twenty five ᯽⊰ I miss you
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Dêem ideias para o shipper (nome) de Kim Taehyung e Kate Lourence
✨
✨O capítulo de hoje é meio louco, então preparem os corações ✨
Cada votinho e comentário dados aqui, será um sorriso de felicidade meu, então me encham de sorrisos!!!✨
[Desculpem os erros, estou sem tempo para revisar]
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É complicado ser garota. E quando eu digo complicado, eu quero dizer que é uma complexidade em níveis catastróficos.
Existem dias que você está feliz sem motivos, aqueles momentos que você sorri até para o vento.
Existem dias que você quer sumir e chorar igual uma pessoa que foi condenada a nunca mais comer chocolate na vida.
Também existem dias que você se sente emotiva, chora por ver uma frase bonitinha no instagram ou por um vídeo fofo de casais com uma música pop romântica.
E quando você quer que todo mundo desapareça da sua frente para o bem da humaninade? Nossa, esse desejo é complicado.
Mas existia uma data que juntava praticamente tudo o que citei por quatro malditos dias. Eu odiava estar nesses dias, era tudo tão difícil, os sentimentos, a paciência some e as dores de cólica são o pior de tudo.
ㅡ Você pode me emprestar um absorvente, mãe? Os meus acabaram...
Eu estava parada na porta do quarto de meus pais, descalça e com a cara mais emburrada do mundo. Teria que lavar os lençois e ainda teria que enfrentar quatro dias de sangramento natural, porém desmotivante.
Meu pai deu de ombros enquanto colocava os sapatos bonitos nos pés. Minha mãe sorriu e buscou algo em sua gaveta, veio em minha direção e me entregou o pacotinho de embalagem rosa.
ㅡ Bom dia, meu bem. - depositou um beijo em minha bochecha e sorri sem mostrar os dentes.
ㅡ Dia. - resmunguei massageando minhas têmporas.
ㅡ Eu e seu pai precisamos conversar com você, Kate. - finalmente disse e franzi as sobrancelhas, curiosa.
ㅡ Sobre o quê?
ㅡ Alice contou que você dormiu fora alguns dias atrás. - foi meu pai quem começou, sem me encarar. ㅡ Você tem dezoito anos, mas ainda mora nesta casa e exigimos que nos informe sobre quando irá dormir fora ou sair, estou sendo claro? - seus olhos me fitam com certa irritação e extremeço.
ㅡ Já fazem cinco dias que isto aconteceu, papa-
ㅡ E Alice precisou nos contar. Porque você não teve a dignidade de nos contar, não foi? - ele sorriu com desgosto e incredulidade.
ㅡ Eu não sabia que iria dormir fora, eu juro.
ㅡ Com quem ficou a noite? Você sabe os perigos de passar a noite fora, Kate Lourence? - ele se levantou e veio em minha direção, dei um passo para trás.
ㅡ Robert, está assustando-a! - minha mãe segurou seu braço, mas o mesmo o puxou com brutalidade.
ㅡ É aquele amigo do Jungkook...o tal de...Toy? - ele cuspiu os questionamentos com nojo aparente.
ㅡ N-não.
ㅡ Você se entregou para ele, sua imprestável? - antes de eu abrir a boca, senti sua mão vir de encontro com meu rosto, machucando minha face, mas também causando um estrago no coração.
Ele nunca me bateu.
Meu pai nunca havia sequer levantado a mão para mim, mas naquela manhã ele não só a levantou como também me bateu com ela.
Meus olhos lacrimejaram enquanto eu buscava compreender o que havia acabado de acontecer. Meu rosto ardia como se houvessem pressinado brasa ardente contra ele. Massageei a área atingida e percebi o quanto minhas mãos tremiam.
ㅡ O que você fez, Robert? - minha mãe gritou espalmando com força seu peito.
Me mantive no mesmo lugar, congelada em uma bolha de incompreensão e descrença. Não, ele não havia me batido, não, ele não...
Foi quando senti realmente as lágrimas escorrerem pela pele sensível de minhas bochechas, um soluço de dar pena ecoou por todo o quarto e me encolhi tentando proteger a mim mesma.
ㅡ Você era a minha garotinha, você era para ser sempre o contrário da Alice, mas percebo que está ficando como ela...
Ele cuspiu as palavras dolorosas me fazendo encolher ainda mais, minha mãe tentou acalmá-lo, mas parece que nada o impediria de falar tudo o que guardara, naquela manhã fria e tenebrosa de segunda-feira.
ㅡ Vai se drogar também agora? Se prostituir para os traficantes do bairro como ela? Vai ser mais um desgosto na família, Kate, é isso o que quer?
ㅡ Não fale assim com ela, por favor. - minha mãe começou a chorar silenciosamente.
