𝚃𝚑𝚛𝚎𝚎
❯──「۞」──❮
Gemendo de dor, olhei para o local de onde a granada tinha vindo e três seres surgiram de repente. Um deles gritou o nome de Thanos e ergueu os braços para lançar duas adagas na direção de Stephen. Usei minhas Botas para chegar rápido até ele e criei um escudo a nossa frente. As adagas o acertaram em cheio.
A Capa foi até aquela criatura desconhecida e envolveu seu rosto. Tony iniciou uma luta com um deles. Quando tudo se apaziguou, relativamente, Stark encontrava-se com a mão apontada para a criatura humanoide caída das adagas - pronto para disparar -, o outro desconhecido segurava Peter com seu braço e lhe apontava uma arma, a mulher com antenas estava presa por teias, Strange estava ao meu lado fazendo um escudo e eu apontava minhas pistolas mágicas para a criatura que segurava o Homem Aranha.
— Todo mundo fica onde está e se acalma! — o desconhecido que segurava Peter gritou e a máscara sumiu de seu rosto. Ou ele era humano ou se parecia muito com um. — Eu só vou perguntar uma vez, onde está a Gamora?
— É, faço uma perguntar melhor — falou Stark. — Quem é Gamora?
— E eu faço uma melhor — a criatura que Tony estava segurando falou. — Por que a Gamora?
Que diabos de conversa era aquela? E quem era essa Gamora?
— Me diz onde ela tá, senão eu juro que frito essa aberraçãozinha aqui! — o homem gritou, pressionando a arma na cabeça de Peter.
Fiquei ainda mais preparada para explodir a cabeça daquele cara. Se ele estava pensando que ia fazer mal ao Peter, estava muito enganado. Eu devia estar me afeiçoando ao garoto, o que era meio bizarro, porque eu, tecnicamente, tinha acabado de conhecê-lo.
— Quero ver! Se atirar no meu cara, eu atiro nele. Atira! — Tony ameaçou, e a arma em sua mão ficou mais potente.
— Atira, Quill. Eu aguento — o ser das adagas disse.
Aquele cara só podia ser maluco.
— Não! — a mulher de antenas gritou. — Ele não aguenta!
— Ela tem razão, não aguenta — Stephen concordou.
— Seu amigo sairá torrado na melhor das hipóteses — afirmei.
— Ah, é? Não quer me dizer onde ela tá? Então, tá legal — aquele homem, Quill, gritou. — Eu vou matar vocês quatro e vou arrebentar o Thanos sem mais ninguém. Começando com você! — olhou para Peter.
— Como se tivesse a capacidade e força — murmurei.
— ... Thanos? — disse Stephen. — Deixa eu te perguntar uma coisa, rapaz. A que mestre você serve?
— A que mestre eu sirvo? — Quill fez uma careta. — O que eu devo dizer, "Jesus"? — debochou.
Eu e Strange nos escaramos brevemente. Aquele tal de Quill era um humano, e não dos mais inteligentes, aparentemente.
— Você é da Terra! — afirmou, um pouco surpreso.
— Eu não sou da Terra, sou do Missouri — disse Quill.
Revirei os olhos eusei de todas as minhas forças para não dar um tapa na minha testa.
— Isso fica na Terra, inteligência. Por que a gente tá brigando? — falou Stark.
— Então, você não está com o Thanos? — perguntei.
— Com o Thanos? — com o cenho franzido, Quill olhou para mim. — Não! Eu tô aqui pra matar o Thanos, ele levou minha namorada. Quem são vocês?
— Somos os Vingadores — respondeu Peter, aarmadura em volta da cabeça sumindo para mostrá-la.
— Foi de vocês que o Thor falou pra gente — a mulher com antenas falou.
— Conhecem o Thor? — Tony perguntou.
— Aham — Quill confirmou, tirando a arma da cabeça de Peter. — Cara alto, não tão lindo, que a gente resgatou.
Tanto meu rosto quanto o do Peter demostrou confusão. Nunca conheci Thor pessoalmente, mas eu já o tinha visto. Ele era tudo, menos não atraente, eu tinha que admitir.
— Onde ele está agora? — Stephen perguntou.
— Ele falou algo sobre ir para Nidavellir conseguir um martelo novo — respondeu Quill.
Stark soltou o cara estranho das adagas e Peter foi para trás de Tony. O Homem de Ferro logo tratou de obter informações com aquela gente nova. Eu, por outro lado, segui Strange para fora da nave quando ele acenou para mim, chamando-me. Era melhor analisar o cenário em que nos encontrávamos caso ocorresse um possível confronto com Thanos, o qual eu tinha certeza que aconteceria. Todos saíram da nave também.
Não tinha nada demais naquele planeta, ele era meio amarelado e sem vida. Aquele planeta parecia estar morto.
— Tome cuidado — o Mago disse para mim. — Não estamos mais na Terra, não temos ideia do que esperar. Pode aparecer outro louco jogando uma granada na gente.
Por algum motivo, o cara estranho começou a rir exageradamente e apontar para Quill, que fechou a cara.
— Ei! — Quill resmungou e eu ri, ignorando-o.
— Eles fazem isso, acho que é um lance de mago — escutei Tony falar antes de eu me afastar com Stephen.
— Caro Strange — parei a sua frente com um olhar superior. Ele me olhou, sorrindo. — Sabemos que quem precisa tomar cuidado aqui é você, afinal... — aproximei-me ainda mais e cutuquei o seu peito. — Eu te salvei mais de uma vez hoje.
— Mia...
— Aquelas adagas teriam te acertado em cheio — zombei.
— Teria me defendido.
— Será? — sorri e olhei para o lado. — Cadê o pequeno Parker?
— Se importa com o garoto agora? — Stephen cruzou os braços.
— Ele é apenas um garoto, mas carrega as responsabilidades de um herói. Muito peso sobre os ombros dele — falei, encarando o garoto que olhava para tudo maravilhado. Sorri e apontei para Peter. — E temos que concordar que ele é muito fofo também.
— Stark vai cuidar do garoto. Nossa preocupação deve ser com a Joia do Tempo, nada mais — disse Strange, um pouco rude.
Era impressão minha ou ele estava com ciúmes? Não podia ser verdade. E se estivesse, logo de um garoto que poderia ser meu filho? Sério? Tá, eu teria que ter engravidado adolescente, mas ainda assim.
Sorri de lado para ele em compreensão e, em um ato de ousadia, dei um beijo em sua bochecha quando notei que ninguém estava nos olhando, seus braços descruzaram automaticamente.
— Sei do meu dever, Strange. Vou proteger a Joia, custe o que custar.
Stephen corou e eu fiquei surpresa e feliz ao mesmo tempo. Quem diria que eu viveria para ver o Mago Supremo corar por uma fala minha. Isso me deu esperança de que os sentimentos dele por mim fossem iguais aos que eu tinha por ele.
— Você me deu uma ideia, senhorita White — ele se sentou em uma pedra. — Uma brilhante ideia.
— Eu sou brilhante — ri. — O que você vai fazer?
— Vou usar a Joia para avançar no tempo. Quero saber os possíveis finais para esse confronto — respondeu.
Assenti e deixei que ele começasse. Strange fechou os olhos, abriu o colar com a Joia do Tempo e começou a usá-la. Fiquei parada perto dele, apenas olhando-o e esperando. Alguns minutos depois, Stephen começou a mover a cabeça muito rápido, parecia asas de um beija-flor.
— Estranho, você está bem? — Stark perguntou e andou até nós. — Mia?
Quando eu ia responder, Stephen gritou e caiu na pedra com tudo. Eu sentei ao seu lado e coloquei minha mão em suas costas.
— Respira fundo, Stephen — pedi.
— Você voltou, relaxa — disse Tony.
— O que foi isso? — Peter perguntou.
— Eu avancei no tempo — o Mago respondeu. — para ver outros futuros, e acessar os possíveis resultados desse conflito.
Olhei para todos a minha frente, eles estavam tensos, assim como eu.
— E quantos você viu? — indagou Quill, tenso.
— Quatorze milhões seiscentos e cinco finais — abri a boca em surpresa com a resposta.
— Em quantos vencemos? — Tony fez a pergunta da qual todos queriam a resposta.
Stephen parou um pouco e, naquele momento, eu soube que a resposta não seria nada agradável ou reconfortante.
— Um — ele respondeu.
Meu coração se acelerou e eu fechei os olhos por alguns segundos para refletir um pouco. Tony se levantou, passando a mão no rosto, e nos deu as costas. Todos os outros também se afastaram, inconformados e surpresos demais com a resposta. Eu não podia culpá-los, eu mesma ainda estava tentando absorver o que Stephen Strange dissera.
— Stephen... — sussurrei.
No fundo, eu estava com medo. Não queria admitir, mas estava. Se em apenas um futuro a gente ganhava, então eu tinha certeza que em todos os outros a gente morria. Porque apenas a morte seria capaz de impedir a mim e Strange de proteger a Joia.
Segurei sua mão em busca de conforto. Stephen me encarou e eu fiquei surpresa com o que vi em seu olhar: vergonha e carinho. Ele estava ruborizado novamente também, o que me fez franzir o cenho. Perguntei-me o que será que ele viu.
— Não posso revelar o que vi — disse ele, como se tivesse lido os meus pensamentos. — O futuro pode ser alterado.
— Eu sei — suspirei. — Só queria dizer que não importa o que tenha visto, não vou me dedicar menos em proteger a Joia. Eu ainda morreria por ela.
Olhei a minha volta e abracei Stephen, apoiando minha cabeça em seu peito. Ele ficou surpreso no início, mas logo retribuiu o meu abraço. Acho que eu só queria me sentir segura, mesmo que minimamente, e os braços de Stephen Strange estavam me proporcionando isso. Além disso, foi a única forma que encontrei de mostrar um pouco dos meus sentimentos para ele.
— Apesar do que eu disse, isso não diminui o meu medo — falei e ele me apertou ainda mais em seus braços.
— Estamos nessa juntos. Não importa o que aconteça, pelo que teremos de passar, faremos isso juntos — seus olhos se fixaram nos meus, fazendo meu corpo querer estremecer e meu coração disparar.
Sorri para ele, afastando-me.
— Vamos — estendi minha mão e ele a pegou sem hesitar. — Precisamos de um ótimo plano.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro