␥ 𝐎𝐑𝐈𝐆𝐈𝐍𝐀𝐋.
␥ 𝐆𝐀𝐓𝐈𝐋𝐇𝐎𝐒: ᥴ᥆ᥒtᥱᥙ́d᥆ ᥉ᥱ᥊ᥙᥲᥣ ι꧑ρᥣίᥴιt᥆, ρᥲᥣᥲ᥎rᥲ᥉ dᥱ bᥲι᥊᥆ ᥴᥲᥣᥲ̃᥆.

🌊 ֢ ࣪ ♡!

𔘓 𝚂/𝙽 𝙿.𝙾.𝚅 𔘓

𝐀𝐒 𝐅𝐄́𝐑𝐈𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐋𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄 𝐇𝐀𝐕𝐈𝐀𝐌 𝐂𝐇𝐄𝐆𝐀𝐃𝐎, dei o meu melhor na faculdade e agora eu poderia ficar imersa num lugar paradisíaco com meus amigos: o México. Fiquei muito contente que Hades e Joseph aceitaram vir comigo, eles são os irmãos que nunca tive e me tratam como uma irmã mais nova — talvez por eu ser a mais nova do trio.

Hades Osbourne e Joseph Quinn, simplesmente as melhores companhias que eu poderia ter na minha vida!

De fato, a cidade de Puerto Vallarta era a mais incrível perfeição. Algo que eu sentia que parecia ter saído de um universo literário de tão perfeita que era, como se cada mínimo detalhe naquele lugar tivesse sido escolhido a dedo por uma mente pensante excepcional. Entretanto, de todas as coisas que eu esperava que acontecessem nessa viagem, a última seria um encontro "bizarro" e excitante que tive com um certo desconhecido.

O sol quente do México beijava minha pele enquanto eu explorava as ruas movimentadas daquela bela cidade litorânea. Meus passos me levaram até uma praça central vibrante, repleta de cores, aromas e música. Eu sentia a brisa fresca passando pelo tecido fino de meu vestido rosa pastel de alças delicadas.

Entre as pessoas animadas, meus olhos encontraram um homem alto e enigmático, que parecia ter surgido de um sonho. Um rosto de ângulos marcantes e olhos penetrantes revelavam uma intensidade única.

Ele se movia com uma elegância descontraída, como se estivesse em total sintonia com a alma das ruas. Seu sorriso, suave e cativante, parecia ser um segredo compartilhado apenas com o vento. Cabelos escuros, despenteados e desafiadores, pareciam conter histórias incontáveis. Vestido com simplicidade, mas irradiando uma presença magnética, ele era um estranho em meio à multidão. Seus passos eram confiantes, porém gentis, como se buscasse desvendar os segredos ocultos das ruas em cada esquina que virava.

Sem dizer uma palavra sequer, nossos olhares se cruzaram e, de repente, o mundo ao meu redor pareceu desaparecer. Um arrepio percorreu minha espinha, fazendo-me sentir vulnerável e, ao mesmo tempo, intensamente entusiasmada. Fiquei paralisada pela tensão que se formava entre nós, como se um imã invisível nos conectasse.

Ele exalava um magnetismo indescritível, com olhos penetrantes que pareciam vasculhar a minha alma. Meu coração batia freneticamente, enquanto as palavras se perdiam em minha garganta seca. Não havia necessidade de diálogo; nossos olhares eram suficientes para comunicar uma mistura de curiosidade, desejo e uma estranha familiaridade.

Em meio à agitação da praça, ele deu um passo em minha direção, movendo-se com uma elegância selvagem. Cada movimento era preciso e calculado, como se estivesse dançando em harmonia com o próprio universo. O tempo parecia ter congelado ao nosso redor, permitindo que aquele instante fosse eternizado.

Um sorriso leve brincou em seus lábios, revelando um encanto irresistível. Eu me sentia como uma mariposa atraída pela chama, incapaz de resistir à fascinação que aquele homem desconhecido exercia sobre mim. Minhas pernas pareciam trêmulas, mas ao mesmo tempo eu me sentia impulsionada a dar um passo à frente, a mergulhar naquela incerteza magnética.

No entanto, antes que eu pudesse reunir coragem para avançar, a multidão agitada nos separou abruptamente. Como um sonho efêmero, ele desapareceu entre as pessoas, deixando apenas a memória do seu olhar penetrante. Eu fiquei ali, imersa em um mar de emoções contraditórias, ansiando por aquele encontro improvável, mas consciente de que o destino muitas vezes brinca conosco, nos dando apenas um vislumbre do que poderia ter sido.

Precisei sair de meu transe para continuar seguindo meu caminho pela praça colorida, com música e emoções misturadas. Sentimentos confusos, uma mente transbordando curiosidade e sangue quente fluindo por minhas veias. Ao voltar para o hotel, fui até meu quarto, para poder pensar um pouco sobre tudo aquilo que havia acontecido.

Adentrando o saguão do hotel, encontrei Hades e Joseph sentados em um sofá, envolvidos em uma conversa animada. Meu sorriso era indisfarçável enquanto me aproximava deles, a ansiedade brilhando em meus olhos.

— Vocês não vão acreditar no que acabei de viver! — exclamei, me juntando a eles.

Hades, com sua estética sombria e ar misterioso, levantou uma sobrancelha, enquanto Joseph, com seu sorriso radiante, mostrou interesse imediato.

— Nos fale agora, estamos curiosos! — o britânico riu, chegando para o lado.

Eu me acomodei entre eles, sentindo o calor amigável irradiar de suas presenças reconfortantes. Com a voz repleta de empolgação, comecei a descrever o momento em que meus olhos se encontraram com os daquele homem magnético.

— Ele simplesmente apareceu do nada, um estranho envolto num ar de mistério! — compartilhei com eles enquanto os detalhes dançavam em minha mente agitada. — Nós não trocamos uma palavra sequer, mas algo no ar parecia preencher o espaço entre nós, uma tensão eletrizante.

Hades, sempre intrigada por mistérios e enigmas, arqueou uma sobrancelha com um sorriso.

— E como você sentiu isso, amiga? — era incrível a forma como ela sempre questionava as coisas de uma maneira que parecia saber da resposta.

— Me senti vulnerável... e ao mesmo tempo, sei lá... excitada? — respondi de um jeito desengonçado, quase soando como uma pergunta. A emoção estava visível pela minha voz. — Era como se houvesse uma conexão inexplicável entre nós, algo que eu nunca pensei que sentiria por um completo desconhecido.

Joseph olhou para mim, com seu sorriso besta de sempre e os olhos castanhos repletos de curiosidade.

— Você sabe o nome dele? Alguma informação? Onde ele está hospedado?

Neguei com a cabeça, minha expressão contendo uma mistura de frustração e fascínio.

— Nada além do enigma daqueles olhos lindos e daquele sorriso perfeito. Ele só desapareceu no meio da multidão, e acho que tenho mais perguntas do que respostas agora.

Hades suspirou, como se compreendesse a profundidade da minha experiência.

— A vida é cheia de encontros inesperados, gatinha. Às vezes, as conexões mais poderosas surgem quando menos esperamos. Pensa nisso!

— Nisso a morceguinha tem razão! — Quinn disse, se referindo a morena.

Enquanto eu absorvia as palavras de Hades e a energia calorosa de Joseph ao meu lado, senti-me grata por compartilhar esse momento com amigos tão especiais.

— Que tal irmos à praia? — Hades sugeriu, ela amava.

— Eu topo! — o britânico concordou imediatamente.

— Eu também!

— Ótimo, vamos pegar nossas coisas e daqui a pouco nos encontraremos aqui!

Fui de elevador até meu andar no enorme e luxuoso hotel, indo até meu quarto para poder pegar uma bolsa de praia e colocar tudo o que precisaria. Peguei o protetor solar, os óculos escuros, o hidrante labial, o creme para hidratar o cabelo e muitas outras coisas.

Coloquei um bom biquíni e um short jeans claro com uma regata por cima. Ao voltar para o saguão encontrei meus melhores amigos novamente. E assim seguimos para a praia, que não era tão distante assim.

A praia era um paraíso intocado, mas de fato não era monótono, pois haviam pessoas, quiosques e restaurantes, onde a areia branca se estendia até encontrar as águas cristalinas e refrescantes do oceano. Hades, Joseph e eu decidimos aproveitar aquele cenário idílico e mergulhar na serenidade daquelas águas azul-turquesas.

Enquanto meus melhores amigos se afastavam em busca de aventuras próprias, eu me vi sozinha na praia, envolta em um ambiente revigorante. Usando um biquíni laranja que contrastava com minha pele hidratada e iluminada pelo sol, me aproximei do mar, sentindo a suave brisa marinha acariciar meu rosto.

Eles estavam num quiosque próximo, com minhas coisas, então eu não teria problema pois tinha em quem confiar.

As ondas acariciavam meus pés enquanto eu caminhava pela beira da praia, deixando para trás pegadas que se apagavam rapidamente na areia. Cada passo era uma dança com o mar, uma dança que ecoava a minha excitação interior.