ㅡ Vocês dois nunca se importaram com nós duas. - falei com a voz falha e ele sorriu seco.
ㅡ Não nos importamos? Por quê você acha que trabalhamos de domingo a domingo? Acha que é para ganhar dinheiro para os nossos próprios bolsos, garota?
ㅡ De quê adianta nos sustentar com dinheiro se a única coisa da qual precisamos vocês não podem dar... O amor? - mais um soluço escapou da minha garganta e as lágrimas não cessavam.
ㅡ Amor? Nós demos amor para Alice e veja no que ela se tornou.
ㅡ Você fizeram algo com ela e estão me escondendo. Ali não era assim. - gritei desesperada sentindo como se minha cabeça fosse explodir a qualquer momento.
ㅡ Ela te contou essa bobagem, não foi? - ele sorriu nervoso e neguei freneticamente com a cabeça.
ㅡ Eu simplesmente sei que vocês escondem um grande segredo de mim, papai.
ㅡ Não seja paranóica, Kate.
ㅡ Foi na época que você a levou para Tókio? Ela voltou completamente diferente depois que vocês dois voltaram. - o questinei, confusa.
Lembrei-me perfeitamente de quando meu pai levou Alice para Tókio para a mesma conhecer algumas faculdades por lá. Fazem cinco anos que tal viajem aconteceu e desde aquela época, Ali nunca mais foi a mesma.
Forcei um pouco mais minha mente e me recordei que os dois passaram três meses no país. Três longos e dolorosos meses para mim, que fiquei sentindo falta de ambos enquanto tinha apenas minha mãe para me cuidar.
ㅡ O que Tókio tem a ver com tudo isso, garota? - meu pai soava um pouco e então insisti.
ㅡ Você fez alguma coisa com ela quando estavam lá. - falei mais para mim mesma, como se as peças estivessem se encaixando aos poucos. ㅡ Mas...o que exatamente você fez, papai?
ㅡ Você está de castigo, Kate. - ele ditou travando o maxilar. Limpei minhas lágrimas com o dorso da mão.
ㅡ Eu tenho dezoit-
ㅡ Mas mora na minha casa, ainda é uma garota que depende dos pais para sobreviver, tem escola para ser paga, tem comida todos os dias sem falta e não sabe ainda ser dona do próprio nariz. - ele me interrompeu com frieza.
Engoli as palavras que eu estava pronta para dizer, porque ele tinha razão, eu era totalmente dependente deles e não seriam dezoito anos que fariam essa realidade mudar.
Meus pais eram meu maior alicerce, eu jamais me imaginaria longe deles naquele momento, eu tinha medo de enfrentar o mundo, porque os mesmos não me ensinaram sobre o que eu teria que enfrentar lá fora.
Meu pai costumava dizer para Alice e eu que o mundo a fora era cruel as vezes, e quê deveriamos ficar sempre juntos, uma família para sempre unida e pronta para apoiar um ao outro. Mas, para ser sincera, isto nunca aconteceu.
Mas cresci escutando que deveria ficar, e quando cogitava fugir daquela vida infeliz, o medo de ter que enfrentar tudo sozinha me tomava sem prévias.
ㅡ Que castigo terei que cumprir? - meus lábios tremiam.
Eu era obediente à eles, não conseguia ser uma garota rebelde como minha irmã, e talvez fosse aquilo que me tornara tão alguém tão manipulável e medrosa.
ㅡ Irá para a casa de seus avós nas férias de fim de ano, ficará lá até terminar suas férias. - contou meu castigo e arregalei os olhos.
ㅡ Eu não gosto de ir para a casa dos avós, pai.
ㅡ Está decidido, Kate.
Eu definitivamente não esperava ter um castigo assim. Eu odiava passar as férias com meus avós, eles sempre me faziam fazer todo o trabalho pesado, ler livros antigos inteiros para os mesmos. Sem contar na solidão do lugar que fica em uma colina ao norte da cidade, distante, no meio do nada, sem sinal de internet ou de televisão.
ㅡ Não pode me tirar o celular para sempre? - propus esperançosa e ele negou.
ㅡ Cuide de se vestir e ir para a escola. Ah, também não quero que se encontre mais com aquele estranho.
Não.
Não.
Não, ele não podia me proibir de ver meu namorado.
ㅡ Isso você não irá me impedir, pai, ninguém irá me proibir de ver o Toy! - falei, decidida e ele me encarou surpreso.
ㅡ Se eu descobrir que você o encontrou. Irei ter todo o prazer de acabar com toda essa palhaçada. Estou sendo claro, Kate?
Engoli a seco e assenti vagamente.
ㅡ tudo bem. - falei com a voz baixa e ele suspirou, satisfeito.
ㅡ Vá se arrumar. Sua mãe e eu te levaremos à escola.
ㅡ Tá.
Saí do quarto e cuidei de me vestir. Assim que terminei, não me preocupei em tomar café da manhã, minutos depois fui deixada na escola.
As aulas foram irrelevantes para mim, eu só conseguia pensar no que aconteceu pela manhã. A vontade de chorar me invadiu quando, no refeitório, me lembrei da agressão que meu pai dirigiu ao meu rosto frágil.
ㅡ Por que está assim, Kate? - SeungWoon me encarou preocupado e funguei baixinho, limpei a lágrima solitária que decera em minha bochecha e forcei um sorriso.
Olhei ao redor, alguns alunos passavam por nossa mesa e me olhavam rapidamente, me senti desnuda, parecia que eles conseguiam enxergar minha frustração sem muitos esforços.
ㅡ Não é nada.
Esta frase é dita milhões de vezes no mundo, e tenho certeza que um grande número dessas vezes, não é a realidade. Dizer que não é nada, quando se está aparentemente quebrado pela tristeza, é uma mentira natural humana.
ㅡ acha que acredito? Kate, nos conhecemos a tanto tempo que eu conheço muito bem quando você não está bem. - falou calmamente. ㅡ Seu rosto está vermelho. Quem tocou em você, uh?
ㅡ Me-meu pai. - falei e as lágrimas me tomaram novamente. ㅡ Ele me b-bateu, Woo.
ㅡ Meu deus. - pareceu incrédulo. ㅡ Por que ele fez isso, anjo?
Abaixei o rosto e senti minhas bochechas corarem. Eu não iria contar que apanhei por ter me entregado à alguém, por ter feito amor pela primeira vez. Eu nunca teria a facilidade que Tae tinha em contar sobre tais coisas.
ㅡ Por algumas coisas. - falei utilizando as mangas de minha jaqueta de camurça para limpar meu rosto.
ㅡ Ele não deveria ter feito isso. Seja lá o que você tenha feito, Kate, nada justifica uma agressão contra alguém tão frágil como você. - ele disse tocando minha mão. Sorri emocionada.
ㅡ Vai ficar tudo bem, Woo. - levei minha outra mão até seu rosto e acariciei sua bochecha rapidamente.
ㅡ Eu estou aqui para te apoiar no que precisar, tá bom? - sorriu me transpassando segurança.
ㅡ Obrigado, Woo-ah.
Terminamos nossos lanches e voltamos para a sala de aulas. Antes do meio dia, já saíamos pelos grandes portões. Me despedi de meu amigo e seguimos rumos opostos. Suspirei e meus pés me fizerem caminhar, mesmo que meu corpo inteiro rejeitasse ter que voltar para casa.
Depois de longos minutos, passei pela casinha branca com o jardim, estava trancada novamente e sem nenhum sinal do garoto de cabelo azul. Eu estava curiosa em saber um pouco mais sobre ele.
Na verdade, eu prometi a mim mesma que conseguiria descobrir quatro coisas que estavam me deixando louca:
Iria descobrir mais sobre o fulano de cabelo azul.
Iria procurar saber como Alice comprou Kim Taehyung, sabendo que ela jamais teria todo esse dinheiro para comprá-lo.
Eu iria descobrir o que meus pais fizeram de tão ruím, à ponto de Ali se transformar completamente na pessoa que é.
Parei e peguei a fotografia das crianças no balanço em meu bolso. Elas tinham tamanhos iguais, roupas de frio que não me permitiam ver se eram garotas ou garotos, e meu pai ao canto da foto, com um sorriso estampado no rosto.
ㅡ Eu irei também descobrir quem são vocês. - contei minha própria meta em voz alta e voltei a andar.
꧁🍒 ꧂
"Sim, você pode ligar, meu anjo"
[Mensagem enviada às 14:26 pm]
Respondi a pergunta de Taehyung e em poucos minutos ele já estava me ligando. Tão ansioso esse garoto. Esbocei um sorriso grande e deslizei a tela, atendendo a chamada de vídeo.
Tae amava chamadas assim, me contou certa vez que era a maneira de me ter pertinho de si. E desde nossa noite sob o céu estrelado, nunca mais nos vimos novamente, então sempre que dava, conversávamos pelo vídeo.
ㅡ Boa tarde, anjo. - acenei enquanto me ajeitava no travesseiro.
Analisei sua imagem minuciosamente, Taehyung estava deitado em uma cama, usava uma camiseta simples branca e os cabelos mais que embaraçados esparramavam-se pelo travesseiro branco, chutei haver alguma janela aberta por perto, pois a luz deixava sua imagem quase celestial.
ㅡ Boa tarde, Lou, meu amor! - um sorriso surgiu nos lábios deliciosos e me segurei para não suspirar de amores.
ㅡ Como está? - perguntei, interessada.
ㅡ Estou bem. -fez uma breve pausa- ㅡE você?
ㅡ Também estou bem...
ㅡ O Jungkook comprou um pássaro novinho, também azul, mas ele quer devolvê-lo para a loja. - fez um bico triste nos lábios e franzi o cenho.
ㅡ Por que ele quer devolver o bichinho, Tae?
ㅡ Porque ele disse que ele não cantava e nem voava dentro da gaiola como o clovis. O verdadeiro.
ㅡ Aish, o Jungkook tá doido?
ㅡ Eu estou ouvindo isso, Lourence. - uma terceira voz surgiu e arregalei os olhos.
ㅡ Kookie? Você tá aí? - questionei e minha pergunta foi respondida quando Jungkook se deitou ao lado de Taehyung, o empurrando para ter mais espaço.
ㅡ Você está muito gordo, sai pra lá! - empurrou o ombro de Taehyung o fazendo sorrir. Jungkook me encarou pela tela, com sua famosa feição de deboche.
ㅡNão. Não estou aqui não, Lourence. Já ouviu falar no homem torto do invocação do mal? - sorriu sem mostrar os dentes revirou os olhos. ㅡ Pois é, eu sou ele, tá ligado?
ㅡ Credo! - reclamei, incrédula.
ㅡ O Jungkook-ssi e eu assistimos esse filme ontem e ele não para de falar naqueles demônios lá. - Tae se encolheu, amedrontado.
ㅡ Para de ser um medroso, Taehyung. Lourence, diz para ele que um filme é só ficção, por favor !?
ㅡ Você não deveria mais mostrar filmes assim para ele, Kookie.
ㅡ Você também está contra mim? - o drama.
ㅡ Eu-
ㅡ O que eu sou para você? Um lixinho de esquina? Eu passei anos tentando entender seu jeito de ser e aceitei ser seu amigo mesmo você sendo uma chata. E isso quê você me dá em troca? Pedras e fogo...
ㅡ Sem dramatizações, Jeon. Eu te conheci e oito dias depois já éramos amigos inseparáveis. - suspirei, impaciente.
ㅡ E desde quando você é boa em matemática? Onde está a Lourence e o que você fez com ela? - semicerrou os olhos, desconfiado.
ㅡ Fica quieto.
ㅡ Lou? - Taehyung me chamou e não consegui evitar o sorriso natural.
ㅡ Oi, TaeTae.
ㅡ oin, TêiTêi! - Jungkook imitou minha voz, com uma feição toda enojada. Revirei os olhos.
ㅡ Eu estou falando com o Taehyung, e não com você, coelho dramático.
ㅡ Tá bom, vou ficar quieto. - Jeon levantou as mãos em rendição. ㅡ Desembucha Taehyung, eu estou entediado para caralho com o seu silêncio. - encarou Tae rapidamente.
ㅡ Eu quero te contar um segredo, Lou. - meu namorado abaixou o tom de voz e aproximou o celular de seu rosto, cortando a imagem de meu amigo.
ㅡ O Jungkookie pode ouvir? - sussurrei e também aproximei o aparelho no meu rosto.
ㅡ Ele pode.
ㅡ Tem certeza?
ㅡ Tenho. Ele sabe tudo.
ㅡ Tudo? - engoli a seco. ㅡ Tudo o quê, Tae? - sondei, nervosa.
ㅡ Sobre nossa noite de estrelas e café.
ㅡ Só isso que ele sabe,certo?- questionei sentindo minhas bochechas queimando. ㅡ ...Que olhamos para as estrelas e tomamos café...
ㅡ Também sei que vocês fod...digo, fizeram amor. - Jungkook puxou o celular para seu próprio rosto e vi o sorriso sacana em seus lábios.
ㅡ Taehyung! - repreendi, totalmente constrangida. ㅡ Aish, Taehyung! - cobri meu rosto com a mão livre, desolada.
ㅡ Ela está brava comigo, Gukie-ssi? - escutei sua voz apreensiva do outro lado.
ㅡ Deixe-me ver. - ele capturou minha imagem pela tela e ao terminar sua análise, sorriu nervoso. ㅡ Se ela estiver menstruada, você tá ferrado, Taehyung. E pelo jeito...você está mesmo ferrado...eita.
ㅡ C-como sabe que estou...? - questionei incrédula e Jungkook fez um biquinho antes de me responder.
ㅡ Eu te conheço muito bem, garota. Seus olhos sempre ficam inchadinhos e você fica com uma cara emburrada sempre que está neste período. - Contou, simplista e tentei melhorar minha feição.
Mas que droga!
