ㅤㅤSeung-min estacionou seu carro recém consertado do lado de fora de sua nova casa. Sua cabeça estava completamente cheia de preocupações, ele soltou um suspiro, encarando a grande casa de fora.

ㅤㅤ— O que tem de errado com você? — perguntou-se, tentando juntar as peças do quebra-cabeça em sua própria mente.

ㅤㅤAssim que girou a maçaneta, esperava por qualquer coisa que fosse anormal, mas estava tudo mais parado do que o normal. Deu alguns passos sem saber direito como agir. Era uma situação confusa, pois deveria se sentir confortável quando chegasse em sua própria casa.

ㅤㅤ— Hyun-jin? — chamou. — Meu bem?

ㅤㅤKim deixa sua bolsa e as chaves perto do sofá, na mesinha de canto. Aquele silêncio todo estava começando a assustá-lo. Subiu as escadas e caminhou lentamente até o quarto. Em sua cabeça, estava uma perfeita cena de suspense, onde ele não sabia onde acabaria aquela situação.

ㅤㅤAo adentrar o quarto principal da casa, viu Hyun-jin costurando calmamente, aproveitando a última luz do sol daquele dia, e parecendo bem calmo do que os outros dias.

ㅤㅤ— Ah, você chegou? — Abriu um sorriso.

ㅤㅤ— Sim, eu... Te chamei... — disse, estranhando um pouco. Ele o abraçou.

ㅤㅤ— Chamou? Eu não ouvi. Talvez tenha sido o barulho da máquina. — disse, parecendo contente.

ㅤㅤ— Voltou a costurar? Que bom, você faz isso muito bem. — disse, acariciando seu rosto.

ㅤㅤ— Vou fazer um cachecol lindo para você nesse inverno. — Sorri pelo elogio. — E o que é isso? — Apontou para uma velha câmera nas mãos de Seung-min.

ㅤㅤ— Ah, isso? Você relatou umas coisas estranhas na casa e eu... — pensou por um segundo, hesitando contar o fato de sua pesquisa para ele. — Bom, eu quero verificar para saber que está tudo bem. — Assentiu.

ㅤㅤ— Isso quer dizer que acredita em mim? Obrigado, meu amor! — O abraçou. — Até eu mesmo cheguei a duvidar, mas é bom saber que você não.

ㅤㅤ— Eu nunca duvidei de você, meu amor. — Sorriu, retribuindo o abraço.

ㅤㅤ[...]

ㅤㅤSeung-min se encontrava deitado ao lado de seu marido à noite, o abraçando para que sentisse caso ele se levantasse à noite, mas isso também colaborou para que não pregasse os olhos um segundo, apesar do dia de trabalho cansativo.

ㅤㅤJá passavam das três da madrugada, quando Kim ouviu um forte barulho vindo de algum lugar da casa. Tentou não assustar Hwang ao se levantar vagarosamente, por mais que seu coração batesse acelerado.

ㅤㅤAssim que chegou na sala, foi diretamente até a sala, onde a câmera filmava. Encarou a mesma e, ao reparar melhor em seu cenário, viu um vaso quebrado do lado no canto do cômodo. Juntou as peças com cuidado e colocou em um canto para que Hyun-jin não se machucasse.

ㅤㅤAgora, já que estava ali e completamente sem sono, era o horário perfeito para investigar cada segundo do vídeo que tinha ali. Foi até o quarto que usaria de escritório em alguns dias e pegou seu equipamento de áudio dentro de uma caixa que estava para desembalar. Mesmo sem ordem alguma, ele rebobinou a fita até o começo, imerso a cada segundo que passava.

ㅤㅤConforme o tempo passava, o vídeo começava a ficar mais escuro, o que fazia sentido... Mas e quanto aos ruídos? Ele aumentava seu fone no último volume para conseguir ouvir qualquer coisa que se parecesse como um sinal ou um recado, quando levou um grande susto com seu vaso de flores caindo sem explicação nenhuma no chão. Ele parecia ter sido arrastado, mas nada no vídeo explicava esse fenômeno.

ㅤㅤFoi aí que o mesmo apareceu em sua própria gravação, como o esperado. E, quando pensou que nada mais ali poderia ser uma novidade, um vulto branco se fez presente atrás de si, e parecia querer fazer algum tipo de contato, pelos movimentos que fazia com o braço. Isso foi o suficiente para alertar Seung-min de que algo ali não estava normal.