twenty six ᯽⊰ Winter
Mas com palavras não sei dizer...
Como é grande...
O meu amor...
Por vocês🌻
Desculpem os erros, nenhum capítulo ainda foi revisado.
Leiam as notas finais, por favor. Irei colocar algumas coisas sobre TOY em pauta e vocês são bem importantes nas decisões tomadas aqui ✨🍒
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O olhar fulminante do pai de Jungkook me fez tremer.
ㅡ Você é louco? - vociferou, encarando Taehyung. Jungkook estava com a cabeça baixa, nenhuma palavra mais havia saído de sua boca e nem da minha.
ㅡ Jimin? Você e o Jungkook...? - A mulher se encontrava também perplexa, apontou para os dois, confusa.
Jimin, ela havia mesmo acreditado que aquele era o nome do acastanhado. Pisquei algumas vezes, eu não estava com ciúme, eu sabia que não havia nada entre os dois e sequer me senti mal por aquele beijo inocente. Eu conhecia Taehyung o suficiente para saber que sua ingenuidade o fazia ter as ações distorcidas aos olhos de outras pessoas.
Era triste saber que a sua forma de enxergar e entender as situações poderia ser totalmente ignorada e vista de má forma pela sociedade. Por quê julgam um beijo desta forma se as pessoas costumam beijar em baladas e festas sem se importar e aconselham umas as outras de quê devemos aproveitar, tocar, beijar, dançar e ser feliz?! Não seria isso, hipocrisia!?
Então, por quê beijar sem se importar com o amanhã é aproveitar a vida, e beijar por um ímpeto de angústia e sentimentos imunes à maldade se torna desprezível?
Eu não julgava as pessoas que seguiam a primeira pauta, mas eu me sentia angustiada em saber que aquela era a realidade que encontrávamos, a realidade repleta de julgamentos e conceitos equivocados.
ㅡ O senhor irá aceitá-lo agora? Disse que iria aceitar o Jungkook-ssi se o visse com um homem...eu o beijei, é o suficiente, não é? - Taehyung estava apreensivo, os olhos suplicavam por compreensão, os lábios tremiam pelo nervosismo.
Engoli a seco, mas o fiz com dificuldade, pois um nó de choro vedava minha garganta. Sentei-me na cadeira, as pernas trêmulas e a vontade de desabar me tomando, fechei os olhos e suspirei.
ㅡ Tae, Por quê você é tão bom? - me questionei em um murmúrio quase inaudível.
Eu me sentia tão sortuda por tê-lo, eu estava cada vez mais apaixonada por sua personalidade, cada vez mais certa de que não havia mais ninguém no mundo que tivesse sua bondade e imprevisão.
ㅡ eu-
O homem tentou falar, mas também paralisou. O fitei e vi o quanto estava confuso e talvez estivesse também tentando processar o que havia acabado de acontecer naquela sala de jantar.
ㅡ Taehy...Jimin, o papai n-ão quis dizer isso. - Jungkook sussurrou, as bochechas ainda coradas.
ㅡ Como assim? - Tae franziu o cenho. ㅡ Eu não entendo...
ㅡ Jantar encerrado! - Seu pai anunciou se levantando e saindo da sala em passos firmes.
Jungkook suspirou e passou as mãos pelos cabelos róseos.
ㅡ Ele está muito bravo, isso não acabou por aqui. Tenho certeza. - falou, exasperado.
ㅡ Fique tranquilo, meu bem. Irei conversar com seu pai, tudo bem? - Sra. Kang-He tratou de o consolar com um sorriso amável. ㅡ Seu pai é rude, mas tem um bom coração...
ㅡ ele tinha um bom coração. - Jungkook a corrigiu, com mágoa.
ㅡ Ainda tem! - reforçou. ㅡ Ele só está preso pela tradicionalidade, as pessoas não gostam de mudanças às vezes, meu amor. E é difícil para elas aceitar que estamos em uma era que está valorizando o amor acima das diferenças e dos preconceitos.
ㅡ E se ele não me aceitar nunca, omma? - Kookie perguntou choroso.
ㅡ Ele irá te aceitar, meu amor. E sabe por quê? - ela se levantou e se aproximou de Jungkook, beijou a bochecha marcada e sorriu. ㅡ Porque você é o nosso tesouro mais precioso, e não digo que ele deve te aceitar apenas por ser nosso filho, eu quero dizer que ele deve te aceitar por você merecer todo o amor e compreensão existentes nesse mundo paralelo, está me entendendo?
