
🔮 kᥱᥲᥒᥙ rᥱᥱ᥎ᥱ᥉.
✮ kᥱᥲᥒᥙ rᥱᥱ᥎ᥱ᥉ ᥴ᥆꧑᥆ j᥆hᥒ ᥕιᥴk.
✮ 𝗻𝘀𝗳𝘄.
✮ 𝗴𝗮𝘁𝗶𝗹𝗵𝗼𝘀: ρᥲᥣᥲ᥎rᥲ᥉ dᥱ bᥲι᥊᥆ ᥴᥲᥣᥲ̃᥆, ᥎ι᥆ᥣᥱ̂ᥒᥴιᥲ, ᥉ᥱ᥊᥆ ᥱ᥊ρᥣίᥴιt᥆, d᥆꧑ιᥒᥲᥴ̧ᥲ̃᥆ ꧑ᥲ᥉ᥴᥙᥣιᥒᥲ, ᥉ᥱ᥊᥆ ᥆rᥲᥣ (fᥱ꧑ᥲᥣᥱ rᥱᥴᥱι᥎ιᥒg).
✮ 𝗲𝘀𝘀𝗲 𝗶𝗺𝗮𝗴𝗶𝗻𝗲 𝘁𝗲𝗺 𝘀𝗽𝗼𝗶𝗹𝗲𝗿𝘀 𝗱𝗲 𝗷𝗼𝗵𝗻 𝘄𝗶𝗰𝗸 𝟰, 𝗰𝗮𝘀𝗼 𝗻𝗮̃𝗼 𝘁𝗲𝗻𝗵𝗮 𝗮𝘀𝘀𝗶𝘀𝘁𝗶𝗱𝗼, 𝗿𝗲𝗰𝗼𝗺𝗲𝗻𝗱𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗻𝗮̃𝗼 𝗹𝗲𝗶𝗮.
𝐎 𝐏𝐎𝐃𝐄𝐑 𝐂𝐎𝐑𝐑𝐎𝐌𝐏𝐄, 𝐎 𝐏𝐎𝐃𝐄𝐑 𝐀𝐁𝐒𝐎𝐋𝐔𝐓𝐎 𝐂𝐎𝐑𝐑𝐎𝐌𝐏𝐄 𝐀𝐁𝐒𝐎𝐋𝐔𝐓𝐀𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄, e o Marquês era a prova viva de que essa frase de Lord Acton era a mais pura verdade, em questão de ambição, luxúria e dominação. Se tornou o líder da cúpula, sendo a maior autoridade dentro dessa entidade, e parecia estar perdendo o controle. Após ter bombardeado o hotel continental de Nova York, seu próximo alvo era John Wick.
É verdade que Wick não era um homem fraco e muito menos um covarde, estava totalmente ciente das consequências que teria ao estar na lista negra daquele homem tão influente e poderoso. Ele ainda não tinha completado sua vingança.
Desde que soube que estava na mira dele, a vida foi uma montanha russa ainda maior. Quando ele soube, estava hospedado no hotel continental do Japão, e seu amigo de longa data, Shimazu Koji fora morto. Depois de longos caminhos e vários conflitos, ele estava em Berlim, e estava com uma corda no pescoço, rodeado de pessoas tatuadas de uma "família".
— O bom filho a casa torna, não é mesmo, Sr. Wick? — quando ele ouviu essa voz tão familiar, abriu os olhos para ver.
No momento em que te viu, reconheceu no mesmo instante. É verdade que a última vez em que havia te visto você devia ter 18 anos, e agora tinha 26. Estava um pouco mais alta, com um físico diferente, algumas tatuagens espalhadas pela pele, mas continuava linda como sempre, em um vestido amarelo com algumas pratarias como acessórios.
— S/N... você ficou ainda mais bonita.
— E você, ficou ainda mais velho.
O carrasco abaixou um pouco uma alavanca, puxando mais a corda, fazendo John perder um pouco de ar.
— Eu juro que vim conversar.
— Seria ótimo conversar com você se eu quisesse.
— Eu vim te propor um acordo.
E mais uma vez, a corda foi se apertando ao redor do pescoço do mais velho à medida que elevava seu corpo.
— Um acordo? — você riu nasal. — Meu pai morreu por sua causa, querido. E agora, o Marquês tá marcando em cima de todo mundo! Sua cabeça tá valendo milhões!
— Eu posso matar o Marquês... — ele dizia com dificuldade.