Por outro lado, era fofo saber que meu amigo me conhecia tão bem. Jungkook é alguém maravilhoso para ter por perto. Sempre disposto a fazer feliz, sempre buscando compreender o outro lado da história, o lado que todos costumam ignorar.
ㅡ Aish, Eu não estou brava com você, Tae. Mas você não deveria ter contado essa parte da nossa intimidade...
ㅡ Ele tentou esconder, mas deixou escapar sem querer. Não fique brava com ele, Lourence.
ㅡ Tudo bem. Eu não estou.
ㅡ De nada pelas camisinhas. Me chamem agora de vela eficiente e gostosa. - Kookie falou estufando o peito. Deixei uma risada escapar.
ㅡ Seu convencido.
Jungkook também riu mas olhou para o lado e franziu as sobrancelhas em confusão, me senti apreensiva no mesmo instante ao ver sua feição.
ㅡ Taehyung-ah? Cadê você? - chamou já se levantando. O movimento fez imagens aleatórias do quarto aparecerem na tela.
ㅡ Ele sumiu? - perguntei, preocupada.
ㅡ TAEHYUUUUUNG? - Jungkook gritou e precisei abafar o som pressionando o celular contra o colchão.
Jungkook costuma ser exagerado as vezes. Voltei o celular frente ao meu rosto.
ㅡ o encontrou?
ㅡ Sim. Ele está chorando aqui no canto do armário. - o celular então focou na imagem das cortinas. ㅡ Ei, por que está chorando, caramelo?
ㅡ Porquê o chama assim?
Então Jeon focou a câmera em seu próprio rosto, sua feição de tédio me fez esperar o que estava por vim.
ㅡ Seu namorado está aos prantos e você me pergunta o porquê de eu chamá-lo de caramelo? - ruminou em uma faceta incrédula.
ㅡ Esquece. O quê ele têm?
ㅡ Eu não sei, Lourence. Será que ele também está menstruado? - propôs, sério.
ㅡ Argh. Deixe-me vê-lo, por favor.
Ele assentiu e ajeitou o celular na mão de Taehyung. Meu coração se despedaçou ao ver os olhinhos tomados por lágrimas e o nariz vermelhinho pelo estupor.
ㅡ Meu amor, o que houve? - falei carinhosa e ele fungou.
ㅡ Você está brava comigo.
ㅡ Não, eu disse que não estava.
ㅡ Eu não a ouvi. Eu saí quando Jungkook-ssi disse que você estava...menst...metru...
ㅡ Menstruada?
ㅡ Isso, ele disse que você estava brava comigo por estar assim.
ㅡ Eu não estou brava com você, meu anjo. Ei, olhe para mim!? - pedi e ele levantou o olhar até encontrar o meu.
ㅡ Estou te olhando. - falou com a voz embargada e manhosa.
ㅡ Eu te amo, Tae.
Ele tentou esconder um sorriso, mas não conseguiu, os cantos dos lábios se movimentaram e as cortinas se abriram mostrando um lindo jardim de alegria em sua face. Também sorri, ele era contagiante.
ㅡ Também te amo, neném.
ㅡ Jura? - sondei, brincalhona.
ㅡ Juro. De beijinho de biquinho. - falou já fazendo um bico nos lábios o aproximando da tela.
ㅡ Aigoo. Seu fofo! - fiz o mesmo e selamos nossa promessa.
Segundos depois, Jungkook pegou o celular de sua mão e limpou a tela com a manga de sua camisa preta.
ㅡ Nada de babar na tela do meu celular. Arrrghh! - fingiu ânsia. ㅡ Não vale. Você tem o seu, Taehyung-ah.
ㅡ Tenho. Mas estou sem internet lá. - Tae se explicou.
ㅡ Lógico, eu já te dei o celular, ainda quer que eu te compre créditos? - acusou. ㅡ O wi-fi daqui não tá funcionando, mas irei arrumá-lo hoje e você poderá ligar para sua garota irritante.
ㅡ É? - Taehyung disse animado e Jungkook suspirou.
ㅡ É, Taehyung. É. De noite você conta seu segredo para a Lourence, ok?
ㅡ Tudo bem.
ㅡ Lourence. - Jeon foca a câmera em seu rosto. ㅡ Daqui a cinco dias terá um jantar especial aqui em casa, uma comemoração simples dos vinte anos de casados dos meus pais. Você quer vir?
ㅡ Eu não sei se poderei. - suspirei, desanimada.
ㅡ Eu já liguei para sua mãe, ela disse que não tem problemas.
ㅡ Porquê você sempre faz isso? Sempre liga para minha mãe primeiro e depois pergunta se eu quero ir?
ㅡ Responde, sua chata. Você quer vir?
ㅡ Eu quero.