Jeon assentiu, os olhos se enchendo de lágrimas, funguei e foi quando percebi que eu também estava chorando. Tae apoiou o queixo em meu ombro e entrelaçou nossos dedos por baixo da mesa, como uma maneira de amenizar minhas emoções.
ㅡ Eu sei que eu já sou um homem, mas eu sou muito sentimental, mãe. As palavras duras me machucam muito. - Jungkook estava agora agarrado a cintura de sua mãe.
ㅡ Nunca diga que deve ser forte apenas por não ser mais uma criança ou adolescente, meu bem. - acariciou os cabelos do filho. ㅡ Palavras doem mesmo que você tenha mil anos de vida, porque elas são carregadas de energias dolorosas, mas tente não deixar com quê essas dores cheguem aqui! - colocou a mão livre no lado esquerdo de seu peito. ㅡ transforme-as em lágrimas e desabafos, mas nunca permita que elas residem em seu coração, meu filho.
ㅡ O-obrigado, mamãe! - Jungkook então desabou em lágrimas, mas eu sentia que ele se estava aliviado pelas palavras carinhosas de sua mãe.
Depois de um tempo, decidimos ir para a sala-de-estar, onde conversamos e tomamos refrigerante com sanduíches feitos pela senhora Kang. O filme escolhido foi Titanic.
ㅡ Que barco grande! - Tae estava com os olhos fixos na tela, os lábios entreabertos demonstrando sua total concentração.
ㅡ Que filme chato! - Jungkook resmungou.
ㅡ Que filme bom! - Senhora Kang comentou contrariando o filho.
ㅡ Tem mais sanduiche? - perguntei, pouco interessada no filme.
Quando estava na metade do filme, Jungkook se sentou no chão e Taehyung e eu fizemos o mesmo. Tae fez questão de ficar bem proximo à mim e repousar a mão sobre minha coxa, sem presunção alguma.
Virei o rosto um pouco e vi os olhos da mãe de Jeon, presos na mão de Taehyung sobre minha coxa. Me remexi desconfortável e encaminhei minha própria mão até a do meu namorado, afastei sua palma cuidadosamente e senti seu olhar fitando minha face.
ㅡ Por quê? - sussurrou juntando as mãos. O encarei e vi a apreensão nos olhos brilhantes. ㅡ Eu não estou sendo um pervertido se é isso o que está pensando, eu só queria tocar você um pouquinho, Lou.
ㅡ A mãe de Jungkook... - sussurrei de volta e ele demorou alguns segundos até sorrir nervoso e piscar de maneira cumplices.
ㅡ Entendi, neném.
ㅡ Dá para falarem um pouco mais baixo? - Jungkook falou sem desviar o olhar da tela grande. ㅡ Eu estou escutando tudo e provavelmente minha mãe também.
Engoli a seco.
ㅡ Vocês não responderam minha pergunta....estão namorando? Os dois. - sua mãe apontou para Jungkook e Taehyung, parecia curiosa.
ㅡ Não. Jungkook-ssi e eu somos amigos, mas não coloridos. - Tae contou. ㅡ e já tenho um compromisso com outro alguém, já tenho minha borboletinha...
Tae fez um bico, tentando fazer uma feição séria e tentei esconder um sorriso.
ㅡ Jimin e eu somos amigos, mãe. Eu me interessar por homens não quer dizer que irei cair de amores pelo caramelo, entendeu, uh? - Jungkook disse após ter tomado um gole generoso de seu refrigerante.
ㅡ Aish, me respeite, seu moleque! - a mulher lhe dá um tapinha na cabeça fazendo o mesmo reclamar horrores.
ㅡ Eu não fiz nada.
ㅡ A maneira que falou. Eu já disse que pode ser sarcástico com todo mundo que quiser, menos com sua mãe. Estou sendo clara, Jeon Jungkook?
ㅡ Está, mãe. Me desculpe por ser sarcástico contigo. - Jeon repetiu de forma robótica.
ㅡ Ótimo. É muito bom mesmo...
Eu já estava quase explodindo de tanto segurar as risadas, já Taehyung não se preocupou, riu de tudo ao meu lado.
ㅡ E você, Jimin? - Kang o chamou fazendo o acastanhado a encarar. ㅡ Tem uma borboletinha? - sorriu maliciosa e travei. ㅡ Posso saber quem é, ein?
ㅡ Eu não sei se posso lhe dizer. É segredo. - Tae sussurrou suficientemente audível.
ㅡ Segredo?
ㅡ Sim.
ㅡ Mas por quê? Eu não contaria para ninguém. - a mulher insistiu e me encarou esboçando um sorriso indescritível.
