
CHAPTER NINE ──── TEEN WEREWOLF
Capítulo Nove; Lobisomen Adolescente
Era aula de matemática e Jacob estava muito incomodado. Ele conseguia ouvir coisas e sentir cheiros.
— Aí Mel, me dá um chiclete? — Perguntou Jacob sentindo o cheiro da menta no bolso de Mel.
— Como sabia que eu tinha?
— Intuição... — Jacob afirmou.
Matt suspeitou, algo estranho estava acontecendo, claramente.
— Pessoal, vocês viram a Maya?
— Ela não veio hoje. Nem a Lizzie, nem o Larry... — Afirmou Matt.
— Teste surpresa pessoal. — Disse o professor Smith.
— Mas essa é nossa segunda aula! Não faz sentido! — Afirmou Isaac.
— O teste é um resumo das matérias do ano passado. São pra testar conhecimento, entenderam?
— Grande lixo. — Disse Mel.
— Senhorita Heling, o que disse?
— Nada. — Acrescentou Mel.
Ao receber a prova, Jacob se sentiu pressionado. Começou a suar frio. Suas mãos começaram a tremer. A questão estava muito complicada. Até que ouviu algo que o desconcentrou, um barulho de telefone. Olhou pela janela então. Tinha uma menina atendendo o celular, uma conversa que certamente não era pra Jacob escutar. Era uma menina coreana nova no colégio, que conversava com sua mãe pelo celular.
— Relaxa mãe! Vai dar tudo certo! Eu estou bem. Vamos conseguir. — A garota ouviu sua mãe dizer algo e então respondeu. — Tá bem mãe, tchau!
Um homem se aproximou da garota. Era negro e usava um terno. Aquele era o cordenador do colégio.
— Akira? — Perguntou o homem.
— Isso mesmo! E quem seria o senhor?
— Sou o cordenador do colégio, pode me chamar de Ottis.
— Tá bem então, Ottis. Será que poderia me levar até minha aula?
— Claro. Siga-me! Fica naquela sala ali.
Jacob tinha escutado toda conversa. O cordenador bateu na porta.
— Pode entrar. — Disse o Prof Smith.
E entrou. Uma menina linda coreana tinha acabado de entrar na sala.
— Bom dia turma. Esta é Akira Yukishida. Nova aluna do colégio. Peço a vocês que a recebam bem. Akira vem de um lugar muito distante.
— Você fala japonês? — Perguntou Isaac. Todos olharam pra ele. — Que foi? Eu só pensei... tanto faz.
— Na verdade eu sou coreana.
— Ah... — Respondeu Isaac. — Desculpe... eu não sabia.
— Não precisa se desculpar. — Akira disse. Jacob a achou linda, mas isso não mudou na forma que ele estava se sentindo mal por ter escutado tudo. A pergunta que não quer calar é... como? Como ele ouviu? Super audição? Seu olhar estava com um pesar, e Mel reparou. Mel era muito observadora.
— Jacob, tá tudo bem?
— Tá sim... — Ele respondeu. Teria que falar com alguém sobre isso.
— Pessoal! Silêncio! Foco no teste, ou vão fazer na direção. — Disse o Professor Smith, escrevendo a data no quadro com um giz branco.
Enquanto isso tudo acontecia, John acordava aos poucos em seu sofá. Lizzie estava parada o encarando, segurando um chá, que estava fervendo.
— Bom dia. — Disse Lizzie.
— Bom dia querida... o que é isso?
— É um chá de Arruda. Ajuda a cicatrizar feridas.
— Obrigado querida. — O tio pegou o chá e deu um gole. — Nossa, isso é forte. Tá quente, tem um gosto de...
— Ervas? Sim, é o gosto.
— Tá bem né. — Afirmou o tio.
— Termina de beber esse chá, depois vai me contar tudo. Sem mentiras.
— Certo Lizzie... certo.
Lizzie, de tudo que já aconteceu, nunca esteve tão perto de descobrir a existência do mundo sobrenatural.
Enquanto isso, Maya e Larry se encontravam perto do colégio.
— Eae, vamos? — Perguntou Larry.
— Sim, vamos. É por aqui.
Maya então caminhou até a casa de seus pais. Era uma grande casa, com um jardim lindo. A garota tinha boas memórias naquele lugar. Tocou a campainha então. Esperou uns segundos, quando sua mãe atendeu.
— Filha? O que faz aqui?
— Oi mãe. Esse é meu amigo Larry. A gente ta aqui por que estamos procurando uma coisa que pode estar no sótão. Podemos ir lá?
— Que coisa, exatamente?
— Um toca fita. Achamos uma fita com um filme e queríamos assistir.
— Isso mesmo, senhora. — Disse Larry.
— Alice, quem é na porta? — O pai de Maya perguntou. Usava pijama. — Ah, oi querida. Tá fazendo o que aqui?
— Eles querem o toca fita.
— Tá lá no sótão. Deixe pegarem. Vamos, entrem. Eu até ajudaria a achar, mas está na hora do jornal da manhã.
— Obrigado, senhor Rabith.
Maya e Larry subiram até o sótão. O lugar estava podre, muito sujo e empoeirado. Estava lotado de caixas e coisas antigas e velhas. Maya estava procurando, quando se deparou com algo. Suas antigas pinturas.
— Você que fez? — Perguntou Larry.
— Sim, eu fazia quando tinha uns nove anos de idade. Esse desenho foi minha primeira pintura. — Maya apontou para um dos desenhos que estava no meio da caixa. Tinha um cavalo nele.
— Você tem muitas memórias nesse lugar. Por que saiu? Se você se sentir confortável em dizer, claro.
— Problemas com meus pais. Eles ficavam controlando minha vida e atrapalhando meus relacionamentos. Então saí, fui morar sozinha.
— Sabe Maya, não acha que seus pais se arrependem de ter feito tudo isso?
— Não, não acho, Larry. Ei! Lá está o toca fita! — Maya apontou. O objeto estava bem velho e enferrujado.
— Será que ainda funciona?
— É o que eu espero. — Disse Maya.
— Tá bem, vamos ver. — Disse Larry.
Susan ligava o tempo todo para Luna, mas ela não atendia, é óbvio. Mais tarde, Jordan foi até seu quarto.
— Mudou de ideia? — Perguntou para Luna, que estava deitada na cama.
— Como posso mudar de ideia se eu nem sei o que que que eu faça.
— Eu já te disse! Quero que traga minha irmã de volta.
— Como ela morreu? Como quer que eu faça o feitiço? Não tô entendendo!
— Tá bem, e se eu te contar a história? Tudo sobre os vampiros e minha irmã. Pra que entenda por que preciso que você, Luna, me ajude.
— Tá bem, vai, me conte.
Enquanto isso, tio John contava tudo a Lizzie, que não acreditava.
— Tá bem, deixa eu ver se eu entendi. O mundo sobrenatural é real. Vampiros, lobisomens, bruxas e outros seres são reais. Todo vampiro desenvolve um poder diferente. Lobisomens são inimigos dos vampiros, e você é um caçador de lobisomen?
— Exatamente isso. — Afirmou o tio John. — Ontem eu estava caçando um lobisomen que está aqui em Red Valley, mas acabei sendo atacado por ele. Se não fosse essas balas de prata, eu provavelmente teria morrido.
— Balas de prata machucam lobisomens? — Perguntou Lizzie.
— Sim, são como a bala normal para os humanos. Se pegarem de rasteira não matam, mas se for certo, matam.
— Por isso eu vi aquela bala de prata caída na garagem, você deixou cair.
— É... eu acabei deixando passar.
— E qual a fraqueza dos outros seres sobrenaturais, tipo vampiros e bruxas.
— Vampiros, o sol. Os raios solares podem matar um vampiro. Porém metade deles usam um anel mágico, que poucos sabem a origem, pra se protegerem. Uma observação sobre os vampiros, é que precisam ser convidados para entrarem nas casas. Algo que ninguém sabe ao certo o porque, também, claro. As bruxas não tem fraquezas. — John disse.
— E que tipo de ser sobrenatural existe, além desses? — Perguntou Lizzie.
— Muitos. Existem híbridos, que são metade lobisomen e metade vampiros, existem banshees, kitsunes e muito mais. Porém não está na hora de falarmos sobre isso, Lizzie.
— Isso é loucura! Não pode ser real!
— Eu também tive essa reação quando seu pai me contou...
— Meus pais sabiam disso?
— Sim. Eles sabiam. — Respondeu o tio John. — E eu acho que o acidente de carro que os matou, não foi por causas naturais. — Afirmou o tio.
— Do que você tá falando?
— Eu acho que um sobrenatural causou o acidente. Muitas das coisas que são inexplicáveis, podem ser explicadas se aplicadas à conhecimentos além do que os humanos hoje consideram normal.
— Tá me dizendo que acha que meus pais não morreram por acaso no acidente? Tá me dizendo que eles foram... ASSASSINADOS?!
— É uma hipótese, mas sim, acho. Meu dever é te proteger acima de tudo.
— Foi por isso que não me contou?
— Como contar á alguém que aqueles seres que ouvia falar em histórias de contos de fadas são na verdade, reais?
— Contando! Tio, já viu um vampiro?
— Não. Mas já vi um lobisomen.
— Pode ter sido um lobo grande. Talvez uma espécie nova, mas não um homem.
— ERA UM LOBISOMEN LIZZIE! EU SEI DO QUE EU ESTOU FALANDO!
— Não, não sabe! Quer saber, quando você parar com essa maluquisse, me avisa. — Lizzie saiu.
— Lizzie! Por favor! Lizzie!
A garota não respondeu, só deu as costas indo para a biblioteca. Chegando lá, de tanta raiva, derrubou uma estante de livros. Até que após isso, reparou em um dos livros caídos. Tinha uma foto de um vampiro e o título era "O sobrenatural." Abrindo o livro, deu de cara com uma sinopse: Sabe aqueles seres sobrenaturais (Vampiros, lobisomens, bruxas etc) que tinha nas histórias antigas que você lia na infância? E se eu dissesse que isso tudo é verdade, acreditaria? Pois é...
O autor do livro se chamava Damian Drakul. Lizzie viu algo familiar nesse sobrenome, era similar á Drácula, um dos seus personagens favoritos da ficção, ou não ficção... de qualquer forma, Lizzie começou a ler o livro.
Enquanto isso, no colégio, tinha finalmente chegado a hora do intervalo. Jacob estava sem fome, pois só conseguia pensar que agora ele poderia ser um lobisomen. Matt e Mel repararam que o garoto ficou segurando o sanduíche á minutos, sem dar uma, pequena que seja, mordida.
— Jacob, você não vai comer?
— Eu não tô com tanta fome... — Informou o garoto tremendo as mãos sem parar. Estava nervoso.
— Aí galera, não esquece! Amanhã é meu aniversário. Vai ter uma festança noturna lá na minha casa.
— Nunca vamos esquecer. — Disse Matt. — Eu sempre lembro.
— Diferente do Jacob! — Disse Mel.
— Eu vou lembrar. — Disse Jacob.
— Eu acho bom! — Afirmou Mel.
— Matt, posso falar com você, um segundo, em particular?
Jacob precisava falar que, supostamente, ele se tornara um lobisomen para alguém. Matt era a melhor opção. Na verdade, não era. Se Matt descobrir que seu melhor amigo é um lobisomen, que danos colaterais isso iria atrapalhar na amizade deles?
— Pode... — Matt disse desconfiado.
— Tá bem... — Jacob disse. Os dois então foram até a sala de química, que não tinha câmeras, e também não estava sendo ocupada.
— Beleza, fala logo. Desembuxa.
— Cara, isso vai soar muito, muito estranho! Mas precisa me escutar. Preciso que acredite em mim!
— Fala logo e para com essa enrrolação.
— Eu acho que sou um Lobisomen.
— O QUE?! — Matt estava surpreso. Não era nem fingimento. Era um choque. Já pensou, você ser melhor amigo de alguém, quando do nada essa pessoa diz que acha que é o único ser que pode te matar? Pois é, é um grande choque.
— Tá bem. Ontem a noite eu estava no campo de Lacrosse relaxando, aí eu vi um cara no meio da floresta!
— Um cara, no meio da floresta? Sabe a quantidade de interpretações que isso pode ter? São tipo, milhares!
— Tinha um homem na floresta. Não deu pra ver o rosto dele, estava muito escuro. Entendeu agora?
— Contínua a historia.
— Tá bem. Então, eu vi esse cara e parecia que ele estava me encarando à um tempo. Aí ele correu e eu fiquei curioso. Então eu segui ele.
— NO MEIO DA FLORESTA???
— É... sei que parece idiota.
— Tá parecendo aqueles idiotas de filme de terror que tem duas opções: O lado escuro e o lado claro e vão pro escuro. Daonde você tirou essa ideia?
— Eu sei lá! Foi intuição!
— Tá, mas aí o que aconteceu?
— Um lobo apareceu. Um lobo grande. Os olhos eram vermelhos. Na verdade, era metade lobo e metade homem.
Matt lembrou da bala de prata, e sobre o lobisomen que estaria à solta em Red Valley, poderia ter sido ele.
— Um lobisomen.
— É! Aí ele me atacou, me puxou pelo pé e me mordeu! Aí apareceu um cara com uma arma e atirou nele. Certeza que eram balas de prata.
— Caramba! Tem certeza?
— Sim! E pra piorar tudo, hoje eu consigo escutar coisas que não quero escutar, sentir cheiros.
— Tipo o chiclete da Mel!
— Exatamente! Além disso eu tive um pesadelo com um lobo branco. Tem que significar alguma coisa. Acredita em mim, Matt? Diz que sim, vai!
— Sim, eu acredito. — Talvez estivesse na hora de Matt contar a verdade.
— Acredita? Tá falando sério?
— Acredito, por que eu também sou um ser sobrenatural, Jacob.
— Sério?! Tipo, um lobisomen?
— Não... sou um vampiro.
Jacob deu algumas gargalhadas.
— Tá zuando né? — Jacob estava dizendo aquilo, mas no fundo acreditava em Matt, sabia que ele provavelmente falava a verdade.
— É tão difícil acreditar?!
— Na verdade, nem sei mais. Não tem como eu te provar que sou um lobisomen, já você...
— Tá bem... — Os olhos de Matt brilharam azuis, e seus dentes ficaram afiados e pontudos.
— MEU DEUS! ISSO É... — Jacob não sabia a palavra certa. — Incrível? Ruim? Não sei nem o que dizer.
— Sei que pode ser um choque.
— Por que nunca me contou sobre isso? Só agora? — Perguntou Jacob.
— Não é óbvio?! Como devo contar alguém que sou um vampiro?!
— Desse jeito que tá me contando agora. Por que não me contou antes?
— Por que até um dia, você não tava me dizendo que é um lobisomen.
— É... isso faz sentido. — Disse Jacob pensando melhor. — Mas isso quer dizer que eu vou me transformar na lua cheia, não é?! Eu acho pelo menos.
— Sim. — Matt respondeu.
— E quando é a próxima lua cheia?
— É amanhã, Jacob...
— Tá brincando né?! Amanhã vai ser o aniversário da Mel! Vai ter uma festança a noite! Não posso me transformar, cara! Não posso!
— A gente dá um jeito, beleza!
— Matt, você bebe sangue?
— Sim, Eu bebo! Mas somente de animal, eu me desacustumei a beber sangue humano quando decidi vir pra escola. — Disse Matt.
— Decidiu vir? Não era pra você ter somente 16 anos?
— Tenho 162 anos. Tenho aparência de 16 desde 1877. — Afirmou Matt. — E meu sobrenome não é Carmeron, esse foi inventado para que os vampiros que desejam o mal da minha família nunca me encontrassem, meu sobrenome verdadeiro é Matt Hanowver.
Jacob ficou de boca aberta.
— QUE MANEIRO!!!!! Aí Matt, é verdade que os vampiros são afastados por alho?? — Jacob perguntou.
— Não! Isso é ridículo!
— Ah... isso é bom por um lado.
O sinal tocou, era o fim do intervalo.
— Vamos, temos que ir.
— Eu tenho tantas perguntas...
Enquanto isso, Maya e Larry tinham acabado de colocar a fita no aparelho. Um corpo estava no chão, a polícia tirava diversas fotos, e aqueles olhos ficavam presentes no vídeo todo.
— Eram mesmo olhos... — Maya disse. No vídeo, as manchas piscavam, assim como olhos. Sem falar no ponto preto que estava nelas. Eram realmente olhos. Até que a fita acabou.
— Acabou?! Não pode ter sido só isso.
— Quer que rode de novo?
— Bota em câmera lenta.
Maya fez, e o vídeo ficou bem mais longo. Os dois ficaram vidrados, procurando um detalhe. Até que depois de alguns segundos, a tela piscou. Algo que eles não tinham reparado.
— Volta isso aí! Mais devagar! — Larry falou. Maya voltou. — Pausa agora!
Maya pausou. Algo tinha acontecido. Os olhos agora estavam bem mais visíveis. Tinha um homem, a quem os olhos pertenciam. Por alguns segundos foi possível ve-lo. Mas, tanto Maya quanto Larry, conheciam aquele homem.
— Não é o... — Maya disse.
— Matt? Pois é... mas isso é impossível!
— Não tem como! Matt tem 16 anos!
— Será que tem? — Perguntou Larry pensativo. — Vampiros não envelhecem. A maioria para de crescer na adolescência, outros depois da vida adulta. Isso na ficção pelo menos.
— Você não tá me dizendo que o Matt é um vampiro, né?!
— É exatamente o que eu estou dizendo. Não é impossivel, Maya.
Enquanto isso, os pais de Maya estavam discutindo. Baixo para que nem ela nem Larry escutassem a discussão.
— Quando vai contar pra ela, Alice?!
— Ela vai descobrir sozinha, Ethan!
— Tá me dizendo que a nossa filha vai descobrir do mundo sobrenatural, sozinha? Tá falando sério?
— Eu nem quero que ela descubra. Está mais segura sem saber dessas coisas.
— Mais segura? Um vampiro matou um casal! E a mulher era professora do colégio que nossa filha está!
— Eu sei disso Ethan! Mas é que...
— Mas é que o que? Sabia que um lobisomen Alfa está por aí? Um lobisomen Alfa, Alice! Ele é um perigo.
— Eu também sei disso! Mas é que...
— Que o quê, Alice??!
— É que eu sei que se nossa filha descobrir que estivemos mentindo pra ela todo essa tempo, ela nunca mais olharia na minha cara! Eu ainda tenho esperança que podemos reconquista-lá, Ethan. Ela é nossa filha! Não podemos simplesmente desistir assim fácil.
— Tá bem... eu entendo. Mas saiba que enquanto ela não estiver sabendo, estará correndo risco de vida.
Um tempo depois, Jordan havia contato tudo para Luna. Literalmente tudo.
— Entendeu agora? É por isso que eu preciso da sua ajuda, Luna!
— Nossa... A sua irmã morreu pelas mãos do Drácula. Ela era só um garotinha, e morreu tão nova.
— Hoje ela está adulta, mas presa na dimensão da morte. A coitada dele estar desesperada para sair. Precisa me ajudar, Luna, por favor! Você é minha última esperança! Eu sei que não deveria ter te seduzido, nem te mordido, mas eu preciso de ajuda.
Luna ficou pensativa por alguns segundos. O que ela deveria fazer?
— Tá bem... — Luna respondeu. — Mas se alguma vez na vida você me machucar outra vez...
— Não vou! Prometo!
— Tá bem. Mas eu não sei como fazer o feitiço. — Afirmou Luna.
— Depois de muito procurar, eu finalmente encontrei não só o que precisa dizer pro feitiço, mas também um manual de como fazer.
— Onde conseguiu esse livro?
— Eu posso ter apossado temporariamente dele, que é da Susan.
— Você roubou, não é?
— Se prefere nessas palavras, sim.
— Do que nós precisamos pra fazer?
— Um lugar escuro, diversas velas, uma bruxa e essas palavras em latim.
— Isso vai ser difícil, e as velas?
— Eu consigo isso. Fica tranquila.
Depois da aula, o treinador tinha combinado com o time de treinar Lacrosse no campo da escola. Jacob só não esperava que teria muitas complicações com raiva...
— Treinador Mark, eu vou jogar no próximo jogo? — Perguntou Isaac.
— Claro que vai. Você cometeu um erro. Normalmente eu deixaria o jogador três jogos no banco, mas me contaram o motivo. Acontece isso quando assediam sua garota. Fica tranquilo, Maning.
— Valeu treinador! Você é o melhor!
— Certo, então me prova. Vai pra aquele campo ali, e me dê orgulho!!
Jacob e Matt estavam chegando no campo, enquanto conversavam.
— Você acha que esse fato de eu ser lobisomen pode atrapalhar no Lacrosse? — Jacob ficou preocupado.
— Cara, geralmente os lobisomens tem problemas de raiva...
— Ah! Fala sério! Que droga!
— Vai dar tudo certo! Eu acho...
O treino estava prestes a começar.
— Beleza pessoal, vamos separar dois grupos pro treinamento. Quero que vocês se dividam em dois grupos.
Após isso, dois grupos de formaram. No grupo 1, Isaac e outros jogadores. No grupo 2, Jacob e Matt e mais alguns.
— Boa sorte. — Afirmou Isaac.
— Valeu! — Jacob agradeceu.
— 3, 2... — O treinador fazia a contagem pra começar o jogo. — 1!!! Começou!
O primeiro grupo saía com a bola. Passavam entre si rapidamente. Matt finalmente pegou a bola, mas um dos jogadores do grupo 1 o derrubou e a pegou. Depois disso correu em direção ao gol. Jacob correu para impedi-lo, mas já era tarde. Já haviam marcado um ponto, e o treinador apitou.
— Mandou bem, Argo. — Este era o nome do jogador que havia marcado o ponto. — Jacob, vai pro gol. Troca de lugar com o Stades. — Que era o goleiro do time, e estava frustado.
— Bom, pra começar, por que quero ver você se sair bem em outra área. E terminando, é porque o Stades ficou no gol durante o último jogo.
— Ah! Fala sério! — Disse Jacob.
Jacob então foi até o gol e o jogo continuou. Matt estava prestes a acertar a bola no gol adversário, quando Isaac o derrubou e roubou a bola.
— Foi mal, Matt! São as regras.
Isaac então correu para o gol, onde Jacob defendia, e atirou a bola. Algo aconteceu, na perspectiva de Jacob tudo ficara em câmera lenta. Parecia que ele tinha todo o tempo do mundo pra agarrar a bola, era bizarro, mas útil. O garoto agarrou a bola rapidamente. O treinador ficou muito surpreso.
— Mandou bem, Peterson! Andou tomando o quê? ? Energético? Primeiro foi o gol no jogo de ontem, agora agarrou a bola? Quem é você e o que diabos fez com o Peterson?
— Boa pergunta, treinador Mark.
— Tanto faz, pausa de três minutos pra beber água! — O Treinador afirmou.
Matt se aproximou de Jacob, que estava sentado perto do gol bebendo água.
— Como você conseguiu? — Perguntou.
— Cara foi bizarro! Foi como se tudo estivesse em câmera lenta e eu tivesse todo o tempo do mundo pra pegar a bola! Sabe o Flash? Ce já viu a série né?
— Na verdade sim. Barry Allen.
— Então! Foi como isso cara!
— Pode ser reflexos de lobisomen.
— Vampiros também tem isso?
— Na verdade sim. — Matt afirmou.
— Então ser lobisomen não é algo tão ruim assim. — Afirmou Jacob. — Se eu aprender a fazer jogadas épicas no Lacrosse, virar popular e ficar com várias gatas, vale a pena!
— Ah e eu posso ter esquecido de mencionar algo sobre os vampiros e os lobisomens. Algo importante...
— Não brinca! O quê exatamente?
— Existe uma lenda antiga bem confiável, que diz que a mordida de um lobisomen, mata um vampiro.
— Ah droga! Então é um risco sermos amigos? Um grande risco?
— É... mas você não iria me matar.
— Não em sã consciência! Mas e se eu perder o controle na lua cheia??!
— Aí eu me ferro de uma forma linda.
— Ah droga! E se você manter distância de mim? Aí você fica seguro.
— De forma alguma! Não vou abandonar meu melhor amigo.
— Vamos pessoal! Fim do intervalo! Voltem pro campo. — Disse o treinador.
Com o tempo, Jacob segurou todas as bolas. Foram mais de sete acertos.
— Caramba! Peterson! Nunca te vi tão bem, meu filho. — Disse o treinador.
Algumas garotas que estavam no balcão vendo o treino bateram palmas. Jacob ficou muito contente e feliz, mas Isaac estava desconfiado. Achou muito estranho Jacob segurar a bola tantas vezes, do nada. Como uma pessoa começa a ficar boa em um esporte da noite pro dia? Pois é, se tornando um lobisomen. Mas não é tão óbvio para uma pessoa que não sabe da existência de um mundo sobrenatural.
Um pouco depois do treino, Lizzie continuava a ler o livro em sua biblioteca. Seja lá quem fosse o tal autor Damian Drakun, era um cara com muito conhecimento sobre os vampiros, lobisomens, bruxas e todo o mundo sobrenatural. Todas as respostas estavam lá, em algum capítulo. Além de ter informações, tinham também lendas antigas com relatos históricos verdadeiros. Lizzie estava no capítulo quatro, que falava sobre lobisomens e os relatos históricos sobre isso.
Na parte que a garota estava lendo, havia informações sobre uma antiga criatura que aterrorizou a antiga província de Gévaudan, um departamento que ficava no centro sul do reino da França. A criatura ficou conhecida por vários nomes, Lycopardus parthenophagus, Bête du Gévaudan, sendo o principal deles: A Besta de Gévaudan. Seria uma espécie de lobo gigante, mas uma das palavras principais que eram ligadas á besta era Licantropo, ou chamada geralmente do jeito tradicional, Lobisomen.
O autor fazia diversas anotações sobre cada coisa que escrevia, era como um manual que pudesse ser útil no futuro. Lizzie poderia até chamar de diário. Até que Maya chegou ali.
— Maya, o que faz aqui?
— O seu tio me deixou entrar. Eu reparei nele machucado. É por isso que ele não deu aula hoje? O Isaac me falou.
— É, ele sofreu um acidente de carro. Por que você não foi na aula hoje?
— Eu tava ocupada com uma coisa. Aliás, é sobre isso que vim falar com você. É bem importante, Lizzie.
— Tá, desembuxa. — Disse Lizzie.
— Na verdade eu acho que você já sabe o básico. — Maya disse vendo que Lizzie estava lendo aquele livro.
— Não vai me dizer que você...
— Também sei? É, digamos que sim. Um vampiro matou a Maggie e o seu namorado, Lizzie. Um vampiro.
— A antiga professora de ciências?
— Exato. O Larry reparou em um arquivo que tinha diversas mortes registradas pela polícia como ataque de vampiro. Até a polícia sabe. Na verdade, acho que somente uma parte sabe e é isso que mais me assusta.
— Acha que tem um tipo de grupo?
— Algo assim, mas isso não é importante. O que importa é que eu e o Larry achamos uma fita de vídeo sobre a morte de uma garota chamada Laura em 1890. No vídeo, aparecem olhos.
— Olhos?! Que tipo de olhos?
— Olhos de uma pessoa. Até que botamos o vídeo em câmera lenta, e olha o que achamos. Essa é a foto impressa do momento exato do vídeo que a pessoa aparece. — Maya entregou a Lizzie, que arregalhou os olhos. Não podia acreditar no que vira, Matt...
— Isso é impossível! É o Matt! Mas isso não era de 1890?
— É de 1890! Isso é um fato.
— E como Matt está aqui? Ele não poderia estar vivo nessa época a não ser que... — Lizzie tinha finamente entendido. — Ah, merda! Não vai me dizer que meu namorado é um vampiro! Não pode ser!
— É a única opção, Lizzie.
— Não! Eu não acredito!
— Por que não pergunta pra ele?
— Na verdade... É uma ótima ideia.
Estava de noite, E Jordan e Luna estavam prestes a começar o ritual. As velas já estavam todas posicionadas, o lugar estava escuro, e Luna já havia gravado o que precisaria dizer para o feitiço. Ali finalmente iria voltar.
— E então, pronta? — Perguntou Jordan vendo Luna respirando fundo.
— Sim... — Ela disse após respirar fundo. Depois se encaminhou para o meio das velas, se sentou, fechou os olhos e relaxou. Depois de alguns segundos, começou. — Nunc monile asbanti deferre ad magicam potentem magicam utendam illam potestatem in adducendo Alisson Hanowver ad vitam!Nunc monile asbanti deferre ad magicam potentem magicam utendam illam potestatem in adducendo Alisson Hanowver ad vitam!!! Nunc monile asbanti deferre ad magicam potentem magicam utendam illam potestatem in adducendo Alisson Hanowver ad vitam!
O colar que estava à sua frente começou a tremer então. Estava funcionando, e Jordan estava vidrado no amuleto, esperando sua irmã aparecer ali finalmente.
— Nunc monile asbanti deferre ad magicam potentem magicam utendam illam potestatem in adducendo Alisson Hanowver ad vitam! NUNC MONILE ASBANTI DEFERRE AD MAGICAM POTENTEM MAGICAM UTENDAM ILLAM POTESTATE IN ADDUCIENDO ALISSON HANOWVER AD VITAM!!!!!
O colar tremeu. Uma grande onda de poder verde se formou. Porém depois de alguns segundos desapareceu. Luna finalmente abriu os olhos.
— Tá bem, cadê a minha irmã??!
— Eu não sei! Eu fiz tudo que eu devia fazer! — Luna afirmou.
— Fez alguma coisa errada então! Faz de novo Luna! — Pediu Jordan.
— Não! Isso exige muito de mim! Talvez eu não seja uma bruxa!
— FAZ DE NOVO AGORAAAA!
— Sinto muito Jordan! Eu não sou uma bruxa! Você deve ter se enganado...
— Mas uma energia roxa apareceu com magia! Tem que ter sido você!
— Sinto muito, Jordan. Eu tentei...
Matt tinha recebido uma mensagem de Lizzie, e chegou na sua casa.
— Lizzie! Oi! Eu recebi sua mensagem? Por que quis me encontrar aqui?
Lizzie estava parada o encarando com um olhar sério e preocupante.
— Não se faça de desentendido.
— Do que você... — Disse Matt.
— Você é um vampiro, não é?
Matt ficou completamente sem palavras. Como Lizzie teria descoberto?
— Não sou não... Tá doida? Vampiros são lendas, Lizzie. Enlouqueceu?
— NÃO MENTE PRA MIM!!!
Matt esperou uns segundos pra dizer algo, pensando em suas próximas palavras e no que elas poderiam significar para Lizzie.
— Tá bem, me pegou. Mas como sabe?
— Larry e Maya investigaram os casos de vampiros, e encontraram um específico de 1890! Você aparecia no vídeo. Em 1890! Mas como? Eu pensei. Até que tudo se encaixou. Sabia que meu tio é um caçador de lobisomens? Ele estava caçando um quando se machucou. Aí ele me contou tudo sobre o mundo sobrenatural! Depois eu tava na minha biblioteca e achei um livro de um tal Damian Drakun, que advinha, tinha diversas provas e fatos históricos que condiziam com argumentos que não só contava no livro como uma espécie de diário, mas com tudo que Maya e meu tio me contaram!
— 1890! Droga! Foi de uma garota chamada Laura, não foi?!
— É, exatamente! Foi sim!
— Ela era uma garçonete de uma lanchonete antiga que tinha na Califórnia. Meu irmão Jordan acabou a matando. Eu me lembro que observei tudo escondido. — Até que Matt percebeu que ele tinha falado demais.
— Seu irmão Jordan? Ele também é um vampiro então! Sabe, faz sentido! No dia que ele falou comigo, ele simplesmente sumiu depois que eu disse que você tinha saído com o diário. E você conseguiu chegar até minha janela fazendo parecer fácil! Aí eu li nesse livro do tal Damian, que todo vampiro desenvolve um poder, mas todo vampiro herda habilidades comums entre eles, como força aumentada, audição aumentada, e advinha, super velocidade.
— Lizzie, não sei o que dizer...
— Qual seu super poder de vampiro, Matt? Mentir pra namorada?
— Não! Eu nunca quis mentir pra você. Meu poder é raio, tá bem? Posso invocar relâmpagos azuis.
— E o do seu irmão, Jordan?
— Controlar mentes, tá bem?
— Por que você não me disse nada?
— Como queria que eu tivesse dito? "Ah, oi Lizzie te achei muito linda, sabia que eu sou um vampiro?"
— Você bebê sangue humano??
— Não! Meu irmão bebe. Eu me acustumei com sangue de animal. Eu consigo resistir ao sangue humano.
— Foi o Jordan que matou a Maggie e o namorado dela, Matt?
— Sim, foi ele. Eles irritaram ele no bar e ele queria se vingar.
— Aí ele resolve estraçalhar eles até a morte enquanto mata a sede de sangue? Sério isso, Matt?
— Escuta! Eu tentei, tá bem? Mas o Jordan é um caso perdido.
— Caso perdido? Não diz isso como se você também não fosse! Você é uma criatura que de natureza mata pessoas pra beber o sangue delas, me poupe.
— Eu não sou assim! Não sou!
— Como você virou um vampiro? E o seu irmão? Quem transformou vocês?
— Nosso pai. Ele transformou eu, Jordan e minha falescida irmãzinha Ali em vampiros em uma noite onde estávamos presos em uma caverna.
— Pai? Achei que você não tinha família. — Lizzie afirmou.
— Minha mãe morreu no parto. Meu pai nos abandonou em 1877.
— Por que ele transformou vocês?
— Por que ele nos tranformou em vampiros imortais? Para que pudéssemos nos defender do vampiro mais poderoso da história, Conde Drácula! Um vampiro imortal que rouba o poder de outros vampiros.
— Imortais? Drácula??
— É. Existe uma antiga flor que dava a capacidade de um vampiro se tornar imortal. Mais tarde ela foi polida em uma espada vermelha e prateada. Quando a pessoa era esfaqueada com ela, só a espada poderia matar o imortal. Foi o caso do meu pai! Ele passou isso pra nós usando seu sangue.
— E sobre o Drácula? Isso é impossível! Conde Drácula é um personagem fictício! Ele foi criado pelo Bram Stoker em um livro romântico lançado em 1897 na Irlanda. Agora está me dizendo que Drácula é real?
— O que ninguém nunca contou é que Bram Stoker, o criador do livro do Conde Drácula criou o personagem baseado em uma pessoa real.
— Eu sei disso! Foi inspirado em Vlad III. Um príncipe que reinou sob a Romênia nos anos 1400. Eu amo o romance do livro, é um ótimo livro. Não pode ser verdade. Aliás, Vlad foi assassinado em 1476.
— Será que morreu? Ele era um vampiro imortal. Aliás, o sobrenome conhecido da época era Vlad Drakun, sabia? Reconhece isso?
— É o mesmo sobrenome do autor do livro... espera, ele tinha parentesco com o Vlad? Isso não faz sentido.
— Eu não sabia disso, mas Drakun é traduzido como Drácula! Ele é um vampiro maligno! Porém foi preso por uma bruxa em 1877. Preso em um lugar sombrio e cruel, tá bem? Mas na época, meu pai nos tranformou por isso!
— Você disse que sua irmã estava morta? Ali, eu acho.
— É, o Vlad assassinou ela a sangue frio usando a espada que pode matar um imortal. Meu irmão está obcecado em achar uma bruxa pra traze-la de volta a vida com um amuleto antigo. E aliás, meu sobrenome verdadeiro é Hanowver. Eu mudei para que ninguem me encontrasse aqui.
— Tá, isso é muita coisa pra mim.
— Lizzie, por favor! Me dá uma chance!
— Não posso! Tá bem? Não posso namorar um vampiro. Sinto muito Matt, eu realmente sinto muito!!
— Só uma chance! Eu imploro!
— Eu preciso de um tempo! Um bom tempo. Por favor, me deixe em paz...
𝐏𝐑𝐂𝐈𝐎𝐔_𝐒𝐓𝐈𝐋𝐄𝐒 ©
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