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2.03- HOLLAND'S HOUSE

— NATALIE, É PARA VOCÊ! – gritou Nicole após atender o telefone da lanchonete

Ao terminar de anotar o pedido, Natalie deixou seu bloco na mão da menina e pegou o telefone.

Ouvia uma mulher conversando com o marido do outro lado da linha.

— Alô? – Natalie disse confusa

— Ah, olá minha querida. – Era a voz da mãe da Barbara do outro lado da linha – Como vai?

— Estou bem, senhora Holland e você? – Natalie perguntou

Fechou os olhos ao perceber a pergunta que fizera. Era óbvio que a mulher não estava bem, sua filha estava "desaparecida" a um ano e nenhum deles podia contar a verdade ao casal.

— Não muito, você sabe... – A senhora Holland disse com a voz chorosa – Vem jantar com a gente hoje? Faz tempo que não nos vemos.

— Claro, que horas? – Natalie perguntou

— As seis horas. – Falou a mulher

Natalie olhou para o relógio que ficava na parede que marcava "5:35".

— Seis horas? – Perguntou Natalie

— Sei que é em cima da hora, mas queríamos muito ter você aqui. – A mulher falou

— Certo, assim que der a minha hora de sair daqui, eu vou. – Natalie disse

Pôde ouvir o suspiro da mulher enquanto ela falava "Ela vem!" Para seu marido.

— Estaremos te esperando. – A mais velha disse e desligou

O horário de fechar da lanchonete era exatamente as seis horas, após fechar o local e organizar as coisas, Natalie pegou uma torta de palmito e saiu. Já eram quase 7 horas quando estacionou o carro em frente a casa dos Holland.

Franziu o cenho ao ver uma placa escrito "Vende-se" em frente ao local. Desceu do carro, pegando a torta que havia comprado na lanchonete e bateu na porta.

Rápidos passos até a porta foram ouvidos rapidamente, assim que a mais velha viu a Goodwin, abriu os braços com um grande sorriso no rosto.

— Natalie! Você veio! – A mulher falou a abraçando com força

— Obrigada por me convidar, senhora Holland. E desculpe o atraso. – Natalie falou afastando-se do abraço – Trouxe uma torta como compensação.

— Oh, muito obrigada querida. – A mulher falou – Venha, junte-se a nós para comermos.

Natalie assentiu. Segurou-a um tanto cabisbaixa, sentia-se suja pela forma que tinha que agir com a mulher sabendo de tudo e não podendo falar absolutamente nada.

Se a mulher soubesse que parte da culpa de Barbie ter morrido era sua, ela continuaria a recebendo com tamanho afeto?

Zero poderia ter ficado mais tempo, poderia ter salvo Bárbara. Ter sido levada em seu lugar, salvado Will e acabado com tudo aquilo. Natalie, porém, havia ido embora antes de qualquer coisa.

Ela havia ido embora por estar molhada depois de ter sido jogada na piscina, uma coisa tão boba que havia acabado na morte de sua amiga.

Mesmo sabendo que não teria como ter adivinhado que Bárbara iria morrer, não conseguia tirar da cabeça a mesma pergunta:

Se tivesse ficado lá, as coisas seriam diferentes?

Arregalou os olhos ao ver Nancy e Steve sentados a mesa junto com o Senhor Holland.

— Natalie! Que bom vê-la novamente. – O senhor Goodwin disse

— Boa noite, senhor. – Natalie o cumprimentou

Natalie se sentou, olhando meio desconfortável para Nancy e Steve, enquanto ele comia alguma coisa que a mulher tinha o oferecido. Nancy parecia estar em outro mundo, provavelmente se culpando tanto quanto Natalie se culpava.

— Oi Nat. – Steve a cumprimentou

— Olá Steve. – Natalie falou

Ao ouvir a voz da menina, Nancy a olhou surpresa, sem perceber que a garota havia chego.

— Que bom que você veio. – Nancy disse com um pequeno sorriso

— Não sabia que estariam aqui também. – Natalie admitiu

A mais velha estava na cozinha.

— Achei que Bárbara ficaria feliz em saber que suas melhores amigas haviam vindo visitar seus pais enquanto ela estava fora. – A mulher falou da cozinha, Natalie mexeu as pernas, inquieta. – Desculpem por não cozinhar, eu perdi a noção do tempo. Natalie nos salvou e o KFC também.

Ela se sentou, deixando os frangos fritos e a torta cortada em cima da mesa.

— Eu amo KFC. – Disse Steve

— Eu vi a placa de "Vende-se" no quintal. – Nancy comentou

— Eu ia falar exatamente disso... – Natalie comentou

— É dos vizinhos ou... – Nancy perguntou

Natalie pegou um dos frangos, assim como Steve – que sentava a sua frente – mordeu um pedaço enquanto os adultos se olhavam com esperança.

— É nossa. – a mãe de Barbara falou – Quer contar a eles?

— Pode contar. – O pai dela disse

— Nós encontramos um cara chamado Murray Bauman. Já ouviram falar dele?

— Não. – Nancy diz

— Acho que não. – Steve falou

— Sim, já ouvi algumas coisas sobre ele... – Natalie murmurou

— Ele era um repórter investigativo do Chicago Sun-Times. – A mãe dela diz

— Ele é bem conhecido. – O Pai de Barbara falou

— Enfim, ele trabalha como autônomo agora e concordou em pegar o caso. – A mulher disse

— Que ótimo! – Steve exclamou

Natalie chutou a canela dele por debaixo da mesa, o fazendo a olhar com dor.

— Não é mesmo? – A mulher falou alegre –  Ótimo, não é?

Os olhares de Nancy e Natalie se encontraram, ambos em uma mistura de preocupação, tristeza e culpa.

— O que isso quer dizer... Exatamente? – Nancy perguntou

— Que ele vai fazer o que os preguiçosos filhos da mãe do Jim e do Reginald... – Ele hesitou quando Natalie tossiu após se engasgar ouvindo a forma como falou de seu pai – O desgraçado do Jim... – Se corrigiu ao lembrar de quem ela era filha, mas a mulher negou com a cabeça. – Desculpe. Ele vai fazer o que a polícia de Hawkins não conseguiu.

Natalie abaixou o olhar, uma súbita vontade chorar tomou conta da garota. Eles iriam perder a casa para procurar uma menina que já estava morta.

A coisa mais agoniante de tudo era Nancy, Natalie e Steve saberem exatamente o que aconteceu e mesmo não puderem fazer nada a respeito.

— Não se sinta mal pelo seu pai não ter conseguido fazer isso, Natalie. – A mulher falou com um pequeno sorriso – Murray vai encontrar a nossa Barbara.

— Então... – Natalie queria saber mais sobre isso

— Temos um detetive de verdade investigando o caso. – A mulher falou

— Isso significa que vão... – Natalie foi interrompida

— Vamos encontrar a Barb. – A mulher diz

— Se tem alguém que pode encontra-la é esse homem. – O homem disse

— Ele já tem pistas! – A mulher disse – Esse homem vale cada centavo.

— Estão vendendo a casa para pagar ele? – Natalie perguntou

— Não se preocupe conosco, querida. Estamos bem. – A mulher respondeu

— Como vão vender a casa? E se um dia a Barb v-voltar? – Natalie perguntou – Ela não vai conseguir... Chegar... Até vocês, não aqui.

— Nós vamos chegar até ela. – A mulher disse – Pela primeira vez em muito tempo... Estamos com esperança.

A Goodwin sentiu que o jantar que estava comendo naquele momento queria voltar para seu prato, sua mão em cima da mesa tremia. Steve iria pegar sua mão, tentando a acalmar quando Nancy se levantou e ela tomou sua atenção.

— Com licença, eu já volto. – Nancy pediu e foi em direção ao banheiro

Steve a acompanhou com o olhar, se voltando para a mesa. Um silêncio fatal ficou entre aqueles que estavam sentados na mesa.

— Está delicioso. – Steve tentou quebrar o clima estranho que havia ficado. Ele olhou para Natalie, que arregalou os olhos e mexeu a cabeça, mandando-o ir atrás de Nancy. – Eu... Vou ver se minha namorada está bem. – Avisou o mesmo, se levantando da mesa e indo até o banheiro.

A mulher pareceu ficar desanimada.

— Ainda é um assunto difícil, não é? – Ela perguntou

— Bastante. – Natalie disse – Sentimos falta dela... Caramba, já está muito tarde, eu preciso ir para a casa!

— Você acabou de chegar... – a mais velha disse

— Prometi para os meus pais que ficaria com meus irmãos mais novos está noite. – Natalie mentiu – Vejo vocês em breve... Eu espero.

A Goodwin se despediu dos mais velhos e saiu da casa. Ao entrar no carro, permitiu que as lágrimas que ameaçavam sair finalmente viessem a tona.

Eles iriam perder tudo e Natalie não poderia fazer nada.

(...)

H

arrison jantava na casa de Mike junto com seu amigo, Ted e Karen. O clima estava estranho, Mike parecia estar desanimado por sua família estar ali, Ted estava ignorando a presença de Harry e Karen agia normalmente.

A loira olhou para seu filho do meio.

— Depois do jantar, quero que prepare os brinquedos para a gente vender. – Karen falou

Harry ergueu as sobrancelhas entendendo o porquê da desanimação.

— Duas caixas cheias. – Karen disse

— Duas caixas?! – Mike perguntou indignado

— Você me ouviu. – Karen falou

Harry segurou um riso ao ver o semblante no rosto de seu amigo.

— Eu posso até vender alguns, mas outros tem um valor emocional muito grande para mim. – Mike falou

— Valor emocional? – Karen pergunto com deboche em sua voz

— São pedaços de plástico, Mike. – Ted diz e olha para Mike e Harrison – Eu avisei para tomar cuidado com quem se relaciona, filho. Está virando um marica...

Os olhos do velho se voltaram ao Harry, que se remexeu na cadeira desconfortável. Não sabia o porquê, mas Ted nunca gostou dele, nunca mesmo.

— Ei! Não xingue meu amigo por isso! – Mike disse – Eu só não quero dar tantos brinquedos, ele não tem nada a ver com isso!

— Cuidado como fala com seu pai. – Karen o repreendeu

— Claro, quando ele tiver cuidado com o que fala para meus amigos. – Mike diz – Não precisa disso, vocês já tiraram meu Átari!

— Se não quisesse perder mais brinquedos, não teria roubado a Nancy. – Karen falou

— Eu não roubei, foi emprestado. – Mike disse

— É, você pegou emprestado sem a intenção de devolver... – Harry murmurou com o tom de voz tão baixo que só ele se escutou

— Como não foi você que fez toda a bagunça no porão não é? E não lixou a cabine do banheiro. – Karen disse

— Todo mundo pixa a cabine do banheiro! – Mike se defendeu

— Você não é todo mundo, Mike. – Karen diz

— Se seus amigos pulassem da ponte, você iria também, Mike? – Ted perguntou

Ao olhar para Mike, Harry se lembrou do dia em que Mike tentou pular de um precipício de mais de 50 metros só para salvar Dustin de ter seus dentes cortados completamente.

Ele sabia que seu amigo pularia, por diversão ou simplesmente para salvar algum deles. Isso, se a ideia não fosse do próprio Mike.

— Duas caixas cheias e fim de papo. – Karen diz

Harry olhou para o amigo.

— Posso ajudar, se quiser. – Falou o Goodwin

— Obrigado. – Mike diz

Quando os dois desceram pro porão para separar alguns brinquedos, Harry notou que o cantinho da Onde ainda estava ali.

— Ainda acha que ela volta? – Perguntou Harry – Sinto falta dela...

— Espero que sim... – Mike respondeu – Desculpa pela forma que meu pai falou com você.

— Tudo bem, não me importo com o que ele pensa. – Harry diz com um sorriso

Aquilo era uma mentira, as palavras de Ted deram no garoto e ele não sabia bem o porquê. Ser chamado de Marica e tratado como uma influência ruim para seu filho, simplesmente por ele ter um valor emocional pelos seus brinquedos, doía. Doía muito.

Harrison não sabia o porquê daquilo, ele era exatamente como qualquer um dos outros meninos e mesmo assim o único que Ted desprezava e não fazia questão de esconder era ele. Ele nunca entendeu o motivo.

— Amanhã é o Halloween... – Comentou Mike

— Sim, é. – Harry diz – Eu acho que a Max é o Mad Max.

Mike franziu o cenho.

— A garota que mandou a gente parar de espionar ela? – o Wheeler perguntou

— Sim, o nome dela é Max e você sabe, foi logo depois que ela chegou que bateram o recorde... – Harry diz, Mike não parecia nada feliz com o assunto – Vou usar o banheiro.

— Não entope ele. – Mike pediu

Harry se trancou no banheiro do porão, olhando a parede. Mike estava estranho, provavelmente sentia falta da Eleven.

Por mais que tentassem esquecer o que aconteceu no último ano, era quase impossível. Sua amiga de fora e eles não puder fazer nada, quase perdeu seu melhor amigo, as duas irmãs de Harry pararam no hospital e ele colocou a própria vida em perigo tentando proteger Eleven e no final, ela se foi.

Não sabia quanto tempo havia ficado no banheiro, mas ao ver Mike com o comunicador em mãos quando saiu, fez-o franzir o cenho.

— Sou muito burro. – Mike diz

— Mike. – Chamaram do outro lado

— Oi, é você? – O Wheeler perguntou

— Sim, sou eu, Dustin! – Dustin disse do outro lado, o rosto de decepção de Mike era visível quando Harry chegou ao seu lado – Por que está nesse canal de novo? Tentei te contatar o dia todo! Tínhamos razão, Max é a Mad Max.

— Eu te falei! – Harry falou empolgado

— Estou ocupado. – Mike fala, fechando a antena do comunicador – Posso terminar aqui sozinho? Acho que não estou me sentindo muito bem hoje.

Harry balançou a cabeça afirmativamente.

— Claro, te vejo na escola amanhã. – E o Goodwin voltou para sua casa

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