Jotaro nos olhava de cima à baixo com uma expressão incrédula, então Shizuka vai até ele e o mesmo a pega.

- Jo-Jotaro-san... - digo e então ele sai do quarto, fechando a porta quebrada com força e levando Shizuka.

- o que acabou de acontecer aqui? - Okuyasu perguntava parado ao meu lado.

- eu não faço idéia...

Depois daquilo, começamos a nos vestir e finalmente tomamos coragem para sair do quarto e falar com Jotaro, o qual estava sentado no sofá com Shizuka em seu colo.

- .... - ele ficava calado enquanto Shizuka brincava, sem nem ter noção do que estava acontecendo.

- Jotaro-san, me descu- ele me interrompia.

- Josuke, vamos esquecer isso, pelo amor de Deus - Jotaro deixava o chapéu em frente ao seu rosto, impedindo que eu e Okuyasu pudéssemos ver sua expressão - eu vim aqui saber sobre o seu casamento.

- então você já sabe... As notícias correm rápido não? - questiono impressionado.

- Joseph me mandou para perguntar quando será a data, já que você não mandou nenhum convite - Jotaro me levanta com Shizuka em seus braços - não quer convidar o velhote Josuke?

- que isso Jotaro-san! É que eu e o Okuyasu não combinamos a data ainda, eu só queria ter certeza antes fazer a lista de convidados - me explico um tanto envergonhado.

- entendo... - Jotaro cobre o rosto com o chapéu - yare yare... Vim aqui pra nada... - ele resmungava indo até a porta.

- espere um momento Jotaro-san!! - Okuyasu chamava a atenção dele, que nos olhava no mesmo momento - eu tenho uma pergunta pra fazer!

- hm? O que foi Oku? - pergunto confuso.

- Josuke, eu gostaria que você me desse um tempo sozinho com Jotaro-san - ele pedia, me fazendo franzir minhas sobrancelhas.

- ah... Tudo bem... Eu acho - saio da sala um pouco desorientado sobre aquilo.

•|Okuyasu on|•

Eu estava olhando para o cara mais experiente que eu conhecia, Jotaro era um adulto vivido e isso podia ser notado apenas no seu jeito de se portar.

Apesar de intimidador, eu poderia usar minha ignorância naquele momento para não fraquejar na voz.

- Jotaro-san... - aumento um pouco minha voz - muitas pessoas já me contaram coisas sobre casamento, uns dizem que isso é algo maravilhoso, e outros dizem que é uma porcaria.

- ... - Jotaro não responde e apenas me ouve.

- bom... Eu soube que você é casado, então achei que você pudesse me dar um conselho sobre isso - Jotaro cobre o rosto com o chapéu.

Droga... Será que eu falei algo errado?!!

Então, para o fim do meu desespero, Jotaro me olha com uma expressão estranhamento tranquila.

- eu não sou a melhor pessoa pra te dar uma lição de moral sobre isso e sim, eu já fui casado, mas não fui homem o suficiente pra mantê-lo - ele vem até mim colocando sua mão sobre meu ombro - mas eu só posso te dizer uma coisa, não entre em um casamento se você não achar que está pronto pra ele, pois está tudo bem começá-lo, mas se quiser sair dele você sempre terá que machucar ou sair machucado.

Suas palavras me marcaram como uma bala profunda, eu não poderia estar procurando por uma resposta melhor que essa.

Após isso, Jotaro apenas se retirou da casa, me deixando sozinho na sala.

- Okuyasu?! Eu posso voltar agora?! - Josuke questionava.

Dou um sorriso de lado, indo para o quarto aonde ele estava.

- hm? Cara você tá estranho, tá tudo bem? - Josuke perguntava sem entender nada.

- não é nada... Eu só queria tirar uma pequena dúvida - o topetudo continuava confuso, então eu apenas sorrio e fecho a porta do quarto.

Então... Aonde estávamos?

•|Narrador On|•

Enquanto isso, alguém chegava em Morioh de carro, ele caminhava pelas ruas, olhando para os lados.

......

Após alguns dias de preparativos, tudo parecia estar indo as mil maravilhas, Josuke pedia a ajuda de Rohan com seu figurino, e o topetudo havia se separado de Okuyasu naquele dia.

- eu quero um terno branco com uma flor rocha no peito - Josuke pedia na loja com Rohan.

- mas ternos brancos não são apenas para os noivos virgens? - Rohan dizia começando com as provocações.

- eu sou um menino puro - Josuke dizia na maior cara de pau.

- pureza de Taubaté - o mangaká zombava, um rindo um pouco.

- o que você quer dizer com isso, Rohan? - o topetudo questionava pesando a voz

- qualé Josuke, é sério isso? Você acha mesmo que eu não sei dos seus lances com o Okuyasu?

- não é como se eu dissesse pra todo mundo o que eu faço com o meu noivo entre quatro paredes, afinal, isso não é da conta de ninguém, nem da sua - ele diz cruzando os braços, se irritando.

- bom... Vocês dois nunca foram discretos sobre isso, então eu acho que não tem nem necessidade de falar - Rohan o olhava com uma expressão debochada.

Antes que eles pudessem começar a briga, o funcionário da loja chegava.

- boa tarde meus senhores! Desculpem a demora, o dia está meio corrido hoje - Josuke e Rohan viram o rosto emburrados um com o outro.

- então você é o noivo certo? Temos um terno perfeito para o senhor aqui - o homem levava os dois para dentro da loja e o mostra o terno.

Era quase do jeito que Josuke queria, porém o terno também possuía a flor roxa no local do peito.

Depois de informar para o funcionário suas preferências, o homem responde que iria ajustar o terno, então ele leva a peça para os fundos e pede para Josuke provar enquanto ele faz o pedido.

E assim foi feito, Josuke entrava no provador e trocava de roupa, enquanto Rohan ficava do lado de fora aguardando.

Ao sair, Josuke estava vestindo o terno, fazendo uma pose esperando que Rohan dissesse como ele estava.

- está... Lindo... - uma voz feminina extremamente familiar dizia.

- Rohan? Você disse algo? - o topetudo questiona olhando para ele confuso.

- não, eu não falei nada - ele mexia no celular, estando super desinteressado.

Josuke sabia que algo não estava certo, mas o mesmo continuava a se olhar no espelho, com um tanto de receio.

Então, para a surpresa de Josuke, uma mulher aparecia atrás de Rohan pelo reflexo do espelho, então Josuke olha para trás tentando encontrá-la, porém sem sucesso, conseguindo vê-la apenas pelo reflexo.

Ele passa a soar frio, reconhecendo aquela mulher que estava presente.

- Rohan... Tem alguém atrás de você... - Josuke dizia apavorado.

O mangaká olhava para trás e não via nada, então o mesmo volta a sua atenção ao topetudo, estranhando seu comportamento.

- que presepada é essa Josuke? Você é maluco é? Ou você é idiota? - ele questionava deixando o celular de lado.

- é sério Rohan!! Olha no espelho!! - quando o menor tentou mostrar a mulher no espelho, ela desapareceu.

- pare com isso, não tem graça nenhuma - ele voltava a mexer no celular - deixe de perder tempo e vá provar os ternos seu idiota.

- mas... Mas... Estava bem aqui... - Josuke não conseguia provar mais nada, sua mente estava bastante perturbada com aquilo.

Então, para a surpresa de Rohan, o topetudo resolve voltar para casa e deixar para resolver aquilo outro dia.

Ele ficava com aquele pensamento perturbado em sua cabeça, sem saber o que se passava dentro de si, talvez tudo aquilo fosse o stress, ou simplesmente a ansiedade, mas Josuke ainda tinha duas dúvidas.

Ao chegar em sua residência, ele se despediu do mangaká e entrou em casa.

Okuyasu já havia chegado e ele estava com um humor radiante, sentado no sofá da sala assistindo TV enquanto comia seu tão querido pudim.

Não demorou muito para que ele notasse a presença de seu noivo ali, então o mesmo o cumprimenta.

- Josuke! Então você voltou! - o moreno sorria, o recebendo cheio de felicidade.

- ah... Oi Oku - Josuke tentava forçar um sorriso, mas não conseguiu enganar o moreno.

Okuyasu o olhava um tanto desconfiado, então os questionamentos começam.

- hm... Vai, fala, o que aconteceu?

- não é nada! Eu só tive um dia cheio, só isso - ele abaixava um pouco a cabeça, então o menor o puxa para ficar junto a ele no sofá.

- para com isso... Tá me deixando preocupado Josuke, você sabe que pode me contar qualquer coisa não sabe? - Okuyasu dizia de uma forma suave.

- Oku... Não é nada demais... É sério - Josuke insistia na mentira, então o moreno resolve não insistir, apenas abraçando seu amado confortavelmente no sofá.

- qualquer coisa você pode me dizer viu? - ele dava o seu típico sorriso singelo e calmo.

Aquilo aquecia o coração do maior, fazendo com que seu abraço fosse retribuído.

- vocês dois são uma gracinha juntos.... - eles podiam ouvir uma voz, então ambos viram o rosto devagar para ver quem era.

Na hora, o coração de ambos quase parou.

- Tomo... Tomo... - os dois diziam em sincronia com suas vozes trêmulas - TOMOKO?!!!

O fantasma de Tomoko estava na frente do casal, sorrindo alegremente.

- então vocês lembram de mim?!?

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Olá leitores! Eu finalmente voltei a ativa e trouxe a Tomoko comigo!

Achei interessante fazê-la voltar como um fantasma assim como a Reimi, ainda estou bolando um propósito que ela precisa ter para partir, mas isso eu bolo no próximo capítulo.

Aliás, a idéia foi da @OtakuAmaika13, eu não poderia ter pensado em uma idéia tão genial como essa.

Enfim, espero que tenham gostado, até o próximo capítulo seus lindus!

Good boy ♡♡