ㅤㅤ𝘾𝙖𝙥𝙞𝙩𝙪𝙡𝙤 9: 𝙉𝙤𝙨𝙨𝙤 𝙎𝙪𝙤𝙧 𝙎𝙖𝙜𝙧𝙖𝙙𝙤
ㅤㅤMin-ho estava enrusbecido, morrendo de vergonha do que acabara de falar. Sinceramente, devia ter deixado aquele idiota ir embora para casa ao invés de ir atrás. Seu orgulho estava machucado, tinha admitido para si mesmo e ao garoto que tanto amava e odiava a verdade: Estava louco para ter-lo de volta, poder abraçar e passar as melhores horas juntos. E bom, agora que aquele tonhão sabia, não o deixaria em paz.
ㅤㅤCogitou que fosse zombar de si, mas sabia que não era de seu feitio. Mas de uma coisa tinha certeza, aquele maluco estava mais motivado com a própria loucura.
ㅤㅤ[...]
ㅤㅤAcordou cedo no dia seguinte, pronto para ir a escola. Se arrumou como podia, pegando um lanche rápido na geladeira e já se pondo para fora de casa, pronto pra caminhada diária até o colégio. Porém, algo estava diferente hoje. Ji-sung se encontrava sentado no chão, em frente a própria porta do apartamento, mexendo no celular distraído. Saiu da tecnologia assim que avistou o garoto ranzinza, abrindo o melhor sorriso que pode e se pondo de pé.
ㅤㅤ— Finalmente, pensei que não fosse mais sair. — Limpou o bumbum sujo dando alguns tapinhas. — Vamos? Está quase na hora de fechar o portão.
ㅤㅤLee nada disse, apenas ignorou completamente o cara ao seu lado e foi rumo ao elevador, na esperança que Han se tocasse que não estava para papo e fosse embora. Como o esperado, nada disso aconteceu, aquele cara de esquilo estava convencido que tiraria alguma palavra da boca bonita do amigo. Foram o caminho todo no mesmo esquema, Lee calado e Hannie fazendo o máximo para puxar assunto.
ㅤㅤAssim que chegaram na escola, Ji-sung fez questão de levar o amigo até a sua sala, como um bom cavalheiro que era. Olhou para os dois lados antes de sair, aproximando seu rosto do dele e dando um selinho rápido na boca perfeita e bem desenhada de Min-ho. Esse apenas grunhiu surpreso, arregalando os olhos com o movimento surpresa e deu as costas, indo para a própria carteira se sentar. O dia nem tinha começado e já estava em uma montanha russa de emoções, céus.
ㅤㅤ[...]
ㅤㅤAo bater o sinal do recreio, Lee pensou muito se sairia da sala para comer, ou se ficaria na sala escutando música. Mas ao escutar que a merenda do dia era seu prato favorito, não exitou em se levantar e ir para o refeitório. Pegou a enorme fila e foi rumo as mesas, se sentando e pondo o fone de ouvido na orelha, querendo ao máximo tirar a atenção a sua volta.
ㅤㅤE então, como nada que é bom dura pouco, o seu maior inimigo se levantou da própria mesa com os amigos e foi andando saltitante até Min-ho, com o próprio prato em mãos e uma animação descomunal.
ㅤㅤSe sentou silenciosamente, sorrindo a sua frente, admirando o cara que mexia com sua cabeça sem nem dar bola pra si. Óbvio que tinha notado a presença alheia, mas novamente, ignoraria. Quase se levantou e foi embora quando viu todos cochicharem e apontarem para sua mesa, mas se segurou muito.
ㅤㅤ— A tia Lee me convidou para dormir na sua casa algum dia desses. — Puxou assunto, vendo o garoto segurar os talheres com uma certa força. — Vamos combinar algum dia.
ㅤㅤ— Não lembro de ter te chamado. — Falou depois de tanto tempo.
ㅤㅤ— Eu não me importo, se sua mãe, a dona da casa disse, eu vou. — Deu de ombros, fingindo não estar ofendido e mexido com a atitude dele.
ㅤㅤ— Então façam os dois uma festa do pijama, não vou participar. — Continuo comendo.
ㅤㅤ— Que bom, minha pretensão não era que fosse. Sabe, ela é mais legal do que você. — Zombou, rindo baixinho.
ㅤㅤ— Idiota... — Murmurou, escondendo um sorriso da gracinha de Hannie.
ㅤㅤAquilo o fez se lembrar que sempre foi desse jeito, Min-ho era mal humorado sempre, mas Han sabia o fazer rir, mesmo que fosse dessa forma afrontosa. Ele gostava de como conseguia o enfrentar, era o único que podia.
ㅤㅤ— Você quer rir, Lee? — Zombou, aproximando as mãos por cima da mesa simulando que faria cócegas.
ㅤㅤ— Deixa de ser infantil, Jico. — Até mesmo chamou ele pelo apelido carinhoso, o que o fez arregalar os olhos surpreso.
ㅤㅤ— Vamos fazer uma tarde de cinema assim que chegarmos em casa. — Soltou no automático, propondo um outro encontro com Lee. Acho que ficou feliz além da conta com aquele apelido, até estava o convidando para a própria casa depois de tempos.
ㅤㅤMas, como sempre, aquele mesmo Lee carrancudo voltou, a barreira crescendo mais uma vez com todo aquele mal humor.
ㅤㅤ— Não quero, e vou ter que sair essa tarde. — Mentiu na cara dura, sem a cara tremer.
ㅤㅤ— Vou te acompanhar então. — Declarou, ainda sorridente.
ㅤㅤPercebeu que não se livraria do grudinho tão cedo, e aquilo o irritava e fazia tudo revirar no seu âmago. Era como nos velhos tempos, e aquilo assustava e o deixava ansioso. E se tudo tivesse o mesmo final que antes? Tudo questão de momentos para ter algum outro surto e querer afastar o garoto novamente.
ㅤㅤFicou com isso na cabeça, até quando se separaram ao fim do recreio. Foi para sua sala, pensativo em como faria para tirar Ji-sung de perto novamente. Mas era o que ele queria? Ou era novamente seu ego falando mais alto?
ㅤㅤNa saída, novamente seu ex amigo foi de seu encontro, e ele de mente cheia, já pronto para metralhar o esquilo com suas grosserias. Mas tentou ser paciente, sabia que ele não merecia aquilo.
ㅤㅤ— Min-ho? O que tá fazendo aí? Vamos para casa. — Jico chamou sua atenção, vendo ele paralisado o encarando.
ㅤㅤ— Ji-sung. — Se pronunciou, elaborando as palavras na cabeça. — Porque você tá fazendo isso? — Viu a careta confusa do amigo estampado na sua cara, então logo se explicou. — Se esforçando tanto para ter minha atenção de volta. Você já tem amigos, a popularidade e o teatro para si. Do que importa me ter agora? — Falou com a voz trêmula, bastante nervoso.
ㅤㅤ— Porque nada disso se compara a você, hyung. O que seria do Bob Esponja sem o Patrick? Apenas um cozinheiro de sucesso sem felicidade. — Se aproximou mais, indo de encontro ao seu rosto.
ㅤㅤOs narizes se esbarraram, a respiração se misturando uma com a outra. Automaticamente fecharam os olhos, os dois querendo dar o outro passo mas sem coragem alguma.
ㅤㅤ— Mas, e se... — Engoliu em seco, tomando coragem para falar. — E se eu não quiser você de volta? Eu tenho essa opção, certo? — Disse com os lábios se esbarrando, as mãos já em um único toque.
ㅤㅤ— Até tem, mas eu sei que não é o caso. — Riu consigo mesmo, se lembrando das palavras do dia anterior. — Se entregue Lee, me deixe te ter mais uma vez.
ㅤㅤAquilo foi o ápice para si, segurou o queixo alheio com certa possessão e selou os lábios abruptamente, botando bastante pressão no beijo, quase tirando todo o ar do amigo.
ㅤㅤSe afastaram atordoados, o sorriso nunca saindo dos lábios. Parecia um sonho, finalmente aquele cara tinha o beijado, como sempre quis e era pra ser.
ㅤㅤ— Vamos passar no mercado, temos que ter besteirinhas pra tarde de filmes. — Soltou, como se finalmente admitisse a presença alheia consigo.
ㅤㅤAgora sim, Jico pulou de felicidade e quase gritou fino. As coisas estavam caminhando, finalmente as coisas estavam nos trilhos novamente.
ㅤㅤBom, passaram a tarde assistindo alguns filmes que marcaram ambos juntamente, rindo e se divertindo juntinhos. Trocavam beijos bobos e olhares cúmplices, como sempre foi. Aquele carinho amistoso e confortável presente, como uma boa amizade sempre tinha.
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