72- Stronger- Kelly Clarkson
Dembe rapidamente percebe que Burke estava tentando pegar o telefone e suspeita que ele pudesse estar tentando chamar a polícia. Para evitar que a luta seja interrompida ou que ele seja capturado, Dembe da um pontapé a Burke fazendo ele cair, segurando-o no chão.
—Quieto, meu rapaz, aqui não há polícia —, diz Dembe com calma enquanto mantém Burke imobilizado. Ele então rapidamente revista os bolsos de Burke e encontra o telefone. Sem hesitar, Dembe joga o telefone para o chão, fora do alcance de Burke.
Infelizmente, a luta toma um rumo inesperado quando Burke acerta Dembe com um soco no rosto. Dembe sente a dor, mas reage rapidamente e usa sua experiência em lutas para se recuperar. Ele segura Burke pela parte de trás do pescoço e aplica um golpe de gravata, cortando o fluxo de ar de Burke e deixando-o sem fôlego.
Com Burke imobilizado, Dembe avalia suas opções. Entretanto, ele ouve uma voz feminina ao fundo e percebe que pode estar em perigo. Antes que ele pudesse reagir, Burke avista a navalha no bolso de Dembe e tenta agarrá-la, mas Burke não consegue e Dembe acaba cortando o pescoço dele. A hemorragia de Burke torna-se grave, quase sufocando-o. Dembe tenta acabar com o resto mas é forçado a fugir do local, deixando Burke para trás, com a pequena navalha preta no pescoço. Ainda dá-lhe um pontapé forte na barriga.
O barulho que sai da garganta de Burke é agonizante.
— Não deve demorar muito! — Diz Dembe enquanto foge de carro.
Érica, que estava por perto, vê Burke no chão e corre para tentar ajudá-lo.
— Burke, o que aconteceu contigo? — Pergunta Érica enquanto tenta estancar o sangue. — Vai ficar tudo bem... Tem que ficar tudo bem.
Burke parece estar perdendo a consciência, mas Érica continua tentando ajudá-lo. Ela procura por algo que possa ajudar a estancar o sangue e tenta manter Burke acordado enquanto aguarda a chegada da ambulância. Ela sabe que cada segundo é importante e está determinada a fazer o que puder para salvar a vida de Burke.
— Burke, ouve a minha voz? — As mãos de Érica estão cheias de sangue.
Burke mal consegue abrir os olhos, mas consegue ouvir a voz de Érica chamando por ele. Ele tenta falar, mas só consegue soltar um gemido de dor. Sua visão fica turva, mas ele consegue sentir a mão de Érica em seu braço, tentando mantê-lo acordado.
O sangue continua a escorrer do corte no pescoço de Burke, e ele começa a sentir frio e tontura. Ele sabe que está em uma situação grave e que sua vida está em perigo.
— Eu... eu acho que vou morrer — Sussurra Burke com dificuldade.
— Não diga isso, Burke, você vai ficar bem — Responde Érica, tentando tranquilizá-lo. — Eu não vou deixar você morrer, você não pode me deixar.
Os olhos de Burke começam a se fechar, indicando que ele estava perdendo a consciência. Érica percebe a gravidade da situação e continua tentando estancar o sangue enquanto aguarda a chegada da ambulância.
— Burke, não feche os olhos! Mantenha-se acordado, a ajuda está a caminho! — diz Érica, tentando manter Burke consciente.
Mas Burke já não responde mais, e seu corpo começa a fraquejar. Érica se desespera ao ver que sua tentativa de salvar Burke pode não ser suficiente. Ela continua tentando, sem desistir, mas sabe que o tempo está se esgotando.
apesar de estarem num estacionamento de um instituto médico ela não poderia deixar ele no chão sozinho ir correr chamar ajuda porque aquela não e especialidade do instituto.
As sirenes começam a se ouvir ao longe, Finalmente, a ambulância chega e a equipe médica assume o controle da situação. Érica se afasta para permitir que eles façam o seu trabalho, ela chorava muito sem controlo, sentindo a angústia e o medo de ter perdido Burke.
Os paramédicos estabilizam Burke e o levam rapidamente para a ambulância. Érica os acompanha, sem deixar de segurar a mão de Burke, ainda em choque com o que acabara de acontecer.
Ela pega no telemóvel para ligar para mim :
— Cristina, o Burke foi esfaqueado no pescoço.
— O quê?! Como ele está? — pergunto, preocupada.
— Ele foi levado de urgência para o hospital, ele perdeu muito sangue e já veio inconsciente.
Entrei a correr no hospital, com o coração acelerado e a respiração ofegante. A minha mente estava em turbilhão, tentando processar as informações que Érica acabara de me dar ao telefone. Burke foi esfaqueado no pescoço e está em estado grave, perdendo muito sangue.
Ao me aproximar da receção, pedi desesperadamente informações sobre o estado de Burke. A rececionista informou-me que ele foi levado para a sala de emergência, e eu segui apressadamente em direção a ela.
Chegando lá, vi a Érica coberta de sangue e chorando, mas decidi procurar um médico primeiro.
Encontrei um médico e comecei a questioná-lo sobre o estado de Burke.
— Boa noite, eu sou a noiva do homem que está lá dentro... — comecei a dizer, mas o médico me interrompeu.
— O senhor está a ser levado para o centro cirúrgico.
— O quê? Ele vai precisar de cirurgia? — perguntei, preocupada.
— Sim, a hemorragia é muito extensa e precisamos estancar o sangramento o mais rápido possível.
— Mas sabe me dizer o que aconteceu? — perguntei.
O médico suspirou antes de responder.
— Infelizmente, não temos muitas informações no momento. Esse tipo de questões só a polícia poderá responder, mas deve ter sido um assalto.
— Ok, obrigado. Por favor, mantenham-me informada. — disse e afastei-me do médico, juntando-me à Érica.
Aproximei-me dela, que estava inconsolável, olhando para o nada.
— Assististe? — perguntei-lhe diretamente.
— Não, só vi o homem a fugir, quando cheguei perto é que vi que era o Burke no chão. — ela engole em seco. — Como ele está?
— O médico disse que ele está sendo levado para o centro cirúrgico, a hemorragia é muito extensa e eles precisam estancar o sangramento o mais rápido possível. — respondo, tentando transmitir calma e força para Érica.
— Meu Deus, eu não consigo acreditar que isto está a acontecer. Eu não sei o que seria de mim se eu perdesse o Burke. — ela desaba em lágrimas novamente.
— Érica? — falo admirada com a expressão dela. — Ele é meu noivo, não seu. Não entendi a sua última fala.
— Desculpa, eu só... Fiquei sensibilizada com a situação. — Diz ela gaguejando.
Eu não acreditei muito nas palavras de Érica, mas decidi não questioná-la naquele momento. Mas pensando nisso, amor reprimido dava nessas raivas desmedidas que ela às vezes mostrava.
Enquanto Érica tentava se recompor, eu fiquei observando-a, com um misto de desconfiança e preocupação. Será que ela nutria algum sentimento pelo Burke? Isso explicaria sua reação emocional tão intensa.
Ela tenta mudar de assunto me entregando os objetos do Burke.
Eu abro a carteira e vejo que não falta nada, e o telefone é que estava destruído.
— A polícia já disse alguma coisa, Érica? — pergunto, tentando focar na situação atual e obter mais informações.
— Não, ainda não vieram aqui. Mas quem pode querer mal a ele?
— Não sei, Érica. — respondo, mas honestamente preferia não saber. Tinha medo que a minha mente me levasse a pensar o pior da pessoa que pairava na minha cabeça. — Meu medo agora é avisar a mãe do Burke... Eu confio na medicina... Vai tudo correr bem. — digo, tentando dar esperança a ela, que parecia mais abalada do que eu.
Eu tinha certeza de que ninguém faria mal a Burke, mas não poderia ser um assalto, já que o carro estava intacto. Eu não queria pensar em Reddington, mas sua imagem não saía da minha cabeça. Será que ele teria algo a ver com isso? Eu não queria acreditar que ele seria capaz de fazer algo tão terrível, mas a ideia não me deixava em paz.
Enquanto isso, Érica tentava se acalmar e decidi acompanhá-la até a sala de espera, onde aguardávamos notícias sobre Burke. Estávamos sentadas em silêncio quando finalmente um médico apareceu.
— Vocês são familiares do senhor Burke? — perguntou ele.
— Eu sou a noiva dele — respondi rapidamente.
— Ah, certo. Eu tenho boas notícias. A cirurgia foi bem-sucedida e conseguimos estancar a hemorragia. Ele pode ter sua voz afetada um pouco por causa do ferimento. — O médico continuou:
— No entanto, por causa do ferimento no pescoço, precisamos fazer uma traqueostomia temporária para garantir que ele possa respirar adequadamente durante a recuperação. Mas é apenas por um curto período de tempo. Ele ficará sedado nas próximas horas para ajudar na recuperação, mas assim que ele acordar, vocês poderão vê-lo.
Eu e Érica nos entreolhamos, aliviadas com as boas notícias. Agradecemos ao médico e ele nos deixou na sala de espera novamente.
Eu fui até a máquina de café e saí para pegar um pouco de ar fresco, enquanto Érica ficou no corredor. Vasculhei minha bolsa procurando pela carteira para encontrar o número que red me deu no passado, que era de Dembe, e decidi ligar, mas estava desligado.
Levo Érica para casa, ainda pensando na sua atitude estranha. Na verdade, nunca havia considerado essa possibilidade antes. Ela havia mencionado algo sobre "perder" Burke, mas a verdade era que eu não merecia Burke. Se as minhas suspeitas estivessem corretas, eu o teria colocado nesta situação.
Enquanto dirigia de volta para casa, minha mente estava em turbilhão. Eu precisava descobrir o que realmente havia acontecido com Burke.
Saio do banho e olho-me ao espelho e nem me reconheço. Meu rosto estava tenso e preocupado, as olheiras evidenciando minha falta de sono. Eu precisava descansar um pouco, mas não conseguia tirar a imagem de Burke da minha mente.
Decido pegar o telemóvel e tentar ligar novamente para o número, mas continuava desligado. Recuso-me a ligar para Elizabeth outra vez.
— Será ciúmes? Reddington não deve ter gostado que eu iria me casar, mas ele não é homem de ter ciúmes. — Percebo que estou a falar alto.
Marie entra no quarto e eu tive que explicar o que aconteceu com Burke:
— Estás acordada, mãe? — pergunta ela.
— Sim, acabei de chegar. O Burke sofreu ferimentos graves no pescoço. — respondo a Marie.
— Como assim? — pergunta ela, surpresa.
— Burke foi atacado e ferido gravemente no pescoço. Ele está no hospital agora e passou por uma cirurgia bem-sucedida, mas precisou fazer uma traqueostomia temporária para respirar melhor durante a recuperação. — explico a Marie, tentando controlar a emoção em minha voz.
— Meu Deus, que horrível! Ele vai ficar bem? — pergunta Marie, preocupada.
— O médico disse que ele vai se recuperar, mas precisamos esperar para ver como ele reage. — respondo, tentando ser otimista.
— Ele vai ficar com um buraco na garganta? — pergunta ela, horrorizada.
— Sim, infelizmente ele precisou fazer isso. Mas é apenas por um curto período de tempo, assim que ele se recuperar, poderão retirar o tubo e ele voltará a respirar normalmente. — explico a Marie, tentando acalmá-la.
Ela faz uma expressão de preocupação, mas eu a abraço e digo:
— Vamos torcer para que ele se recupere logo e volte para casa. Agora vamos dormir, amanhã será um novo dia.
Nos deitamos e apago a luz, mas não consigo dormir. Minha mente faz perguntas, seria apenas uma coincidência infeliz? Eu precisava descobrir a verdade.
Continua…
"Às vezes, a verdade é mais assustadora do que a incerteza." - Emily Thorne
(personagem da série "Revenge")
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