Último ano na faculdade e chega pandemia.

Max isolado em Mônaco com o novo treinador físico.

E eu com meu pai em casa.

Estava sendo a droga de um inferno.

Porque eu estava com saudades dele.

"Suas aulas estão pausadas e trabalho suspenso. Vem para cá comigo, princesa"

"Se eu for para aí, você vai dar um jeito de eu não voltar"

"Um fim de semana"

"Não, Max"

"Se foder então... Depois você diz que eu não tento"

Não me dei ao trabalho de o responder.

Dois dias depois fui avisada que ele estava vindo para Milton Keynes.

— A fábrica ainda fica aqui, por ela que estou aqui, não você.

Até onde sabia, estar em Milton Keynes, a "fábrica" não o obrigava a implorar abrigo na minha casa e transar como dois coelhos em qualquer oportunidade.

Max praticamente expulsou meu papa de casa.

E o papa estava no apartamento luxuoso que a Red Bull pagava a Max, enquanto o bonito dividia espaço comigo e nossos dois gatos.

Em sua defesa, não estava reclamando.

— Volta comigo?

Ele pediu uma noite, nós tínhamos acabado de ter uma das melhores fodas da minha vida.

— Não posso ir morar em Mônaco.

— É o seu último ano.

— Se assumirmos agora, sabe o que vão falar.

— Podemos voltar quando você terminar a faculdade, publicamente. Porque considero que voltamos desde o dia que cheguei aqui e seu pai foi para o apartamento que alugaram para mim.

"De Verstappen, já falei para o grid todo que voltamos... Vamos fazer um jantar quando formos para Mônaco"

Eu voltei com ele uma semana depois, mas antes tinha pedido para pensar e ele disse que não ia interferir na minha decisão. Eu fui adicionada num grupo de wag's e todos os pilotos me seguiam, os novos, alguns já me seguiam de antes.

A mídia só juntou um mais um.

Todos sabiam que tínhamos voltado.