ㅡ Mãe, para de ser evasiva! Mas que porra! - Jeon comentou e a mulher lhe lançou um olhar fulminante fazendo o de cabelo róseo sorrir nervoso e se levantar abruptamente.
ㅡ Vou pegar mais refrigerante! - quase correu até a cozinha e segurei o riso quando vi que ainda havia refrigerante o suficiente em cima da mesinha de centro.
ㅡ Esse garoto! - Sra. Kang suspirou, resignada.
ㅡ O Jungkook-ssi é muito problemático, mas tem um coraçãozinho do tamanho do universo! - Taehyung sorriu espremendo os próprios olhos. Por vez, suspirei encantada.
ㅡ Sim, ele tem mesmo. - a mais velha sorriu minimante.
ㅡ A senhora também tem um coração maravilhoso, mãe do Jungkook! - Tae levantou-se e se sentou ao seu lado no sofá. ㅡ Posso lhe abraçar por ter dito aquelas coisas bonitas para ele hoje?
Ela sorriu emocionada e assentiu, recebendo um abraço carinhoso do garoto. Apoei meu rosto no estofado e observei a linda cena em silêncio.
ㅡ Mesmo que seu plano não tenha dado certo... Foi um gesto belo que fez para o Jeon naquele jantar, Jimin.
ㅡ Meu nome não é Jimin, senhora Kang! - Tae sussurrou se afastando um pouco.
Arregalei os olhos minimante e fiquei apreensiva. Mas se ele não se sentia bem ser chamado daquela forma, eu não iria ser a pessoa que o obrigaria a aceitar tal nome. Então me acalmei e sorri pequeno.
ㅡ E qual é seu nome? - questionou, franzindo as sobrancelhas em curiosidade.
ㅡ Me chamam de Toy, mas meu nome verdadeiro é Kim Taehyung! - falou seu nome baixinho, confidenciando seu segredo para a mulher.
ㅡ Kim Taehyung? Ôh, que nome bonito! - ela esboça um sorriso maravilhoso e Tae deixa um risinho escapar.
ㅡ Aigoo. Meu nome é bonitinho? - ele uniu as mãos e balançou o corpo de um lado para o outro.
ㅡ Sim, muito bonito. E você é muito fofo, sabia? - apertou suas bochechas, incapaz de resistir ao duçor do acastanhado.
ㅡ Dá espaço! - Jungkook havia surgido do além e agora encarava Taehyung de maneira ameaçadora. ㅡ Ela é minha mãe.
ㅡ Pare de ser implicante, coelho dramático! - falei sem censuras e Jungkook colocou a garrafa de refrigerante junto com as outras sobre a mesinha.
ㅡ Esse garoto é muito fofo mesmo, mas ninguém é mais fofo do que eu.
ㅡ Pare de ser chato, bolinho. - provoquei e ele sorriu revelando os dentinhos frontais adoráveis.
ㅡ Eu já disse que não gosto quando me chama assim, Lourence. - tenta tirar o próprio sorriso, porém não o consegue.
ㅡ Percebe-se! - provoco ainda mais.
ㅡ Nha, pare agora com isso, Kate Lourence! - ruminou fingindo um pouco mais de firmeza, acabei rindo ainda mais.
Algum tempo se passou e encarei a tela do meu celular, era tarde e eu precisava voltar para a solidão de minha casa. Suspirei e levantei-me atraindo a atenção de todos, faltava pouco para o final do filme, mas eu realmente precisava ir.
ㅡ Eu tenho que ir. - anunciei, contragosto. ㅡ Amanhã tenho aulas.
ㅡ Pode faltar amanhã. - Jeon propôs. ㅡ Fica aqui mesmo, pode dormir no quarto com minha mãe. O papai irá viajar mais tarde para Nova York.
ㅡ Não poderei faltar as aulas. Já estamos nas revisões para as provas finais e preciso muito estudar para não repetir o ano.
ㅡ Então tá.- deu de ombros ㅡ Vou te levar.
ㅡ Obrigado, Jungkookie.
ㅡ Acho que irei subir, estou cansada e necessito de uma boa noite de sono. - a mãe de Jeon anunciou já ficando de pé. ㅡ Tenham uma boa noite! Kate, obrigado por ter vindo, querida! - se aproximou e me deu um abraço apertado.
ㅡ Eu que agradeço por tudo, Sra. Kang! - falei ao nos afastarmos.
ㅡ De nada, querida.
Logo após seu sumiço na escada, Taehyung se aproximou de mim e mordeu os próprios lábios demoradamente, o olhar fugindo do meu em todo o momento.
ㅡ Lou? Quando irei te ver novamente? - seu corpo estava frente a frente ao meu, poucos centímetros nos separavam.