Depois de algum tempo, decidi mergulhar nas águas convidativas. A sensação da água fresca envolvendo meu corpo era rejuvenescedora, fazendo com que todo o cansaço desaparecesse instantaneamente. A cada mergulho, eu me sentia mais conectada com a essência da natureza, deixando-me levar pela tranquilidade e beleza daquele momento.

Quando finalmente decidi emergir do mar, meus olhos percorreram a praia em busca de meus amigos. Foi então que vi ele novamente, sentado em uma das pedras próximas à água. Vestindo uma bermuda preta, ele emanava uma aura magnética, como se a própria praia se curvasse diante de sua presença.

Uma tensão elétrica percorreu meu corpo, enquanto nossos olhares se encontravam mais uma vez. O ar ao nosso redor parecia congelar, como se o tempo desacelerasse para nos permitir desfrutar daquele momento de intensidade silenciosa.

Eu tinha a plena noção de que estava usando meu biquíni, mas aos olhos daquele moreno alto eu me sentia nua. Completamente nua e sem saber como reagir, de forma que aquele olhar sedutor e imbatível parecia me devorar. As mãos grossas e bonitas estavam descansando sobre as próprias coxas, porém senti como se elas estivessem nas minhas, acariciando de forma cativante.

Eu me aproximei cautelosamente, sentindo o coração bater acelerado no peito. Cada passo era cheio de expectativa e uma pitada de temor. O enigma que ele representava continuava a me intrigar, atraindo-me como um ímã irresistível.

Enquanto me aproximava, percebi que sua expressão continha um misto de curiosidade e reconhecimento. Ele parecia ter estado à minha espera, como se nossos destinos estivessem entrelaçados de alguma forma inexplicável.

Nosso reencontro naquela praia paradisíaca foi como um encontro de almas perdidas, conectadas por um fio invisível que transcendia o tempo e o espaço. Enquanto a brisa salgada envolvia nossos corpos, eu me permiti mergulhar novamente naqueles olhos penetrantes, mergulhar na possibilidade de um mundo novo que se abria diante de nós.

Ao passar por ele, notei o mais velho lamber o lábio inferior delicadamente, e meus lábios até mesmo chegaram a se abrir por breves instantes, como se eu quisesse falar algo, mas minha alma e minha mente me calavam — talvez para evitar que eu dissesse algo pelo qual pudesse me arrepender daqui alguns minutos.

Fui até o quiosque sofisticado e sentei-me junto com meus amigos na mesinha que estava separada na sombra de uma enorme árvore. A morena me passou uma toalha felpuda para que eu pudesse me secar um pouco e permanecer enrolada no tecido enorme para almoçar tranquilamente.

— Ainda bem que você voltou, a gente vai almoçar! Senta aí! — o britânico puxou a cadeira para mim.

— Pode pedir pra mim, Hades, confio em você! — eu sorri.

— Eita, tá ótimo!

Depois deles finalizarem os pedidos, tomei um bom gole da água de coco gelada de meu amigo para enfim falar:

— Vocês não acreditam!

— Fala! — os dois disseram de forma uníssona.

— Eu estava saindo da água, e vi ele!

— Sério!? Ele estava lá mesmo? Como foi? — Quinn questionou, ansioso.

— Ele estava lá, sentado em uma das pedras, e parecia que o mundo parava quando a gente se olhava, do mesmo jeito que aconteceu mais cedo na praça.

— Meu pai amado! E o que aconteceu depois? — a morena questionou.

— Eu comecei a sair da água devagar, mas ainda olhava para ele, e eu sentia aquele nervoso dentro de mim, sabe? A conexão que a gente tem é coisa de maluco.

— E vocês chegaram a falar alguma coisa? — o mais velho questionou.

— Ainda não. Parece que nós nem precisamos de palavras, a conexão é tão mútua que chega a ser bizarra!

— E depois? — os dois falaram juntos.

— Depois eu saí porque fiquei com muita vergonha — senti minhas bochechas esquentarem. — Mas eu acho que vamos nos encontrar mais vezes.

— Cara, isso é incrível! Parece que você encontrou alguém especial! — Hades parecia entusiasmada com minha nova experiência.

O que é compreensível, já que não fico com ninguém da faculdade.

— Mal chegou em solo estrangeiro e já está abalando corações alheios! — Joseph riu.

Eu o xingaria, se nossa comida não tivesse chegado bem na hora.

Calei meus pensamentos falantes, e me permiti apreciar os pratos saborosos que havíamos pedido. O aroma dos temperos adentrava minhas narinas, despertando meus sentidos e me deixando com um apetite mais apto a aceitar tudo aquilo, era bem convidativo.

