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|Capítulo 04|

P.O.V Emma Mccall

Haviam se passado alguns dias, e quando voltei para casa, Scott me disse que éramos betas junto com Derek e que havia um alfa. Fiquei em choque ao descobrir que havia um lobisomem forte. Estava dormindo tranquilamente quando escutei um rugido, fazendo-me acordar de uma vez. Levantei da cama, calcei meu tênis e arrumei o capuz do meu pijama de unicórnio. Ao sair do quarto, dei de cara com Scott.

— Escutou? — perguntei, encarando.

— Sim. — respondeu meu irmão. — A mocinha vai ficar por segurança. Cama, vai.

— Não sou nenê. — disse, cruzando os braços. — Sou lobisomem!

— Eu sei, mas você ainda é pequena. — afirmou Scott. Fechei a cara, levantando uma sobrancelha.

— Scott Gregório Mccall! — falei, fazendo-o arregalar os olhos.

— Nome do meio não! — resmungou o garoto.

— Vamos! — disse, puxando-o para fora de casa, enquanto Scott ia resmungando.

(...)

— Chris tem dois deles. — disse a mulher.

— Alfa? — perguntou Chris.

— Eu não sei. Mas um deles tentou me matar. — respondeu a mulher. Eu e Scott estávamos em um beco, ouvindo a conversa entre Chris e uma mulher loira.

— Um deles nos levará até o outro. Ele não pode fazer isso se estiver morto.

— Chris, não posso ajudar a matar um deles se um deles me matar primeiro.

— Quanto tempo ele tem?

— Eu diria 48 horas. No máximo.

— O que a loira quis dizer? — questionei, confusa, olhando para Scott.

— Não sei, vamos. — disse Scott, pegando minha mão e puxando para sairmos de lá.

(...)

Na manhã seguinte, acordei com bastante sono. Eu e Scott chegamos em casa às 3h da manhã. Levantei da cama, fui para o banheiro tomar um banho para acordar, escovei os dentes e fiz minhas h.p. Assim que saí do banheiro, fui até meu guarda-roupa escolher uma roupa: calça preta, blusa preta e uma blusa xadrez azul, além dos meus tênis All Star.

(...)

— Por que tá com essa cara? — perguntei, virando-me para ele. Já estávamos na sala, e a professora de história estava entregando nossas notas.

— Minha tia veio pra cá — respondeu Brian, como se fosse vomitar. — Minha doce e chata tia Kate! Odiei aquela mulher com todas as minhas forças. Allison gosta dela.

— Por que não gosta dela?

— Vamos ver... Allison é a queridinha dela, nazista e completamente doida. — respondeu o loiro, e a professora entregou nossas provas. — A+ e você? — Fiz careta mostrando. — B-, boa nota.

— E... Sua tia é doida? — perguntei novamente.

— Sim, hoje de manhã eu meio que mexi nas suas coisas e uma das malas tinha armas. — disse Brian baixinho, arregalei os olhos.

— Mentira.

— Não, ela brigou comigo, levei um puxão na orelha. Nem pude dizer ao meu pai.

— Se eu ver essa mulher! Eu bato nela! — disse, fechando o punho e socando o ar. Brian deu uma risada, o sinal tocou e juntei minhas coisas, assim como Brian, e saímos da sala de aula.

— Faz isso, por favor. Vai lá em casa hoje, por favor. — disse, fazendo biquinho.

— Tá bom, vou sim. — disse sorrindo. — Vai na frente, vou falar com meu irmão.

— Tá bom.


(...)


Finalmente da aula, fui até Scott, que estava pegando sua bicicleta.

— Vou na casa do Brian.

— Você vai? — disse Scott, me olhando. — Eu vou também.

— Que?

— Irei estudar com a Allison, então eu e você vamos juntos. Sem birra.

— Tá bom, papai. — respondi sarcasticamente. — Me leva na garupa. Vim sem meu skate.

— Tá bom. — disse meu irmão. Assim que ele disse, escutamos barulho de buzinas. Olhamos para frente, vendo Derek parado na frente do carro do Stiles.

— Não, não. Aqui não. — disse e saiu correndo em direção a eles. Apenas fui atrás. Derek caiu no chão. — O que houve? O que ele está fazendo aqui? — questionou aflito, fui até Derek segurando seu ombro.

— Derek? O que está fazendo aqui? — perguntei preocupada.

— Atiraram em mim. — respondeu Derek, meio fraco. Ele estava péssimo.

— Ele não está bem, cara. — disse Stiles.

— Por que não está se curando? — perguntou Scott.

— Não consigo. — respondeu Derek. — Foi um tipo de bala diferente.

— Uma bala de prata? — questionou Stiles.

— Não, idiota. — retrucou Derek grossamente.

— Scott... Foi o que ela quis dizer quando disse que você tinha 48 horas. — falei, chamando a atenção do Hale.

— Quê? — questionou Derek. — Quem disse 48 horas?

— A mulher que atirou em você. — respondeu Scott, e Derek gemeu de dor, transformando-se. — O que está fazendo? Pare com isso.

— É o que estou tentando dizer. — disse Derek, tentando se controlar. — Não consigo.

— Derek, levanta. — respondi, olhando em seus olhos. — Scott, ajuda ele! — disse, e meu irmão ajudou.

— Me ajuda a levar para o seu carro. — falou Scott. Fui até o carro, abrindo a porta do passageiro enquanto Scott colocava Derek. Fechei a porta e fiquei nas pontinhas dos pés.

— Preciso que descubra que tipo de bala usaram. — disse Derek com a voz fraca.

— Como vou fazer isso? — perguntou Scott, confuso.

— Ela é uma Argent. — respondeu o Hale. — Está com eles.

— Por que deveríamos ajudar você? — questionou Scott, ainda em dúvida.

— Porque vocês precisam de mim. — retrucou Derek, me olhando.

— Tá bom, vamos tentar. Ei, tire o daqui. — disse Scott, encarando Stiles.

— Eu te odeio por isso. — resmungou Stiles, ligando o carro e saindo.


— Ei, o que ele estava fazendo aqui? — questionou Allison se aproximando.

— Stiles estava dando uma carona para ele. — respondeu Scott. — É uma longa história.

— Achei que disse que não era amigo dele. — respondeu Allison confusa.

— Não, não... — disse Scott meio atrapalhado. — Ainda vamos estudar juntos, certo? Encontro você na sua casa?

— Sim.

— E a Emma vai porque Brian chamou ela, se importa dela ir com você?

— Não, ela pode ir. — disse Allison sorrindo.

— Está bem, tchau. — disse Scott, beijando a bochecha dela e logo saindo. Olhei para Allison sorrindo.

— Vamos? — perguntou a garota sorrindo e passando o braço em volta do meu pescoço.

— Sim. — começamos a andar até seu carro.

(...)

Assim que chegamos na casa dos Argent, Scott havia chegado ao mesmo tempo que a gente. Eu simplesmente ignorei enquanto Brian me puxou para seu quarto. Entramos e fomos direto jogar videogame, enquanto Allison e Scott iam "estudar". Ficamos 2 horas jogando, até que uma mulher loira entrou no quarto reclamando.

— Brian! Vem ajudar nas compras... ah, oi? — disse a mulher me olhando assustada.

— Kate — respondeu Brian com um sorriso falso. — Essa é minha amiga Emma. Emma, essa é minha adorável titia Kate. — sua última fala saiu com certo sarcasmo.

— Prazer, querida. — disse Kate com um sorriso meio falso.

— Oi. — respondi tentando mostrar simpatia, mas acabei dando um sorriso meio falso.

— Por favor, pode ajudar com as compras? — perguntou Kate novamente.

— Tá. — disse Brian. Apenas largamos os controles e saímos do quarto, sentindo o olhar de Kate sobre mim.

(...)

Depois de ajudar com as compras, fiquei ao lado de Scott, que entregava as compras para Chris, este o olhava como se fosse matá-lo.

— Obrigado. — disse Chris, e o celular de Scott apitou. Deve ser o Stiles. Allison apareceu, e Scott guardou o celular.

— Ainda quer estudar? — perguntou Scott olhando para Allison.

— Ela vai se concentrar melhor sozinha. — respondeu Chris.

— Tá, te vejo mais tarde? — perguntou Scott novamente.

— Na escola. — disse Chris mais uma vez. Eu e Brian nos olhamos, querendo rir da situação. — Vocês dois, subam para a biblioteca. — apontou para mim e Scott e depois para Allison e Brian. — E vocês, para dentro.

— Qual é, Chris, jura? Eles estavam se beijando na garagem, e Brian e a ruiva jogando videogame sem ver outras coisas. — respondeu Kate, intrometendo-se no assunto. — Você, com seus adoráveis olhos castanhos, e você, ruivinha linda, larguem a bicicleta. Vão ficar para jantar com a gente. — disse e entrou dentro da casa, assim como Allison. Brian pegou minha mão e me puxou.

(...)

Durante o jantar, tanto eu quanto Scott estávamos nervosos. Eu e Brian nos desconectamos da conversa deles e criamos nossa própria conversa, usando sinais.

— Já fumou maconha? — questionou Chris. Olhei para Scott e Chris por causa dessa pergunta besta.

— Ah, para. Vamos mudar de assunto para algo mais leve. — disse Kate. — Então, Scott, a Allison disse que está no time de lacrosse. — perguntou, e meu irmão só concordou com a cabeça. — Desculpe, eu não entendo nada disso. Como se joga?

— Ah, bem, você conhece hóquei? — perguntou Scott.

— Hum. — murmurou Kate.

— É bem parecido, mas jogamos na grama e não no gelo. — respondeu Scott.

— Hóquei na grama se chama Hóquei de campo. — perguntou Chris.

— Ah, sim. — concordou Scott.

— Então, é como Hóquei de campo, só que os tacos têm rede. — disse Allison.

— Isso aí. — falou Scott.

— Pode marcar e lançar como o Hóquei? — perguntou Kate.

— Sim, mas só usamos luvas e tacos. — disse meu irmão.

— Parece violento. Gostei. — respondeu Kate com um sorriso de lado.

— Scott jogou muito bem. — comentou Allison. — Papai foi no primeiro jogo. Ele não mandou bem?

— Mandou bem. — respondeu Chris.

— Marco no último lance. — respondeu Allison. — Lance da vitória.

— Verdade. — falou Chris. — Mas só marcou nos últimos minutos.

— O último tiro dele rasgou a rede do goleiro. Foi incrível! — respondeu Allison.

— Provavelmente o goleiro estava jogando com um taco errado. — disse Chris. Escutei o coração da Allison começar a bater rápido; Scott deve ter percebido também.

— Sabe, pensando bem, acho que vou aceitar a dose de tequila. — disse Scott.

— Está brincando, certo? — questionou Chris com um olhar severo.

— Sim. — respondeu Scott, com certo medo.

(...)

Scott saiu para ir ao banheiro, e Kate me olhou, analisando.

— Então, fofinha, está em qual ano? 5º? — questionou Kate.

— Estou no 9º ano. — respondi, fazendo-a se engasgar com seu vinho. "Toma, mocreia."

— Você é tão pequena para ter 13 anos. — disse ela.

— Posso ser pequena, mas não sou burra. — falei, fazendo Brian e até Chris segurarem para não rir.

— Você e Scott são diferentes. São irmãos? — questionou novamente.

— Somos. — respondi meio confusa.

— Então puxou a mãe? A cor de cabelo? — perguntou Kate.

— Kate, deixa a menina. — disse Chris, repreendendo a irmã.

— Tudo bem, Sr. Argent. Na verdade, minha mãe é morena. Talvez eu tenha puxado o ruivo de algum parente distante. — respondi. Percebi que Kate me olhava sorrindo, como se soubesse de algo.

— Seus olhos me lembraram uma pessoa. Um belo par de olhos. — disse Kate. Fiquei encarando-a sem entender.

— Kate, deixa ela em paz. — disse Chris com a voz firme.

— Você e Brian são namoradinhos? — perguntou Kate, fazendo Brian engasgar com a água, e eu arregalei os olhos.

— Não! Ele é meu melhor amigo. / Ela é minha melhor amiga. — dissemos juntos, fazendo careta.

— São crianças, Kate. — disse Chris.

— Ah, bom. — disse Scott aparecendo na sala de jantar. — Olha, nós temos que ir. Obrigado pelo jantar.

— Sim, muito obrigada. — digo, me levantando.

— Ah não, não. Nada disso. Vão ficar para sobremesa... Sentem aí. — disse Kate nos olhando. Olhei para Scott, o mesmo passou a mão no nariz, indicando que conseguiu pegar a bala. Sentamos novamente.

— A Allison me contou que você trabalha para um veterinário, né? — perguntou Victoria.

— Eu contei que engessou a perna da cadela. — comentou Allison.

— É... — Scott responde, e logo seu celular vibra novamente.

— O que seu chefe acha dos ataques de animal? Alguma teoria? — pergunta Chris, fazendo Scott desviar a atenção do celular para ele.

— Todo mundo tá dizendo que é um leão da montanha... — digo, respondendo rápido.

— Ia ter que ser um leão da montanha bem grande... — diz Kate, percebendo Brian revirar os olhos discretamente.

— O que você acha, Scott? — pergunta Victoria.

— Eu não sei. Lá atendemos mais cães e gatos e não... Animais selvagens. — responde Scott.

— Nunca tratou um cão com raiva. — Chris pergunta para Scott, o mesmo gesticula um não. — Eu cresci com muitos cães. Eu vi um que pegou raiva de um morcego... — começa a contar a história, e Kate o olha desanimada, tomando vinho. — Foi através de uma mordida, as pessoas acham que um cão com raiva fica louco de repente, mas é aos pouquinhos. No primeiro estágio acontecem mudanças sutis no comportamento. Ficam agitados, irritados. O segundo estágio é o que as pessoas conhecem. O estágio furioso. É quando eles atacam... Atacam qualquer coisa que se mova. Vocês sabiam que um cão raivoso enjaulado chega a quebrar os dentes tentando mastigar as barras? — pergunta, fazendo eu e Scott gesticularmos um não. — Eles chegam a pegar impulso e quebrar a própria coluna, vocês imaginam... A força necessária pra isso? É uma mudança de comportamento radical. Um animal inofensivo... Se transformando num assassino cruel. E tudo começa com uma mordida. — termina de dizer, fazendo eu e Brian o olharmos entediados. Olhei para meu irmão, soltei uma risada baixinha por causa da cara assustada dele.

— Mas ele morreu, né? — questionou Allison.

— Morreu porque o seu avô atirou nele. — respondeu Victoria.

— Por que ele queria acabar com o sofrimento dele. — perguntou Brian, encarando meu irmão.


— Porque ele era perigoso demais. — respondeu Chris. — E a gente só se protege de uma coisa assim matando.

— Hum. — disse Kate olhando para mim. — Você... Sabe atirar? — faz a pergunta, fazendo Scott se engasgar com a água que está bebendo. — Pensei até ensinar Brian.

— Kate... — Chris tenta interromper, mas eu o interrompo.

— Não, obrigada. — digo simples.

— Não? — questionou Kate sobre minha decisão.

— Você quer que eu escreva para você entender? — respondo encarando a mulher com raiva, Brian está rindo bem baixinho. — Acho que nem o Brian nem vai querer.

— Concordo, sou novinho ainda, papai não ia aprovar. — concorda Brian.

— Está certo, filho. — respondeu Chris.

(...)

— Eu quero pedir desculpas. — disse Allison descendo as escadas e entregando a mochila para Scott, assim como Brian fez com a minha. Peguei e coloquei nas costas.

— Pelo quê? — perguntou Scott confuso.

— Por ter sido o jantar mais estranho e vergonhoso da história dos jantares estranhos e vergonhosos. — disse a garota um pouco envergonhada, nos levando até a porta.

— Não... Não foi tão ruim... Teve o jantar em que meus pais me contaram que iam se separar... Esse aqui fica em segundo lugar... — respondeu Scott, me fazendo sorrir fraco. Allison e Scott encaram eu e Brian.

— Estamos sobrando? — perguntei encarando meu melhor amigo.

— Com certeza. — concordou Brian e logo nos viramos de costas, fazendo os dois rirem.

— O seu pai está olhando... — resmungou Scott.

— Ótimo... — disse Allison.

— Já podemos virar? — perguntei ouvindo o riso dos dois, e Scott me puxa quando Allison abre a porta.

— Espera um pouquinho gente... — disse Kate vindo até nós.

— O que foi? — perguntou Brian.

— Eu... Quero perguntar uma coisa pro Scott. — disse Kate encarando Scott.

— Pra mim? — questionou sem entender.

— É... Pra você. — falou, fechando a porta.

— Tá bom. — disse Scott confuso.

— É... O que você tirou da minha mala?

— O quê? — questionou Scott confuso.

— Da minha mala. — Kate reforçou a pergunta, enquanto Allison ficava desconfortável. — O que você tirou de lá? — perguntou novamente, fazendo Scott intercalar o olhar entre ela e Allison. — Você quer que eu repita a pergunta? Que eu fale mais devagar?

— Do que você tá falando? — perguntou Chris juntando a irmã.


— A minha mala estava aberta no quarto de hóspedes e eu fechei quando saí... — disse Kate. — E o Scott entrou pra usar o banheiro, aí saiu e a minha mala estava aberta...

— Ele não pegou nada... — falou Allison para a tia, defendendo meu irmão.

— Ah, ele pegou alguma coisa da minha mala... Olha só... Eu detesto ter que fazer isso Scott porque... Eu adorei mesmo os seus lindos olhos castanhos e os azuis da sua pequena irmãzinha... — respondeu Kate um pouco grossa. — Mas eu não sei se você é cleptomaníaco, curioso ou só burro mesmo, mas responde minha pergunta. O que você pegou?

— Nada. Eu juro. — respondeu Scott.

— Não se importa de provar então né? — disse Kate.

— Tá falando sério? — questionou Allison indignada.

— Quando falo que ela é louca ninguém acredita. — disse Brian sarcasticamente, cruzando os braços.

— Calado — respondeu Kate, encarando o loiro, e logo voltou sua atenção ao Scott. — Mostra o que tem no seu bolso.

— Pai?! — disse Allison para o mesmo, que simplesmente lhe lançou um olhar de repreensão.

— Anda Scott... Prova que eu tô errada... — disse Kate com um sorriso no rosto.

— Ah, eu provo. Não foi o Scott que mexeu na sua bolsa... Foi eu! — disse Allison.

— Você? — questionou Kate desanimada, não acreditando na sobrinha.

— É. Fui eu! — respondeu, levantando uma camisinha, fazendo eu e Brian arregalarem os olhos. Kate prende o riso, olhando pro irmão enquanto.

— Brian! O dever de química! E é pra amanhã! — disse, atraindo a atenção de todos. O loiro olhava sem entender. — Esquecemos completamente! — disse mais séria, e o garoto entendeu.

— É mesmo, merda! — disse Brian, entrando na onda e batendo a mão na testa. — Obrigado por me lembrar.


— De nada, bom... então... A gente já vai. Muito obrigado pela noite... — respondi sorrindo e abrindo a porta, puxando o meu irmão para fora. Assim que saímos, soltei o ar que nem imaginei que estava segurando, ainda de boca aberta sem acreditar que sobrevivi a essa noite. Olhei para Scott, começamos a rir. — Que merda, hein. Tá com a bala?

— Sim. — respondeu Scott.

— Vamos logo então.

— Vai na minha biblioteca. — falou, me entregando a bicicleta.

— Mas e você? — disse, subindo em cima.

— Eu posso correr! Vamos ver quem chega primeiro?

— Não! O Derek precisa disso, vai na frente eu vou alcançar você. Vai e salva o Derek.

— Te vejo lá.

— Vai logo! E corre! Derek depende disso! — disse após um riso, entregando a bala para ele. — Te encontro lá.

(...)

Assim que chego na clínica e adentro o local, me deparo com Derek desmaiado no chão e Stiles tentando acordá-lo, enquanto Scott tenta pegar algo.

— O que aconteceu? —digo correndo até Stiles e seguro a cabeça de Derek

— É, eu tô vendo! —disse Scott.

— Derek? —digo batendo fraco nas bochechas do Hale tentando trazê-lo de volta.

— Peguei! —disse com a bala na mão.

— Me desculpe por isso e não me mata! —resmunguei, fechando o punho e acertando em cheio a face dele, fazendo o mesmo acordar.

— Me dá isso. —disse Derek, pegando a bala da mão de Scott.

— Levanta... —disse levantando o Hale enquanto olhava, o mesmo tirou a ponta da bala com os dentes e pega o recipiente. Ele queima com um isqueiro e coloca tudo no ferimento do braço. Afastei assustada quando ele cai no chão, agonizando por conta da dor e solta um rosnado, mas logo as veias roxas vão sumindo, e o ferimento se cura.

— Foi... Muito maneiro! Boa! —disse Stiles impressionado.

— Você tá bem? —perguntou Scott olhando para o Hale.

— Tirando essa dor insuportável... —respondeu Derek.

— Acho que o seu sarcasmo é sinal de boa saúde. — faleu fazendo o Hale me olhar com um sorriso de lado e discreto.

— Olha só, a gente salvou a sua vida então você vai deixar a gente em paz. Entendeu? —disse Scott. — Se não, eu vou procurar o pai da Allison e vou contar tudo pra ele...

— Você vai confiar neles? Acha que eles podem ajudar? —questionou Derek, encarando meu irmão.

— Por que não? São bem mais simpáticos que você!— respondeu Scott

— SCOTT, NÃO SEJA BURRO! — falei  chutando sua bunda.

— Aiiii! —resmungou Scott, me olhando, passando a mão na bunda.

— Sim, vou lhe mostrar como são simpáticos. —disse o Hale.

— Como assim? —questionou Scott confuso.

(...)

Derek para o carro em frente a uma casa de cuidados de tratamento a longo prazo. Mesmo sem entender, abro a porta do carro, descendo assim como os dois mais velhos.

— Por que a gente tá aqui? —perguntou Scott.

— Vai matar o Scott e deixar aqui? —digo ficando ao lado do Derek assim que entramos na casa de cuidados. O Hale nos leva até um quarto. Quando ele abre a porta, olho o cômodo vendo um homem sentado e completamente imóvel.

—Quem é ele? —perguntou Scott.

— Meu tio. Peter Hale... —respondeu Derek.

—É igual... A você? Um lobisomem? —perguntei encarando ele.

— Ele era... Agora nem humano ele é. Há seis anos, eu e minha irmã estávamos na escola. Nossa casa pegou fogo. Onze pessoas ficaram presas lá dentro. Ele foi o único sobrevivente. —Derek explica.

—Ué... Más... Como tem tanta certeza que a culpa foi deles? —perguntou Scott.

— Por que só eles sabiam de nós. —respondeu Derek, desviando o olhar de Peter para encarar meu irmão.

—Então... Eles tinham um motivo. —perguntou meu irmão.

— Sério? Que motivo justificaria queimar uma família inteira viva? Me fala Scott? —questionou indignada.

—Um motivo? Me diga o que justifica isso... —disse virando a cadeira do seu tio, nos fazendo ver o rosto dele completamente. Metade da face está deformada e com marcas de queimadura. Abraçei Scott com medo. —Eles dizem que só matam os adultos e quando têm certeza absoluta. Mas tinha gente normal da minha família naquele incêndio. É isso o que eles fazem! É isso que a Allison vai fazer também...

— O Brian não... —digo encarando o Hale.

— Ah, ele sim, um dia.

— Ele é diferente assim como a Allison! Brian nunca ia fazer isso! Nunca! —respondi antes de Derek dizer algo, fui interrompida.

— O que estão fazendo? Como entraram aqui? —me separei do meu irmão, encarando a mulher.

— Nós já vamos embora. —disse Derek, puxando meu irmão para fora. Olhei para Peter e logo fui atrás dos mais velhos.

Mais um capítulo amores espero que gostem e me desculpem por ter erros de português ❤️ 🥰 ❤️

O que acharam desse capítulo???

Até o próximo capítulo amores 🥰 🥰

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