— Ah, é? Como? — você arqueou uma sobrancelha. — Que eu saiba você não é mais um de nós, e seu bilhete foi rasgado.
— Só preciso de um duelo...
Você parou para pensar por alguns instantes. Ele realmente podia exigir um duelo contra o Marquês, mas para isso ele precisava voltar a ter ligação com a cúpula novamente.
— Se você matar o homem que matou meu pai, eu deixo você ter o brasão da minha família e recupero seu bilhete.
— Me dê um nome...
— Killa Harkan.
Você fez um sinal com a mão para que o carrasco cortasse a corda, fazendo John cair no chão e recuperar o ar que faltava em seus pulmões. Um dos seus ideais te entregou uma cesta onde estavam as armas dele, e você o entregou.
— Klaus vai com você. E, me traga uma prova da morte.
Estava realmente considerando se juntar à John Wick? Um dos seus principais inimigos? Com certeza, aquilo não era uma questão de escolha, deveriam unir forças por um bem maior, já que a queda do Marquês significava a paz entre os outros integrantes da cúpula e a paz reinando entre os hotéis continentais.
[...]
Mais tarde, quando já eram por volta das duas horas da manhã, ele retornou à casa. Ele estava machucado e molhado, mas estava pelo menos inteiro. Você foi até o hall para recebê-lo e o mesmo sorriu fraco ao te ver, entregando-lhe dentes de ouro.
Ao olhar para aquilo na sua mão, conseguiu reconhecer que eram os dentes de ouro que Killa usava. Aquele sorriso perverso agora não existia mais, e você guardaria aquilo como símbolo de vitória ou amuleto da sorte.
— Obrigada, John. Isso realmente significa muito para mim.
— Não há porque me agradecer.
— Senhorita, já separei os papéis para poderem oficializar a união — Klaus veio lhe dizer.
— Tudo bem, obrigada. John, não vai querer tomar um banho primeiro?
— Eu tomo depois.
Assim seguiram um caminho até um escritório e havia uma certidão de casamento. Esse documento era de suma importância para unificar seus laços e fazer com que Wick fosse um membro de sua família. Não é como se ele tivesse esquecido Helen ou algo assim, mas aquilo era definitivamente necessário.
Klaus e um outro membro serviram de testemunhas, e assim assinaram. Agora ele era oficialmente um dos seus.
— Seu bilhete tá aqui, eu já restaurei — você mostrou à ele. — Agora venha tomar um banho e descansar.
Você o guiou por um corredor que dava acesso à sua mansão, ele era ligado à igreja.
Uma mansão moderna na se destacava por sua arquitetura inovadora e linhas geométricas. Com janelas amplas e estrategicamente posicionadas, a luz do luar inunda os espaços interiores, conferindo uma atmosfera arejada. As estruturas angulares e a mistura de materiais, como aço, vidro e concreto, proporcionam uma estética contemporânea e até futurista.
Os interiores refletem um design único, onde o minimalismo se encontra com o luxo. Móveis elegantes e funcionalidades tecnológicas são harmoniosamente incorporados, criando uma sensação de sofisticação e conforto. Os pisos são revestidos com materiais requintados, enquanto a iluminação é ajustável, permitindo diferentes cenários de luz e ambientes personalizados.
Nos arredores, há um jardim paisagístico, porém simplificado, complementa o visual moderno da mansão. Estruturas metálicas, caminhos lineares e uma variedade de vegetação de baixa manutenção criam uma paisagem esteticamente agradável e contemporânea.
— Pode entrar — o convidou a adentrar sua casa. — Sei que está acostumado a usar ternos, mas dessa vez vai ter que usar uma camisa de algodão e calça de moletom.
— Faz tempo desde que eu não fico tão confortável assim.
— Provavelmente — sabia que ele estava falando a verdade, desde a morte de Helen ele não teve um dia de paz. — Pode ir ao quarto de hóspedes, eu reservei para você, e depois me chame pra eu cuidar dos seus machucados.
— Não precisa se preocupar comigo.
— Preciso. Agora vai logo.
O moreno não quis mais te contestar e foi até o quarto, subindo pelas escadas de vidro. Ele viu as roupas reservadas em cima da cama e pegou as mesmas, indo até o banheiro, onde já havia uma toalha reservada para ele. Apesar de querer relaxar e desfrutar de um bom banho de banheira, John optou por uma ducha gelada já que estava calor.
Enquanto lavava os cabelos e sentia a espuma escorrer por sua pele e a pressão da água massagear seu corpo, o homem só conseguia pensar no quão longe tudo estava indo. Vocês mal se falavam durante todos esses anos, mas ele sempre soube de que você seria uma mulher forte e determinada quando crescesse — além de ficar ainda mais linda. Ao terminar o banho, aproveitou para poder borrifar o perfume que você deixou na pia do banheiro, era amadeirado e com algumas notas cítricas.
Já você, estava em seu quarto, e também tinha aproveitado para tomar uma boa ducha. Vestia uma camisola preta de cetim junto à um robe do mesmo tecido e da mesma cor, formando um conjunto elegante e monocromático. Havia uma caixinha de primeiros socorros sobre a cama.
A porta estava aberta e mesmo assim você ouviu duas batidas, era John, que só queria te avisar que estava entrando. Ele estava ali, com uma roupa mais simples e cabelos meio úmidos.
— Vem, senta — o chamou.
O mais velho entrou e se sentou na cama à sua frente enquanto você observava o que deveria fazer. Primeiro começou pelos do rosto, que não eram tantos, mas necessitavam de atenção. E, depois pediu para que ele retirasse a camisa para ver os das costas. Além das tatuagens que decoravam sua pele, haviam diversas marcas roxas e avermelhadas, até mesmo alguns cortes sutis.
— Meu Deus...
— Tá tão ruim assim? — ele brincou.
— Não muito. Você já deve ter passado por coisa pior — disse, aplicando o remédio em um chumaço de algodão antes de passar pelos hematomas.
— Obrigado por cuidar disso — ele suspirou. — Amanhã de manhã eu vou à Paris.
— John, olha o estado desses hematomas! Você não tem condições de continuar assim, fique aqui pelo menos uma semana para se recuperar, não vai ser totalmente, mas é um descanso.
— E o Marquês?
— Isso só vai deixar aquele idiota com mais raiva, tenho certeza que ele vai sair quebrando tudo quando não conseguir adivinhar onde você está.
— Acha mesmo que ele não vai me encontrar aqui?
— Claro que não, ele sabe que somos inimigos. Ou melhor, éramos até algumas horas atrás.
— Oferta generosa, acho que vou aceitar.
Depois daquela noite, sua relação com o homem começou a mudar. A medida que a semana seguia e os sete dias se passavam, começaram a se aproximar. Quando foi se dar conta, não eram mais inimigos, eram amigos e não demorou muito para compartilharem confidências.
Ele era muito mais gentil do que parecia, te contando alguma história para dormir quando os problemas te deixavam paranóica, te contando como era nos tempos de juventude e falando de seu falecido e amado cachorro. A única coisa sobre qual nunca haviam conversado era sobre Helen, apesar dela ser uma peça importante na vida dele, nunca haviam entrado nesse quesito.
Talvez ele tivesse medo de soar muito intrusivo ou simplesmente não querer te importunar com os problemas dele, mas era realmente isso. Mas, lá estavam vocês, juntos e como um casal, porém sem beijos e planos para o futuro. Até porque o futuro seguiria por caminhos distintos, depois que a vingança fosse concluída, iriam se divorciar.
Faltava um dia para ele viajar para Paris e pedir pelo duelo.
Estava de noite, e estava um calor relativo. Os dois estavam na sala de estar, deitados no enorme sofá — que mais parecia uma cama —, aproveitando a luz da lua que passava pelo teto de vidro.
— É amanhã... — ele suspirou.
— Passou tão rápido, não é?
— Obrigado por ter deixado eu me recuperar aqui. Você foi uma esposa muito legal — ele sorriu.
— Ah, fui? Que bom! — você riu. — Você também foi um marido muito prestativo!
Se sentou no sofá para ficar mais confortável, estava cansado de ficar deitada o tempo todo.
— Jura? — ele também se sentou. — Acha que fui um marido prestativo?
— Foi, sim. E daqui à dois dias será incrível quando você meter uma bala na testa do Marquês.
— Farei isso por você também — ele pegou sua mão e deu um beijo demorado e afetuoso no dorso.
— Obrigada, John. Eu realmente vou ser grata para sempre — fez o mesmo com o dorso da mão dele.
Os olhos castanhos de Wick estavam fixos aos seus. Ele não estava te olhando com indiferença ou com aquele olhar cansado da vida, que era como o padrão. Estava te olhando de um jeito que refletia ternura, admiração e até mesmo desejo. Tomada pelo calor e pela emoção, acabou tomando os lábios do mais velho para si, sentindo o calor em sua língua.
O beijo, apesar de não ser bruto, era afoito, deixando bem claro que ele estava necessitando disso tanto quanto você. As mãos do mais velho foram até seu corpo, se aventurando por suas curvas e deslizando suavemente pelo tecido de seu babydoll azul de seda. A essa altura você se questionava se o calor era por conta do clima ou por causa do tesão que fervia por cada célula de seu ser agora.
John então te deitou no sofá novamente e ficou por cima, distribuindo o peso entre os cotovelos e descendo os beijos por seu maxilar e seu pescoço. Os lábios macios dele com sua pele eram a mais perfeita junção. Foi descendo mais e mais, retirando sua blusa e deixando seus seios expostos antes de abocanhar.
Você gemeu involuntariamente ao sentir os dentes dele em sua pele sensível, puxando levemente de um jeito que não te deixasse marcada, e foi trilhando beijos por sua barriga, até chegar em seu short e deslizar por suas pernas sem dificuldade agora. Os lábios dele estavam focados demais em suas coxas.
— J-John, eu não sei se nós... — tentou balbuciar entre gemidos. Estava pensando em como seria terrível se transasse com ele e acabasse se apaixonando.
— Por favor... por favor... — ele suplicava, distribuindo beijos molhados pelo interior de suas coxas, enquanto apertava as mesmas com vigor. — Por favor, me deixe provar você... — os lábios fizeram um estalo sutil depois de um chupão.
— E-Eu deixo...
Após receber a ansiada permissão, ele deslizou os dedos pelas laterais da peça íntima que separava vocês dois, retirando de seu corpo num piscar de olhos. Agora estava nua, completamente exposta para ele, e aqueles olhos famintos te devoravam somente ao observar o quão molhada estava sua buceta, praticamente pingando por conta daqueles toques. Antes de fazer qualquer coisa, o mais velho retirou a blusa e jogou para qualquer outro canto da sala.
Depois retornou a atenção completamente à você, enfiando o rosto entre suas pernas mais uma vez. Só que agora do jeito mais certeiro possível, deslizando a língua para seu interior numa ânsia sem igual, querendo sentir seu gosto se espalhando pela boca dele. O jeito intenso te pegou de surpresa, fazendo com que suas mãos involuntariamente fossem até aqueles cabelos sedosos e apertassem com força.
Você até mesmo os soltou porque não sabia se era apropriado.
— Pode puxar, eu gosto — aquele olhar repleto pela luxúria encontrou o seu, tão vulnerável.
Ele te abocanhou novamente, fazendo você sentir melhor os lábios macios e a língua quente delgada, brincando em seu interior enquanto ele mantinha os olhos fechados e você apertava os cabelos dele.
— Porra, isso! — gemeu alto, sentindo todo o prazer se concentrar naquela área específica.
O nariz dele era sutilmente esfregado contra seu clitóris, que era um ponto muito sensível e estava mais exposto, já que aquelas mãos fortes seguravam suas coxas, mantendo suas pernas abertas. Involuntariamente ergueu seus quadris, fazendo um pouco de pressão contra o rosto do mais velho que estava num estado de puro êxtase, não parando de te chupar em nenhum instante. Do contrário, parecia que a cada segundo que se passava, ele estava ainda mais sedento.
Seu orgasmo estava se aproximando cada vez mais, estava tendo alguns espasmos.
— P-Por favor, não para, John! — revirava seus olhos e mordia o lábio inferior.
Ciente disso, Wick agarrou suas coxas com mais força e fez você cruzar suas pernas ao redor da cabeça dele, para que assim ele não parasse em nenhuma hipótese. E continuou, os sons eróticos de sucção ecoavam pela sala junto à seus gemidos necessitados.
Em questão de um minuto havia atingido seu ápice, gozando na boca dele e sentindo suas pernas tremerem ao liberar aquela mistura de sensações. Estava ofegante e ainda sem acreditar no que estava acontecendo. Realmente tinha permitido que John te proporcionasse um orgasmo?
Ele depositou um último beijo em seu sexo encharcado antes de se levantar e retirar a calça de moletom cinza. Você já tinha notado a forma como a ereção era delineada pelo tecido macio, e ficou ainda mais excitada quando ele abaixou a vestimenta junto com a cueca, revelando a ereção nada modesta.
Que John Wick era um grande homem, você sabia, e estava ainda mais óbvio agora que via cada centímetro do pau dele. Totalmente melado pelo pré-gozo, com a glande rosada e pulsando de tanto tesão. Nem pensou duas vezes ao usar as forças restantes em suas pernas para ficar de quatro e apoiar as palmas de suas mãos no sofá.
Sentiu o peso dele no estofado bem atrás de você, enquanto o mesmo se posicionava no meio de suas pernas e te penetrava devagar, fazendo-a sentir cada centímetro.
— Você é tão linda... — a voz dele já dava tesão por si só, mas quando ele estava dizendo algo entre gemidos ficava ainda melhor.
Sentia as mãos dele deslizarem por sua bunda e irem até sua cintura, apertando com vigor antes de mover os quadris pela primeira vez, esticando seu interior deliciosamente. Não pôde conter de morder seu lábio inferior novamente, sentindo-se nas nuvens por estar nas mãos daquele homem.
Fazia um bom tempo que John não transava. Não pelo fato de faltarem mulheres à disposição dele, e sim porque ele estava triste demais lamentando a perda de Helen para fazer algo tão íntimo assim com alguém. A única coisa que ele realmente se importava era a vingança.
E, agora, estava fodendo no sofá com a mulher que era sua rival até a semana passada. O universo realmente dá voltas impressionantes, não?
Você estava totalmente entregue ao mais velho, sentindo os quadris dele irem de encontro à sua bunda, fazendo o som de seus corpos ecoar pelo cômodo junto aos gemidos misturados com suas respirações ofegantes. Não se importava com que aconteceria depois disso, só queria mais e mais.
John pegou seu cabelo com uma mão, num tipo de rabo de cavalo improvisado.
— Essa buceta é tão gostosa... — ele gemeu rouco. — Puta merda, meu amor. Você realmente é uma perdição, sabia?
Você certamente seria a perdição dele daqui para frente. Apesar daquela situação ter sido totalmente de repente, estavam felizes o suficiente. Por conta do orgasmo recente, você estava sensível o suficiente a ponto de sentir seu ápice próximo mais uma vez. Ele já estava ciente disso, afinal de contas era um homem experiente e imediatamente mudou a posição.
Agora você estava deitada no sofá, com suas costas em contato com o estofado macio e ele pegou suas pernas. Uma foi jogada pelo ombro dele e a outra estava ao redor do quadril.
— Quero que goze olhando nos meus olhos, está bem? — ele pediu de um jeito tão cafajeste, olhando em seus olhos enquanto depositava um beijo em seu tornozelo, que seria impossível negar.
Negou com a cabeça, olhando aqueles olhos de tonalidade chocolate belga, estando entregue como nunca. Ele a tinha na palma da mão agora, e estava empurrando os quadris com força contra os seus, sentindo seu interior se contrair contra o membro dele à medida que seu orgasmo crescia.
Aproveitou para poder observar como seus seios se moviam a cada movimento bruto dos quadris.
— Hm, isso! Isso! — implorava pelo alívio, e ele não poupava esforços para te satisfazer.
Eram tantos estímulos e tanta adrenalina que não se conteve e gozou no pau dele. Seu corpo tremeu um pouco, assim como seus quadris enquanto sentia se desmanchar. E, não demorou muito para seu marido fazer o mesmo — com seu consentimento, claro.
Agora estavam suados, deitados lado a lado e olhando para a lua sem dizer uma palavra. Essa foda foi necessária? Completamente.
Deveriam falar sobre isso? Melhor não.
[...]
O pôr do sol em Paris era um espetáculo à parte, que dispensava qualquer explicação ou apresentação. Sua beleza vívida falava por si só, e era ainda melhor quando se estava num lugar com vista para a grande e monumental Torre Eiffel. Mas algo naquela vista ficava ainda mais intrigante quando você pensava na hipótese de ser a última vez a apreciar o pôr do sol na vida.
John tinha acabado de pedir o duelo ao Marquês, que decretou que Caine iria representá-lo. O homem cego por sua vez não ficou nem um pouco contente, já fora amigo de John num passado não tão distante assim, mas estava nessa porque não tinha escolhas se quisesse proteger sua filha. Já que o manda-chuva havia o deixado sem saída.
O duelo seria ao amanhecer, que seria às 06:03 horas. E, aquela noite seria longa.
— É sério, John? Você se casou com a S/N para poder clamar pelo duelo? — Caine questionou, ajustando os óculos na face.
— Não mete a minha esposa nisso — ele suspirou.
— Só estou surpreso, jurei que vocês se odiassem.
— Pessoas mudam.
— Espero que saiba que não quero te matar.
— Sei que não tem escolha. Te vejo amanhã.
Wick se levantou da cadeira e saiu do espaço, indo para outra parte de Paris. À medida que a noite preenchia o céu em tons escuros, ele se preparava para o evento mais importante e mortal de sua vida, seguindo entre ruas pouco movimentadas e becos mais escuros, conseguiu uma passagem para um trajeto subterrâneo da cidade, que tinha até mesmo um rio.
Lá ele encontrou Bowery e Winston. Esses dois seriam de grande ajuda.
Enquanto trocava de roupa, colocando um novo terno à prova de balas, feito sob medida, uma música aleatória tocava em alguma estação famosa da rádio e ele se olhava no espelho. Pensava em tudo o que já aconteceu até agora e o que iria acontecer daqui para frente.
De repente, foi surpreendido pela sua presença. Ele não esperava te ver ali hoje, pensou que estaria na Alemanha à essa hora, descansando em seus lençóis de algodão egípcio.
— Meu Deus, você aqui!?
— Achou que eu ia te deixar sozinho nessa? — você se aproximou, exibindo seu longo vestido preto com gola alta, aberturas nas laterais e um tecido translúcido preto que cobria os braços. Além de estar calçando coturnos que iam até um pouco abaixo de seus joelhos. — Sua cabeça tá valendo milhões, o Marquês vai fazer de tudo para você não chegar vivo ao duelo.
Nessa hora, a locutora da estação fez um anúncio no rádio:
— Boa noite, queridos ouvintes! Esse recado é a pedido de um grande amigo da nossa estação que hoje veio avisar que o Sr. Wick está se aventurando pelas ruas da nossa cidade. Então quem quiser a cabeça desse homem de preto, saiba que a recompensa é bem alta. Boa caçada.
John nem mesmo conseguia ficar surpreso com a podridão do Marquês, já tinha entendido que ele não jogava limpo em hipótese alguma.
— É, a noite vai ser longa — ele suspirou.
— Com licença, não queria atrapalhar, mas trouxe as armas de vocês — Bowery abriu uma maleta preta onde tinham duas pistolas únicas e alguns cartuchos.
— Muito obrigada.
— Por nada, Sra. Wick.
— Agora, se não se importam, é melhor irmos! — Winston os avisou, indo até um barco que estava no rio logo ao lado.
— Nos deixe o mais próximo da igreja que conseguir — John pediu, entrando no barco e lhe oferecendo a mão para que pudesse entrar também.
O barco seguia seu trajeto até o seu limite de onde seria a próxima saída para a rua — o mais próximo possível da igreja. Mas era óbvio que você e John teriam que enfrentar muitos desafios pelas ruas naquela noite. Olhava para as águas nebulosas pensando se sobreviveria naquela noite, e ele entendeu que você estava pensativa, imediatamente pegando sua mão e deixando um beijo delicado no dorso.
— Obrigado por estar aqui hoje.
— De nada, marido.
— Então, John, já pensou no que vai querer na sua lápide? — Winston falou. — Nada pessoal, só tô perguntando.
— Acho que nunca pensei nisso.
— E você, S/N? — Bowery perguntou, enquanto pilotava.
— Também nunca pensei nisso, mas sei que vão ter uma ideia interessante.
— "A fodona" — John citou. — Acho que seria como uma luva para você.
— Chegamos! — Bowery avisou e encostou o mais próximo para que vocês descessem.
Na hora em que desceram, você se virou para eles e disse:
— "Marido amoroso". Ponham isso na lápide do John.
Seu marido nada disse, mas o silêncio dele foi o suficiente para te deixar ciente de que ele compactuava com esse título tão ilustre. E, assim, subiram algumas escadas até passarem por algumas grades e irem até a rua. Na rádio a locutora anunciou:
— Atualizações, ouvintes. Nossos informantes acabaram de anunciar que o nosso homem de preto não está sozinho, ele está com sua novíssima esposa! Então, hoje teremos uma caçada dupla com o dobro da recompensa! Avistamos ele perto do restaurante da Rue des Fleurs! E essa é oficialmente para o Sr. e Sra. Wick!
Na estação, começou a tocar a música White Wedding Pt. 1 do cantor Billy Idol. É, a loucura estava prestes a começar.
[...]
Depois de trocas de tiros, atropelamentos, esfaqueamentos, levarem mais de cinquenta homens a óbito e causarem caos em metade de Paris, chegaram vivos à escadaria que dava acesso à igreja. Aqueles degraus eram imensos e pareciam ser infinitos, e ficaria ainda pior quando mais inimigos louquissímos por 60 milhões de dólares — 40 pela cabeça do John e 20 pela sua —, dessem as caras.
— Agora, John, você precisa ir e subir aquelas escadas, porque já são dez pras seis da manhã, o sol vai nascer em alguns minutos — você trocou o cartucho da pistola.
— Não vou te deixar!
— Pode deixar, senão todo mundo morre! Eu cubro sua retaguarda.
— Eu te prometo que quando isso tudo acabar, vou te levar pra jantar.
— Eu realmente tô merecendo — brincou.
Ele sorriu mais uma vez, antes de correr até a escadaria. Lá ele encontrou um dos maiores desafios da vida, eram diversos homens armados e alguns capangas do Marquês. O sol já iria nascer e ele tinha sido empurrado escada abaixo, caindo nos primeiros degraus.
Era isso? Aquilo seria o fim?
Apesar de lutar, tudo aquilo teria sido em vão? De repente, Caine apareceu. Porque John não tinha como se atrasar para o duelo se os dois chegassem juntos. No fim das contas, o asiático tinha sim um apreço pelo moreno.
— A que horas o sol nasce? — ele questionou, passando o bastão pelo chão para se localizar.
— Daqui há uns quatro, talvez três minutos.
— Eu preciso que suba essas escadas, John. Nós precisamos chegar lá em cima juntos.
Você foi correndo até às escadas, vendo aquela cena e vendo John desolado, criando forças para se levantar do chão.
— Meu Deus! Você está bem? — o ajudou a se levantar.
— Tô, meu bem. Eu tô sim.
— Trouxe sua amiga? — o asiático perguntou ao moreno.
— Minha esposa.
— Sra. Wick, acha que pode nos ajudar?
— Com certeza — você trocou o cartucho da pistola pela décima, vigésima, talvez trigésima vez naquela noite.
E assim, depois de mais uma troca de tiros intensa, dentre tantas naquela bela noite parisiense, subiram as escadas. Agora os dois estavam ali, prontos para duelar. Caine representando o Marquês — por pura falta de opção —, e John Wick representando a si mesmo e Winston, que se encontrava sentado à mesa.
Você foi até um dos bancos se sentar, estava exausta depois daquela noite e com alguns cortes no corpo, felizmente só tinha levado um tiro no ombro, mas isso era totalmente capaz de aguentar. Sabia que Caine não era uma má pessoa, não queria que ele morresse, e por outro lado, estava na torcida pela vitória de seu marido.
[...]
O duelo se encerrou. Nem John e nem Caine morreram, quem levou um belíssimo tiro na testa — como em seus sonhos —, foi o Marquês. A ganância dele falou mais alto e ele quis impor o famoso golpe de misericórdia, pegando a pistola da mão do asiático, mas John ainda tinha um tiro sobrando e o depositou num lugar primordial no corpo do jovem.
Agora que ele havia morrido, as dívidas de Wick com a cúpula foram quitadas, e o hotel continental de Nova York seria reconstruído. Caine foi se sentar em um banco, estava cansado e feliz ao saber que agora sua filha estaria em segurança.
— Winston... — John chamou o amigo.
— Sim?
— Pode me levar para casa?
— É claro.
Wick foi observar o nascer do sol com seu brilho dourado junto ao tom alaranjado que marcava o amanhecer de um novo dia, e também o final de um capítulo importante da vida dele. As árvores dançavam com a brisa sutil das primeiras horas da manhã, e ele gostava da sensação em sua pele. Essa foi a primeira vez em muito tempo que ele sentiu o ar adentrar seus pulmões de forma tão tranquila, estava feliz por respirar.
Ele desceu outras escadarias — essas davam acesso à um jardim —, e retirou o cinto que estava ao redor da cintura e jogou no chão junto aos cartuchos no bolso. Aproveitou para desfazer a gravata que estava ao redor do pescoço. O homem se sentou num patamar e continuou a observar a paisagem, sentindo sua mente ficar embaralhada e a visão turva.
Como ele só estava com a camisa social branca, as manchas de sangue estavam visíveis. Tinha sido baleado no ombro, no braço e no estômago.
— John! John! Querido! — correu até o mesmo, sentando ao lado dele e o puxando para seus braços.
— Oi, esposa — ele sorriu fraco.
— Você está sangrando muito, eu vou chamar...
Até poderia continuar falando, mas ele a interrompeu com um beijo. Nada tão intenso quanto os outros, mas ele pressionou os lábios contra os seus com ternura.
— Não precisa fazer nada, está tudo bem.
— Não está tudo bem, John. Você está morrendo... — sua voz soava trêmula e lágrimas rolavam por suas bochechas.
— E você está chorando, por que? Pensei que me odiasse.
— Eu não te odeio mais...
— Menos mal. Estou feliz que vou morrer nos braços de alguém que gosto e que se importa comigo... — ele se aconchegou em seu colo, com a cabeça próxima ao seu peito. — Só não pare de me abraçar, por favor.
[...]
John Wick finalmente poderia ter seu descanso merecido. Seu corpo estava num caixão, sete palmos abaixo da terra. Havia sido enterrado ao lado de Helen, e agora você era uma bela viúva, que estava com um vestido preto curto, uma das jaquetas de couro pretas dele e coturnos confortáveis.
Em seu túmulo realmente estava escrito "marido amoroso", porque ele realmente foi um. Tanto para ela quanto para você, apesar de ter tido a sorte de ser casada com ele por anos, enquanto você só pôde desfrutar de tê-lo como seu marido por uma semana. Estava ao lado de Winston e Bowery.
— Vocês já imaginaram que esse dia fosse chegar? — Bowery comentou.
— Não — vocês dois responderam.
— Nem eu — ele disse e deu um tapinha em seus ombros.
— Pelo menos agora, ele está descansando.
— Já lutou muito por nós — você sorriu fraco ao lembrar de tudo o que aconteceu.
— E deixou boas lembranças — Bowery acrescentou.
— Por falar em boas lembranças, Sra. Wick... — Winston disse. — Ele me pediu pra te entregar isso.
O mais velho passou uma mão por dentro do sobretudo, pegando um envelope branco com um selo vermelho. Você o pegou e agradeceu, só leria quando voltasse à Alemanha e estivesse em seus lençóis novamente.
Felizmente, conseguiu controlar sua ansiedade até lá e poderia finalmente ler. Depois de tomar um bom banho para tentar tirar todo aquele ar de tristeza, se deitou em sua cama e pegou o envelope novamente, abrindo devagar, apreciando cada momento para se deparar com uma bela carta escrita a mão, que continha os seguintes dizeres:
“Querida esposa,
As circunstâncias realmente não foram muito gentis com nós dois durante todos esses anos, e muito menos na situação em que nos encontramos agora. Mas eu estou aqui no voo para Paris e não consigo parar de pensar em como essa passagem provavelmente é só de ida para o fim da minha jornada.
Então, acho que não pude me expressar devidamente durante esse tempo em que estivemos juntos. Queria que pudéssemos voltar para aquela noite em que nos vimos depois de tantos anos e você estava radiante, com seu carrasco controlando uma corda que estava me enforcando. E, para falar a verdade, sua beleza estava tirando mais o meu ar do que aquela forca.
Adorei ser casado com você por uma semana, foi uma das melhores experiências que a vida me proporcionou em meio a tanto caos. Você foi perfeita em todos os aspectos, e está na minha mente desde então porque só consigo pensar no quão sortudo eu fui por ter me casado com uma mulher extremamente poderosa que dizia que jamais se casaria na vida. Sim, consegui burlar o sistema.
Muitíssimo obrigado por ter cuidado dos meus ferimentos, adoraria ter tido a chance de cuidar dos seus também. E, muitíssimo obrigado por ter me ajudado nesse plano tão maluco.
Você é uma das pessoas mais fodas do universo, e espero que tenha plena consciência disso. Sei que não falamos muita coisa sobre aquela noite no sofá, mas gostaria de deixar claro que minha vontade é de passar o resto da minha vida no meio das suas coxas macias e me perder ali enquanto você aperta meus cabelos.
Depois da Helen eu perdi meu lar, mas reencontrei quando assinei aquela certidão de casamento em Berlim. Seus braços me deixavam seguro e seus beijos me acalmavam mais do que um chá de camomila, pode acreditar. Mas o real motivo dessa carta é fazer uma confissão.
Eu estou completamente e brutalmente apaixonado por você.
Meu coração está pulando no peito como jamais esteve na vida, e estou surpreso com a forma como você conseguiu isso em apenas uma semana. Meus parabéns, você realmente é única e inesquecível.
Espero que viva uma vida feliz com ou sem mim, porque você merece, Sra. Wick.
Com carinho do seu amigo, confidente, conselheiro, parceiro, inimigo e acima de tudo, marido.
J.W”
"Ai mas Hades não sei o que você me deixou triste blá blá blá"
Não vou pagar sua terapia, não insista 👍🏼
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro