Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

#𝓞𝟓 - 𝖠𝗌 𝖼𝗁𝖺𝗆𝖺𝗌 𝖽𝖾 𝗎𝗆 𝗱𝗿𝗮𝗴𝗮̃𝗼 𝗷𝗼𝘃𝗲𝗺


Drasilla e Rhaenyra já estavam a alguns longos minutos em um completo silêncio, deitadas olhando o teto do quarto da loira, Drasilla sentia falta disso, de apenas contemplar o silêncio do lado da sobrinha quem considerava uma irmã, era como se parte dela fosse aquilo, o completo silêncio e a calmaria, lembrava a amorena parte de como foi bom crescer ao lado da outra, como as coisas faziam mais sentido quando sua irmã de coração estava junto dela.

Pelo lado de Rhaenyra não poderia ser diferente, elas tinham a mesma idade, andavam juntas por aí quase o tempo todo, mesmo que sentisse falta da época em que elas e Alicent estavam juntas, quando Drasilla não implicava com a Hightower, ambas puderam ficar mais unidas que antes na ausência da morena, mas com Drasilla de volta Rhaenyra não sabia muito bem como seria, parecia que os conflitos anteriores do casamento do pai com a amiga voltavam a superfície com a tia ali, como se Nyra tivesse empurrado isso pro fundo da sala, mas Drasilla trazia a tona.

— Senti falta de ter você aqui. — A loira olhou a outra. — Me senti tão sozinha as vezes.

— Eu não queria ter ido, mas eu precisei ir. — Agora Drasilla a olhava. — Essa cidade, esse castelo, tudo é tão sufocante.

— Mas é seu lar. — Rhaenyra insistiu. — Nós somos sua família, não precisa fugir de nós, eu estou aqui com você. Você é o mais próximo de uma irmã que eu tive, eu sei meu pai tem três novos filhos agora, mas sempre será você a irmã.

— Não a Alicent? — Drasilla provocou e Rhaenyra riu.

— É complicado ok? — A loira respondeu se levantando.

Drasilla acompanhou o movimento, mas se mantendo sentada na cama, olhou na direção que Rhaenyra ia, perto da janela, cruzou as pernas se sentando e pensando como momentos de garota conversando como aqueles estavam longe de si, por mais que compartilhasse ótimos momentos com Laena asas vezes, Rhaenyra era diferente, era especial, era com quem Drasilla compartilhava as melhores histórias, sabia que não deveria ter deixado a loira, mas era mais jovem e impulsiva.

— Tenho uma coisa para te contar, venha aqui. — A morena acenou batendo no canto da cama em seguida. — Mas tem que guardar segredo, ninguém por aqui sabe, acho que da família só a Rhaenys e a Laena.

— Nem o Laenor e o Lord Corlys? — A loira estreitou os olhos e Drasilla negou. — O que anda aprontando?

— Você sabe como a minha ligação com o Flarion é única, não sabe? E que nós somos almas gêmeas como você e Syrax ou Daemon e Caraxes. — Drasilla tentava explicar e Rhaenyra só concordava com a cabeça. — Mas eu estava em Pedra do Dragão naquela ocasião, perdida, cansada, Flarion também, então aquele dragão surgiu, com escamas escuras e temperamento arredio. Ele não me deixou tocá-lo, mas pude ficar tão perto e tão confortável e ele nos seguiu para Pentos e vem nos seguindo o tempo todo, estava em Driftmark quando vim pra cá.

— Você domou outro dragão? — Rhaenyra parecia chocada. — As histórias contam que só Visenya, a irmã-esposa do conquistador teria feito algo parecido.

— Não o domei, a domei, no caso, é uma fêmea. — O ar pesado saiu das narinas de Drasilla. — Ela nunca me deixou tocá-la ou subir em seu dorso, Flarion fica temeroso e eu o entendo, mas ela nos segue, sempre e não gosta de outros dragões perto de nós, tentou avançar sob a Vhaegar quando voava junto da Laena, só por ela estar perto demais de mim e do Flarion.

— Ela pode sentir algo por Flarion, já que é uma fêmea. — Rhaenyra ponderou. — Caraxes vivia cercando Syrax, não sei como estão agora que ele e Daemon voltaram.

— É, pode ser. — O corpo de Drasilla pendeu para trás, deitando na cama. — Não quero pensar nisso agora, mas ... Esse lance de Syrax e Caraxes ein ... Não tem nada entre você e o Daemon? Eu vi os olhares, Rhaenyra.

— Então ... — A loira deitou seu corpo perto da tia e a olhou. — Talvez eu precise de sua ajuda para uma coisa.

