ㅤㅤEle se levanta, após pensar um pouco sobre aquilo tudo. Então, ele sai de casa, indo até a cafeteria. Ao chegar lá, ele vê Min-ho sentado, já tomando um café.

ㅤㅤEle entra e seu olhar logo é direcionado à ele. Por mais que ele ficasse abalado somente de o loiro o olhar, ele teria que se segurar, pois ele poderia estar o enganando.

ㅤㅤ— Oi! — Min-ho se levanta e sorri fraco. Ele se inclina para lhe dar um selinho, mas Ji-sung vira um pouco o rosto e pega em sua bochecha.

ㅤㅤ— Oi... — Olha para baixo.

ㅤㅤ— Que bom que veio. — Sorri fraco, tentando não demonstrar que estava triste e nervoso. Então, ele se senta e Ji-sung faz o mesmo.

ㅤㅤ— Então... O que ele disse é verdade? — O olha.

ㅤㅤ— Sim, eu prometo, Han. Eu não gosto dela, nem nunca quis ficar com ela. Mas ela me beijou no meu colo e na sua frente. Me desculpa por isso. Não sabe o que eu faria para voltar atrás. — diz cabisbaixo, enquanto Ji-sung estava pensativo e tentando aderir aquilo tudo.

ㅤㅤ— Min-ho... Eu acho que estou apaixonado por você. — diz, soltando um suspiro, pois sabia que era a única certeza que tinha, naquele momento. E Min-ho o olha surpreso. — Sim, eu não paro de pensar em você e aquilo realmente me deixou chateado. — diz, ainda com o olhar triste.

ㅤㅤ— Ji-sung... Eu também estou apaixonado por você. — Segura sua mão, que estava solta pela mesa.

ㅤㅤMin-ho se inclina um pouco e o beija. Ji-sung apenas fecha os olhos, retribuindo, para sentir aquele momento que ele sentiu tanta falta, em tão pouco tempo.

ㅤㅤ— Eu... tenho tanto medo de ser enganado de novo... — Ji-sung diz, sentindo uma forte vontade de chorar.

ㅤㅤ— De novo? — Franze o cenho, mas percebe que aquela não era a maneira certa de fazer isso. — O-oh, desculpe... — Se senta ao lado dele. — Eu prometo que jamais faria algo para te machucar, Ji-sung. — Segura a mão dele.

ㅤㅤ— M-Min-ho... — Seus olhos enchem de lágrimas. — Fica comigo...? — O abraça chorando.

ㅤㅤMin-ho o abraça forte. E, mesmo sem entender o motivo do choro, sabia que a melhor coisa era ficar ao lado dele e poder protegê-lo.

ㅤㅤ— Claro que sim, Han. Claro que sim, meu bem. — Beija o topo de sua cabeça.

ㅤㅤEles ficam naquela posição por um tempo, enquanto Ji-sung estava se recuperando.

ㅤㅤ...

ㅤㅤJi-sung levanta sua cabeça, enxugando suas lágrimas com suas mangas e a ajuda de Min-ho.

ㅤㅤ— Isso não vai acontecer novamente, tudo bem? — Min-ho diz, preocupado por ter o machucado.

ㅤㅤ— Eu sei que não foi sua culpa... — Sorri fraco.

ㅤㅤ— Eu sei, mas eu não suporto a ideia de ter te machucado de alguma forma. E, eu juro, que se você quisesse nunca mais olhar na minha cara, eu ia sofrer muito, mas ia te entender. — diz sinceramente.

ㅤㅤ— Eu não conseguiria fazer isso. Eu só penso em você... — Deixa um pequeno sorriso escapar.

ㅤㅤMin-ho sorri também e lhe dá um selinho. Ji-sung encosta sua cabeça no ombro dele, já disposto.

ㅤㅤ— Quer que eu te leve para casa? — oferece, abraçando-o de lado.

ㅤㅤ— Você pode ficar? — O olha.

ㅤㅤ— O tempo que você quiser. — Acaricia seu ombro, sorrindo.

ㅤㅤJi-sung sorri e indica para eles irem e eles saem da cafeteria.

ㅤㅤDurante o percurso, Min-ho pega a mão de Ji-sung, mesmo que timidamente. Ele sorri por ter Min-ho ao seu lado. Só de pensar em perdê-lo, já causava medo no garoto.

ㅤㅤ...

ㅤㅤAo chegar na casa dele, Ji-sung abre a porta e vê sua mãe colocando a mesa para o jantar.

ㅤㅤ— Oi, Ji-sung! Trouxe um amigo para o jantar? — Olha para Min-ho.

ㅤㅤCom medo de que sua mão percebesse algo entre eles, Ji-sung solta a mão de Min-ho que estranha.

ㅤㅤ— Ah... — Olha para Min-ho sem saber se é uma boa ideia. — Não sei, talvez ele tenha que voltar antes... — responde, receoso.

ㅤㅤ— Ah, ok. Não se atrase, Han! — diz, virando-se.

ㅤㅤJi-sung olha brevemente para Min-ho e sobe as escadas. Min-ho o segue até seu quarto. Ambos entram e Ji-sung fecha a porta.

ㅤㅤ— É... desculpa, é que eu não sei se não é cedo demais... — se refere ao jantar.

ㅤㅤ— Tudo bem, eu entendo. Eu ainda nem te pedi em namoro. — Se senta no sofá do quarto.

ㅤㅤ— Que bom que você entende... — Sorri.

ㅤㅤJi-sung vê a carta que Min-ho queimada pela metade, bem do seu lado no sofá. Antes que ele pudesse fazer algo para distraí-lo, os olhos de Min-ho estavam sobre a carta.

ㅤㅤ— É-é a minha carta...? — A pega.

ㅤㅤ— M-me desculpa... — Se senta ao seu lado. — Eu achei que tivesse me dispensado e fiquei com raiva... — Suspira. — Eu ia queimá-la inteira, mas eu não consegui...

ㅤㅤ— Por quê...? — O olha.

ㅤㅤ— Eu li essa parte da carta... — Pega ela nas mãos dele. — "Você conseguiu me mostrar algo que ninguém me mostrou antes. Agora eu sei o que é amor.", daí eu me lembrei dos nossos momentos e, principalmente, da primeira vez que eu te vi... Eu senti algo que nunca tinha sentido antes e... foi algo tão lindo que eu não poderia esquecer, mesmo que acabasse... — explica como se sentia. — Eu não podia fazer isso com a gente... — Dobra a carta, fechando-a e colocando perto do coração, porque sabia que era ali que ela morava.

ㅤㅤMin-ho apenas se aproxima e beija Ji-sung. Ele não sabia como eles ficaram tão próximos e como se amavam tanto em tão pouco tempo, só sabiam que era naquele momento que queria estar para sempre, numa utopia eterna, onde podiam ficar juntos.

ㅤㅤ...

ㅤㅤO celular de Ji-sung toca, interrompendo-os. Ao olhar, discretamente, se separando do beijo, ele vê o nome de Chang-bin na tela. Ele tinha se esquecido de tudo que tivera com ele naquela festa desde que voltou com Ji-sung.

ㅤㅤ— Não vai atender? — Min-ho pergunta, vendo que ele estava a alguns segundos encarando a tela do celular, sem fazer nada.

ㅤㅤ— A-acho que não... — O desliga, deixando-o de lado.

ㅤㅤMin-ho dá de ombros e olha para o lado, vendo um livro chamado "Como Eu Era Antes de Você".

ㅤㅤ— Gosta de ler? — O pega.

ㅤㅤ— Sim, ele livro é meu preferido. Eu já devo ter lido umas quinhentas vezes. Li a pouco tempo da última vez. — Pega o livro, olhando-o com um sorriso. — Olha pra isso... — Abre em uma página que já parecia saber de cor. — Tem umas frases... que eu não consigo ler sem pensar em você... "Poucas coisas ainda me fazer feliz, e você é uma delas.". — O olha e sorri, depois passa para outra página, enquanto Min-ho o observava todo empolgado, sorrindo. — "Percebi que estava com medo de viver sem ele.", essa eu li muito e chorei muito. — Acaba rindo. — Sorte que, na verdade, eu acho que, no fundo, eu sabia que você não era capaz de fazer algo assim...

ㅤㅤ— Me desculpa por ter fazer chorar, tá? Nunca mais vou fazer algo assim... — O abraça e ele retribui. — E... eu quero ler esse livro todinho, mas não estou acostumado com leitura. Acho que eu gostaria bem mais da história se você me contasse ela... — Sorri.

ㅤㅤ— Quer que eu leia para você? — O olha, sorrindo também.

ㅤㅤ— Eu iria amar! — Acaricia seu cabelo.

ㅤㅤ— Então, eu vou fazer isso, sim. — Sorri, parecendo ver uma constelação nos olhos de Min-ho.

ㅤㅤ— Ji-sung, o jantar está na mesa! — sua mãe grita do andar de baixo.

ㅤㅤ— Acho melhor eu ir... — Min-ho se levanta.

ㅤㅤ— Min-ho... — Segura sua mão. — Prometo que vou te apresentar pros meus pais, muito em breve.

ㅤㅤ— Não se preocupe, eu confio em você. — O puxa, dando um último beijo.

ㅤㅤEle segura a cintura de Ji-sung que entrelaça suas mãos atrás de seu pescoço. Era tão romântico como eles pareciam peças de um quebra-cabeça que se encaixaram.

ㅤㅤ— Sua mãe vai acabar vindo atrás de nós. — Se separa do beijo, rindo.

ㅤㅤ— Por mim, você ficava aqui para sempre! — Sorri, abraçando seu braço, andando até a porta do lado dele.

ㅤㅤ— Por mim também, é uma pena que o tempo parece passar mais rápido quando eu estou com você. — diz, cabisbaixo.

ㅤㅤ— Vou dar um jeito de parar o tempo. — ele brinca.

ㅤㅤ— Por favor! — Chegam até a porta e Ji-sunga a abre, se separando dele. — Bom, se cuide. — diz, do lado de fora e rouba um selinho.

ㅤㅤ— Você também... — Sorri bobo, abraçado na porta, enquanto vê Min-ho indo embora.

ㅤㅤEle desce as escadas e vai embora, após sorrir para os pais de Ji-sung. Então, o moreno ouve seu celular tocar novamente. E, novamente, era Chang-bin. Ele não sabia o que dizer para ele, pois, sem intensão, pode ter o machucado. Pois, a mesma coisa que Min-ho fez com Ji-sung, mesmo sem intensão, Ji-sung acabou fazendo com ele.

ㅤㅤMesmo sem saber como agir, Ji-sung atende.

ㅤㅤ— Chang? Oi... — Se encosta na porta.

ㅤㅤ— Oi, Ji! Olha, eu queria saber se você não quer sair comigo qualquer dia... — o chama.

ㅤㅤ— Ah... podemos nos encontrar numa cafeteria aqui perto, ok?

ㅤㅤ— Claro! Pode ser amanhã às quatro?

ㅤㅤ— A-ah... sim, sim... Tenho que desligar, meus pais estão me esperando para jantar... — diz.

ㅤㅤ— Ok, nos vemos em breve.

ㅤㅤ— É claro. — Desliga.

ㅤㅤJi-sung estava receoso em como iria dizer para ele que tem Min-ho... Mas não tinha muito tempo para pensar nisso, no momento. Então, ele desce e encontra seus pais, sentando-se na mesa.

ㅤㅤ— Então, acho que não conhecemos seu amigo... — sua mãe comenta, se servindo.

ㅤㅤ— Sim, eu... o conheci pelo Felix. — responde, meio confuso sobre o que dizer para eles.

ㅤㅤ— Hum, então deve ser um bom garoto! — seu pai diz, conhecendo Felix como melhor amigo de seu filho.

ㅤㅤ— Sim, ele é incrível. — não pode deixar de comentar e sua mãe estranha um pouco o comentário, mas continua se servindo.