Tacos de carne suculenta, cuidadosamente preparados com temperos mexicanos autênticos, nachos crocantes com guacamole fresco e ceviche de camarão. Além disso, pudemos desfrutar de deliciosas margueritas.

Haveria uma grande festa no hotel essa noite, que começaria com o cair da noite. Voltamos para lá e tomamos excelentes banhos para que pudéssemos nos arrumar para aquele evento maravilhoso. Eu tinha que estar espetacular para aquela festa, eu realmente tinha que estar deslumbrante pois de alguma forma sentia que iria ver ele de novo.

Ele só poderia estar naquele hotel, algo me dizia que estava.

Depois do banho, passei meus hidrantes e meu perfume. Vesti um vestido verde num tom de esmeralda que delineava bem as curvas de meu corpo com seu tecido de seda e suas alças singelas que se ajustavam perfeitamente em meus ombros. Calcei saltos prateados repletos de glitter e não pude esquecer de minhas jóias: um colar delicado de pérolas e uma pulseira que fazia conjunto.

Meus cabelos estavam devidamente hidratados e secos, e aproveitei para uma maquiagem simples. O ponto principal era meu gloss labial de vermelho que deixava meus lábios levemente vermelhos e brilhantes.

Ao sair do quarto, encontrei com meus melhores amigos, que estavam impecáveis. Joseph usava uma camisa de linho de grife que havia comprado há alguns meses atrás e não havia usado ainda, com uma calça social escura. Hades estava com um vestido azul claro de alças finas e um salto branco e fino em seus pés, junto com um colar de prata e um pingente de cristal, seus lábios com batom vermelho eram o foco de sua maquiagem.

— ¿Podemos señoras? — o britânico brincou.

— Claro que si amigo — respondi rindo.

A noite estava repleta de promessas e uma energia eletrizante pairava no ar. Nós decidimos explorar a festa que acontecia no hotel luxuoso onde estávamos hospedados. Luzes coloridas dançavam pelo ambiente, enquanto risadas e música preenchiam cada canto.

Pude reconhecer a música Con Mi Guaguancó de La Playa Sextet. Pois tinha uma banda ao vivo que tocava num palco um pouco distante.

Meus olhos buscavam ansiosamente pelo galã magnético, sabendo que ele estaria presente naquele evento especial. E então, como se o universo conspirasse a nosso favor, nossos olhares se encontraram novamente em meio à multidão. Um sorriso mútuo surgiu em nossos rostos, prenunciando um encontro que iria além das trocas de olhares intensos.

Ele estava vestido com um terno preto sob medida, destacando sua elegância e confiança. Cada detalhe, desde o corte impecável até os pequenos toques de estilo, realçava sua presença magnética no salão. Seus olhos brilhavam com uma aura de mistério, revelando a profundidade de sua personalidade intrigante.

Determinada a finalmente conhecer aquele homem que havia despertado minha curiosidade, movi-me em direção a ele com uma mistura de nervosismo e empolgação. Enquanto me aproximava, nossos olhares se encontraram novamente, e senti um calor familiar se espalhar por todo o meu ser.

Ele estava conversando com um homem que aparentava ter a mesma idade que ele, e usava uma camisa preta elegante.

— Hola, es bueno verte de nuevo! — sorri para o mesmo, dando um gole da taça de champanhe que eu havia pego à alguns segundos atrás.

— Hola mi cosita hermosa! — ele disse aquilo num tom tão perfeito, que era exatamente desse jeito que eu havia imaginado sua voz enquanto fantasiava em como seria o momento em que fossemos finalmente nos conhecer. — Eu desconfiava que fosse te ver novamente hoje.

— Jura?

— Sim... tenho notado sua presença desde que você chegou na cidade. E devo confessar, você é ainda mais encantadora do que eu imaginava — num movimento sutil, ele pega minha mão esquerda e deposita um beijo delicado no dorso, em minha pele quente.

Porra, eu finalmente pude sentir a textura de suas mãos, e o calor de seus lábios; mesmo que por breves instantes. E aqueles olhos continuavam fixos nos meus.

Aquele homem já era uma perdição de longe, de perto era ainda pior — e digo isso no melhor sentido possível!

— Como se chama? — eu questionei, para tentar fugir daquela tensão que se formava entre nós novamente.

— Oscar — ele respondeu simplista. Seu espanhol tinha um sotaque belíssimo. — Oscar Isaac. ¿Y tú, princesa?

— Me chamo S/N.

— Um nome encantador para uma pessoa encantadora, achei perfeito!