Normalmente elas se entendia com o olhar, mas Drasilla estava londe de Rhaenyra a tanto tempo que começava a notar pontos nebulosos naquela que chamava de irmã, então apenas segurou as mãos da loira e esperou que ela falasse, era como se visse as imagens desenhando na mente da garota a sua frente e não soubesse ler com clareza. Por outro lado a loira apertava os dedos da morena, se tivesse que pedir isso a alguém, com certeza seria a Drasilla.

— Eu vou a cidade hoje a noite e preciso que você fique no meu quarto, diga que vai voar com o Flarion e venha pra cá. — Rhaenyra não olhava diretamente para a tia, parecia fugir de seus olhos. — Tranque a porta e se o Sir. Cole chamar não fale nada, só deite na cama, pode dormir se quiser.

— Rhaenyra Targaryen! — Drasilla mal continha o riso. — Com quem você vai estar na cidade? Eu chutaria o Sir. Cole, mas se ele pode chamar na porta não é ele, está se engraçando com um guarda?

— Não! — A loira riu com as bochechas rosadas. — Eu nunca faria isso.

— Eu faria, Sir. Cole é um belo de um gostoso. — Drasilla mostrou os dentes, fingindo que iria morder algo no ar. — Ou aquele outro ... Harwin Strong.

— Drasilla! — Rhaenyra a repreendeu, a tia falava coisas que a deixavam com as bochechas rosadas. — É com o Daemon.

O silêncio então pairou, Drasilla ainda segurava as mãos de Rhaenyra, olhando agora séria enquanto processava a informação, as coisas na casa Targaryen eram ... Peculiares, Aegon o conquistador havia casado com sua irmã, seu pai Baelon também, Viserys e Aemma eram primos, Drasilla conhecia Rhaenyra e Daemon, era estranho mais por isso. Aos poucos a morena soltou as mãos da loira, mas ainda a olhava.

— Ele não é casado com a Sra. Rhea Royce? — Drasilla lembrou Rhaenyra.

— Ela faleceu a alguns meses, uma queda de cavalo horrível. — O semblante da princesa era triste. — Que os deuses a tenham.

— Realmente ... — A outra princesa concordou.

Então o silêncio pairou, Rhaenyra olhava curiosa para Drasilla, precisava de uma cúmplice, a morena não conseguia dizer não a Rhaenyra.

— Ok. — Drasilla cedeu. — Mas não demore muito!

— Eu te amo. — A loira pulou nos braços da morena.

— É bom amar mesmo, se o Viserys souber disso nós duas estamos fritas. — Drasilla resmungou.

Elas tinham um acordo, mas Drasilla ainda tinha boa parte do dia para lidar, retornaria ao quarto a noite, após o jantar, diria que iria sair pra voar a noite, antigamente eles proibiriam-na de fazer isso, mas depois de um tempo longe alguns olhares pareciam ter receio de como a princesa iria se portar diante de tudo. Com parte do dia livre, Drasilla decidiu observar as pessoas lutando na arena, alguns guardas treinavam e ela lembrava de ter tido algumas aulas com Leanor, mas o primo não parecia levar isso a sério e ela queria mesmo treinar mais.

Drasilla sabia que não deveria se meter em problemas, mas ela não via nada de mais em desafiar um guarda ou outro para mostrar a Viserys onde ele poderia melhorar as coisas, certo? Então ela desceu a escada e capturou uma espada em meio a um vaso com algumas dentro, iria se aproximar sorrateiramente, desafiando um dos mais jovens, seria mais fácil, mas antes que antes que pudesse fazer algo, alguém lhe agarrou pela roupa a obrigando a parar na hora, ela já iria virar cheia de raiva, até reconhecer Sir. Harwin Strong, a raiva ainda estava lá, mas ela pensou duas vezes antes de tentar atacar ele.

— Ei! Me solta. — A adolescente ralhou com o homem. — Eu vou ali treinar espadas.

— Você vai lá arrumar problemas, isso sim. — Ele riu soltando ela, mas sabendo que tinha sua atenção. — É isso que vai conseguir se metendo no meio do treinamento da guarda, princesa.

— Eu sei me defender, Sir. Harwin. — Ela se gabou, apontando a espada pra ele.

— Sem dúvida que sabe. — Ele riu olhando a ponta da arma. — Mas eles podem saber melhor que você e realmente não posso permitir que um membro da família real se machuque em algo tão banal.

— Você não é nem meu guarda pessoal. — Ela falava isso com certo desgosto. — Que disse que ia ser minha sombra mais sumiu.

