie. Tô aqui, pode falar! — atende, sempre disposto a falar com seus amigos.
— Meu... — Segura o choro, mesmo sendo difícil. — Meu pai chamou aquela garota que... sentou no meu colo, aquele dia, lembra? Ele a chamou para almoçar aqui em casa... — diz, ainda com voz de choro.
— Droga, não acredito nisso, Minnie. Não se preocupe, ok? Pode vir aqui para casa... — diz, fazendo-o relaxar um pouco mais.
— O-obrigado... Não vou incomodar, né? — diz, preocupado.
— Claro que não, sempre vai ter espaço para você aqui... Pode vir, vou ficar te esperando! — diz.
— Ok, tchau... — desliga e o garoto faz o mesmo.
Min-ho respira fundo e enxuga as lágrimas que acabaram por escapar de seus olhos. Ele guarda o celular em sua mochila e vai para a casa de Felix.
...
Assim que chega lá, ele toca a campainha, vigiando a casa de Ji-sung para que ele não o visse ali.
— Oi, que bom que chegou... Entra! — Ele abre espaço.
— Obrigado, Lix... — Entra. — Eu não sei o que faria se não tivesse você para me ajudar...
— Não se preocupe com isso, meu bem. — diz, subindo as escadas.
— Hum... Você não contou para o Ji-sung, contou? — pergunta, o seguindo até seu quarto.
— Não... Por quê? Não quer que eu conte? — Fecha a porta com os dois dentro.
— Não quero o preocupar, quero que ele pense que está tudo bem... — diz, de pé e nervoso com toda aquela situação.
— Você gosta mesmo de cuidar dele, não é? — Se senta em um pufe, abraçando uma almofada. — Mas quem está precisando ser cuidado agora é você, meu bem.
— Ele é a luz que chegou na minha vida... — Sorri fraco. — Não quero nem pensar em apagar essa luz ou em perdê-la. — diz, soltando um suspiro.
— Pois não se preocupe com isso. Ele pretende ficar por muito tempo iluminando sua vida, viu? — Sorri.
— Eu sei... — Desvia o olhar, ainda sorrindo.
Min-ho começa a pensar na situação em que estava. Não podia contar com o único familiar com quem morava, estava na casa de seu amigo, por um favor, e não queria contar para seu amado, a única pessoa que confiava, fora Felix, tudo aquilo. Então, ele acaba transformando essa emoção dentro de si em lágrimas.
— Ei... — Felix se levanta e o abraça.
— E-eu só queria poder ficar com ele... Dizer tudo que eu sinto, sem ter que ter medo que ninguém o tire de mim, de repente... — diz, chorando no ombro de seu amigo.
— Não se preocupe, ok? Essa situação vai terminar e vocês vão poder ficar felizes juntos. Eu prometo... — diz, acariciando seu cabelo.
— Obrigado, Felix... — diz,tentando se recompor.
— Vou pegar um copo de água para ajudar, ok? Pode ficar à vontade aqui, você sabe. — diz, abrindo a porta do quarto.
— Obrigado... — Se senta em sua cama.
Min-ho pega seu celular e vê uma notificação de uma mensagem de Ji-sung.
— Ei! Chegou bem em casa? — diz. Só aquela simples mensagem, acalma o coração do mesmo, fazendo-o soltar um pequeno sorriso.
— Cheguei sim, pequeno... E você?
— Estou bem também. Amor, meus pais disseram que minhas notas estão muito baixas, então eles acham melhor só nos virmos nos finais de semana... — diz, com uma carinha triste ao lado.
— Não fique assim, podemos ficar juntos na escola, nos tempos livres. — diz, tentando o animar.
— Mas eu gosto de ficar te abraçando... — Só de imaginar Ji-sung falando aquilo pessoalmente, com seu jeitinho fofo, o fazia melhorar muito.
— Não se preocupe, ainda vamos nos abraçar muito, esquilinho...
— Posso admitir que amo quanto você me chama assim?
— Felix vai amar saber disso. — brinca.
— Aish! Não é ele, é só você! — diz e Min-ho imagina ele corando ao dizer isso.
— Eu sei, só estou provocando. — Solta um riso.
— Cheguei! — Felix entra no quarto, com um copo com água e dois sanduíches. — Hum, vejo que não precisou de mim para se animar. — brinca, vendo o sorriso no rosto do loiro, que encarava o celular.
— Por que ele tem que ser tão bom pra mim? — Sorri bobo.
— É o que chamam de "almas gêmeas"... — Sorri também e deixa o lanche em cima da mesinha de cabeceira.
— Não provoca! — Ri.
— Não to provocando, vocês são fofos ao cúmulo! — Acaba rindo também e se senta ao lado dele.
Min-ho larga o celular, sorrindo bobo, e pega o lanche que Felix preparou.
— Mas, olha, deixa eu te animar um pouco também. Tô me sentindo deixado de lado... — Faz bico, abraçando o braço do mesmo.
— A gente nunca te deixa de lado, bobo... — Faz carinho em seu cabelo.
— Sei, sei... — Ri.
Min-ho acaba rindo junto. Era incrível como estar com Ji-sung e Felix o deixava feliz e animado.
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