ㅡ Vou te buscar às sete. - falou fazendo um joinha e piscando o olho esquerdo de forma adorável.
ㅡ Tudo bem. Vou esperar...
ㅡ O quê é menstruada? - a voz de Taehyung surgiu e engoli a seco.
ㅡ A Lourence vai te explicar.
ㅡ Eu? - quase gritei, assustada.
ㅡ você mesma. - Jeon reforçou malicioso.
ㅡ Vai me explicar, neném?
ㅡ O Jungkook está mais próximo, ele irá saber te contar direitinho. - joguei perversa e Jungkook arregalou os olhos, desesperado.
ㅡ Nem ouse, Lourence!
ㅡ Adeus! - acenei e interrompi a chamada.
꧁🍒 ꧂
Já havia chegado o dia do jantar, e eu me encontrava extremamente ansiosa para rever Taehyung depois de um bom tempo.
ㅡ Obrigado, mamãe! - sussurrei enquanto a encarava pelo reflexo do espelho.
Ela sorriu simplista e continuou penteando meus cabelos com todo cuidado.
ㅡ Jungkook é um bom rapaz e aquele garoto também me parece ser agradável. Vocês realmente estão juntos? - sondou, a voz doce combinava perfeitamente com o rosto bonito.
Minha mãe era uma mulher jovem, de beleza exorbitante, os cabelos longos e pretos faziam um percurso pelas costas até o final da espinha dorsal. Os lábios sempre corados pelo batom acetinado e o corpo sempre enfiado em roupas elegantes.
ㅡ Estamos namorando. - segredei me segurando para não sorrir e dançar de felicidade pelo quarto.
ㅡ Seu pai não pode saber, meu amor. - ela sorriu, mas havia preocupação ali.
ㅡ Eu sei, mãe. - suspirei.
ㅡ Ele é muito bonito, céus! Você tem tanta sorte. - ela fez cócegas em mim e deixei uma gargalhada escapar.
ㅡ Ele é maravilhoso, mamãe.
De alguma forma, me senti feliz por estarmos conversando depois de tanto tempo. Minha mãe e eu estávamos proximas e eu não poderia estar mais feliz. Ela decidiu ficar em casa naquele fim de tarde e quando chegou a noite, se ofereceu para me ajudar a escolher as roupas para o jantar.
Eu não estranhava aquele ato, porque eu sabia que ela sempre buscava alguma forma fazer eu me sentir bem, então deixei que ela escolhesse minhas roupas, acessórios, que arrumasse meu cabelo e me fizesse uma maquiagem leve.
Quando terminamos, encarei meu reflexo no espelho. Sorri animada. O vestido era de cetim, na cor azul profundo, rodado com a cintura bem marcada, decote único que mostrava meus ombros de forma elegante, os cabelos estavam lisos e me surpreendi quando vi o quanto estava grande, a maquiagem tinha luminosidade, porém, nada exagerado.
ㅡ Oh, tão linda! - minha mãe se aproximou e repousou as mãos em meus ombros.
ㅡ Obrigado por tudo, mãe.
ㅡ Eu quero sua felicidade, meu amor. Eu jamais cometerei o mesmo erro duas vezes...
Ela abaixou o rosto e senti meu coração se comprimir. Eu não iria perguntar sobre aquilo naquele momento, não queria tristezas, não naquela noite. Então virei-me e lhe dei um abraço forte.
ㅡ Eu prometo que quando puder irei te dizer, minha filha. Eu prometo. - beijou minha testa demoradamente.
ㅡ Irei esperar. - menti.
Eu iria buscar descobrir todos os segredos escondidos, sem descanso. Estava mais do que decidida.
Sete e meia da noite, escutei o barulho inconfundível do carro de meu amigo. Saí de casa e entrei no automóvel de Jungkook.
ㅡ estou te esperando à meia hora, Jungkookie. - falei, sem estar realmente brava.
ㅡ E daí? - deu de ombros.
ㅡ Odeio atraso. - provoquei enquanto colocava o cinto de segurança.
ㅡ Você é toda fresca, isso sim.
ㅡ Cala a boca.
ㅡ Tudo bem. Eu nem queria mesmo dividir isso...
Ele pegou algo no porta-luvas, uma barra de chocolate e mordeu a embalagem enquanto dirigia com uma só mão. Jungkook desembalou tudo com os próprios dentes abocanhou um pedaço enorme do doce.
ㅡ Jungkookie...- chamei, manhosa.
ㅡ O quê é? - disse com a boca cheia.
ㅡ Me dá um pedaço?
ㅡ Não. Você me mandou calar a boca.
ㅡ Por favor...- eu salivava enquanto encarava a barra em sua mão.
ㅡ Eu já disse não.
ㅡ Me dá!
ㅡ Eu não quero mais! - ele disse para si mesmo e encarou a barra. ㅡ é muito chocolate...
Me ajeitei no banco e sorri levando minha mão até ele. Imaginei que ele me daria a barra por não querer mais, mas meu sorriso se apagou quando Jungkook a arremessou pela janela.
ㅡ NÃO! - Gritei, incrédula.
ㅡ Ah, você queria? - sorriu perverso e cruzei os braços.
ㅡ Você é um ser humano horrível, Jungkook. - fiz um bico grande e ele sorriu nasalado.
ㅡ Me chame de bad boy.
Revirei os olhos, mas sorri pequeno. Muitos minutos depois, finalmente chegamos a sua casa. Adentramos e fui recebida calorosamente pela mãe simpática de Jungkook.
Meus olhos capturaram Kim Taehyung e a sensação gelada se concentrou na boca do meu estômago. Eu jamais me acostumaria com aquelas sensações que somente ele me causava.
A mãe de Jeon se retirou dizendo que precisava terminar a decoração da mesa, assenti aérea, porque eu só enxergava meu namorado sorridente e lindo. Eu nunca me esquecerei do quanto aquela camisa social cor vinho e aquela calça jeans se encaixaram de maneira majestosa em seu corpo.
Vi quando Jungkook se afastou e caminhei a passos lentos até aquele garoto que também não deixara de me olhar desde que havia cruzado a porta de chegada.
ㅡ Kate Lourence...
Sussurrou trazendo os dedos longos até as laterais do meu pescoço, como se tivesse que me tocar para saber que eu realmente estava alí, na sua frente. Foram cinco dias de distância. Para algumas pessoas, pode parecer tão pouco, mas quando você está apaixonado...qualquer segundo se torna um tempo longo e maçante.
ㅡ Taehyung...
Arfei surpresa quando em um único inclinar ele alcançou meus lábios, o selar durou alguns segundos até eu agarrar a gola de sua camisa e o trazer para mais perto, degustando o sabor incrívelmente doce de seu beijo, aproveitando-me para matar a saudade.
O ar fugiu e nos separamos, as testas coladas e a busca afoita por ar. Sorri enquanto nos limitávamos apenas naquela bolha repleta de borboletas.
ㅡ Eu senti sua falta, meu amor! - beijou a ponta do meu nariz.
ㅡ Eu também senti sua falta.
Finalmente nos abraçamos, foi um abraço apertado e sem pretensão alguma além de matar a falta que sentíamos um do outro.
Estávamos sozinhos na sala e suspirei aliviada. Contei para Taehyung que nosso namoro ainda deveria ser um segredo e ele concordou que somente ele, eu e Jungkook saberíamos disso. Obviamente minha mãe também sabia, mas ela não iria contar para ninguém. Ah, e não esqueci de pedir para que Taehyung fosse um pouco discreto em relação a nos dois.
Eu temia que chegasse aos ouvidos de minha irmã, eu definitivamente não queria que machucassem o meu Taehyung. Ele não marecia sofrer, não merece na verdade.
ㅡ Jimin? Você e Jungkook poderiam ir buscar os pratos na prateleira? - a mãe de Jeon pediu assim que entramos na sala de jantar.
ㅡ Eu acabei de me sentar, omma! - Jeon resmungou enquanto enfiava um dedo na gaiola em cima da mesa de jantar. O pássaro azul voava para todos os lados.
ㅡ Tira essa gaiola daí, menino! - sua mãe bateu em sua mão com força. ㅡ É anti higiênico. Agora me obedeça e vá buscar os pratos.
Jungkook abaixou a gaiola ao lado de sua cadeira e se levantou preguiçosamente. Encarou Taehyung com uma cara de poucos amigos.
ㅡ Vamos, tá esperando o quê?
ㅡ Vamos, Jungkook-ssi. Sua omma precisa de nossa ajudinha. - Tae se prontificou para ir.
Vi os dois desaparecerem na cozinha e ajudei sua mãe a terminar de colocar as grandes travessas com variados tipos de comida. Neste tempo, chegaram um casal já de idade avançada, e um casal jovem com duas crianças. Eram os avós, os tios e sobrinhos de Jeon.
Todos foram adoráveis comigo, não me pareceram em nada pessoas esnobes, sorriam felizes e conversavam com tanta animação que me vi completamente a vontade.
O Jantar começou e o pai de Jungkook chegou no meio dele, pedindo desculpas pelo atraso e contando sobre o imprevisto que precisou enfrentar no estacionamento. Um homem havia tentado lhe saquear.
ㅡ Não poderemos demorar muito, irmão. Iremos pegar um avião às nove para a europa. - o homem que aparentava ter quarenta anos disse para o sr. Jeon depois de um tempo. Seu nome era Jeon Junho-Ko.
ㅡ Viajem de negócios, Junho? - o pai de Jungkook tomou um gole de seu vinho.
ㅡ Sim. Irei assinar um contrato com uma empresa conceituada de París...
A conversa se resumiu em negócios e eu estava ficando completamente entediada. Taehyung estava ao meu lado, e Jungkook ao lado de Taehyung. Os tios de Jeon foram embora com suas crianças às oito e meia, levando o casal adorável de velhinhos junto.
E então ficamos, ainda na mesa de jantar, os pais de Jeon, o filho deles, Taehyung e eu. Vi quando o homem travou o maxilar e encarou Jungkook.
ㅡ Como estão indo as aulas de aviação, Jungkook? - perguntou, demostrando o desgosto na voz.
ㅡ Estão indo muito bem, papai.
ㅡ E a garota da Grécia? Você nos contou que estava se apaixonando...
ㅡ Ela ficou na Grécia, papai. - Jeon sorriu, desconfortável. ㅡ Eu não quero relacionamentos, eu já lhe disse ontem...
ㅡ Deve parar com esta história de ser bissexual. Se case, tenha filhos com uma mulher e me deixe orgulhoso pelo menos com isso...
ㅡ Já encerramos essa conversa ontem, pai. Por favor, não insis-
Dei um sobressalto assim como Tae quando o homem bateu na mesa com fúria, a mãe de meu amigo tentou acalmá-lo, mas de nada adiantou e ele lançou um olhar fulminante para Jungkook.
ㅡ Eu nunca irei aceitar um filho que também se envolve com homens, está me ouvindo?
ㅡ Eu sou maior de idade, tenho minha vida, não dependo de você. - o de cabelo rosa ruminou com os olhos lacrimejando.
Ver Jungkookie daquela forma, tão vulnerável, foi assustador para mim. Ele não podia chorar, era bondoso demais para não receber bondade em troca.
ㅡ Aceite nosso filho como ele é, Jeon. - a mulher também já chorava.
ㅡ Eu também gosto de homens, papai. Assim como o senhor gosta da mamãe.
ㅡ Veja o que está falando. ESTÁ LOUCO, JUNGKOOK?
ㅡ Não grita com ele! - Taehyung soluçou.
ㅡ Está se envolvendo com ele, não é? - o Jeon mais velho dirigiu um olhar enojado para Taehyung e aquilo foi demais para mim.
ㅡ Taehyung e eu somos amigos, ok? - Kookie soluçava pelo choro.
ㅡ E a história de que você foi visto antes de ontem aos beijos com um homem no barzinho do centro? - cerrou os punhos, exaltado. ㅡ Você não tem vergonha, seu imbecil?
ㅡ Eu não estav-
ㅡ CALE SUA BOCA!
ㅡ Não fale assim com nosso menino...
ㅡ Sua boca com certeza serve para muitas outras coisas não é, Jungkook? Seu nojento...
ㅡ Não fale assim com ele. - levantei-me, angustiada.
ㅡ Jungkook-ssi, não chore! - Taehyung tocou a bochecha branquinha de meu amigo e eu também já chorava horrores.
ㅡ Eu só irei aceitá-lo quando lhe ver com outro homem, ESTÁ ME OUVINDO? - falou, mas todos nós sabíamos que era um desafio.
Estava intimidando seu filho, desafiando-o sabendo que o mesmo não teria coragem de aparecer com um garoto em sua frente. Meu coração doía. Céus! Era horrível.
Como eu disse... Todos entenderam aquelas palavras, menos Kim Taehyung, tão ingênuo, bondoso e imprevisível.
ㅡ Ele só irá te aceitar se você...? - Tae sussurrou, porém escutei e demorei alguns segundos para compreender, arregalei os olhos instantaneamente.
ㅡ Tae- tentei falar, mas paralisei.
Taehyung segurou o rosto de Jungkook e selou seus lábios inocentemente. Vi quando o de cabelo rosa arregalou os olhos enquanto Tae ainda mantinha os próprios lábios grudados aos seus.
Olhei de soslaio ao redor, todos estavam perplexos com o quê viam. Os segundos pareceram horas, eu temi o que aconteceria depois daquilo.
Jungkook afastou Taehyung pelos ombros, totalmente perplexo e assustado, tremeu os lábios e pela primeira vez na vida, testemunhei suas bochechas corando como nunca antes.
ㅡ T-Taehyung? - tremeu a voz.
ㅡ Jungkook-ssi? - Tae sussurrou, incapaz de compreender a gravidade da situação.
ㅡ O quê v-você f-fez?
ㅡ Eu estou fazendo seu pai te aceitar, Jungkook-ssi.
✨🍒✨🍒✨🍒
Oi.
...
...
... O que foi isso?
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