— Ele foi chamado pelo capitão da guarda para uma reunião. — Harwin parecia sério. — Mas bem que ele alertou em como vossa alteza é teimosa.

— Ele anda falando isso de mim? — Drasilla levou uma das mãos a cintura. — Como ele ousa?

— Princesa ... — Uma voz grossa cortou a conversa dos dois, era Harold Westerling. — Vossa Majestade está a sua procura, eu acompanharei a milady durante o dia, o seu guarda está indisponível no momento, vamos?

Drasilla olhou Harwin por alguns segundos, pergutando a si mesma se algo tinha acontecido e ela não sabia, ambos olharam-se em silêncio por alguns segundos, até ela estender a espada a Strong e ele pegá-la, em seguida a princesa foi junto ao Capitão da Guarda Real rumo a dentro do castelo.

Drasilla quis perguntar a Sir. Harold o que havia acontecido com Cadmus, mas ela ficou calada, só seguia o homem até os aposentos do rei, a garota deu um suspiro mais aliviado ao perceber que ele estava sozinho, sem um dos seus milhares de baba ovos, aquele abutre em forma de rainha ou um dos pivetes que ele tinha feito com Alicent, era só o seu irmão, colando algumas coisas na maquete de Kings Landing. O chefe da guarda se retirou, deixando a princesa junto do rei em um silêncio curto, enquanto ela cmainhava até perto dele.

— Mandou me chamar? — Ela olhava os desenhos que ele havia feito, impecáveis. — Você daria um bom historiador ou Senhor das Memórias se não fosse rei.

— Eu seria muitas coisas se não fosse rei, querida. — Ele suspirou cansado. — Como está se sentindo? Sua estadia em Kings Landing tem sido boa?

— Ela é precoce, mas sim. — Ela confidenciou olhando pra ele. — E você? Posso jurar que ouvi os meistres sussurrando algo sobre a saúde do rei.

— Eles estão cuidando de mim. — Viserys respondeu olhando pra ela, só então admirando como Drasilla tinha ficado de fato mais bonita, no auge dos seus quase 17 anos. — Flarion voou bem? Gostava de quando conversávamos sobre dragões.

Drasilla, naquela hora, quis contar a Viserys sobre o outro dragão, mas ficou calada, não sabia até onde essa informação deveria ir.

— Eu também, principalmente quando me falava sobre como domou o Balerion. — Ela riu anasalada. — Ele e tudo que ele representou parecia tanto mais ...

— Mais Daemon? — O rei sugeriu concordando. — Sim, mas naquela época Balerion já estava bem mais cansado e sábio, nós tínhamos uma conexão, mas eu sabia que ele não seria meu por muito, Daemon precisava de um dragão selvagem como ele, Caraxes era a melhor escolha.

— Não quis domar outro dragão depois? — Drasilla perguntou agora se apoiando na bancada.

— Ele era tão fiél a aquele dragão quanto era a Aemma, talvez mais ... 

Uma voz cortou a conversa deles,a  figura a frente da porta recém aberta, a imagem de Daemon parado lá tirou um sorriso da dupla, um maior ainda de Drasilla, que pensou em abraçá-lo, mas lentamente o seu semblante se desfez para uma cara fechada e de poucos amigos, a felicidade de finalmente poder falar e estar perto do irmão mais velho dissipou-se com a raiva que sentia por ele ter estado longe tanto tempo.

— Nós três juntos. — Viserys se levantou devagar, olhando o irmão e a irmã. — Como nos velhos tempos.

— O irmão com resposabilidades demais. — Drasilla apontou para Viserys. — E o fanfarrão descompromissado.

— E a irmã fujona que deveria ter perdido seu dragão. — Daemon a respondeu logo em seguida se aproximando de Drasilla pra abraçá-la a contra gosto. — Como você cresceu tanto em 2 anos?

— Me solta, idiota!!! — Ela tentou se soltar enquanto ele gargalhava. — Eu vou bater em você.

— Quero ver você tentar. — Daemon provocou.

— Ela pode machucar você de verdade. — Viserys o alertou olhando de novo sua maquete. — Drasilla pode chamar Sor. Harold e pedí-lo para nos encontrar na sede do pequeno conselho? Precisamos falar sobre os resultados que Daemon e seus aliados conseguiram.

— Claro. — Ela concordou sendo solta pelo outro loiro. — Eu ia conseguir me soltar sozinha.

— Sim, jura que iria. — Daemon riu junto de Viserys vendo Drasilla sair pela porta do cômodo do rei.