ㅡ Eu não sei, Tae. - suspirei.
ㅡ Não tô muito afim de ser vela hoje não, então daqui a cinco minutos eu volto! - Jeon disse com uma voz debochada e saiu até a cozinha, nos deixando completamente à sós na sala ampla.
ㅡ Eu quero te contar o segredo que te informei naquela ligação, meu amor! - Tae envolveu minha cintura com os braços, com efeito unindo ainda mais nossos corpos.
ㅡ Que segredo, meu anjo? - espalmei seu peitoral e tentei me concentrar em algo que não fosse o calor de sua pele me atingindo de forma enlouquecedora.
ㅡ Eu irei começar a trabalhar. - sorriu e fiquei séria por alguns instantes.
ㅡ Sério?
ㅡ Sim. Jungkook conseguiu um estágio para mim em uma loja de pelúcias pertinho daqui. Eu que pedi, porque já que sou humano como você e Jungkook-ssi dizem, acho que não é errado trabalhar...
ㅡ Loja de pelúcias? - deixei um sorriso escapar, incapaz de me sentir temerosa.
ㅡ Sim. Tem tantos ursinhos lá, eu me apaixonei. Jungkook disse que eu deveria trabalhar em uma empresa chique no centro, mas eu não quero. Eu quero um trabalho que eu me sinta bem. É o certo não é, meu neném? - contou, todo contente.
ㅡ Eu acho maravilhoso você conseguir sua independência, anjo. Mas tenho medo de Alice descobrir e ir te buscar...
ㅡ Irei tomar cuidado para que Alice não descubra, então não fique nervosa, tá? - depositou um beijo suave em minha testa.
ㅡ Promete que se ela te encontrar, você tentará fugir ?! - pedi em um suspiro agora temeroso.
ㅡ Eu prometo.
ㅡ Tudo bem.
ㅡ Suas aulas estão mesmo acabando? - falou enquanto trazia os lábios mornos para meu pescoço, selou a área castamente, porém arrepiei surpresa.
ㅡ es-estão.
ㅡ Vamos passar suas férias... juntinhos? - afundou os dedos em minha cintura e tremi por inteira.
ㅡ Não sei se será po-ssível, Tae.
ㅡ Por quê não poderemos ficar juntinhos? - afastou o rosto apenas para me encarar, confuso.
ㅡ Meu pai quer que eu vá para a casa dos meus avós.
ㅡ Quanto tempo será? - sondou em um muxuxo.
ㅡ Dois meses. - respondi baixinho e o vi piscar várias vezes antes de abaixar o rosto.
ㅡ É tanto tempo, Lou.
ㅡ Realmente. Mas eu irei voltar para você, tudo bem? - segurei seu rosto e o fiz me encarar. As lágrimas já tomavam seus olhos.
ㅡ Eu estou com medo. - murmurou um tanto choroso.
ㅡ Medo? Do quê, anjo?
ㅡ De você esquecer de mim. De você acabar desistindo do nosso amor com o passar do tempo.
ㅡ Ei, isto nunca irá acontecer! - sorri e colei nossas testas, dividiamos o mesmo ar e os mesmos sentimentos. ㅡ Lembra quando me disse que as estrelas seriam parte de nós dois? Eu irei olhar para elas todas as noites, Tae...
ㅡ Você irá ligar para mim? - uma lágrima solitária percorreu sua face e meu coração quase paralisou.
Não haveria como nos comunicar, a casa dos meus avós ficava em monstanhas distantes e não haviam maneiras de noticiar ou comunicar sobre algo para alguém. Talvez aquele fosse o maior desafio da minha vida, ter a incerteza de que Tae esteja realmente bem.
ㅡ Lá não há sinal de redes telefônicas e muito menos de internet! - resolvi ser sincera e ele arregalou os olhos minimamente.
ㅡ Quer dizer que...não poderemos conversar?
ㅡ Exato. Não poderemos nos comunicar durante todas as minhas férias. - mordi os lábios.
ㅡ O inverno está próximo também, Lou. E se você gripar ou precisar de um abraço para se aquecer do frio? - perguntou preocupado com os lábios trêmulos.
Sorri fraco contra seu rosto.
ㅡ Eu irei tomar muito chocolate quente e me aquecerei com vários cobertores...
ㅡ Lá tem borboletas? - os dedos longos tocaram minha bochecha suavemente.
ㅡ Acho que não.
ㅡ Que bom! - suspirou aliviado. ㅡ Pelo menos não precisará de minha proteção com as borboletas, meu amor.
ㅡ Eu te amo, Taehyung. - fechei os olhos, me deixando ser tragada por sua preocupação adorável.
ㅡ Eu te amo, Lou. - falou em um tom baixo e rouco.
Meu coração parecia querer explodir cada vez que o escutava dizer tais palavras. Gelo se concentrava em meu estômago e meu corpo inteiro tremia em ansiedade.
Mas o que mais me deixava desestabilizada, era o que vinha após aquelas palavras: o beijo doce e envolvente. Tae desceu as mãos até tomar-me em seus braços enquanto seus lábios reinvidicavam os meus em uma necessidade avassaladora.
Nossas línguas se encostavam por sengundos e assim tornavam tudo ainda mais delicioso. A maciez de sua boca era sempre surpreendente para o meu paladar, eu me esforçava para gravar seu gosto, me aproveitar do toque que nos deixava ainda mais próximos.
Nada podia nos separar naquele momento, exceto a falta de ar.
ㅡ Vem! - Tae segurou em minha mão e se sentou no sofá, me puxou delicadamente até que eu me sentasse sobre sua coxa direita. ㅡ Me beije, Kate Lourence. - implorou.
Arfei surpresa e me impulsionei sobre seu peito, totalmente envolvida pelo momento. Segurei sua bochecha e encostei nossas bocas, um gemido surgiu de sua garganta e o beijo se tornou afoito.
ㅡ O Jungkook! - reclamei em meio o beijo e Tae beijou meu maxilar, tremi pois sabia qual era o foco daqueles selares.
ㅡ Ele não irá nos incomodar. Sabe que precisamos ficar juntinhos nos poucos momentos que nos vemos.
ㅡ Você tem duas personalidades, não é, Sr. Kim? - sorri, mas mordi os lábios quando senti uma sugada em meu pescoço.
ㅡ Como assim? - a voz grave chicoteou a área sensível.
ㅡ Você é fofo em vários momentos...e quente em outros...
ㅡ Você não gosta?
ㅡ Ah! Eu gosto...
ㅡ Então tem que ser do jeito que minha borboletinha gosta! - afastou meus cabelos e alcançou a lateral do meu pescoço, passou a língua quente de forma sensual. Segurei um gemido vergonhoso.
ㅡ Ai, meu deus. Mas eu me surpreendo com isso, Taehyung! - confessei, ofegante e totalmente perdida nas sensações.
ㅡ Eu posso te contar mais um segredo, Kate? - sussurrou.
ㅡ Po-pode! - dei minha permissão e ele suspirou, deixando a lufada de ar quente estapear minha pele.
ㅡ É impossível ser fofo em momentos tão tensos como esses, você me entende? - arrastou os lábios até minha orelha e mordeu o lóbulo.
ㅡ Hm...entendo... - gemi.
ㅡ Eu quero fazer amor com você outra vez, Kate Lourence. Quero você por toda a minha vida, quero ser o seu garoto até o universo cair sobre nossas cabeças e as borboletas deixarem de ser belas...
Agarrei seus ombros, trêmula demais para dizer qualquer coisa. Tae me afastou um pouco, apenas o suficiente para me fitar, os olhos alagados pelo desejo e convicção.
ㅡ Taehyung? - chamei lentamente.
ㅡ Hum? - entreabriu os lábios fartos e acerejados.
ㅡ Me tenha por toda a vida, por favor... - pedi, encantada por suas palavras.
Ele ficou em silêncio por um tempo, movimentou sua mão até encontrar a minha. Levou minha palma até perto do seu rosto e beijou as pontas dos meus dedos antes de sugá-los de maneira provocante.
Entreabri meus lábios enquanto observava sua boca solvendo meus dedos, então ele me encarou profundamente, me fazendo arrepiar.
ㅡ Vem comigo! - me fez sair de seu colo com cuidado e me guiou até uma porta no lado oposto da sala.
Assim que entramos no recinto, fechou a porta com cautela e olhei atentamente o lugar. Era uma salinha onde Jungkook guardava sua coleção de aviões em miniatura e alguns quadros bonitos de uma pintora japonesa. Percebi a cama de solteiro no canto.
ㅡ Eu estou dormindo aqui. - Tae falou e assenti.
Me senti ainda mais nervosa quando me abraçou por trás e afastou meu cabelo para o lado, expondo meu pescoço.
ㅡ Eu amo te beijar aqui, Lourence... - confessou, selando a área demoradamente.
ㅡ Não podemos demorar, eu precis-
ㅡ Seremos rápidos, amor. - me interrompeu.
Movimentei minha cabeça positivamente e ele me empurrou delicadamente até sua cama. Deitei-me de barriga para cima e ele se aconchegou de lado próximo à mim. A cama era estreita, mas nos coube perfeitamente.
ㅡ Lembra que eu nunca te retribuí os toques, uh? - Sondou.
ㅡ Le-lembro.
ㅡ Eu não tenho camisinhas aqui, então irei te tocar, tudo bem? - tocou minha bochecha me fazendo o encarar.
ㅡ Tu-do bem. - permiti, a voz vergonhosamente fraca.
Taehyung estava de lado, então percorreu a mão por minha cintura até chegar em minhas coxas e a barra do meu vestido. Desceu o tecido e minhas bochechas queimaram quando repousou a palma sobre minha intimidade.
Me remexi involuntaria e desesperadamente. Não poderiamos prolongar aquele ato, ou jamais sairíamos do quarto. Então Tae invadiu minha calcinha e fez movimentos suaves e circulares em mim.
Eu já estava quente desde o beijo afoito na sala, então um gemido manhoso e baixo fugiu da garganta assim que Tae usou mais velocidade nos dedos. Ele sabia exatamente a área mais sensível e aquilo me deixou impressionada.
O toque se tornara ainda mais enlouquecedor e ergui meu quadril, ansiando por mais. Segurei ao máximo os meus gemidos, meus dedos se cravaram nos lençois macios e senti a quentura em meu rosto. Estava constrangida, mas ao mesmo tempo, extremamente excitada.
Desejando dar prazer ao garoto, toquei timidamente seu abdômen e percorri a mão até o cós de sua calça, em um ímpeto de coragem desabotoei seu jeans e busquei o volume dentro de sua cueca. Revelando sua ereção, o moldei com minha palma e Tae gemeu arrastado, sem cessar os movimentos entre minhas pernas.
Com cuidado, movimentei meu punho, dando prazer ao meu namorado, retribuindo com dedicação e carinho. Ambos agora seguravam os gemidos altos, nos calávamos com beijos desajeitados e ainda assim quentes.
Elevei o ritmo em seu pênis e o masturbei com mais rapidez e destreza. Taehyung atingiu meu ponto mais sensível me fazendo revirar os olhos involuntariamente. Meu orgasmo veio sem prévias, abrasador e magnífico, minhas pernas tremiam e meu corpo dava espasmos enquanto eu tentava controlar minha própria respiração.
Me senti satisfeita quando ele também se desmanchou em seu âmago, dizendo meu nome de forma rouca e grave em meio seu orgasmo. Estávamos esgotados, mas nada nos impediu de nos beijarmos demoradamente antes de recompor-nos e minutos depois sair do quartinho.
Jungkook estava no sofá e nos encarou assim que aparecemos em seu campo de visão.
ㅡ Ainda irei encontrar a placa que diz que minha casa é um motel. - fez uma feição debochada.
ㅡ Vamos? - o ignorei ao perceber que eu ficaria extremamente envergonhada dalí para frente se Taehyung resolvesse abrir a boca e dizer o que estávamos fazendo à minutos atrás.
ㅡ Vamos logo! - Jeon ditou, vencido.
ㅡ Até logo, Tae! - beijei sua bochecha e ele sorriu, tímido.
ㅡ Até logo, neném! - selou meus lábios rapidamente.
Então eu fui embora, mas não sem antes acenar e dizer um "eu te amo" bem baixinho para Kim Taehyung.
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Parei de frente minha janela, afastei as cortinas e franzi as sobrancelhas. Aquele cabelo azul jamais passaria despercebido.
O garoto misterioso estava com uma câmera fotográfica apontada para minha casa, e aquilo foi o suficiente para atiçar minha curiosidade. Uma fina camada de gelo já revestia as ruas, mas parecia que o frio não o incomodava.
Estava sentado em um banquinho do outro lado da rua, as roupas pretas atenuavam-se na pele alva, o cabelo azul se movimentavam à favor do vento e seu olhar percorria toda minha residência.
Guiada pela curiosidade, terminei de colocar minhas luvas e meu cachecol, alcancei minha mochila sobre a cama e saí de casa, iria para a escola, mas antes procuraria saber os motivos daquele desconhecido estar rondando minha casa. Atravessei a rua e ele focou a câmera em minha direção, depois afastou o aparelho do próprio rosto e me encarou, curioso.
ㅡ Ei, o quê faz aqui? - questionei, parando em sua frente, ergueu a cabeça para me olhar devidamente e arqueou uma sobrancelha.
ㅡ Você é irmã de Alice?
ㅡ Sim...por quê? - sondei, desconfiada.
ㅡ Por nada. - o garoto se levantou e colocou a câmera de volta na bolsa de couro escuro.
ㅡ Por quê estava tirando fotos da minha casa? Isto é invasão de privacidade. Um crime.
ㅡ São só algumas fotos para um trabalho da faculdade! - falou, dando de ombros.
Algo me dizia que era mentira o que o mesmo estava me dizendo. Cruzei os braços e semicerrei os olhos.
ㅡ Você estava procurando alguém...
ㅡ Ainda estou procurando. - suspirou, cansado.
ㅡ Por quê não informa o desaparecimento em alguma delegacia? - propus, aproveitando seu olhar distante para analisar novamente a tatuagem de cereja em sua bochecha e a borboleta na lateral do pescoço.
ㅡ Não é tão simples assim. - sorriu seco.
ㅡ Como conhece minha irmã?
Perguntei, mas ele ficou em silêncio por um tempo antes de me ignorar e dar alguns passos pela calçada.
ㅡ Diga para Alice que Min Yoongi esteve aqui, e também diga que eu não estou mais para brincadeiras! - falou me encarando por cima dos ombros antes de caminhar calmamente.
Fiquei estática e o observei desaparecer na curva ao final da rua. Encarei o chão frio por um tempo e murmurei algumas coisas comigo mesma.
ㅡ Min Yoongi, Min Yoongi....
Repeti baixinho. Aquele nome era famíliar, estava em minhas lembranças, mas eu não conseguia interligar absolutamente nada. Enquanto caminhava até minha escola, fiquei aérea.
E foi quando parei frente ao portão da minha escola que minha mente se acendeu, meu coração bateu rápido e segurei as alças da minha mochila com extrema força.
ㅡ Min Yoongi! - disse alto, finalmente havia me recordado do nome...
O nome que Kim Taehyung havia me dito infinitas vezes.
Tentei focar nas aulas e consegui um pouco tal façanha. Faltava apenas um dia para o início das provas e em breve eu teria a resposta sobre o ano escolar. Definitivamente não estava em meus planos repetir o terceiro ano médio.
SeungWoo me deu algumas aulas de matemática na biblioteca, como fazia todos os dias e por incrível que pareça, comecei a me sentir um pouco mais familiarizada com tal matéria.
Os dias se passaram e com minha total dedicação nos estudos e em minhas novas aulas pela tarde, me faltava o tempo precioso para me comunicar com Taehyung.
Em uma noite de quarta-feira, decidi ligar pela primeira vez na semana.
ㅡ Boa noite, Tae! - falei apreensiva quando o garoto atendeu a vídeo chamada.
ㅡ Boa noite, Lou. - sorriu e quase caí para trás quando meus olhos capturaram os cabelos de Taehyung.
ㅡ O quê fez no cabelo? - pisquei algumas vezes enquanto analisava os fios agora em um tom acinzentado brilhante.
ㅡ Gostou? Está cinza, mas ainda tem o cheirinho de morago que você disse gostar. - falou, com um sorriso grande.
ㅡ Quem te deu a ideia de pintar o cabelo, anjo? - sondei, com uma mordida nos lábios. Tae estava ainda mais maravilhoso com aquele cabelo sedoso e lisinho.
ㅡ O Jungkook-ssi disse que eu deveria mudar a cor, porque você já deveria ter enjoado o castanho dos fios.
Suspirei, incrédula.
ㅡ O Jungkook-ssi está louco? Eu nunca irei enjoar nada em você, Tae. Você era lindo de cabelo castanho e agora continua lindo da mesma forma.
ㅡ Aigoo. Eu gosto quando você me chama de jeitinhos carinhosos como Príncipe, anjo, amor. Eu me derreto todinho igual um sorvete de morango e baunilha sob o solzinho da tarde. - Tae suspirou apaixonado e sorri.
ㅡ Desculpe não ter te ligado nos dias anteriores, Tae. - falei, me sentindo culpada.
ㅡ Não se preocupe, Lou. O Jungkook-ssi me disse que você está estudando muito para as provas e que agora faz aulas de dança à tarde. Espero que esteja tomando bastante água e se alimentando direitinho, uh?
ㅡ Eu estou me cuidando muito bem, TaeTae.
ㅡ Tudo bem, LouLou.
ㅡ Já começou a trabalhar na lojinha de pelúcias? - joguei-me na cama e deixei o celular na altura do meu rosto.
ㅡ Irei começar amanhã. A garota fofinha de lá disse que eu serei um ótimo funcionário. Você acha que ela está certa, neném? - Tae também se jogou na cama.
Fiz um breve bico nos lábios. Garota fofinha?
