|| Lalisa Manoban ||

Acordo para mais um dia na escola, faço o de sempre, desço e vejo que meu pai ainda está em casa. Ele me abraça e pergunta se estou bem, mesmo não estando nos meus melhores dias, eu sorrio e digo que sim.

Meu pai sempre foi bom para mim, definitivamente o meu herói, ele me trata com amor e carinho e sei que não mereço isso. Eu não sou uma pessoa boa, sou uma assassina, matei minha própria mãe. Meu pai nunca me culpou e nem me condenou por isso, ele faz questão de sempre dizer que foi um acidente, mas eu sou uma assassina. 

Ela tinha ido me buscar na aula de dança, disse que íamos tomar sorvete juntas e depois ir para casa. Eu disse que precisava me despedir das minhas amigas que estavam do outro lado da rua, eu não vi o enorme caminhão que estava passando, mas ela sim, então ela se jogou na frente de um caminhão, apenas para me salvar. Me odeio por não ter sido eu, me odeio por ter estragado o felizes para sempre do papai.

- Querida, quer que eu te busque no colégio hoje? Podemos ir almoçar juntos!

- Como quiser papai! - ele me deu um beijo na testa e eu disse que já estava indo.

- Se cuide querida.

Chego na escola e vejo Jisoo, ela é minha melhor amiga, e também vejo seu namorado, Jin.

- Bom dia Lisa! - Jisoo me abraça.

- Bom dia Chichu!

- Você fez o trabalho de Ciências?

- Claro! Era pra entregar hoje, se lembra?

- Viu! Eu te disse Jisoo! - disse Jin. - A propósito, o Lisa! Está bem?

- Claro! E você?

- Me sinto bem.

Minhas aulas passaram devagar, e a cada vez que um professor me chamava ou alguém citava meu nome, eu ouvia pelo menos duas pessoas dizerem "a assassina?".

No horário da saída, papai estava lá, como disse que ele estaria, vi a amiga dele, a tia Hee, ao seu lado. Ela é uma mulher boa, gosto dela, meu pai e ela são amigos à muitos anos, bem antes de eu nascer.

- Oi querida! Como foi seu dia? - Hee me perguntou.

- Foi bom, e o seu?

- Foi bom também!

Nós três fomos num restaurante típico de comida tailandesa, Hee fazia de tudo para me ver sorrir, nós conversamos descontraidamente, e isso me fez esquecer por uns minutos a dor que tinha no meu peito.

Depois papai me deixou na academia de dança e foi trabalhar, Hee também foi para o trabalho. A aula de dança correu bem, tinham dois alunos novos, Jeon Jungkook e Min Yoongi.

Eu não costumo falar muito com os meus colegas de dança, já que a maioria pensa o mesmo que a escola ao meu respeito: Assassina. Logo os novos alunos vão saber e começar a me julgar, então não ligo muito.

Ao final da aula, muitos já tinham ido embora, mas eu precisava falar com a professora. Estávamos eu, A professora, e os alunos novos.

- Professora! - eu a chamei e ela veio até mim.

- Precisa de algo querida?

- Sei que hoje é o dia de pagar a mensalidade, mas meu pai vai receber na semana que vem, tem problema um pequeno atraso?

- Não Lisa! Não se preocupe!

- Muito obrigada professora Chungha! - eu a abracei, ela era uma das minhas pessoas favoritas no mundo!

Eu estava pronta para ir embora, quando vi que os dois meninos novos estavam treinando um passo, então pensei, por que não ajudar?

- Vocês estão errando os pés na hora do giro. - disse. - é só ter a coordenação, girar como uma bailarina mas ma atitude de um dançarino de hip hop. - fiz o passo que eles estavam com dificuldade devagar para tentar ajudá-los.

Eles tentaram com a minha dica e comseguiram.

- Puxa! Muito obrigada! Prazer, sou Jeon Jungkook.

- E eu sou Min Yoongi.

- Lalisa Manoban. Foi bom conhecer vocês, até amanhã! - fui embora, ao menos eu fiz algo bom para alguém!

[...]

Alguns dias se passaram e eu me tornei bastante próxima de Min Yoongi, ele era legal e sempre, todas as aulas, sem exceções, me ajudava com meu solo de dança. As vezes eu nem pedia, mas ele me ajudava com novos passos.

O outro garoto, Jeon Jungkook, ele era muito tímido, mas eu falava com ele também. Ao final da aula de hoje, eu avisei para a professora Chungha que meu pai pagaria a mensalidade na terça-feira.

Eu e os meninos estavamos arrumando a sala como um favor para a professora Chungha, e também cantando. They Don't Know About Us, do One Direction

- They don't know about the things we do. - cantou Yoongi.

- They don't know about the I love you's.

- But I... Esqueci a letra! - disse Yoongi.

- Aish, Yoongi! Fala sério! Quem não conhece o hino They Don't Know About Us? - revirei os olhos. - Acho que terminamos.

Jungkook estava quieto, foi até a janela e olhou, então deu meia-volta e pegou a sua bolsa.

- Meu carro está me esperando, tenho que ir.

- Você é rico o suficiente para ter um carro daqueles? - Disse eu ao ver uma belíssima Range Rover preta pela janela. Ele deu risada.

- Talvez... Hey Lisa!

- Sim?

- Você quer sair comigo no Domingo?

- Uh, claro!

- Então está combinado! Vejo vocês depois! - deu tchau para mim e Yoongi com a mão e foi embora.

- Jungkook gosta de você. - ele jogou.

- Claro que não! Menos Yoongi. Vamos para casa loirinho!

Ele me acompanhou até minha casa depois foi para a dele. Hoje era finalmente sexta-feira! Amanhã será. meu dia de preguiça!!!

Cheguei em casa e meu pai assistia um desenho na sala, vi que Hee estava passando nossa roupa e eles estavam conversando.

- Lisa! Chegou tarde filha!

- Estava arrumando a sala como favor para a minha professora.

- Entendi, quer jantar?

- Não, só quero dormir.

- Então descanse querida, você merece.

Eu sorri e subi as escadas para ir para meu quarto. 

Meu sábado passou voando, fui ao cinema com Jisoo e Jin, fui uma vela linda. De noite eu, papai e Hee saimos para tomar sorvete. Puxa! Como eu amo a presença da tia Hee!

Domingo chegou e Jungkook - que tinha o meu número - me mandou mensagem dizendo que gostaria se fizéssemos um piquenique noturno, eu concordei. Coloquei uma roupa simples, estava calor. Desci as escadas e novamente vi meu pai e Hee dando risada de alguma coisa da Televisão.

- Vai sair filha?

- Vou. Tenho um encontro, com um menino. - disse envergonhada.

- Certo querida, divirta-se e não volte tão tarde, amanhã você tem aula. - prometi que não voltaria muito tarde. O abracei e fui para o encontro.

Chegando lá, eu vi Jungkook, estava bonito, eu pensei que ele fosse extrovertido, mas é bem divertido. Rimos e desfrutamos da companhia um do outro.  O encontro estava muito bom, até que ele foi comprar mais suco e eu fiquei no lençol que estava sobre o gramado esperando ele.

Até que me aparece uma mulher, que parecia ter uns 45 anos? E diz ser a mãe de Jungkook. Até aquele momento tudo corria bem, mas ela pediu que eu me afastasse do filho dela, e que ela queria apenas os ricos perto do filho dela, a mulher praticamente me humilhou.

Eu tive que sair de lá, corri, e parei numa rua, olhei para um lado e vi que alguns meninos se aproximavam, apertei meus joelhos contra meu peito e torci pelo melhor. Vi uma luz branca invadir a rua escura seguida de uma buzina.

- Lisa?

- Yoongi?

- O que faz aqui sozinha?

- Eu... A mãe do Jungkook... Não posso explicar agora. Você pode me levar para longe daqui?

- Sim, suba na moto - ele me deu um capacete.

Andamos muito, até que chegamos em uma casa bonita e aconchegante.

- Você mora sozinho?

- Moro. Vem, vou te mostrar o quarto de hóspedes.

Ele me mostrou o quarto e disse que eu poderia ficar aquela noite. Liguei para meu pai e disse minha situação, ele se ofereceu para me buscar mas eu disse que queria pensar. Papai respeitou minha decisão.

Eu disse que iria para casa depois da minha aula de dança de amanhã, ele disse que queria que eu tomasse cuidado e ligasse para ele se precisasse de algo.

[...]

Na manhã seguinte eu acordei mais tarde, não estava com vontade de ir para a escola. Yoongi me emprestou uma de suas camisetas e eu coloquei o mesmo short de ontem, fomos juntos para a aula de dança. Vimos que haviam muitos alunos do lado de fora, a professora provavelmente vai se atrasar.

Yoongi e eu estavamos conversando sobre o que tinha acontecido omtem comigo, quando vimos Jungkook vindo na nossa direção igual à um touro.

- Puta merda! - sussurrei para Yoongi.

- Puta merda mesmo!

- Vejo que sua noite foi boa, Lalisa. - sim sim, você nem imagina. - deixa eu advinhar? Seu novo brinquedinho te ligou e você foi correndo encontrar ele?

- Olha Jungkook, não é nada disso que você está pensando... - tentei me explicar, mas ele estava inflexível.

- Não? Sabe o que estou pensando? Que você é uma Vadia! - literalmente gritou. - eu deveria ter acreditado no que me disseram: que Lalisa Manoban não passa de uma vadiazinha nojenta que se rasteja por dinheiro. Aliás, já pagou sua mensalidade Lisinha?

Eu estava me segurando para não chorar, todos já estavam olhando para nós.

- Jungkook isso não é necessário, vamos conversar... - Yoongi tentou apaziguar a situação, mas ele estava irredutível.

- E você fique quieto! Nem venha defender a sua putinha.

- Não me chame assim!

- Oh Não? Me desculpe, prostituta! Já que com certeza cobra pelo serviço para poder pagar sua mensalidade.

Isso estava doendo, mas não iria chorar, não era patética à esse ponto!

- Bem, agora que você já tem alguém para sugar o dinheiro e depois jogar fora, não precisa de mim! Por que não me joga na frente de um caminhão? Assassina!

É, já contaram tudo o que eles acham saber sobre meu passado para ele...

- Eu vou facilitar, - disse ele indo para a rua, e dessa vez, eu vi o caminhão vindo. - Porque não me joga agora?

- Jungkook! - eu vi que o caminhão não ia conseguir parar, então eu o empurrei com força e fiz ele sentar na calçada. Então eu só senti o impacto do caminhão sobre meu corpo.

Logo depois o motorista freiou, então acho que não deu tempo de passar por cima de mim, mas a batida me jogou alguns metros de distância do veículo.

Vi Jungkook ficar pálido e correr até mim.

- Você é maluca? Por que me salvou?

- Você merece uma vida boa, Jungkook. Mas eu não passo de uma miserável assassina. Não tem mais nada pra mim aqui!

- Olha me desculpe, eu não sei o que deu em mim, eu não queria te dizer aquilo, eu retiro o que eu disse. Me desculpe! Me desculpe!

O meu corpo doía e eu sentia algo arder por um lado do meu corpo.

- P-porque você está chorando? Não é culpa sua! - eu respirei fundo, sentia meus pulmões arderem - uh, prometa que vai ser feliz!

- Aguente mais um pouco Lisa, vou chamar uma ambulância, eu sinto muito. - ele iria se distanciar de mim mas eu segurei o seu braço.

- Não, só fique aqui, eu não tenho muito tempo.

- Você tem sim, não diga essas coisas, você vai melhorar e vai me odiar, mas isso não importa, porque eu fui um idiota, me perdoe, eu te amo.

- Está tudo bem. Você nem me conhece, como poderia me amar? Eu mesma não me amo, então como alguém seria capaz de me amar? Minhas mãos estão frias, então porque está tentando segurá-las? - disse vendo que ele as apertava. - Ok meu coração está quebrado, então porque você está tentando concertá-lo quando não há mais esperança pra mim? Deixe-me aqui.

- Eu não queria isso... Me perdoe, você vai melhorar, aguente.

- Não. Está tudo bem. Adeus.

Senti a dor indo embora, eu já não sentia mais nada. Eu podia ouvir alguns gritos dele, mas fui fechando meus olhos lentamente, meu coração parecia não bater mais, e de fato, não batia. A última coisa que eu ouvi foi uma ambulância, ou uma polícia? Já não importa.

É o meu fim.

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Ok, eu nem sei se vou mesmo publicar. Tive inspiração de madrugada e escrevi kkk

não me matem kkk

prometo fazer mais desses! E também arrumar uma capa decente kkk

Bye!!