Não pude deixar de evitar que uma risadinha descontraída saísse por meus lábios. Ele estava flertando comigo ou só gostava de me elogiar?

— Inclusive, S/N, o que te traz ao México? — o mais velho questionou, me fitando atentamente.

— Férias da faculdade. E você?

— Férias da faculdade? — ele levou uma mão até o queixo. — Faz sentido, você aparenta ser bem jovem... de qualquer forma, eu vim aqui a trabalho.

— Falando assim, você parece ser velho.

— Comparando com você, é capaz que eu seja mesmo. Você tem quantos anos?

— Eu tenho 19. E você? 36? — questionei, curiosa dando meu palpite.

Uma risada descontraída e espontânea saiu por seus lábios perfeitos.

— Você é muito gentil. Eu tenho 44 anos.

— Se serve de consolo, não parece.

— Muchas gracias, princesa — ele sorriu. Puta merda que belo sorriso. — Me concede a honra dessa dança?

Notei que estava tocando a música Cuando Te Vea do Bobby Valentin. Nem mesmo perdi tempo e aceitei, pegando a mão que ele havia estendido para mim, delicadamente.

Permiti que o galã — agora não desconhecido, pois eu sabia seu nome —, me conduzisse para o meio do salão, onde diversos outros casais estavam dançando juntos animadamente. Jamais imaginaria que eu e Oscar estaríamos dançando salsa juntos, mas estávamos na mais perfeita sincronia e sinfonia que existia. Isaac mantinha sua mão delicadamente em minha cintura enquanto segurava minha outra mão e me guiava pelo salão.

Eu aprendi um pouco antes dessa viagem, por motivos meio óbvios, esse era o momento ideal para colocar todo o meu aprendizado em prática. Nossos corpos estavam sincronizados, cada passo era perfeito, e a forma como ele me olhava de um jeito tão indecifrável que mais parecia algo de um romance estava cada vez mais evidente.

Só me lembro que a cada batida nós estávamos mais envolvidos naquele ritmo cativante, que nos fazia sentir que nossos corpos flutuavam juntos.

Nem mesmo me dei conta de que Oscar nos levou até o lado de fora, saindo do saguão e indo até o jardim. Que estava com suas árvores perfeitamente podadas, algumas luzes coloridas e umas bandeirinhas enfeitando. Estava escuro, mas as luzes coloridas deixavam aquele ambiente perfeito. Além de que, estávamos sozinhos, já que estavam todos muito ocupados dançando salsa lá dentro.

— Acho que você se empolgou um pouco com a salsa — eu ri.

— É, talvez — ele riu junto.

Nossas palavras mal ultrapassaram um sussurro, pois um silêncio carregado de tensão se formou entre nós. Os olhos intensos e famintos buscavam a conexão mútua, enquanto a atmosfera se enchia de um magnetismo irresistível. Os segundos pareciam se arrastar, e então, sem mais palavras, nossos lábios finalmente se encontraram. O beijo foi repleto de uma luxúria que ansiava ser saciada, envolvendo-nos em um frenesi apaixonado. As chamas do desejo eram alimentadas por cada toque, cada suspiro compartilhado.

Os braços de Oscar me envolveram de forma possessiva, enquanto eu me entregava ao momento, mergulhando nas profundezas desse encontro ardente. O beijo era intenso e apaixonado, como se estivéssemos transcendendo as fronteiras do tempo e do espaço.

Eu sentia o cheiro de nicotina misturado com um perfume extremamente caro vindo de seu corpo e de seu terno, as mãos dele deslizavam por meu corpo de um jeito que me deixava completamente sem chão, principalmente a forma como uma de suas mãos foi até meu ombro e começou a brincar com a alça delicada de meu vestido. Na praia, eu me senti nua a seus olhos, e agora sinto que deixaria ele me deixar completamente nua e me ter do jeito que desejasse.

Realmente não sei o que seria capaz de fazer se estivéssemos sozinhos num quarto agora.

Ali, no jardim do hotel, rendemo-nos ao impulso do desejo, permitindo que a luxúria e a paixão nos envolvessem completamente. O mundo ao nosso redor desapareceu, e éramos apenas dois seres entrelaçados, imersos em um encontro que transcendia a razão.

E naquele beijo cheio de desejo e luxúria, sabíamos que havíamos desencadeado algo magnífico.

[...]

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TO APAIXONADA NESSE LATINO GOSTOSO QUE ÓDIO ☠️☠️☠️

Aqui, guerreiras, desfrutem desse nescauzinho pois vocês merecem por terem conseguido tankar a semana. Na parte 2 desse imagine vai ter hot!