Um sentimento diferente me fez crispar os lábios quando imaginei impulsivamente tal garota se aproveitando da ingenuidade de Taehyung. Me remexi na cama, desconfortável.
ㅡ Ela disse também que eu chamarei bastante atenção dos clientes, porque segundo ela, eu sou um moço muito bonito e simpático. - contou, inocentemente.
ㅡ Ela está certa. - falei, um tanto emburrada.
Era involuntário, simplesmente não me sentia bem em saber que tal garota dissera ao meu namorado que ele era um moço muito bonito e simpático. Não era mentira, Tae era tudo isso e muito mais, porém aquilo me incomodou profundamente.
ㅡ Estou tão animado, neném. Eu irei ganhar dinheiro para...
Parou de falar e fiquei um tanto curiosa.
ㅡ Para...? - o insitei a continuar e ele sorriu fraco antes de me encarar com ternura através da tela.
ㅡ Eu irei conseguir dinheiro para ir até a casa de seus avós e ficar ao seu lado durante suas férias, meu amor! - suas bochechas coraram e meu coração?
Ah, meu coração bateu ainda mais forte por Kim Taehyung.
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E ao final do mês, recebi minhas notas finais, apesar de todo o meu esforço, fui reprovada e chorei horrores depois de levar uma bronca dos meus pais.
Alice decidiu ir passar algumas semanas em um acampamento com os amigos ao norte e fiquei aliviada por saber que não ficaria perto do Tae.
Decidi manter Min Yoongi em segredo, pelo menos por um tempo, eu sentia medo. Taehyung me contara certa vez que o tal de Yoongi havia traído sua confiança, então qualquer pessoa que pudesse fazer mal ao meu namorado, obviamente eu iria manter longe do mesmo.
Enquanto arrumava minhas malas para viajar para a casa dos meus avós, recebi uma mensagem de Jeon, onde ele dizia que iria passar as férias de fim de ano no Brasil e que Taehyung ficaria na casa com sua mãe.
Meu pai me levou até o metrô, onde eu viajaria de trem por algumas horas até finalmente chegar ao meu destino. E quase ao anoitecer, abracei meus avós e fingi estar feliz por estar com os mesmos.
O chalé onde viviam era bonito e aconchegante, a lareira na sala, o tapete de pele de urso no piso de madeira polida, as paredes eram de pedras perfeitamente alinhadas e as poltronas macias eram realmente confortáveis.
Vovó Huana e Vovô Myuk-ah me acolheram muito bem e até que me senti bem alí. O primeira noite foi calma, ajudei os dois a preparar o jantar, li de bom grado um livro de poucas páginas e dormi no quarto pequeno ao lado da cozinha.
A neve já revestia as montanhas, o frio era impetuoso, mas cuidei de vestir roupas quentinhas e me enfiar embaixo dos lençois de tecido felpudo que minha vó me dera.
Na manhã seguinte, acordei cedinho e preparei um café da manhã, ovos fritos com algumas torradas que encontrei na dispensa, geleia de abacaxi e um café simples.
E foi ao terminar de coar a bebida escura que alguém bateu na porta.
Caminhei até a mesma, abri e um sorriso natural nasceu em meus lábios.
ㅡ Eu falei que viria, meu amor...
.......꧁🍒꧂......꧁🍒꧂........
HEHE...o que acharam?
Votem, por favor.
Gente, eu estou seguindo a linha de mais de 5 mil palavras em cada capítulo, tem algumas pessoas reclamando e dizendo que é cansativo, mas se eu não me engano, lá em um capítulo eu perguntei se poderia seguir esse padrão de 5k de palavras e vocês disseram que eu poderia.
Então estou seguindo o que vocês me permitiram. Mas caso não agrade mais, eu posso voltar atrás e retornar com o padrão de 1 a 2k de palavras. Então a pergunta é:
✨ Deixa como tá?
Ou...
✨ Volta para os capítulos curtos?
Votem na opção quê você achar ser a melhor, lembrando que eu estou sem tempo para atualizar frequentemente e que os capítulos longos são bem mais detalhados.
Ah, quero aproveitar o espaço para agradecer a cada leitor(a) de TOY, estamos crescendo e isso só acontece, com sua ajuda ❤ obrigado de coração.
Tem gente nova aqui então sejam muito bem vindxs ❤🍒obrigado por lerem essa obra que eu tanto amo.
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E por último, mas não menos importante... O que acham de TaeLou (nome do nosso casal Toy)? Eu acho bonitinho. Mas se você tiver outra ideia, escreva-me aqui.
É isso.
Se chegou até aqui comente CLOVIS.
beijos ❤
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