Drasilla encontra Sor. Harold com facilidade, ela tinha curiosidade por saber sobre a reunião, mas dessa vez ela preferiu optar por não se meter em nenhum canto, como a passagem atrás da parede e ouvir as coisas que eles estavam conversando, a mesma passagem que Daemon havia ensinado a ela quando era menor, as vezes até a morena entendia que assuntos da corte eram assuntos para corte e tudo parecia bem.

Ela tinha um tempo livre até ter um dos irmãos livres e passou a procurar por Rhaenyra, só que não foi exatamente fácil encontrar a sobrinha, olha que Drasilla procurou muito, pensou em ir para a cidade, tinha até vestido uma capa para esconder sua identidade, parte de si sabia que ela não estaria lá, mas queria só se divertir, andar um pouco entre as pessoas normais como fez em 2 anos fora. 

Passou por um dos corredores e encontrou Alicent ninando uma criança, pelo tamanho era o mesmo bebê que Viserys a fizera segurar por um tempo antes, o garoto do nome brega, Aemond, mas quando a ruiva olhou a morena foi Drasilla quem acelerou o passo, não querendo estar lá.

Enquanto caminhava pelo pátio lateral, passando pelo jardim, ela viu uma figura perto da grande árvore de folhas vermelhas, ela normalmente só passaria por ali correndo, sem olhar para nada nem ninguém, mas dessa vez ela parou, viu alguém ajoelhado sob os próprios calcanhares e corpo curvado, Drasilla era uma pessoa curiosa, olhou em volta, procurando por alguém vendo aquilo, mas ela não viu ninguém, então se aproximou, ainda mais ao identificar duas coisas: 1 - A pessoa estava chorando bastante e 2 - Era Cadmus Stark.

— Você está bem? — Ela perguntou tirando o capuz da cabeça e olhando para ele. — Aconteceu alguma coisa?

Cadmus preferiu o silêncio, sabendo que era ela, ele nem se moveu, só seguiu chorando. Drasilla se lembrava das palavras de Sor. Harold mais cedo, que o guarda estava indisponível, agora o encontrava em prantos nos jardins do castelo, o que não esperava de alguém da guarda real, então ela ficou lá em pé um pouco, até se abaixar a esquerda dele.

— Eu ainda não sei ler mentes, então não posso te ajudar se não falar. — Ela tentou um novo contato.

— Vai embora, princesa. — Ele empurrou a mão dela. — Me deixa em paz só dessa vez.

— Outch! — Ela sussurrou se levantando. — Não precisava ser rude comigo também.

— Eu não posso sentir o meu luto sem ter que lidar com você? Só hoje? — Então ele a encarou após vociferar.

Os olhos de Cadmus Stark estavam muito vermelhos, como se ele tivesse chorado por horas a fio, ele havia perdido alguém, ela sabia e ver o verde dos olhos dele misturado ao vermelho de seu rosto deixou Drasilla paralisada. Cadmus se levantou devagar, se via no rosto dele, quem quer que fosse, que era uma perda grande demais, ele ficou parado lá, puxando o ar para os pulmões como se fosse suficiente, não era.

Drasilla não conseguia parar de encarar o guarda, era estranho e nostálgico ao mesmo tempo, ela não estava acostumada a ver ou lidar com a vulnerabilidade das pessoas, ainda mais com a de um guarda real, mas Cadmus é jovem, mesmo que mais velho que ela, ele ainda é jovem demais e parecia estar reprimindo alguma coisa quando desabou em lágrimas.

Targaryens são mais próximos aos deuses do que aos homens, eles diziam, isso deixava aquela sensação de que eles não sentiam nada, quando Viserys perdeu Aemma e chorou, foi dito ao rei que não era adequado que fosse visto assim, Rhaenyra se trancou no quarto por horas e Drasilla foi repreendida, constantemente eles são ensinados e obrigados a engolir o que sentem, com Cadmus não parecia ser diferente.

Em um rompante a morena avançou contra ele, passando os braços em torno de seu corpo, o puxando para perto com firmeza, envolvendo os braços em torno do dorso dele, enquanto uma lhe segurou pelas costas a outra tocou a cabeça, para que ela repousasse em seu ombro, Cadmus de início ficou sem reação, não esperava nada do tipo, não vindo dela. Segundos depois ele acabou cedendo, precisava de um apoio, sabia disso, então continuou a chorar, dessa vez molhando o ombro de Drasilla.

— Você nem sabe de quem se trata. — Ele falou com a voz embargada.

— Não preciso saber. — Ela respondeu enquanto mexia nos cabelos dele. — A dor do luto não responde por nomes, mas por memórias.

Cadmus não falou mais nada, nem Drasilla, por um bom tempo, mas de longe alguém os observava, dando certa atenção a cena.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro